Há já um bom tempo atrás vi um documentário no no Canal História sobre espingardas de assalto e sobre os seus calibres, e deu-me a entender que 5,56 foi só escolhido como o standard da NATO graças aos norte-americanos e aos seus próprios interesses com o negócio das munições.
Mas quanto ao 5,56 vs. 7,62 e em especial aquela conversa de que num conflito «é melhor ferir um soldado inimigo do que o matar, pois é algo mais que o inimigo tem de se concentrar» (ou algo assim, já não me lembro das palavras exactas). Nos dias de hoje, tanto nas guerras de guerrilha, tal como nas mais convencionais, o que interessa é os mortos. Actualmente os exércitos evoluíram de tal forma quanto à sua logística e nos seus meios que um ferido consegue receber tratamento médico imediatamente no campo de batalha e ser consequentemente evacuado. Um soldado ferido também já não consegue fazer os danos psicológicos que conseguia antigamente, quer seja nos seus colegas militares ou na população que está lá no seu país, enquanto que um soldado morto já pesa muito mais. Vejamos o que se passa actualmente no Iraque e no Afeganistão, muitos soldados ficam feridos todos os dias, recebem tratamento médico e são enviados logo para um hospital militar para recuperarem, mas não é por isso que o povo norte-americano e doutros países querem que as suas forças militares saíam do teatro de operações, é por causa dos mortos. Um morto não consegue recuperar, é apenas enviado para casa, para ser enterrado, e isso provoca mais danos a nível político e do apoio da população junto aos militares do que um simples soldado ferido.
Desculpem o "testamento", mas desorientei-me um bocado ao escrever, de tal forma que me esqueci de começar por mencionar o seguinte: um colete à prova de bala moderno consegue até parar uma bala de calibre 5,56, agora uma de calibre 7,62 já não.
Talvez o melhor fosse continuarmos com o calibre 7,62 em vez de estarmos a seguir as modas da NATO, pois este continua a ser melhor que o 5,56 em muitos aspectos, e mais cedo ou mais tarde o 5,56 vai ser novamente trocado por outro calibre mais eficaz.
Quanto às forças especiais já terem escolhido espingardas de calibre 5,56 (p.e. G-36) penso que também não tinham assim grande opções, pois se forem a ver, graças ao menino 5,56 da NATO os fabricantes de espingardas concentram-se em projectos para este calibre. Ainda estou para ver uma G-36 para 7,62.
Não sou especialista no assunto, por isso a minha opinião é um "o que percebi dos outros especialistas e o que penso eu de que". À semelhança do JQT.
Cumprimentos,