O Reapetrechamento da Marinha

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Cabeça de Martelo

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Re: O Reapetrechamento da Marinha
« Responder #2565 em: Hoje às 02:23:10 pm »
Posso estar a perceber mal a situação, mas parece-me que a Marinha já tem o navio sob controlo. Até agora ainda ninguém soube explicar de onde vieram esses homens nem se realmente tomaram comando sob o navio ou se foram apenas detectados pelos tripulantes.
Contra a Esquerda woke e a Direita populista marchar, marchar!...

 

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dc

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Re: O Reapetrechamento da Marinha
« Responder #2566 em: Hoje às 03:13:47 pm »
Homens armados que, para já,  não apareceram.
Que poderão ter embarcado clandestinamente em um dos muitos portos por onde o navio passou recentemente.  Nenhum deles em Portugal.
Que foram vistos e identificados como estranhos à tripulação junto à costa portuguesa.
E que por aquilo que aqui leio, apesar de ainda não existir grande informação disponível,  culpa Portugal pelo acontecimento e espelha  o resultado da falta de meios.
Pela lógica,  todos os incidentes em aviões, muito frequentes, na área da responsabilidade portuguesa, são também eles da nossa responsabilidade.
Nem que sejam bêbados ingleses à porrada a 10 mil metros junto ao Algarve...

As notícias mencionaram que um navio tinha sido tomado por homens armados a 10km da costa portuguesa.

Com base nesta informação (limitada), facilmente se culpa a falta de meios, porque ela existe. Tu, sem informações adicionais, vieste dizer que não há falta de meios, passando o pano por cima do problema como se nada fosse.

Este caso até pode ter sido mal relatado pela comunicação social, e terem sido de facto homens que entraram clandestinamente no navio num dos portos por onde passou.
Isto não muda o facto de que existe falta de meios.

Também não muda o facto de que, se estes conseguiram entrar no navio clandestinamente, e só foram detectados a 10km da costa portuguesa, então existe o risco de que terroristas armados com AKs e RPGs consigam fazer o mesmo e só sejam detectados depois do navio atracar num porto nacional. Aí a questão passará a ser se os portos têm meios para lidar com este risco.
 
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P44

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Re: O Reapetrechamento da Marinha
« Responder #2567 em: Hoje às 03:16:43 pm »
Homens armados que, para já,  não apareceram.
Que poderão ter embarcado clandestinamente em um dos muitos portos por onde o navio passou recentemente.  Nenhum deles em Portugal.
Que foram vistos e identificados como estranhos à tripulação junto à costa portuguesa.
E que por aquilo que aqui leio, apesar de ainda não existir grande informação disponível,  culpa Portugal pelo acontecimento e espelha  o resultado da falta de meios.
Pela lógica,  todos os incidentes em aviões, muito frequentes, na área da responsabilidade portuguesa, são também eles da nossa responsabilidade.
Nem que sejam bêbados ingleses à porrada a 10 mil metros junto ao Algarve...

Já alguma vez tinha existido um ato de pirataria destes na costa portuguesa?

Pergunta sincera
"[Os portugueses são]um povo tão dócil e tão bem amestrado que até merecia estar no Jardim Zoológico"
-Dom Januário Torgal Ferreira, Bispo das Forças Armadas
 

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Charlie Jaguar

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Re: O Reapetrechamento da Marinha
« Responder #2568 em: Hoje às 03:26:06 pm »
Na ação de ontem foi empregue o Super Lynx Mk.95A "19205".

Saudações Aeronáuticas,
Charlie Jaguar

"(...) Que, havendo por verdade o que dizia,
DE NADA A FORTE GENTE SE TEMIA
"

Luís Vaz de Camões (Os Lusíadas, Canto I - Estrofe 97)
 
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P44

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Re: O Reapetrechamento da Marinha
« Responder #2569 em: Hoje às 03:51:32 pm »
Do espada e escudo



Navio porta-contentores Odysseus com elementos estranhos a bordo desencadeia acção de forças especiais portuguesas ao largo de Lagos | Lagos, Algarve, Portugal | 4 de Setembro de 2025

Navio mercante, porta-contentores, Odysseus (IMO: 9315824), de 222 metros de comprimento e 30 metros de boca, de 39 mil toneladas, de pavilhão liberiano, alvo de acção de visita, abordagem, busca e captura de meios navais por forças especiais da Polícia Marítima e Marinha Portuguesa, na manhã de 4 de Setembro de 2025, a 6 milhas náuticas a Sul de Lagos, após alerta e pedido de apoio da tripulação face à presença de elementos estranhos a bordo.

Proveniente de uma viagem à América do Sul, com localizações referenciadas em Caucedo, República Dominicana (30 de Julho), Cartagena, Colômbia (2 de Agosto), passagem Canal do Panamá, Atlântico (4 de Agosto), Peña Blanca, Panamá (5 de Agosto), Buenaventura, Colômbia (8 de Agosto), Paita, Peru (11 de Agosto), Posorja, Equador (12 de Agosto), Guayaquil, Equador (13 de Agosto), passagem no Canal do Panamá, Pacífico (16 de Agosto), Colón, Panamá (17 de Agosto), Moín, Costa Rica (19 de Agosto), Cartagena, Colômbia (21 de Agosto), Cartagena, Colômbia (22 de Agosto), o Odysseus alcançaria Vigo, Galiza, Espanha a 1 de Setembro de 2025. cerca das 22:50 UTC.

Largaria de Vigo pelas 02:00 UTC de 3 de Setembro de 2025, com destino a Málaga, no Sul de Espanha. Cruzaria ao largo da costa portuguesa, fora de águas territoriais, a uma velocidade na ordem dos 17 nós e a uma distância na ordem das 30 a 40 milhas náuticas da costa. Pelas 22:00 UTC de 3 de Setembro de 2025, quando navegava a 18 nós, rumo Sul-Sudeste, a cerca de 30 milhas náuticas a Oeste de Sagres, a tripulação do Odysseus reporta, via rádio, a presença a bordo de elementos estranhos à tripulação e solicita a assistência das autoridades portuguesas.

O contacto, processado pelo Centro do Controlo do Tráfego Marítimo (CCTM), foi escalado para o Centro de Operações Marítimas (COMAR) e, já com o navio mudando de rumo e encaminhado para águas territoriais portuguesas, levou o Capitão do Porto de Portimão, Comandante Luís Pousadas Godinho, a accionar os meios da Autoridade Marítima Nacional, designadamente da Polícia Marítima, com o apoio da Marinha, sendo desencadeada na manhã de 4 de Setembro de 2025 uma acção de visita, abordagem, busca e captura de meios navais ("Visit, Board, Search, and Seizure", VBSS) com envolvimento de um helicóptero Super Lynx Mk95 (19205), que descolou do Montijo pelas 09:28 UTC, com passagem pelo Ponto de Apoio Naval de Portimão, bem como de uma embarcação semi-rígida.

Terão aqui estado envolvidos operacionais do Grupo de Acções Tácticas (GAT) da Polícia Marítima (Autoridade Marítima Nacional, AMN) e do Destacamento de Abordagem (DABORD) da Unidade de Operações Especiais da Marinha Portuguesa. Consumada esta acção de VBSS, e sob protecção a bordo das forças portuguesas, o navio alterou o seu rumo para Norte, seguido a costa, tendo entrado no Porto de Sines, na costa Alentejana de Portugal Continental, pelas 23:19 UTC de 4 de Setembro de 2025 (e atracado pelas 01:20 UTC de 5 de Setembro de 2025) - e onde permanece actualmente atracado, pelas 11:14 UTC de 5 de Setembro de 2025.

O Odysseus foi construído em 2006 nos estaleiros sul-coreanos da Hyundai Mipo Dockyard Co., Ltd., sendo detido actualmente pela Ursa Major Ships Corp., com sede em Piraeus na Grécia, e gerido e operado pela Cosmoship Management S.A., com sede no mesmo local.

Foto via Marinha Portuguesa; Acompanhamento navio via Vessel Finder, seleccionado e editado por "Espada & Escudo"; Acompanhamento helicóptero via ADS-B Exchange, seleccionado e editado por "Espada & Escudo"

"[Os portugueses são]um povo tão dócil e tão bem amestrado que até merecia estar no Jardim Zoológico"
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Pescador

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Re: O Reapetrechamento da Marinha
« Responder #2570 em: Hoje às 04:46:46 pm »
Homens armados que, para já,  não apareceram.
Que poderão ter embarcado clandestinamente em um dos muitos portos por onde o navio passou recentemente.  Nenhum deles em Portugal.
Que foram vistos e identificados como estranhos à tripulação junto à costa portuguesa.
E que por aquilo que aqui leio, apesar de ainda não existir grande informação disponível,  culpa Portugal pelo acontecimento e espelha  o resultado da falta de meios.
Pela lógica,  todos os incidentes em aviões, muito frequentes, na área da responsabilidade portuguesa, são também eles da nossa responsabilidade.
Nem que sejam bêbados ingleses à porrada a 10 mil metros junto ao Algarve...

As notícias mencionaram que um navio tinha sido tomado por homens armados a 10km da costa portuguesa.

Com base nesta informação (limitada), facilmente se culpa a falta de meios, porque ela existe. Tu, sem informações adicionais, vieste dizer que não há falta de meios, passando o pano por cima do problema como se nada fosse.

Este caso até pode ter sido mal relatado pela comunicação social, e terem sido de facto homens que entraram clandestinamente no navio num dos portos por onde passou.
Isto não muda o facto de que existe falta de meios.

Também não muda o facto de que, se estes conseguiram entrar no navio clandestinamente, e só foram detectados a 10km da costa portuguesa, então existe o risco de que terroristas armados com AKs e RPGs consigam fazer o mesmo e só sejam detectados depois do navio atracar num porto nacional. Aí a questão passará a ser se os portos têm meios para lidar com este risco.

Acho que a culpa é do motorista.
Mas realmente atesta bem o estado de abandono do território marítimo nacional. O tal País virado para o Mar. Só se for o mar da palha, no meio do Tejo
 

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Lampuka

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Re: O Reapetrechamento da Marinha
« Responder #2571 em: Hoje às 05:16:09 pm »
Citar
Também não muda o facto de que, se estes conseguiram entrar no navio clandestinamente, e só foram detectados a 10km da costa portuguesa, então existe o risco de que terroristas armados com AKs e RPGs consigam fazer o mesmo e só sejam detectados depois do navio atracar num porto nacional. Aí a questão passará a ser se os portos têm meios para lidar com este risco   
Cá entre nós,  esse risco até poderemos apelidar de "risquinho".
Há outros bem piores,  e é só imaginar algo biológico ou nuclear.
Sinceramente,  na origem deste caso parece que Portugal não tem qualquer responsabilidade e quando foi chamado a intervir,  fê-lo bem, com os meios necessários.
Discordo,  para já,  do questionar a falta de meios especificamente neste episódio.
Não discuto a falta de meios em geral, e até acrescento que, caso o incidente tivesse acontecido longe, mais ao largo da costa, se calhar a história já seria outra.
O Linx não poderia operar sem apoio de uma Fragata, que poderia não estar disponível.
Os NPO's penso que não andam com pessoal para as abordagens no dia a dia.
Aí sim, a falta de meios seria evidente.
Neste caso, não.
João Pereira
 

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Lampuka

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Re: O Reapetrechamento da Marinha
« Responder #2572 em: Hoje às 05:43:57 pm »
Entretanto coloquei novidades no outro tópico sobre a actividade operacional,  que nem sei como descrever...

P.S. Parece que afinal os meios são tantos,  que até discutem entre eles.
« Última modificação: Hoje às 05:45:10 pm por Lampuka »
João Pereira