Novos Sistemas de Defesa Aérea

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Cabeça de Martelo

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Re: Novos Sistemas de Defesa Aérea
« Responder #1290 em: Outubro 09, 2025, 03:10:31 pm »
Erro número 1: alocar tudo o que é defesa aérea ao RAAA1. Não faz sentido nenhum ter uma componente tão importante, concentrada num único local, ainda por cima sistemas VSHORAD que é suposto estarem alocados às respectivas brigadas de forma orgânica.

Mas é como está organizado e não vai mudar.

Citar
Erro número 2: ao alocar tudo ao RAAA1 para posterior distribuição pelas diferentes brigadas, implica que os sistemas VSHORAD seriam todos montados no mesmo veículo, com limitações operacionais graves.

Ver acima o que escrevi.

Citar
O RAAA1 devia receber eventuais baterias de médio alcance, e quanto muito meia dúzia de RapidRanger. Não os meios VSHORAD que devia ser alocados às baterias AA das respectivas brigadas.

Ver acima o que escrevi.

Citar
Se este meio pode ser transportado numa viatura como a da fotografia, não tenho qualquer dúvida que pode ser transportada por uma viatura muito mais pesada e com um motor muito mais potente como os Vamtac ST5. Essa viatura tem uma versão carrinha de caixa aberta, a mesma que pode levar os lança morteiros de 81/120mm, por isso não percebo qual seria o problema. Ainda por cima tanto a MAG como a Browning são usadas no Exército Português.

A questão não é a potência, é o facto de que um veículo é 4x4 e o outro 6x6, e que no caso do ST5, seriam as 2 rodas traseiras a suportar aquele peso todo (peso esse que não sabemos ao certo quanto é).

https://mercedesblog.com/german-armed-forces-bundeswehr-test-the-mercedes-g-class-wolf-2/

Mesmo no critério da potência, os "G-Wagon" militares podem ter um motor de 249cv, no caso das versões mais recentes do Exército Alemão. Na pior das hipóteses, tens um motor de 157cv.
Contabilizando o facto de que o ST5 tem todo aquele peso em blindagem, a relação peso-potência continua a favorecer o veículo Alemão.

Se o ST5 aguentar com aquele peso apenas nas rodas traseiras, porreiro, é uma opção para a BRR.

Para a BrigInt não considero, porque ter demasiados modelos de RWS .50 na mesma brigada, cria desafios de logística e interoperabilidade, sem as vantagens oferecidas no caso de uma RWS mais robusta capaz de usar canhão de 30mm.

A questão não é a Browing e a Mag. É a RWS em si, e a pegada logística que vai ter numa Brigada com outros 2 modelos de RWS.
[/quote]

Os militares que irá operar esses meios seriam da RAA1, não da BrigInt, a manutenção seria feita por pessoal formado para tal. Nunca terás uma RWS que fará tudo, como tal acho uma não-questão.
Contra a Esquerda woke e a Direita populista marchar, marchar!...

 

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Drecas

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Re: Novos Sistemas de Defesa Aérea
« Responder #1291 em: Outubro 09, 2025, 03:19:56 pm »
O RAAA1 pertence à BrigInt

 

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Cabeça de Martelo

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Re: Novos Sistemas de Defesa Aérea
« Responder #1292 em: Outubro 09, 2025, 03:36:10 pm »
O RAAA1 pertence à BrigInt



Teoricamente sim, na prática a realidade é outra. Se houver um contingente português que necessite de meios do RAA1, são os militares dessa unidade que vão, seja um contingente formado pela BrigInt, BrigMec ou BrigRR. É um pouco como o RE1.
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dc

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Re: Novos Sistemas de Defesa Aérea
« Responder #1293 em: Outubro 09, 2025, 03:44:01 pm »

Mas é como está organizado e não vai mudar.

Não tenho nada a ver com isso.

É necessária uma reorganização, com vista a ter ganhos operacionais.

Concentrar tudo o que é defesa aérea no RAAA1, no meio de Lisboa, é uma completa estupidez.

Tendo em conta a necessidade de pelo menos 24 viaturas VSHORAD (36 se mantiverem a BrigMec), mais respectivos radares de aviso local, mais 2/3 baterias MRAD, com 6-12 lançadores, 2/3 radares de médio alcance, 2/3 viaturas de Comando e Controlo, e ainda várias viaturas de transporte de munições, e ainda os paiois necessários para todos os mísseis... Onde é que vais meter isto tudo no RAAA1? Onde é que isto cabe na cabeça de alguém?

Fora os MANPADS, e eventuais sistemas de canhões.

Isto tudo, só porque se prefere insistir numa doutrina obsoleta, que levou à criação do RAAA1 em Lisboa com base na premissa de que era a única região que valia a pena defender de ataques aéreos.

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Os militares que irá operar esses meios seriam da RAA1, não da BrigInt, a manutenção seria feita por pessoal formado para tal. Nunca terás uma RWS que fará tudo, como tal acho uma não-questão.

Pois, tu ainda propões ter sistemas anti-drone com RWS também no RAAA1. Por este andar, o RAAA1 vai ter mais meios e pessoal do que o CMSM.

Mas isto na tua cabeça faz sentido.

Claro que nunca terás uma RWS que faça tudo. Mas também não precisas de ter na mesma brigada 3 modelos de RWS .50, quando podes ter uma de 30mm muito mais capaz e versátil.
 

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LM

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Re: Novos Sistemas de Defesa Aérea
« Responder #1294 em: Outubro 09, 2025, 03:47:45 pm »
Como adepto dos "Groupement Tactique Interarmes (GTIA)" franceses não tenho grande preocupação com qual Brigada os regimentos / meios estão colocados... um pelotão de Leo2A6, 2x companhias Pandur, bateria CAESAR e... IRIS-T SLM + RapidRanger + "Loke" podem e devem poder ser agrupados e projectados. É o ideal? Não, o ideal é haver 3 tipos VSHORAD com os veículos IFV Lag / Pandur / ST5... mas o óptimo é inimigo do qb.
Quidquid latine dictum sit, altum videtur
 
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Re: Novos Sistemas de Defesa Aérea
« Responder #1295 em: Outubro 09, 2025, 03:57:53 pm »
O RAAA1 pertence à BrigInt



Teoricamente sim, na prática a realidade é outra. Se houver um contingente português que necessite de meios do RAA1, são os militares dessa unidade que vão, seja um contingente formado pela BrigInt, BrigMec ou BrigRR. É um pouco como o RE1.

Mas isso é mais pela falta de meios e de pessoal

 

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Cabeça de Martelo

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Re: Novos Sistemas de Defesa Aérea
« Responder #1296 em: Outubro 09, 2025, 04:16:09 pm »
Duas coisas a reter:

- Pessoal;
-Meios.

Que meios temos e vamos ter nos próximos anos?
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dc

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Re: Novos Sistemas de Defesa Aérea
« Responder #1297 em: Outubro 09, 2025, 04:29:44 pm »
Como adepto dos "Groupement Tactique Interarmes (GTIA)" franceses não tenho grande preocupação com qual Brigada os regimentos / meios estão colocados... um pelotão de Leo2A6, 2x companhias Pandur, bateria CAESAR e... IRIS-T SLM + RapidRanger + "Loke" podem e devem poder ser agrupados e projectados. É o ideal? Não, o ideal é haver 3 tipos VSHORAD com os veículos IFV Lag / Pandur / ST5... mas o óptimo é inimigo do qb.

Quando o qb põe em causa a sobrevivência da unidade, deixa de ser qb e passa a ser burrice.
Tudo corrido a ST5 põe em causa a eficácia das unidades mais pesadas.

O ideal não é haver 3 tipos de VSHORAD. O ideal é ter o RapidRanger em unidades ligeiras, complementados por RWS para anti-drone, e nas unidades médias/pesadas, ter um sistema mais capaz 2 em 1, com canhão e mísseis na mesma torre, tirando partido do veículo maior, e reduzindo o pessoal necessário para operar a bateria AA (que com RapidRanger + RWS em veículos distintos, obriga quase ao dobro do pessoal).

Se temos falta de pessoal, faz sentido optar pela solução mais eficiente neste sentido.

Ou seja, 12 Pandur com torre RIwP (30mm + 8 mísseis) + 4/6 Pandur com radar de aviso local, fazem mais sentido do que comprar 12 ST5 com RapidRanger + 12 ST5 com RWS C-UAS + 4/6 veículos de radar.
 

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Cabeça de Martelo

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Re: Novos Sistemas de Defesa Aérea
« Responder #1298 em: Outubro 09, 2025, 04:31:49 pm »
E quando é que vais ter esses meios? Quando tiveres esses ou outros meios, o que os impede de os mesmos estarem no RAA1?
« Última modificação: Outubro 09, 2025, 04:32:58 pm por Cabeça de Martelo »
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dc

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Re: Novos Sistemas de Defesa Aérea
« Responder #1299 em: Outubro 09, 2025, 05:27:17 pm »
O espaço, a logística, o trabalho que se tem de deslocar tudo sempre que for necessário fazer treino de capacidades com as várias especialidades das Brigadas.

Imagina teres sistemas VSHORAD em Pandur. Agora imagina teres estes Pandur, por alguma razão absurda, no RAAA1. Agora imagina teres que fazer manutenção dos Pandur num local completamente diferente da restante drota Pandur.

Agora a minha questão é: qual a vantagem de ter estes sistemas, cujo objectivo é a protecção das unidades de manobra das respectivas brigadas, centralizadas no RAAA1?

A nível de treino não existe vantagem alguma, já que em Lisboa não dá para fazer fogos reais, nem tens espaço para grandes exercícios. Também limita a eficiência e a frequência dos treinos em que estes sistemas são colocados a operar ao lado das unidades que é suposto protegerem.

Ficamos então com baterias AA completamente desconectadas do resto da Brigada, e num local onde a formação não é a melhor por limitações geográficas, para qué?

Qual é a dificuldade de inserir a Bateria AA da BRR (ST5) em Tancos (por exemplo), e a Bateria AA da BrigInt (Pandur) num RI da dita brigada a Norte? E depois ter o RAAA1 a receber baterias MRAD do Exército?

E agora outra pergunta: como é que fica o treino desta unidade VSHORAD, que vai ter que se adaptar aos diferentes conceitos de emprego das brigadas?
 

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Cabeça de Martelo

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Re: Novos Sistemas de Defesa Aérea
« Responder #1300 em: Outubro 09, 2025, 05:52:08 pm »
O espaço, a logística, o trabalho que se tem de deslocar tudo sempre que for necessário fazer treino de capacidades com as várias especialidades das Brigadas.

Imagina teres sistemas VSHORAD em Pandur. Agora imagina teres estes Pandur, por alguma razão absurda, no RAAA1. Agora imagina teres que fazer manutenção dos Pandur num local completamente diferente da restante drota Pandur.

Como por exemplo Vila Real, Viseu, Braga, etc? Os vários Batalhões não estão todos juntos, certo? Então qual seria o problema?

Citar
Agora a minha questão é: qual a vantagem de ter estes sistemas, cujo objectivo é a protecção das unidades de manobra das respectivas brigadas, centralizadas no RAAA1?

Vais sempre ter poucos militares nessa Especialidade, como tal mais vale estarem concentrados para melhor darem formação, criar-se doutrina, etc.

Citar
A nível de treino não existe vantagem alguma, já que em Lisboa não dá para fazer fogos reais, nem tens espaço para grandes exercícios. Também limita a eficiência e a frequência dos treinos em que estes sistemas são colocados a operar ao lado das unidades que é suposto protegerem.

Se estiverem espalhados a questão será a mesma.

Citar
Ficamos então com baterias AA completamente desconectadas do resto da Brigada, e num local onde a formação não é a melhor por limitações geográficas, para qué?

A BrigInt ou a BrigRR estão concentradas numa única localização? Não, estão espalhadas pelo TN.

Citar
Qual é a dificuldade de inserir a Bateria AA da BRR (ST5) em Tancos (por exemplo), e a Bateria AA da BrigInt (Pandur) num RI da dita brigada a Norte? E depois ter o RAAA1 a receber baterias MRAD do Exército?

Falta de pessoal?

Citar
E agora outra pergunta: como é que fica o treino desta unidade VSHORAD, que vai ter que se adaptar aos diferentes conceitos de emprego das brigadas?

Faço a mesma questão em relação às várias unidades das duas Brigadas que falei acima.
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Duarte

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Re: Novos Sistemas de Defesa Aérea
« Responder #1301 em: Hoje às 02:04:43 am »
A organização antiga da Artilharia AA em Portugal (até há bem pouco tempo) era um GAA a nível Corpo de Exército ( pre-Reorganização do Exército 1993) / e Forças de Apoio Geral (pós-1993) e 5 batarias AAA (1 por cada brigada e duas nas ZMA/ZMM).

Ver aqui:  https://revista-artilharia.pt/admin/upload/ficheiros/ficheirosMultimedia/livroaaafastwebview.pdf

e aqui

https://comum.rcaap.pt/bitstreams/0355e87b-f560-4006-8466-06b856bf5338/download

O ideal para um país pequeno e de meios limitados é ter defesa AA a vários níveis, por camadas::

Meios C-UAS, MANPADS e VSHORAD ao nível UEB. (incluo aqui os Fuzos)
Os sistemas C-UAS eficazes para o combate a aeronaves não tripuladas ao nível de companhia e de pelotão incluem sistemas portáteis de guerra eletrónica, armas anti-drone e MANPADs ao nível batalhão e companhia, caçadeiras e RWS, metralhadoras a nível secção e pelotão. Estes sistemas melhoram a defesa tática contra ameaças de drones e helis e aviões a baixa altitude, permitindo a proteção da unidade por camadas. PelAAA a nivel Batalhão./ Grupo
e pel. Apoio a nível Companhia de Atiradores. Os RWS e metralhadoras pesadas a nível pelotão e secção. As caçadeiras seriam atribuídas a nível secção /esquadra (1 por esquadra?).

SHORAD ao nível brigada /ZM com RapidRanger e Skyranger (ou equivalente) - 5 batarias ( cada uma com 1 ou 2 Pel. AA com 3 a 6 RapidRanger e 1 ou 2 pel. AA com 4 ou 8 SkyRanger cada e um Pel. MANPAD)

Por exemplo: As BtrAAA da BriMec e BrigInt com 4 Pel. AAA cada, 2 Pel AA SkyRanger (ou equivalente) e 2 Pel. Rapidranger cada; as BtrAAA da BriRR e das ZM com 1 ou 2  pel. AA RapidRanger (ou equivalente) e 1 Pel. SkyRanger, e talvez um Pel. com Mistral ou RBS-70)

HIMAD a nível nacional/ regional (3 ou 4 batarias IRIS-T, 1 a 2 SAMP/T)

Sistemas C-UAS/VSHORAD/SHORAD a nível base aérea com as armas anti-drone, caçadeiras, RWS, etc. operadas  pela respectiva Esq. PA. Aqui colocava os restantes Rh202 bitubo, e também MANPADs, talvez Mistral ou RBS-70s.

Qual seria o custo destes sistemas? 2 MM? Mais?



« Última modificação: Hoje às 02:48:20 am por Duarte »
слава Україна!
“Putin’s failing Ukraine invasion proves Russia is no superpower".
"Every country has its own Mafia. In Russia the Mafia has its own country."
"L'union fait la force."
https://www.paypal.com/donate?campaign_id=STAHVCFBSB66L
 

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Cabeça de Martelo

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Re: Novos Sistemas de Defesa Aérea
« Responder #1302 em: Hoje às 02:16:36 pm »
A nossa capacidade actual resume-se a isto:

Contra a Esquerda woke e a Direita populista marchar, marchar!...

 
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