F-35A Lightning II na FAP

  • 2897 Respostas
  • 356845 Visualizações
*

saabGripen

  • Investigador
  • *****
  • 1878
  • Recebeu: 267 vez(es)
  • Enviou: 103 vez(es)
  • +1084/-1904
Re: F-35A Lightning II na FAP
« Responder #2685 em: Abril 19, 2025, 03:25:37 pm »
Para mim um debate sobre os méritos inclui - e muito - as condições "do negócio"... podemos, obviamente, considerar a parte técnica separadamente - mas o negócio inclui (ou deve incluir) todas as variáveis. No meu caso até prefiro - se tiver de ser 4.5G novos - o mais barato (na esperança que venha o 6.0, ASAP, depois).   

Não tenho nada contra o que está escrito aqui.

Qualquer um dos novos 4.5 estão preparados para trabalhar com 5 e para no futuro próximo terem o update de software necessário para trabalhar com Wingmen.
Assim teremos condições para nos prepararmos para G6.

Com isto não estou a descartar a escolha  do F-35.
O que descarto é a escolha de F-35 sem qualquer contrapartida.



 

*

saabGripen

  • Investigador
  • *****
  • 1878
  • Recebeu: 267 vez(es)
  • Enviou: 103 vez(es)
  • +1084/-1904
Re: F-35A Lightning II na FAP
« Responder #2686 em: Abril 19, 2025, 03:36:12 pm »
É curioso porque no fim o debate se resume a: 4,5g x 5g.

Assim, a conclusão é que no caso de ser um 4,5 qualquer um serve, novo, usado ou 'recondicionado'. MENOS o Gripen: esse é lixo.

Da minha parte nunca leste semelhante coisa.

Citar
Motivo: as necessidades de defesa de Portugal são MUITO maiores que as da Suécia, um país minúsculo e irrelevante no contexto europeu.

Sds

Estás a comparar um país que fabrica o caça em questão, com outro que não fabrica e como tal será simplesmente um simples cliente.

O Gripen E já foi desenvolvido, sendo que criar uma linha de montagem como já tivemosnpara os F16, não significará algo significativo. Já entrar num projecto para o futuro como o FCAS, poderá muitos dividendos à indústria nacional, tal como deu o KC390, certo?!

Sugiro a procura de um vídeo recente no YouTube da European Defense.
Sweden Denmark Global Eye securing the arctic.

É natural que Global Eye seja incluído numa proposta  a Portugal.
É interessante ver no vídeo que não existe muita  capacidade de produção de Global Eye.
Seria um trabalho bom para as OGMA.

É isto que temos que  procurar.
 

*

dc

  • Investigador
  • *****
  • 9827
  • Recebeu: 5023 vez(es)
  • Enviou: 843 vez(es)
  • +5359/-1065
Re: F-35A Lightning II na FAP
« Responder #2687 em: Abril 19, 2025, 04:22:58 pm »
Dc os Rafales em segunda mão ficariam mais baratos do que F16 ou Gripen novos. Ninguém se queixa quando falamos de mais uma modernização dos nossos F16, mas agora já há problema?

Mas onde é que iríamos comparar F-16 novos? A sugestão principal tem sido modernizar os actuais F-16.
Num caso hipotético em que só fosse viável modernizar uns 19 F-16, e pudéssemos ter que adquirir F-16V adicionais, novos, esta opção ficaria praticamente ao mesmo preço que os Rafale em segunda mão + upgrade, pelo simples facto que o Rafale tinha de incluir tudo o que é custos com a logística e treino, enquanto os F-16V não precisavam de nada disso.

Limitar-nos a uma nova modernização dos nossos F-16, fica muito mais barato que comprar Rafales usados e colocar-lhes em cima um upgrade. Fora os custos de operação mais elevados do Rafale, e os milhões de euros que vais ter que gastar a treinar os pilotos para o novo caça.

Para mim um debate sobre os méritos inclui - e muito - as condições "do negócio"... podemos, obviamente, considerar a parte técnica separadamente - mas o negócio inclui (ou deve incluir) todas as variáveis. No meu caso até prefiro - se tiver de ser 4.5G novos - o mais barato (na esperança que venha o 6.0, ASAP, depois).   

O "4.5G" mais barato no mercado Ocidental, é o KF-21. Se comprares 4.5G novos, a probabilidade de gastarem dinheiro num 6G nas 2 décadas seguintes é praticamente nula.

Neste contexto, dos 4.5G novos, o único que faria sentido seria o KF-21 por ter em desenvolvimento uma versão 5G. Neste caso, era plausível a FAP chegar perto das 40 aeronaves, ao ter uma esquadra com a variante 4.5G, e outra esquadra com a versão 5G, havendo comunalidade entre as duas aeronaves - e seria possível entrar directamente no programa.

Se a ideia for operar 4.5G + 5G, então a opção dos KF-21 é a que faz logisticamente mais sentido. Operar um eurocanard ao lado do F-35 ou FCAS/GCAP não faz sentido logisticamente.

Temos que compreender que, qualquer caça comprado novo, além de ter custos muito próximos aos do F-35, teria que aguentar até 2060/70. Por isso é que esta decisão tem que ser tomada com pés e cabeça, e em contexto nenhum pode resultar na compra de um 4.5G novo como único avião de caça da FAP.

O teu comentario revela o maior problema do Forum no que diz respeito ao novo caça.
Não se pode tratar de um debate sobre os méritos de caças.
Será um debate sobre os méritos de caças e o negócio proposto em torno de cada um. Coisa que neste momento  desconhecemos.

Os foristas, em geral, consideram o negócio "político-económico" proposto por um construtor como um crime.
Na realidade, a compra de um caça sem qualquer negócio político-económico associado é que é um crime.

Errado. O negócio do novo caça tem que ter como principais critérios, os critérios técnicos, a sustentação da frota a longo prazo (incluindo desenvolvimento de actualizações) e a adequabilidade da aeronave para operar durante as próximas décadas.

Critérios estúpidos tipo "fabricar Gripen em Portugal" não fazem sentido, e mais não são que um truque para enganar os parvos a comprar o dito avião.

As propostas com mais potencial para um negócio que envolva a indústria nacional, são:
-F-35, onde uma simples unidade de produção de componentes manter-se-á aberta durante décadas dado o volume de clientes.
-KF-21 e Kaan, nos quais existe abertura para entrar nos programas, trazer uma parte significativa da produção para o país, e são aviões que terão uma quota de mercado interessante, com tantos países que não terão aprovação para comprar F-35.
-FCAS e GCAP, onde podíamos entrar num programa de topo e ter uma participação relevante e duradoura.

Os eurocanards não oferecem nada melhor, pelo simples facto que não vão vender unidades suficientes para justificar mais uma linha de montagem, nem estão abertos para qualquer tipo de participação adicional no seu desenvolvimento.
Dos 3, o Typhoon seria o menos mau, pelo simples facto de Espanha os usar, criando facilidades logísticas caso quiséssemos comprar em 2a mão para desenrascar até chegarem os primeiros FCAS ou GCAP. Neste contexto, a solução stop-gap que fazia sentido, era modernizar 19 F-16 e adquirir 14-16 Typhoon Tranche 2 usados.


Tecnicamente, de caças em segunda mão, existe uma outra opção. 28-30 F-16 Block 60 dos EAU. Não sei quão disponíveis estariam para negociar, mas estes seriam praticamente F-16 já com um upgrade em cima, radar AESA, CFTs, e com menos anos que os nossos. Os Emirados podiam aumentar a encomenda de Rafale para colmatar a redução da frota destes aviões, e para nós a transição seria menos onerosa do que comprar um caça usado completamente diferente do F-16.
 
Os seguintes utilizadores agradeceram esta mensagem: Charlie Jaguar, mayo

*

Pilotasso

  • Membro
  • *
  • 115
  • Recebeu: 54 vez(es)
  • Enviou: 29 vez(es)
  • +47/-11
Re: F-35A Lightning II na FAP
« Responder #2688 em: Abril 19, 2025, 05:31:42 pm »
Nós tivemos uma linha de modificação na BA5 em complemento àquela que existia na OGMA (docas diferentes dentro da sequência do processo de modernização).
Esta estória da linha de produção do Gripen na OGMA é algo completamente diferente. A produção de raiz mesmo que se fosse só de secções/módulos da aeronave não seria possivel de realizar num hangar. Precisaria de nova infra-estrutura que ainda não existe com pessoal que demoraria tempo a contratar a formar. Se a nossa intenção é adquirir caças modernos de 1ª linha e atempadamente esta opção é para esquecer. O MLU demorou anos a entrar nos eixos, por isso imaginem agora fabrico de 1 avião geração 4.5. Vai demorar tanto tempo e dinheiro que os caças de 6ª geração estarão ao virar da esquina, mais vale a pena comprar um de 5ª de raiz e depois montar infra estrtutura de moderização/manutenção para nacionais e aliados mais tarde, teriamos mais tempo de pensar em algo com pés e cabeça ao mesmo tempo que recebiamos melhores caças se calhar mais depressa.
« Última modificação: Abril 19, 2025, 05:35:34 pm por Pilotasso »
 
Os seguintes utilizadores agradeceram esta mensagem: nelson38899

*

saabGripen

  • Investigador
  • *****
  • 1878
  • Recebeu: 267 vez(es)
  • Enviou: 103 vez(es)
  • +1084/-1904
Re: F-35A Lightning II na FAP
« Responder #2689 em: Abril 19, 2025, 06:14:16 pm »
Nós tivemos uma linha de modificação na BA5 em complemento àquela que existia na OGMA (docas diferentes dentro da sequência do processo de modernização).
Esta estória da linha de produção do Gripen na OGMA é algo completamente diferente. A produção de raiz mesmo que se fosse só de secções/módulos da aeronave não seria possivel de realizar num hangar. Precisaria de nova infra-estrutura que ainda não existe com pessoal que demoraria tempo a contratar a formar. Se a nossa intenção é adquirir caças modernos de 1ª linha e atempadamente esta opção é para esquecer. O MLU demorou anos a entrar nos eixos, por isso imaginem agora fabrico de 1 avião geração 4.5. Vai demorar tanto tempo e dinheiro que os caças de 6ª geração estarão ao virar da esquina, mais vale a pena comprar um de 5ª de raiz e depois montar infra estrtutura de moderização/manutenção para nacionais e aliados mais tarde, teriamos mais tempo de pensar em algo com pés e cabeça ao mesmo tempo que recebiamos melhores caças se calhar mais depressa.

Parece-me que o Pilotasso tem obrigação de saber que não existe estória nenhuma de produzir Gripens em Portugal até isso ser proposto pela SAAB.

E se for, confio que o proposto não será um "esquemazinho num hangar" á moda do Pilotasso ou do dc.
Alguém aqui pensa mesmo que seria?

Se e quando o dia da proposta chegar, terei mais confiança na SAAB que a faz e nos portugueses que a irão analisar que naqueles que aqui no Forum inventam cenários apenas para os rejeitar.


« Última modificação: Abril 19, 2025, 06:15:34 pm por saabGripen »
 

*

saabGripen

  • Investigador
  • *****
  • 1878
  • Recebeu: 267 vez(es)
  • Enviou: 103 vez(es)
  • +1084/-1904
Re: F-35A Lightning II na FAP
« Responder #2690 em: Abril 19, 2025, 06:19:54 pm »


Espero que quem anda por aqui mas não participa na discussão esteja a tirar  notas.

 

*

Pilotasso

  • Membro
  • *
  • 115
  • Recebeu: 54 vez(es)
  • Enviou: 29 vez(es)
  • +47/-11
Re: F-35A Lightning II na FAP
« Responder #2691 em: Abril 19, 2025, 06:24:59 pm »
Nós tivemos uma linha de modificação na BA5 em complemento àquela que existia na OGMA (docas diferentes dentro da sequência do processo de modernização).
Esta estória da linha de produção do Gripen na OGMA é algo completamente diferente. A produção de raiz mesmo que se fosse só de secções/módulos da aeronave não seria possivel de realizar num hangar. Precisaria de nova infra-estrutura que ainda não existe com pessoal que demoraria tempo a contratar a formar. Se a nossa intenção é adquirir caças modernos de 1ª linha e atempadamente esta opção é para esquecer. O MLU demorou anos a entrar nos eixos, por isso imaginem agora fabrico de 1 avião geração 4.5. Vai demorar tanto tempo e dinheiro que os caças de 6ª geração estarão ao virar da esquina, mais vale a pena comprar um de 5ª de raiz e depois montar infra estrtutura de moderização/manutenção para nacionais e aliados mais tarde, teriamos mais tempo de pensar em algo com pés e cabeça ao mesmo tempo que recebiamos melhores caças se calhar mais depressa.

Parece-me que o Pilotasso tem obrigação de saber que não existe estória nenhuma de produzir Gripens em Portugal até isso ser proposto pela SAAB.

E se for, confio que o proposto não será um "esquemazinho num hangar" á moda do Pilotasso ou do dc.
Alguém aqui pensa mesmo que seria?

Se e quando o dia da proposta chegar, terei mais confiança na SAAB que a faz e nos portugueses que a irão analisar que naqueles que aqui no Forum inventam cenários apenas para os rejeitar.

quer proponha ou não o resultado será o mesmo, a entrega tradia de um caça superado, até porque a SAAB não tem cadência de produção suficiente. Se propor antão aquilo que eu disse acima aplica-se. Por isso não percebi o entusiasmo do senhor SABGRIPEN. É um argumento futil pois trata-se de uma situação loose-loose.
Acredito mais que seja mais uma daquelas estratégias dos concursos em que um fabricante é badalado nas noticias até que o outro acaba por ser o escolhido. Boa sorte.
« Última modificação: Abril 19, 2025, 06:26:57 pm por Pilotasso »
 

*

saabGripen

  • Investigador
  • *****
  • 1878
  • Recebeu: 267 vez(es)
  • Enviou: 103 vez(es)
  • +1084/-1904
Re: F-35A Lightning II na FAP
« Responder #2692 em: Abril 19, 2025, 07:03:39 pm »
Nós tivemos uma linha de modificação na BA5 em complemento àquela que existia na OGMA (docas diferentes dentro da sequência do processo de modernização).
Esta estória da linha de produção do Gripen na OGMA é algo completamente diferente. A produção de raiz mesmo que se fosse só de secções/módulos da aeronave não seria possivel de realizar num hangar. Precisaria de nova infra-estrutura que ainda não existe com pessoal que demoraria tempo a contratar a formar. Se a nossa intenção é adquirir caças modernos de 1ª linha e atempadamente esta opção é para esquecer. O MLU demorou anos a entrar nos eixos, por isso imaginem agora fabrico de 1 avião geração 4.5. Vai demorar tanto tempo e dinheiro que os caças de 6ª geração estarão ao virar da esquina, mais vale a pena comprar um de 5ª de raiz e depois montar infra estrtutura de moderização/manutenção para nacionais e aliados mais tarde, teriamos mais tempo de pensar em algo com pés e cabeça ao mesmo tempo que recebiamos melhores caças se calhar mais depressa.

Parece-me que o Pilotasso tem obrigação de saber que não existe estória nenhuma de produzir Gripens em Portugal até isso ser proposto pela SAAB.

E se for, confio que o proposto não será um "esquemazinho num hangar" á moda do Pilotasso ou do dc.
Alguém aqui pensa mesmo que seria?

Se e quando o dia da proposta chegar, terei mais confiança na SAAB que a faz e nos portugueses que a irão analisar que naqueles que aqui no Forum inventam cenários apenas para os rejeitar.

quer proponha ou não o resultado será o mesmo, a entrega tradia de um caça superado, até porque a SAAB não tem cadência de produção suficiente. Se propor antão aquilo que eu disse acima aplica-se. Por isso não percebi o entusiasmo do senhor SABGRIPEN. É um argumento futil pois trata-se de uma situação loose-loose.
Acredito mais que seja mais uma daquelas estratégias dos concursos em que um fabricante é badalado nas noticias até que o outro acaba por ser o escolhido. Boa sorte.

O que eu estou a badalar é que tudo indica que 3 construtores europeus vão fornecer propostas ao governo português. Com contrapartidas.

Estou a badalar que tudo indica que isso vai ser A PEDIDO do governo português.
Estou a badalar que nada impede que outros construtores façam o mesmo, incluindo a LM, koreanos e turcos.

Estou a badalar que isto é muito diferente do cenário anterior em que uns quantos andaram por aqui a badalar que a FAP ia comprar F-35.

Quem quer ver-me aqui a escolher um avião ...
... vai ter que se ir badalar.

O saabGripen está aqui para se divertir.
E vai ser á brava.
                           
« Última modificação: Abril 19, 2025, 07:06:31 pm por saabGripen »
 

*

Pneucareca

  • Membro
  • *
  • 91
  • Recebeu: 56 vez(es)
  • Enviou: 754 vez(es)
  • +163/-118
Re: F-35A Lightning II na FAP
« Responder #2693 em: Abril 19, 2025, 08:06:19 pm »
Já outros que estão aqui e participam na discussão, estão cá para receber notas...
 
Os seguintes utilizadores agradeceram esta mensagem: P44

*

Viajante

  • Investigador
  • *****
  • 4775
  • Recebeu: 2792 vez(es)
  • Enviou: 1558 vez(es)
  • +7916/-5534
Re: F-35A Lightning II na FAP
« Responder #2694 em: Abril 19, 2025, 09:26:02 pm »
O que eu estou a badalar é que tudo indica que 3 construtores europeus vão fornecer propostas ao governo português. Com contrapartidas.

Estou a badalar que tudo indica que isso vai ser A PEDIDO do governo português.
Estou a badalar que nada impede que outros construtores façam o mesmo, incluindo a LM, koreanos e turcos.

Estou a badalar que isto é muito diferente do cenário anterior em que uns quantos andaram por aqui a badalar que a FAP ia comprar F-35.

Quem quer ver-me aqui a escolher um avião ...
... vai ter que se ir badalar.

O saabGripen está aqui para se divertir.
E vai ser á brava.
                           

E quais são essas contrapartidas que o país teria com a vinda hipotética do Gripen?
Que Valor Acrescentado cria o desempacotar os caixotes da SAAB a chegarem às OGMA e voltar a montar tudo de novo? Não me diga que as OGMA têem capacidade de produzir do zero o Gripen!?
E já agora, sabendo que as OGMA são detidas apenas a 35% pelo Estado Português, quanto é que teríamos de pagar em subsídios europeus (que já ultrapassam os 100 milhões de euros) e já agora do Orçamento de Estado?

Quando falamos de contrapartidas, temos de colocar em cima da mesa o deve (compra dos caças + subsídios comunitários + benefícios fiscais) e o haver (montar as peças dos aviões + RH a acrescer + Manutenção futura).

Se Portugal costuma ter de aguentar 1 caça por 40 anos, já temos o F-35 a voar à 10 anos e estamos a pouco mais de termos um novo de 6ª geração, se vamos gastar vários milhares de milhões de euros num caça novo, que vai voar entre 2030 (talvez um pouco mais cedo, não sei) e 2070, faz algum sentido apostar num 4,5G?

Excepto se existir algum bom negócio que não sabemos (presumo até outros aviões europeus já usados)!!!
 
Os seguintes utilizadores agradeceram esta mensagem: Pneucareca

*

Cabeça de Martelo

  • Investigador
  • *****
  • 23191
  • Recebeu: 4119 vez(es)
  • Enviou: 2891 vez(es)
  • +2730/-4494
Re: F-35A Lightning II na FAP
« Responder #2695 em: Abril 19, 2025, 10:44:06 pm »
Dc os Rafales em segunda mão ficariam mais baratos do que F16 ou Gripen novos. Ninguém se queixa quando falamos de mais uma modernização dos nossos F16, mas agora já há problema?

Mas onde é que iríamos comparar F-16 novos? A sugestão principal tem sido modernizar os actuais F-16.
Num caso hipotético em que só fosse viável modernizar uns 19 F-16, e pudéssemos ter que adquirir F-16V adicionais, novos, esta opção ficaria praticamente ao mesmo preço que os Rafale em segunda mão + upgrade, pelo simples facto que o Rafale tinha de incluir tudo o que é custos com a logística e treino, enquanto os F-16V não precisavam de nada disso.

Limitar-nos a uma nova modernização dos nossos F-16, fica muito mais barato que comprar Rafales usados e colocar-lhes em cima um upgrade. Fora os custos de operação mais elevados do Rafale, e os milhões de euros que vais ter que gastar a treinar os pilotos para o novo caça.

Os nossos F16 duram no máximo até 2035, com ou sem modernização. E a opção nessa altura passaria por adquirir o eurocanards ou o F35, fazendo a possibilidade de adquirir um caça de 6a geração nas próximas décadas uma impossibilidade total.

Se adquirimos um eurocanard em segunda mão modernizados, os mesmos durariam perfeitamente até 2040/45 altura que tenho a certeza que haverá outras possibilidades europeias no mercado, quer Portugal participe num desses programas ou não.
7. Todos os animais são iguais mas alguns são mais iguais que os outros.

 

*

dc

  • Investigador
  • *****
  • 9827
  • Recebeu: 5023 vez(es)
  • Enviou: 843 vez(es)
  • +5359/-1065
Re: F-35A Lightning II na FAP
« Responder #2696 em: Abril 19, 2025, 11:08:30 pm »
Citar
O que eu estou a badalar é que tudo indica que 3 construtores europeus vão fornecer propostas ao governo português. Com contrapartidas.

Errado.

O que tudo indica, é que 3 construtores europeus vão fazer propostas a seco. As contrapartidas são fruto da tua imaginação, pois até agora não houve indicação nenhuma disso.

Oficialmente não há sequer um concurso a decorrer, nem tão pouco um orçamento, nem critérios elaborados para definir sequer a quantidade ou prazos de entrega.

A haver um concurso para caças novos, não pode vencer um 4.5G de maneira alguma, ponto. Não importa o que poderia vir nas "contrapartidas", o país não pode ficar até 2070 com um avião que em breve ficaria 2 gerações atrasado.

Se querem contrapartidas, que pensem nelas para o F-35, Kaan, KF-21, FCAS ou GCAP.

Os nossos F16 duram no máximo até 2035, com ou sem modernização. E a opção nessa altura passaria por adquirir o eurocanards ou o F35, fazendo a possibilidade de adquirir um caça de 6a geração nas próximas décadas uma impossibilidade total.

Se adquirimos um eurocanard em segunda mão modernizados, os mesmos durariam perfeitamente até 2040/45 altura que tenho a certeza que haverá outras possibilidades europeias no mercado, quer Portugal participe num desses programas ou não.

Ao que tudo indica, essa ideia pode ser falaciosa, dos F-16 só aguentarem até 2035. É possível parte deles não aguentasse até 2040-45, mas não seriam todos.

Mas para tirar as teimas, era realizar um estudo detalhado acerca do estado das células, e só depois tomar decisões.

Comprar eurocanards em segunda mão, será ainda assim estupidamente caro, não só pelos custos base, como pelos custos da transição para uma aeronave completamente diferente.

E os caças em segunda mão, não têm que ser forçosamente eurocanards, podendo ir-se buscar uns 30 F-16 Block 60 aos EAU, se eles os disponibilizarem, e não tens custos tão avultados para a transição.
Tal como não seria descabido ires buscar células F-16 ao AMARG, e estas fazerem logo o upgrade V antes de chegarem, e aqui tinhas uma solução stop gap.

Para se ter noção, este último exemplo, permitia que modernizasses um determinado número de F-16 da FAP, que ainda aguentem até 2040/45, e despachar os restantes substituindo-os por F-16 do AMARG, que por sua vez recebiam o mesmo upgrade V.
É inteiramente possível que tenhas qualquer coisa como 22 F-16 viáveis para tal modernização, e que precisee de ir buscar 6 ao AMARG para chegar aos 28. Isto sai muito mais barato como solução stop-gap, do que enveredar por uma frota completamente diferente.
 
Os seguintes utilizadores agradeceram esta mensagem: P44

*

P44

  • Investigador
  • *****
  • 21401
  • Recebeu: 6906 vez(es)
  • Enviou: 7935 vez(es)
  • +8081/-12675
Re: F-35A Lightning II na FAP
« Responder #2697 em: Abril 22, 2025, 03:08:26 pm »
Citar

Adquirir aviões F35 está em cima da mesa? "Portugal não tem alternativa"
Passando depois para o investimento em Defesa - que, na abertura, o ministro Nuno Melo defendera -, o chefe do Estado-Maior da Força Aérea reforçou que, neste momento, "Portugal não tem alternativa" a não ser adquirir caças F35 que, apesar de serem dos Estados Unidos, são "montados na Europa".

"São aviões de quinta geração. Todos os países têm. A Alemanha, por exemplo, comprou 80 porque não há alternativa. Os aviões de fabrico europeu, do Rafale ao Eurofighter, são menos avançados. Podemos pensar num caça europeu avançado daqui a 20 anos, mas agora não há alternativa", frisou o responsável.



https://www.dn.pt/sociedade/chefes-militares-pedem-mais-investimento-e-capacidade-t%C3%A9cnica-para-travar-sa%C3%ADdas-de-uma-carreira-digna
"[Os portugueses são]um povo tão dócil e tão bem amestrado que até merecia estar no Jardim Zoológico"
-Dom Januário Torgal Ferreira, Bispo das Forças Armadas
 

*

saabGripen

  • Investigador
  • *****
  • 1878
  • Recebeu: 267 vez(es)
  • Enviou: 103 vez(es)
  • +1084/-1904
Re: F-35A Lightning II na FAP
« Responder #2698 em: Abril 22, 2025, 03:38:55 pm »
Citar

Adquirir aviões F35 está em cima da mesa? "Portugal não tem alternativa"
Passando depois para o investimento em Defesa - que, na abertura, o ministro Nuno Melo defendera -, o chefe do Estado-Maior da Força Aérea reforçou que, neste momento, "Portugal não tem alternativa" a não ser adquirir caças F35 que, apesar de serem dos Estados Unidos, são "montados na Europa".

"São aviões de quinta geração. Todos os países têm. A Alemanha, por exemplo, comprou 80 porque não há alternativa. Os aviões de fabrico europeu, do Rafale ao Eurofighter, são menos avançados. Podemos pensar num caça europeu avançado daqui a 20 anos, mas agora não há alternativa", frisou o responsável.



https://www.dn.pt/sociedade/chefes-militares-pedem-mais-investimento-e-capacidade-t%C3%A9cnica-para-travar-sa%C3%ADdas-de-uma-carreira-digna

A Alemanha comprou 35 (não 80) porque não tem alternativa para transportar bombas atómicas americanas.

Há alguma coisa que não bate bem na FAP.
Um CEMFA tão fixado em comprar F-35 não pode cometer estas calinadas.
Devia saber tudo oque há a saber sobre o avião - e não sabe.
E é um piloto.
« Última modificação: Abril 22, 2025, 03:40:05 pm por saabGripen »
 

*

mafets

  • Investigador
  • *****
  • 9847
  • Recebeu: 3890 vez(es)
  • Enviou: 1185 vez(es)
  • +4128/-7021
Re: F-35A Lightning II na FAP
« Responder #2699 em: Abril 22, 2025, 03:45:55 pm »
Citar

Adquirir aviões F35 está em cima da mesa? "Portugal não tem alternativa"
Passando depois para o investimento em Defesa - que, na abertura, o ministro Nuno Melo defendera -, o chefe do Estado-Maior da Força Aérea reforçou que, neste momento, "Portugal não tem alternativa" a não ser adquirir caças F35 que, apesar de serem dos Estados Unidos, são "montados na Europa".

"São aviões de quinta geração. Todos os países têm. A Alemanha, por exemplo, comprou 80 porque não há alternativa. Os aviões de fabrico europeu, do Rafale ao Eurofighter, são menos avançados. Podemos pensar num caça europeu avançado daqui a 20 anos, mas agora não há alternativa", frisou o responsável.



https://www.dn.pt/sociedade/chefes-militares-pedem-mais-investimento-e-capacidade-t%C3%A9cnica-para-travar-sa%C3%ADdas-de-uma-carreira-digna

É a isto que chamo um verdadeiro verbo de encher, ou troca tintas político. Esta semana já não existe alternativa a semana passada existia.  :mrgreen:

Saudações  :mrgreen:

P.S. O que vale é que a Turquia deve fazer o Kaan no outro lado do Bósforo. Já os abastecedores é no lado Europeu.  :mrgreen: 



P.S. 2 - Se o MDN fosse um tipo inteligente dizia que o preço do Kaan é de 100 milhões a unidade. Mas como vira casacas...  :mrgreen:

https://defencesecurityasia.com/en/kaan-price-turkiye/

P.S. 3 - Ou dizia que o F35B não tem alternativa.  :mrgreen:

"Nunca, no campo dos conflitos humanos, tantos deveram tanto a tão poucos." W.Churchil

http://mimilitary.blogspot.pt/