Os mexicanos creio que discordariam da sua opinião. Tal como os espanhóis.
De qual opinião? De que o PM não pode acordar um dia e decidir dedicar-se ao fabrico de armas?
Decerto, os mexicanos discordariam. Mas prefiro que os problemas económicos relacionados com os monopólios estatais e privados no México fiquem por lá.
Quanto a Espanha, a fábrica da HK que lá está é uma empresa privada, tal como a empresa que está a fabricar os nossos PANDUR II.
Quanto ao volume de armas, 30 mil são muitas ou poucas dependendo do contexto.
Como afirmei antes, isto é apenas especulação educada: não sabemos a disponibilidade da HK para instalar uma fábrica em Portugal caso isso fosse um item pontuável no concurso.
Mas a HK tem duas fábricas na Europa, que implicam uma série de custos, passados e futuros.
Muito provavelmente, interessa-lhe mais obter volume para essas duas fábricas do que outra opção qualquer e está na posição de oferecer um preço muito mais interessante caso as armas sejam fabricadas numa das fábricas que já existem do que qualquer outra alternativa.
INDEP que abasteceu durante 30 anos praticamente todo o mundo com armas e munições não é propriamente como uma oficina de automóveis la do bairro. Têm engenheiros que desenvolveram e conduziram todo o fabrico de armas e controlaram os seus processos.
Tanto quanto sei, a INDEP não desenvolve uma arma que seja produzida em massa desde o tempo da "outra senhora".
Sem menosprezar a INDEP, não me parece que tenham "calo" para levar a bom termo um assunto destes sozinhos.
Os materiais basta pesquisar a internet, ou ir ali ao técnico buscar um qualquer recem licenciado em engenharia dos materiais. As resinas plasticas de alta resistência não é propriamente o segredo da alquimia.
Ficámos esclarecidos sobre as suas qualificações sobre o assunto.
Enfim, e não me leve a mal, mas você já parece um burocrata. Se houver boa vontade politica, não há nada que não se realize. O problema é que a fé e vontade politica a maior parte das vezes implica incentivos nos bolsos da classe politica.
Não sou um burocrata, apenas uma pessoa que tem de lidar com a burocracia e por vezes tenta compreender a razão de ser dessa burocracia para manter a sanidade mental.
Infelizmente, não basta boa vontade politica. Havia muita boa vontade politica para comprar a G36, mas o processo acabou em Tribunal.
Há regras e até os politicos têm que se cingir a elas às vezes.
Permita-me discordar. O que Portugal fez foi adquirir à HK as licenças de produção de G3, a maquinaria e a tecnologia. O méxico contractuou com a HK a tecnologia e a maquinaria mas não a licença em si da G36.
E onde é que você está a discordar de mim?
O México inicialmente queria a licença da G36, mas a HK pediu-lhes 63M EUR e optaram pela segunda via.
Assim eles podem fabricar um clone da G36 mas obrigatoriamente com outro nome e visual alterado. No entanto aproveitaram e fizeram uma "personalização" da Arma corrigindo alguns aspectos que acharam que deviam ser corrigidos. No entanto não pense que eles tiveram de investigar muito porque não tiveram. Toda a tecnologia da G36 foi-lhes vendida. No mesmo contracto há clausulas que impedem o fabrico de armas com o nome g36. Aliás a FX-05 não passa de uma G36 com uma maquilhagem.
Não sabemos quanto é que o México gastou em desenvolvimento para além dos 16M EUR, mas a HK também manifestou intenção de processar o México a respeito da FX-05 (que obviamente, mantém que a FX-05 é mais que uma G-36 maquilhada).
Se a FX-05 não é mais que uma G-36 maquilhada, a HK não está feliz com isso e quer o os outros 47M EUR.