F-35A Lightning II na FAP

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Miguel

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Re: F-35A Lightning II na FAP
« Responder #2790 em: Maio 01, 2025, 08:43:37 am »
Exelente noticia
20 F35 para a FAP


 

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Viajante

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Re: F-35A Lightning II na FAP
« Responder #2791 em: Maio 01, 2025, 09:27:14 am »
Grande parte das dúvidas que são colocadas sobre uma hipotética compra do F-35, é na perspectiva passada de Orçamentos para as FA exíguas. Já a partir deste ano, o orçamento das FA portuguesas tem de aumentar para o dobro (é o que está previsto já para a execução de 2025) e nessa perspectiva não podemos estar a olhar para o passado, porque não é um bom ponto de referência!

Deixo uma pergunta a quem sabe:
Uma vez que é previsível que em vez de 1 vamos comprar 2 caças para substituir o F-16, para além da óbvia duplicidade de custos, mas também não vamos "comprar" uma possível muito maior disponibilidade de aeronaves num hipotético conflito futuro? Por exemplo, se de facto de confirmar 20 F-35 + 25 Typhoon, num possível conflito futuro, muito mais facilmente arranjamos ou compramos mais aviões usados que já operamos e estamos familiarizados, sem estarmos 1 ano à espera de formar pilotos, como no caso da Ucrãnia! Porque já temos pilotos familiarizados com as aeronaves! É uma vantagem real, ou nem por isso?
 

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Kalil

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Re: F-35A Lightning II na FAP
« Responder #2792 em: Maio 01, 2025, 11:09:31 am »
O Fórum Defesa não tem informações nenhumas da Força Aerea mas compensa com infiltrados na Lockheed Martin.
Nível.
 

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dc

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Re: F-35A Lightning II na FAP
« Responder #2793 em: Maio 01, 2025, 01:46:39 pm »
Grande parte das dúvidas que são colocadas sobre uma hipotética compra do F-35, é na perspectiva passada de Orçamentos para as FA exíguas. Já a partir deste ano, o orçamento das FA portuguesas tem de aumentar para o dobro (é o que está previsto já para a execução de 2025) e nessa perspectiva não podemos estar a olhar para o passado, porque não é um bom ponto de referência!

Deixo uma pergunta a quem sabe:
Uma vez que é previsível que em vez de 1 vamos comprar 2 caças para substituir o F-16, para além da óbvia duplicidade de custos, mas também não vamos "comprar" uma possível muito maior disponibilidade de aeronaves num hipotético conflito futuro? Por exemplo, se de facto de confirmar 20 F-35 + 25 Typhoon, num possível conflito futuro, muito mais facilmente arranjamos ou compramos mais aviões usados que já operamos e estamos familiarizados, sem estarmos 1 ano à espera de formar pilotos, como no caso da Ucrãnia! Porque já temos pilotos familiarizados com as aeronaves! É uma vantagem real, ou nem por isso?

Primeiro é preciso saber o que representa "o dobro". É o dobro dos 0.9% gastos em Defesa? É o dobro dos 1.46% que se terá gasto no total em 2024? É o dobro do que está previsto na LPM/em reequipamento? Os valores variam muito, e não se sabe realmente quanto e como se vai gastar, não havendo qualquer tipo de esclarecimentos relativamente a isto.

Até vermos realmente verbas apresentadas, não vale a pena supor que se vai gastar resmas de dinheiro. Uma perspectiva realista/conservadora, coloca a fasquia do que se gasta em reequipamento nos 1000M/ano. Até pode ser mais que isto, e a expectativa é essa, mas até confirmação, mais vale prevenir devaneios e desapontamentos.

Ora 20 caças novos, custariam 4000M ou mais, portanto com 1000M/ano, a compra de caças empatava a verba disponível durante os próximos 4 ou 5 anos, quando existe a necessidade de investir em tudo nas FA.

Entretanto não é previsível que a FAP venha a adquirir 2 modelos de caça. Os argumentos apontados para essa possibilidade, limitam-se ao "porque sim", e ignoram a questão financeira. 20 F-35 + 20/25 Typhoon é devaneio puro, ficando muito mais barato simplesmente comprar 40 F-35. O argumento do "ser europeu" pode ser aplicado a praticamente todos os outros programas, não é preciso estar a inventar na questão dos caças.

Não é uma vantagem real. Passar a ter 2 caças, num pais pequeno, complica tudo. Terás os pilotos divididos entre duas aeronaves completamente distintas, terás mais desafios logísticas, mais desafios em termos de pessoal de terra, etc. Com a agravante que, numa guerra na Europa, as fábricas europeias de caças (que são poucas) têm produtividade limitada, e muitas delas estão ao alcance de armas russas.
Qualquer eurocanard trará mais problemas que vantagens, a nível da cadeia logística e também de aeronaves de reposição.

A operar 2 modelos de caça, a curto prazo só faz sentido que um desses modelos seja o F-16. Muitas aeronaves produzidas (facilidade em se arranjar peças e aeronaves de reposição), e com Portugal a usar a aeronave desde há 30 anos, existe um maior backlog de pessoal com algum tipo de formação nela, de pilotos a mecânico, ideal se em caso de conflito quiseres trazer de volta algum desse pessoal. Também tens uma probabilidade maior de angariar pilotos e mecânicos estrangeiros que queiram ajudar.

A médio/longo prazo, operar 2 modelos só se justifica, se um deles for muito mais barato de adquirir e operar (hi-low com KF-21), ou se o segundo modelo representar um salto tecnológico e de capacidades face ao F-35 (GCAP/FCAS).
 
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Re: F-35A Lightning II na FAP
« Responder #2794 em: Maio 01, 2025, 02:25:35 pm »
Agora já entendo porque a marinha vai fazer o MLU nas VG... O dinheiro vem tudo pra aqui... Se Portugal gasta 60% do orçamento em Pessoal e existe a prespectiva num aumento de pessoal + f35 já está preenchido o orçamento... Não havia qualquer  necessidade nos próximos 3 anos avançar para esta compra sem primeiro resolver as questões da marinha e exército...
Fragatas, substituição do m113 e defesas anti aéreas...
 

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JohnM

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Re: F-35A Lightning II na FAP
« Responder #2795 em: Maio 01, 2025, 03:16:22 pm »
As coisas não funcionam bem assim. Os 4000 milhões por 20 aviões são para ser gastos ao logo de 15-20 anos, porque incluem todos os custos de modificação das bases aéreas, implementação da infraestrutura de manutenção, formação de técnicos, aquisição de armas, etc. Os aviões em si não custam mais que metade do valor total do pacote. Por exemplo, o fly-away cost atual do F-35A é de $80 milhões, $100 milhões quando incluis os motores.

Concluindo, há-de haver um cronograma de investimento ao longo de 15 a 20 anos, que vai ser mais caro nos anos em que recebermos aviões, obviamente, mas não se pode simplesmente dividir o custo pelo número de anos que vamos receber os aviões. Duvido que em algum ano se gastem mais de 500  milhões, pelo que haverá dinheiro para outros programas… a tarefa do EMGFA é fazer a calendarização integrada dos três ramos, de maneira a que os vários investimentos sejam desfasados e em nenhum ano a despesa total seja incomportável.
« Última modificação: Maio 01, 2025, 03:17:21 pm por JohnM »
 

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Ghidra

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Re: F-35A Lightning II na FAP
« Responder #2796 em: Maio 01, 2025, 03:39:44 pm »
As coisas não funcionam bem assim. Os 4000 milhões por 20 aviões são para ser gastos ao logo de 15-20 anos, porque incluem todos os custos de modificação das bases aéreas, implementação da infraestrutura de manutenção, formação de técnicos, aquisição de armas, etc. Os aviões em si não custam mais que metade do valor total do pacote. Por exemplo, o fly-away cost atual do F-35A é de $80 milhões, $100 milhões quando incluis os motores.

Concluindo, há-de haver um cronograma de investimento ao longo de 15 a 20 anos, que vai ser mais caro nos anos em que recebermos aviões, obviamente, mas não se pode simplesmente dividir o custo pelo número de anos que vamos receber os aviões. Duvido que em algum ano se gastem mais de 500  milhões, pelo que haverá dinheiro para outros programas… a tarefa do EMGFA é fazer a calendarização integrada dos três ramos, de maneira a que os vários investimentos sejam desfasados e em nenhum ano a despesa total seja incomportável.
Sim mas os outros equipamentos também vais pagar ao longo do tempo que vais receber... Se continuar com os 2% nunca vais ter fragatas antes de pagar os f35 e no exercito vais comparar o números carros que der como aconteceu com as vamtac...
O grosso dos f35 já foi vendido logo se a encomenda portuguesa fosse feita daqui uns anos não ia alterar assim tanto os prazos de entrega. Permitia ter um espaço temporal para resolver as questões mais urgentes.. Prefiro os f16 aos chaparral ou aos m113...
 

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JohnM

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Re: F-35A Lightning II na FAP
« Responder #2797 em: Maio 01, 2025, 03:58:09 pm »
As coisas não funcionam bem assim. Os 4000 milhões por 20 aviões são para ser gastos ao logo de 15-20 anos, porque incluem todos os custos de modificação das bases aéreas, implementação da infraestrutura de manutenção, formação de técnicos, aquisição de armas, etc. Os aviões em si não custam mais que metade do valor total do pacote. Por exemplo, o fly-away cost atual do F-35A é de $80 milhões, $100 milhões quando incluis os motores.

Concluindo, há-de haver um cronograma de investimento ao longo de 15 a 20 anos, que vai ser mais caro nos anos em que recebermos aviões, obviamente, mas não se pode simplesmente dividir o custo pelo número de anos que vamos receber os aviões. Duvido que em algum ano se gastem mais de 500  milhões, pelo que haverá dinheiro para outros programas… a tarefa do EMGFA é fazer a calendarização integrada dos três ramos, de maneira a que os vários investimentos sejam desfasados e em nenhum ano a despesa total seja incomportável.
Sim mas os outros equipamentos também vais pagar ao longo do tempo que vais receber... Se continuar com os 2% nunca vais ter fragatas antes de pagar os f35 e no exercito vais comparar o números carros que der como aconteceu com as vamtac...
O grosso dos f35 já foi vendido logo se a encomenda portuguesa fosse feita daqui uns anos não ia alterar assim tanto os prazos de entrega. Permitia ter um espaço temporal para resolver as questões mais urgentes.. Prefiro os f16 aos chaparral ou aos m113...
Se leres o meu post com atenção, verás que é isso que está implícito… daí eu ter mencionado a calendarização integrada. 1000 milhões por ano entre 2027 e 2040 são 14000 milhões… com a calendarização certa e bem escalonado, dá para tudo.
 

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Red Baron

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Re: F-35A Lightning II na FAP
« Responder #2798 em: Maio 01, 2025, 04:01:30 pm »
Grande parte das dúvidas que são colocadas sobre uma hipotética compra do F-35, é na perspectiva passada de Orçamentos para as FA exíguas. Já a partir deste ano, o orçamento das FA portuguesas tem de aumentar para o dobro (é o que está previsto já para a execução de 2025) e nessa perspectiva não podemos estar a olhar para o passado, porque não é um bom ponto de referência!

Deixo uma pergunta a quem sabe:
Uma vez que é previsível que em vez de 1 vamos comprar 2 caças para substituir o F-16, para além da óbvia duplicidade de custos, mas também não vamos "comprar" uma possível muito maior disponibilidade de aeronaves num hipotético conflito futuro? Por exemplo, se de facto de confirmar 20 F-35 + 25 Typhoon, num possível conflito futuro, muito mais facilmente arranjamos ou compramos mais aviões usados que já operamos e estamos familiarizados, sem estarmos 1 ano à espera de formar pilotos, como no caso da Ucrãnia! Porque já temos pilotos familiarizados com as aeronaves! É uma vantagem real, ou nem por isso?

Primeiro é preciso saber o que representa "o dobro". É o dobro dos 0.9% gastos em Defesa? É o dobro dos 1.46% que se terá gasto no total em 2024? É o dobro do que está previsto na LPM/em reequipamento? Os valores variam muito, e não se sabe realmente quanto e como se vai gastar, não havendo qualquer tipo de esclarecimentos relativamente a isto.

Até vermos realmente verbas apresentadas, não vale a pena supor que se vai gastar resmas de dinheiro. Uma perspectiva realista/conservadora, coloca a fasquia do que se gasta em reequipamento nos 1000M/ano. Até pode ser mais que isto, e a expectativa é essa, mas até confirmação, mais vale prevenir devaneios e desapontamentos.

Ora 20 caças novos, custariam 4000M ou mais, portanto com 1000M/ano, a compra de caças empatava a verba disponível durante os próximos 4 ou 5 anos, quando existe a necessidade de investir em tudo nas FA.

Entretanto não é previsível que a FAP venha a adquirir 2 modelos de caça. Os argumentos apontados para essa possibilidade, limitam-se ao "porque sim", e ignoram a questão financeira. 20 F-35 + 20/25 Typhoon é devaneio puro, ficando muito mais barato simplesmente comprar 40 F-35. O argumento do "ser europeu" pode ser aplicado a praticamente todos os outros programas, não é preciso estar a inventar na questão dos caças.

Não é uma vantagem real. Passar a ter 2 caças, num pais pequeno, complica tudo. Terás os pilotos divididos entre duas aeronaves completamente distintas, terás mais desafios logísticas, mais desafios em termos de pessoal de terra, etc. Com a agravante que, numa guerra na Europa, as fábricas europeias de caças (que são poucas) têm produtividade limitada, e muitas delas estão ao alcance de armas russas.
Qualquer eurocanard trará mais problemas que vantagens, a nível da cadeia logística e também de aeronaves de reposição.

A operar 2 modelos de caça, a curto prazo só faz sentido que um desses modelos seja o F-16. Muitas aeronaves produzidas (facilidade em se arranjar peças e aeronaves de reposição), e com Portugal a usar a aeronave desde há 30 anos, existe um maior backlog de pessoal com algum tipo de formação nela, de pilotos a mecânico, ideal se em caso de conflito quiseres trazer de volta algum desse pessoal. Também tens uma probabilidade maior de angariar pilotos e mecânicos estrangeiros que queiram ajudar.

A médio/longo prazo, operar 2 modelos só se justifica, se um deles for muito mais barato de adquirir e operar (hi-low com KF-21), ou se o segundo modelo representar um salto tecnológico e de capacidades face ao F-35 (GCAP/FCAS).

A compra dos F-35 provavelmente vai ser feita directemente pelo estado e depois paga a prestações pela FAP tal como aconteceu com os EH-101 e os C-295. Espero é que desta vez seja mesmo directamente pelo estado e não pelos amigos banqueiros.

Os F-35 vão ser o mesmo para a FAP que as Bartolomeu Dias são para a marinha. Para estrangeiro ver.
 

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dc

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Re: F-35A Lightning II na FAP
« Responder #2799 em: Maio 01, 2025, 04:23:28 pm »
As coisas não funcionam bem assim. Os 4000 milhões por 20 aviões são para ser gastos ao logo de 15-20 anos, porque incluem todos os custos de modificação das bases aéreas, implementação da infraestrutura de manutenção, formação de técnicos, aquisição de armas, etc. Os aviões em si não custam mais que metade do valor total do pacote. Por exemplo, o fly-away cost atual do F-35A é de $80 milhões, $100 milhões quando incluis os motores.

Concluindo, há-de haver um cronograma de investimento ao longo de 15 a 20 anos, que vai ser mais caro nos anos em que recebermos aviões, obviamente, mas não se pode simplesmente dividir o custo pelo número de anos que vamos receber os aviões. Duvido que em algum ano se gastem mais de 500  milhões, pelo que haverá dinheiro para outros programas… a tarefa do EMGFA é fazer a calendarização integrada dos três ramos, de maneira a que os vários investimentos sejam desfasados e em nenhum ano a despesa total seja incomportável.

Isso vai sempre depender dos moldes do pagamento, e do que vem incluído no pacote. Não esquecendo que 4000M por 20 caças, representa apenas o investimento no batch inicial, havendo a necessidade de se comprar um segundo lote uns 10 anos mais tarde.

De forma generalizada, o problema é a falta de um plano e a incapacidade de apresentar a verba que realmente vai ser disponibilizada para a Defesa, não só em termos de % do PIB, mas sobretudo de quantos euros serão alocados a reequipamento.

Actualmente, a expectativa é que não se recebam caças novos antes de 2030, e consequentemente que qualquer pagamento seja feito a partir dessa altura. E o que é alarmante, é que entre 2025 e 2030, não se fala em mais nenhum programa relevante, seja de fragatas, seja submarinos, seja munições relevantes para F-16, seja baterias AA, nada.

Veríamos pagamento adiantado pelos caças nestes primeiros 5 anos? Vai haver a decência de se dividir como deve ser o investimento, decidindo avançar para a compra de 20 F-35, com pagamentos a começar apenas em 2030, permitindo usar a verba de 2025-2030 (1000M/ano por exemplo) para despachar outros programas?

É esta incerteza que deixa a malta inquieta. Se fossem inteligentes, cancelavam o MLU às VdG, e adiantavam a sua substituição para esta década com a compra de 3 fragatas, e na década de 30 era menos um programa para pagar em simultâneo com os caças e a substituição das BD.
 
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Re: F-35A Lightning II na FAP
« Responder #2800 em: Maio 01, 2025, 04:29:32 pm »
As coisas não funcionam bem assim. Os 4000 milhões por 20 aviões são para ser gastos ao logo de 15-20 anos, porque incluem todos os custos de modificação das bases aéreas, implementação da infraestrutura de manutenção, formação de técnicos, aquisição de armas, etc. Os aviões em si não custam mais que metade do valor total do pacote. Por exemplo, o fly-away cost atual do F-35A é de $80 milhões, $100 milhões quando incluis os motores.

Concluindo, há-de haver um cronograma de investimento ao longo de 15 a 20 anos, que vai ser mais caro nos anos em que recebermos aviões, obviamente, mas não se pode simplesmente dividir o custo pelo número de anos que vamos receber os aviões. Duvido que em algum ano se gastem mais de 500  milhões, pelo que haverá dinheiro para outros programas… a tarefa do EMGFA é fazer a calendarização integrada dos três ramos, de maneira a que os vários investimentos sejam desfasados e em nenhum ano a despesa total seja incomportável.

Isso vai sempre depender dos moldes do pagamento, e do que vem incluído no pacote. Não esquecendo que 4000M por 20 caças, representa apenas o investimento no batch inicial, havendo a necessidade de se comprar um segundo lote uns 10 anos mais tarde.

De forma generalizada, o problema é a falta de um plano e a incapacidade de apresentar a verba que realmente vai ser disponibilizada para a Defesa, não só em termos de % do PIB, mas sobretudo de quantos euros serão alocados a reequipamento.

Actualmente, a expectativa é que não se recebam caças novos antes de 2030, e consequentemente que qualquer pagamento seja feito a partir dessa altura. E o que é alarmante, é que entre 2025 e 2030, não se fala em mais nenhum programa relevante, seja de fragatas, seja submarinos, seja munições relevantes para F-16, seja baterias AA, nada.

Veríamos pagamento adiantado pelos caças nestes primeiros 5 anos? Vai haver a decência de se dividir como deve ser o investimento, decidindo avançar para a compra de 20 F-35, com pagamentos a começar apenas em 2030, permitindo usar a verba de 2025-2030 (1000M/ano por exemplo) para despachar outros programas?

É esta incerteza que deixa a malta inquieta. Se fossem inteligentes, cancelavam o MLU às VdG, e adiantavam a sua substituição para esta década com a compra de 3 fragatas, e na década de 30 era menos um programa para pagar em simultâneo com os caças e a substituição das BD.
Muita da despesa vais ser feita antes de 2030, independentemente do caça que for escolhido… todas as obras de modificação da BA 5, a instalação de simuladores, treino de pessoal de vôo e técnicos de manutenção, etc. Assim por alto, diria que, no mínimo, uns 1000 milhões teriam que ser gastos antes de 2030…

P.S. – Já agora, para os defensores do Rafale, a Índia acabou de assinar para 26 Rafale M e vai pagar $7.5 Bi por eles, ou seja, quase $300 milhões por aparelho…
 

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mayo

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Re: F-35A Lightning II na FAP
« Responder #2801 em: Maio 01, 2025, 04:56:18 pm »
As coisas não funcionam bem assim. Os 4000 milhões por 20 aviões são para ser gastos ao logo de 15-20 anos, porque incluem todos os custos de modificação das bases aéreas, implementação da infraestrutura de manutenção, formação de técnicos, aquisição de armas, etc. Os aviões em si não custam mais que metade do valor total do pacote. Por exemplo, o fly-away cost atual do F-35A é de $80 milhões, $100 milhões quando incluis os motores.

Concluindo, há-de haver um cronograma de investimento ao longo de 15 a 20 anos, que vai ser mais caro nos anos em que recebermos aviões, obviamente, mas não se pode simplesmente dividir o custo pelo número de anos que vamos receber os aviões. Duvido que em algum ano se gastem mais de 500  milhões, pelo que haverá dinheiro para outros programas… a tarefa do EMGFA é fazer a calendarização integrada dos três ramos, de maneira a que os vários investimentos sejam desfasados e em nenhum ano a despesa total seja incomportável.

Isso vai sempre depender dos moldes do pagamento, e do que vem incluído no pacote. Não esquecendo que 4000M por 20 caças, representa apenas o investimento no batch inicial, havendo a necessidade de se comprar um segundo lote uns 10 anos mais tarde.

De forma generalizada, o problema é a falta de um plano e a incapacidade de apresentar a verba que realmente vai ser disponibilizada para a Defesa, não só em termos de % do PIB, mas sobretudo de quantos euros serão alocados a reequipamento.

Actualmente, a expectativa é que não se recebam caças novos antes de 2030, e consequentemente que qualquer pagamento seja feito a partir dessa altura. E o que é alarmante, é que entre 2025 e 2030, não se fala em mais nenhum programa relevante, seja de fragatas, seja submarinos, seja munições relevantes para F-16, seja baterias AA, nada.

Veríamos pagamento adiantado pelos caças nestes primeiros 5 anos? Vai haver a decência de se dividir como deve ser o investimento, decidindo avançar para a compra de 20 F-35, com pagamentos a começar apenas em 2030, permitindo usar a verba de 2025-2030 (1000M/ano por exemplo) para despachar outros programas?

É esta incerteza que deixa a malta inquieta. Se fossem inteligentes, cancelavam o MLU às VdG, e adiantavam a sua substituição para esta década com a compra de 3 fragatas, e na década de 30 era menos um programa para pagar em simultâneo com os caças e a substituição das BD.
Muita da despesa vais ser feita antes de 2030, independentemente do caça que for escolhido… todas as obras de modificação da BA 5, a instalação de simuladores, treino de pessoal de vôo e técnicos de manutenção, etc. Assim por alto, diria que, no mínimo, uns 1000 milhões teriam que ser gastos antes de 2030…

P.S. – Já agora, para os defensores do Rafale, a Índia acabou de assinar para 26 Rafale M e vai pagar $7.5 Bi por eles, ou seja, quase $300 milhões por aparelho…

https://www.opex360.com/2025/04/28/linde-a-signe-la-commande-de-26-avions-rafale-supplementaires-pour-equiper-son-aeronavale/

nesses 300 M / avião , esta incluindo tudo, mesmo uma fabrica e transferencia de tecnologia !

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JohnM

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Re: F-35A Lightning II na FAP
« Responder #2802 em: Maio 01, 2025, 05:16:29 pm »
As coisas não funcionam bem assim. Os 4000 milhões por 20 aviões são para ser gastos ao logo de 15-20 anos, porque incluem todos os custos de modificação das bases aéreas, implementação da infraestrutura de manutenção, formação de técnicos, aquisição de armas, etc. Os aviões em si não custam mais que metade do valor total do pacote. Por exemplo, o fly-away cost atual do F-35A é de $80 milhões, $100 milhões quando incluis os motores.

Concluindo, há-de haver um cronograma de investimento ao longo de 15 a 20 anos, que vai ser mais caro nos anos em que recebermos aviões, obviamente, mas não se pode simplesmente dividir o custo pelo número de anos que vamos receber os aviões. Duvido que em algum ano se gastem mais de 500  milhões, pelo que haverá dinheiro para outros programas… a tarefa do EMGFA é fazer a calendarização integrada dos três ramos, de maneira a que os vários investimentos sejam desfasados e em nenhum ano a despesa total seja incomportável.

Isso vai sempre depender dos moldes do pagamento, e do que vem incluído no pacote. Não esquecendo que 4000M por 20 caças, representa apenas o investimento no batch inicial, havendo a necessidade de se comprar um segundo lote uns 10 anos mais tarde.

De forma generalizada, o problema é a falta de um plano e a incapacidade de apresentar a verba que realmente vai ser disponibilizada para a Defesa, não só em termos de % do PIB, mas sobretudo de quantos euros serão alocados a reequipamento.

Actualmente, a expectativa é que não se recebam caças novos antes de 2030, e consequentemente que qualquer pagamento seja feito a partir dessa altura. E o que é alarmante, é que entre 2025 e 2030, não se fala em mais nenhum programa relevante, seja de fragatas, seja submarinos, seja munições relevantes para F-16, seja baterias AA, nada.

Veríamos pagamento adiantado pelos caças nestes primeiros 5 anos? Vai haver a decência de se dividir como deve ser o investimento, decidindo avançar para a compra de 20 F-35, com pagamentos a começar apenas em 2030, permitindo usar a verba de 2025-2030 (1000M/ano por exemplo) para despachar outros programas?

É esta incerteza que deixa a malta inquieta. Se fossem inteligentes, cancelavam o MLU às VdG, e adiantavam a sua substituição para esta década com a compra de 3 fragatas, e na década de 30 era menos um programa para pagar em simultâneo com os caças e a substituição das BD.
Muita da despesa vais ser feita antes de 2030, independentemente do caça que for escolhido… todas as obras de modificação da BA 5, a instalação de simuladores, treino de pessoal de vôo e técnicos de manutenção, etc. Assim por alto, diria que, no mínimo, uns 1000 milhões teriam que ser gastos antes de 2030…

P.S. – Já agora, para os defensores do Rafale, a Índia acabou de assinar para 26 Rafale M e vai pagar $7.5 Bi por eles, ou seja, quase $300 milhões por aparelho…

https://www.opex360.com/2025/04/28/linde-a-signe-la-commande-de-26-avions-rafale-supplementaires-pour-equiper-son-aeronavale/

nesses 300 M / avião , esta incluindo tudo, mesmo uma fabrica e transferencia de tecnologia !
Exatamente… daí que avaliar um avião apenas pelo custo possa ser enganador. O custo efetivo de um F-35 é inferior ao de qualquer caça de 4.5ª geração… o valor total do negócio varia com o grau de incorporação local e o grau de apoio que o cliente pretender…
 

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dc

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Re: F-35A Lightning II na FAP
« Responder #2803 em: Maio 01, 2025, 05:53:28 pm »
Muita da despesa vais ser feita antes de 2030, independentemente do caça que for escolhido… todas as obras de modificação da BA 5, a instalação de simuladores, treino de pessoal de vôo e técnicos de manutenção, etc. Assim por alto, diria que, no mínimo, uns 1000 milhões teriam que ser gastos antes de 2030…

P.S. – Já agora, para os defensores do Rafale, a Índia acabou de assinar para 26 Rafale M e vai pagar $7.5 Bi por eles, ou seja, quase $300 milhões por aparelho…

Isso é assumindo que se encomendam os aviões já este ano, para garantir entregas (no caso do F-35) já em 2030. Se a encomenda for adiada para 2027, as primeiras entregas seriam lá para 2032, e os trabalhos de adaptação + formação iniciados em 2030. É tudo um jogo de prazos.

A questão essencial mantém-se: de que forma é que se vai gastar um eventual aumento do orcamento de Defesa, particularmente nestes primeiros anos, para os quais não têm sido apresentados grandes programas?
 

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LM

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Re: F-35A Lightning II na FAP
« Responder #2804 em: Maio 01, 2025, 05:59:43 pm »
Independente de quando a despesa é realmente feita o certo é que o investimento em 20 F-35A nos próximos 15 anos vai impedir esse valor de ser investido em outros sistemas e/ou treino/actividade operacional; se aos F-35A juntarmos outro modelo (que não o F-16MLU PA i => F-16"V") pior... por isso venham 14 F-35A "para inglês ver" - estou a exagerar, vai ser útil para nos mantermos a par com as outras forças NATO, destacamentos NATO e o "orgulho" da FrAPt  ;) - arranjem forma de manter os F-16 e os recursos poupados serão investidos em outras coisas.   
Quidquid latine dictum sit, altum videtur