Bons tempos em que essa era a ideia de GM e todos criticavam…
Está escrito e desenhado no documento que publicou em 2019.
Não existe na Marinha o poderoso loby Embraer, senão já tínhamos uma merda qualquer que eles vendessem.
Entretendo o assunto dos Crossover é falado aqui há anos, como um meio para substituir as VdG, mas com capacidade de soberania e de logística sem necessidade de escolta.
Com os mK41, pode encaixar uns ESSM ou outra arma nem que fosse anti subamarina. Tem 8 lançadores de Harpoon. Tem helicóptero embarcado, que pode ser anti submarino ou para apoio logístico. Tem peça principal do calibre que quiserem lá enfiar e mais dois pontos para canhões de tiro rápido ou até RAM.
Está á altura de apoiar os arquipélagos ou de largar meios terrestres onde houver tiver necessidade. Nomeadamente onde Portugal tem missões, como o caso da Roménia ou na Lituânia.
Mas não, os patetões fantasiosos não encaixam isso. Sonham com enxames de drones da fnac, para brincarem
Os Crossover já eram falados aqui no Fórum, antes do CEMA ser CEMA, e provavelmente até antes do Covid.
A grande diferença, é que quando falamos nos Crossover, falamos apenas nas versões de combate (131 C ou 139 CF), enquanto combatentes de segunda-linha (equivalente a fragatas ligeiras/ASW), que seriam posteriormente complementados por fragatas de topo.
Também se chegou a olhar para os Crossover na versão anfíbia (131 A) como alternativa(s) ao NAVPOL.
Também se chegou a debater a ideia de adquirir as versões 115 S ou mesmo 123 SF, enquanto substitutos dos 4 NPOs originais.
Os Crossover faziam sentido, na perspectiva de eliminar a necessidade a curto prazo de um LPD, e ter, assim sim, uma Marinha minimamente moderna e equilibrada.
Quando o CEMA fala dos Crossover, e isto é quando não muda de ideias constantemente, não só ele mantém a intenção de adquirir um NAVPOL (tendo a MGP uma overdose de navios logísticos, e praticamente nenhum combatente puro), como não especifica qual o modelo que ele pretende.
Destes todos, a qual deles ele se refere?
Uma coisa é ter uma Marinha com 8 na versão 131 C, ou 7 na versão 139 CF, totalmente equipados, ao invés de 4/5 "fragatas de 1000 milhões".
Outra é ter apenas 5 na versão 131 ou 139, com capacidade de combate equivalente a uma fragata ligeira, e que obviamente é insuficiente.
Outra é optar por uma das variantes não-combatentes, e achar que substitui fragatas por 10 da versão "Security" ou assim.
Aqui ninguém se queixava se o CEMA em vez de modernizar as VdG, encomendasse 3 XO 139 CF, e se as BD fossem substituídas na década de 30 por 2 fragatas mais dedicadas a AAW.
Também ninguém se queixava que a Marinha aumentasse o número de combatentes, com base na plataforma Crossover, com 7 navios, divididos entre 4 131 C ou 139 CF para ASW e 3 numa versão alongada (vamos chamar-lhe 147 CX) com mais VLS, e melhores radares, para AAW. Até podiam ser 3 + 3 nas respectivas variantes.
Agora, é este o plano? É que a julgar pela forma como ficou encantado com os MPSS, e pela forma como reinventou os NPCs com um convés de voo corrido, algo me diz que para ele, futuros navios combatentes (escoltas), têm que ter convés de voo corrido, por alguma razão esquisita.
E a ironia das ironias, é que se há navio que justifica um convés de voo corrido, é o NAVPOL, mas esse, segundo os slides das apresentações da Marinha, continua com a configuração estilo Rotterdam, apesar de um LPD de convés corrido/LHD já permitir operar drones de asa fixa, e de maiores dimensões que o PNM ou os MPSS alguma vez conseguirão.