Com a escassez de pessoal que assola as FA, o investimento em SSGN faz cada vez mais sentido.
A muy recente parceria com a HHI deixa-me muito esperançoso que que a submarinos diz respeito. Até me dou ao luxo de ter alguma esperança num refurbishment do Alfeite, a curto/médio prazo.
Lamento desapontar, mas a parceria com a HHI é para submarinos mais pequenos, isso é referido EXPLICITAMENTE no texto. Não sei porque começam logo a especular sobre SSGKs… pelo que percebo, a Marinha quer mais submarinos e prefere ter dois mais pequenos, presumivelmente para operações costeiras (defesa de costa, portos, etc.), libertando assim os U209PN para operações em águas azuis e no âmbito da NATO, que apenas um maior… é tão simples como isso, não sei porque começam logo a inventar e criar expetativas completamente infundamentadas no que quer que seja.
Eu falei dos KSS-III antes sequer de ler o tópico onde mencionava a parceria com a HHI.
A Marinha está a partir do pressuposto que o orçamento será limitado. Daí haver sequer a comparação entre 1 submarino maior ou 2 pequenos. Com a perspectiva de aumento do investimento na Defesa, esta deveria deixar de ser uma preocupação.
A questão que se coloca aqui é a seguinte. Se realmente se gastar 3.5% do PIB na Defesa anualmente, estamos a falar de muito dinheiro. Se a Marinha não vai comprar fragatas nos próximos 10 anos, nem vai comprar 2 submarinos a sério, então vai gastar a sua fatia do orçamento em quê?
3.5% do PIB, representam perto de 9000M, por ano! Se alocarmos 2000M/ano para a MGP, estamos a falar de 20000M a cada 10 anos (2026-2036). Onde é que será gasto este dinheiro todo, se não for em capacidades de combate de primeira linha?
Mesmo que façamos a suposição que até 2030 (inclusive) só atingimos os 2%, que dá cerca de 5000M/ano, e atingimos os 3.5% a partir de 2031... e assumirmos que a fatia da Marinha seria de 1000M/ano, estamos a falar de um total de 5000M para a MGP só até 2030. Novamente, onde é que vai ser gasto?
Com este tipo de valores, se só vamos comprar 2 submarinos pequenos, então que seja porque se conta em investir o resto em novas fragatas. Porque se com tanto dinheiro a MGP só conseguir sacar 2 subs ligeiros e uns navios de patrulha, é muito muito fraco.
[/quote]
Uma excelente análise que só peca por não considerar que estamos em Portugal. A NATO estabeleceu a meta dos 2% em 2014 e até à semana passada o comprimisso de Portugal era lá chegar em 2029, ou seja 15 anos depois. O que vamos ver nesta cimeira é o pessoal a estabelecer a meta dos 3.5%, mas deixar o calendário ao critério de cada país, e esperar que entretanto algumas das políticas americanas mudem depois do Trump sair, para poderem escapar ao compromisso (santa ingenuidade…). Eu acho que o que a Marinha está a fazer, e muito bem, é apostar no pássaro na mão ao invés dos dois a voar. Se, de facto, houver algum milagre e algum dia atingirmos então os 3.5%, podemos sempre adquirir mais dois submarinos oceânicos. Sempre fui de opinião que Portugal devia ter 6 submarinos, para poder ter dois sempre operacionais…