Ninguém sabe por aqui, só temos as famosas "perceções" 
O que se sabe é que houve uma tentativa da EMBRAER de aumentar o valor na negociação e o Governo conseguiu manter o valor anteriormente acordado e já inscrito na LPM - ou em parte conseguiu, facilmente podem ter acertado abdicar de algo para manter o valor (manutenção, formação, sobresselentes, etc); agora já tinha havia um valor, anterior à LPM que foi aumentado? Era 80 milhões? Isso a notícia não responde e pergunto de novo - de onde veio essa informação? E, se existiu esse valor, era com manutenção? Garantia? Pneus? Asas? Porque - repito - os valores de aquisições militares são difíceis de estabelecer, não é só o "aparelho".
Mas, instintivamente, não julgas 80 milhões demasiado barato?! Como se comparava com um C130J...?
Podemos "rasgar as vestes" por não termos A-400M (que é outro segmento, não é melhor), por termos sido enganados no valor (o que é mt discutível)... o avião aparenta ser muito bom, temos participação industrial, temos "hub" na Europa para formação (e manutenção?), etc; algo que corra bem, é raro.
Rapaz, o contrato que o Governo português estava preparado para pagar, era para pelo menos 20 anos de manutenção. Foi cortado para 12.
O próprio preço do simulador é superior ao esperado.
80M por um cargueiro táctico, feito com mão de obra barata, era espectável.
E sim, era espectável que fosse mais barato que o C-130J, que é feito nos EUA com mão de obra 4x mais cara (ou 10x, dependendo do país em comparação).
Se não consideravam possível o custo unitário de 80M (que no início do programa prometiam ficar-se entre os 50-60M), não o publicitavam.
"Ah mas como é que sabem que o preço unitário não era de 100M?" Porque quando Portugal, participante no programa, vai assinar contrato, o Governo fica surpreendido com o preço que a Embraer veio pedir.
A questão aqui não é o C-130 ou o A-400, é o facto de uma empresa sentir-se confortável com esta falta de transparência para com um membro do programa, e a forma como nós enquanto país, nos curvarmos perante a dita empresa.
No caso português, os 827M de euros dão 165.4M por avião. Isto é o custo total do programa dividido por 5 aeronaves.
O custo unitário, sem nada de treino, sobressalentes, há-de estar no valor de 606M para 5 aeronaves mais 1 simulador. Se o simulador custar exactamente o mesmo que uma aeronave, então cada avião custaria 101M. O simulador deve custar menos, logo são 101M+ garantidamente.
PS: o A-400M é objectivamente melhor. Afirmar que não é, é tão ridículo quanto dizer que o C-17 não é melhor que o C-130. Obviamente que pagas pelas qualidades acrescidas do A-400.