1- Não se sabe que preços seriam praticados pelos concorrentes, porque não houve concurso nem pedidos de informação sobre outras aeronaves além do 390.
2- Certo, no entanto não precisávamos de adquirir já e ainda por cima estoirar 20% da LPM em aeronaves de carga, havendo outros programas igualmente prioritários com necessidade de ser executados com urgência. Ao invés disso, vai-se tapando buracos aqui e ali (MLU das VdG, Lynx, C-130, etc) para se poder comprar o 390. Podiam-se ter comprado 3 e assim pelo menos poupavam-se alguns milhões que seriam usados noutros programas, especialmente que o 390 só vem a partir de 2023.
3- Açores e Madeira também são bons exemplos de "projecção", em que se fosse necessário transportar uma carga de 30 toneladas, um A-400 bastava e num só voo, já o 390 precisaria de 2 viagens ou de 2 aeronaves. Além de que, tendo em conta o "tipo" de projecção que fazemos, em cenários de catástrofe ou em países sem infraestruturas em condições para aterrar e descolar aeronaves de grande porte, o C-130 apresentava a grande vantagem de, não só poder operar em pistas semi-preparadas, como consegue descolar de pistas muito curtas. Algo que o 390 ainda tem que provar.
4- O A-400 não transporta o Leopard, o C17 é que transporta. Mas de resto transporta tudo e em maior quantidade em certos casos. O 390 transporta tudo o resto sim, mas sacrificando muito o alcance. Além de que, muitas vezes a limitação destas aeronaves não é só a capacidade de carga em tonelagem, é também as dimensões do interior da aeronave.
5- Tal como ganharia se adquirisse qualquer um dos concorrentes, todos eles modernos e multifacetados.
C-130 da RAF:

A400M: (ler onde diz Defences)

Resumindo, o 390 tem potencial para ser um excelente avião sim, mas nesta fase em que temos tantas prioridades de reequipamento, 20% do orçamento de defesa em aeronaves de transporte, é muito dinheiro, ainda mais se somarmos o dinheiro que se vai gastar na modernização dos C-130 para os aguentar até à vinda dos 390.