KC-390 na FAP

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JohnM

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Re: KC-390 na FAP
« Responder #4605 em: Hoje às 01:16:12 pm »
O ministro da Defesa Nacional, Nuno Melo, recebeu esta quinta-feira o ministro da Defesa da Suécia, Pål Jonson, novo membro da NATO que tem um acordo com a empresa de aeronáutica brasileira Embraer, para a compra de quatro aviões KC-390, que são co-produzidos por Portugal na OGMA e em Évora. Nuno Melo já tinha anunciado a aquisição de dez aeronaves ao Brasil para vender aos aliados, gerando um retorno de pelo menos €11,3 milhões por unidade para a economia portuguesa. O Expresso chegou a noticiar que pelo três países tinham manifestado interesse em adquirir várias unidades. Um deles será a Suécia.

Os dois ministros (…) poderão ver o simulador de KC-390, o avião de transportes que já está a substituir os velhos Hércules C-130 norte-americanos.

Segundo apurou o Expresso, os benefícios para a economia portuguesa estarão garantidos com a compra por parte do governo sueco, mesmo que o negócio seja feito através do Brasil, uma vez que as especificações NATO destas aeronaves foram desenvolvidas por Portugal e pela Força Aérea com a Embraer (que é acionista da OGMA). No mínimo, esta aquisição deverá valer uma contrapartida de pelo menos €2 milhões diretos para a FAP, por cada aeronave.

O Governo português assinou um memorando com a Embraer para a aquisição de mais 10 aeronaves, para depois serem vendidas a outros Estados. A Grécia, os Países Baixos e Marrocos estarão entre os interessados.

A visita do ministro sueco Pål Jonson deverá servir igualmente para sensibilizar o Governo português para o caça Gripen, que a Saab já vendeu ao Brasil, onde também estabeleceu um acordo de co-produção com a Embraer para a produção dos jactos de combate. A Força Aérea Brasileira adquiriu 36 unidades (dez já foram entregues), que são montados numa unidade fabril em Gavião Peixoto. Em 2018, a Saab inaugurou também uma fábrica de aeroestruturas para o Gripen em São Bernardo do Campo, que irá produzir o cone de cauda, os travões aerodinâmicos, as fuselagens traseira e dianteira do Gripen E. Esta unidade inclui um laboratório especializado para a manutenção do radar AESA e dos sensores de guerra eletrónica do caça.

A Força Aérea Portuguesa, no entanto, tem manifestado preferência pelos F-35 norte-americanos - aviões ultra conectados, de 5ª geração - mas o ministro da Defesa, Nuno Melo, chegou a afastar essa possibilidade, dada a instabilidade manifestada pela nova administração de Donald Trump. Portugal poderá, eventualmente, participar num projeto a pensar na próxima geração de caças (de 6ª geração) e não optar imediatamente por nenhum dos que está no mercado.
 
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