A Marinha foi alvo de um desinvestimento vergonhoso nos últimos 20 anos, tendo levado a uma situação absolutamente crítica em que tanto a frota de patrulha e fiscalização como a frota de combate de superfície precisam de ser renovadas com urgência. Das duas, a primeira é claramente a que está em piores condições, quer se goste quer não, com corvetas com 50 anos a terem que permanecer operacionais. Os primeiro NPO entrou ao serviço em 2011 e o último dos 10 devia ter entrado em 2020. Hoje estaríamos a falar da substituição das fragatas… assim, atrasou tudo 10 anos. A Marinha precisa dos 10 NPO e dos 8 NPC como de pão para a boca, enquanto as fragatas, mal ou bem, ainda aguentam mais uns anos, especialmente as BD. Agora que finalmente os NPO 3S estão a ser construídos e os NPC também parecem encaminhados, é altura de dar atenção à frota de combate. Não fosse a Guerra da Ucrânia e a nova Administração americana e duvido que isso viesse a acontecer, mas assim, pela primeira vez em muitos anos, estou relativamente otimista que vamos acabar por adquirir uma frota de combate decente. Por exemplo, há 3 anos seria impossível alguém vir falar de adquirir mais submarinos, porque era absolutamente tóxico; hoje já é mais ou menos um dado adquirido que precisamos deles… lentamente coisa vai lá… deixem-me ser otimista, está um dia lindo lá fora…