Situação Política em Portugal

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Lusitanian

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Re: Situação Política em Portugal
« Responder #510 em: Maio 19, 2011, 03:02:51 pm »
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Tu estás a dizer que quando passas de um estado para o outro és revistado nos EUA?! Desde quando?

Devido á ameaça de terrorismo muitos são revistados. Quando digo serem revistados, não quero unicamente dizer que têm que parar e tirar as coisas. Os EUA têm máquinas próprias (Raio-X, Medidores de temperaturas, e outras engenhocas inovadoras). Ou seja, basta eles passarem pelas máquinas que são "revistados". Agora se não temos isso, é culpa (no Governo) da Pasta de Segurança, que não investe nisso.

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O problema é que quem vai ao RU sabe ao que vai, e quem vem a Portugal sempre pode ir a Espanha na maior parte das vezes, já o que procura é acima de tudo praia.

Mau...isso mais me pareceu uma desculpa á pressa. Tás me a dizer que Portugal é assim tão pequenino e insignificante que os turistas mudam de ideias? Então? Quando visitam um país, eles escolhem um e prontos. Ora se eu quero ver neve, e decidir ir á Noruega, mas "descobrir" que têm postos fronteiriços, vou mudar de destino e ir á Suécia? Desculpa-me, mas esse argumento não me convenceu. Temos sol, praia e mais alguma coisa. Mas tambem somos diferentes, nomeadamente na cozinha.

PS: Sabias que na fronteira, vêm uma data de espanhóis, e são muitos, aos restaurantes portugueses, sobretudo no Alentejo? Advinha lá porquê...bacalha á braz, bitoque, sopas....isso mais me pareceu pouco auto-estima, por Portugal.

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Eu gostava que volta-se a haver algum controlo nas fronteiras, mas reconheço à priori que para combater os problemas que tu estás a falar pouco ou nada resolvia a situação. haver um posto de controlo na fronteira não impede que as armas entrem, não impede que as drogas entrem, etc.
Claro. Não impede totalmente. Mas é muito mais eficaz, e é a melhor maneira de prevenir estes crimes. Até o tráfico humano está a aumentar por cá. Temos que fazer alguma coisa.

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etc. Queres impedir que as drogas entrem via maritima, para isso à a rede de radares que nunca mais estão operacionais, para isso à a GNR e a Armada para patrulhar a zona costeira. Queres impedir que as armas entrem vai Espanha? Para isso mais vale reforçares os meios de investigação da PJ.
Isso concordo, mas juntamente sem o Acordo Shegen. Isso só iria reforçar ainda mais a fiscalização e a luta contra os narcóticos e etc.

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Mas pera lá, vocês aí no PNR também não são contra o mercado único europeu??

Primeiro que tudo, o "vocês" não existe, porque eu naõ sou do PNR. Não sou militante, nem nunca contribui para eles, execpto assistir ás manifestações que fazem, e ouvi-los. Mas sou sim, simpatizante, ou seja, não os apoio, mas simpatizo nalgums pontos que defendem. Espero que isto fique claro.

Eu pessoalmente, sou como sabem, contra o Acordo Shegen. Entendam, não se trata de "aumentar a soberania", trata-se sim de nos protejer do mal que disso advém, que é o trafico ilegal. Quanto ao PNR, não sei, sei é que são contra a "integração, defendendo a cooperação entre paises europeus".

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O próprio acordo de Schengen tem um âmbito económico... embora este não seja directo nem linear.
Pois isso é a minha dúvida, se o facto de o Acordo Shegen ser cancelado, tem repercussões directas ou indirectas na economia. Mas se eu tiver que responder, directamente não, mas indirectamente é bem possivel.

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Ok, sou humano, logo erro.... Estava-me a referir ao mercado único europeu .

Ui....se imagina-se o quanto erro. "A vida é uma viagem infinita de aprendizagem, dizer que sabemos tudo é mera ignorancia". Da minha autoria. Senti-me inspirado...

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De qualquer forma, no que respeita à livre circulação, nós somos um país de emigrantes e por isso temos muito mais a perder com a criação de barreiras nas fronteiras que a ganhar.
:| Desculpa...ninguém atacou imigrantes.

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Na Alemanha fizeram o mesmo contra os banqueiros (como faz o Bloco de Esquerda) e é claro, como sabem, a maioria dos banqueiros era judaica.
Já sabemos no que deu...
:lol:  Não tem piada mas tive que rir. Não estava á espera dessa. Mas há uma coisa que não entendo...os Judeus têm alguma espécie de gene "bancário"? É que tudo o que tenha a ver com contas é com eles...
Deus quer, o Homem sonha, a Obra nasce.
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FoxTroop

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Re: Situação Política em Portugal
« Responder #511 em: Maio 19, 2011, 03:50:33 pm »
É isso e sardinhas em conserva.... Nós, como País periférico, já sofremos a bom sofrer com as distancias ao coração económico da Europa, quando comparado com um checo ou um polaco. Com controlos fronteiriços então...... Só demagogia barata e total desconhecimento dos mecanismos de controlo de entrada no Espaço Schengen. A reactivação dos controlos de fronteira entre os países membros pouco ou nenhum efeito traria sobre a imigração ilegal, só serviria para ajudar a enterrar ainda mais as economias.

Depois, quando a única coisa que vai mantendo isto à tona (exportações) colapsem pelo aumento exponencial dos custos de mandar seja o que for para fora.... :roll: .

Ah, e a sua tirada sobre as revistas entre os estados americanos é, no mínimo, estranha. Se for de Lisboa ao Porto de avião, passo rigorosamente por esses controlos e é natural que quem vá do Kansas ao Texas de avião seja controlado também.
 

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Cabeça de Martelo

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Re: Situação Política em Portugal
« Responder #512 em: Maio 19, 2011, 05:08:09 pm »
Citação de: "Lusitanian"
Devido á ameaça de terrorismo muitos são revistados. Quando digo serem revistados, não quero unicamente dizer que têm que parar e tirar as coisas. Os EUA têm máquinas próprias (Raio-X, Medidores de temperaturas, e outras engenhocas inovadoras). Ou seja, basta eles passarem pelas máquinas que são "revistados". Agora se não temos isso, é culpa (no Governo) da Pasta de Segurança, que não investe nisso.

Os EUA estão em estado de emergência desde o 11 de Setembro, achas que podes comparar os dois países? E depois dúvido que isso seja feito para além dos aeroportos e dos portos navais (à carga).

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Mau...isso mais me pareceu uma desculpa á pressa. Tás me a dizer que Portugal é assim tão pequenino e insignificante que os turistas mudam de ideias? Então? Quando visitam um país, eles escolhem um e prontos. Ora se eu quero ver neve, e decidir ir á Noruega, mas "descobrir" que têm postos fronteiriços, vou mudar de destino e ir á Suécia? Desculpa-me, mas esse argumento não me convenceu. Temos sol, praia e mais alguma coisa. Mas tambem somos diferentes, nomeadamente na cozinha.

Eles poderiam mudar de idéias pelo simples facto de que o que eles procuram na maior parte das vezes é praia. Se é praia, tanto podem ir a Portugal como a Espanha, ou Grécia, ou...

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PS: Sabias que na fronteira, vêm uma data de espanhóis, e são muitos, aos restaurantes portugueses, sobretudo no Alentejo? Advinha lá porquê...bacalha á braz, bitoque, sopas....isso mais me pareceu pouco auto-estima, por Portugal.

E o que isso tem a haver? Vêm porque entram sem problema comem e vão para casa.
Contra a Esquerda woke e a Direita populista marchar, marchar!...

 

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PCartCast

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Re: Situação Política em Portugal
« Responder #513 em: Maio 19, 2011, 05:12:41 pm »
Citação de: "Lusitanian"
PS: Sabias que na fronteira, vêm uma data de espanhóis, e são muitos, aos restaurantes portugueses, sobretudo no Alentejo? Advinha lá porquê...bacalha á braz, bitoque, sopas....isso mais me pareceu pouco auto-estima, por Portugal.

Como diria o anúncio..... Eu ainda sou do tempo em que para ir a Espanha tinha-mos de mostrar o BI duas vezes no posto fronteiriço, uma á antiga Guarda Fiscal do lado português e outra á Guardia Civil do lado espanhol... E se queria-mos ir para além dos 30km da fronteira só com passaporte.

Você acha que a extinção do acordo Schengen iria ajudar as pupilas desgustativas dos espanhóis? Ou até mesmo a carteira dos comerciantes que fomentam o paladar de nuestros hermanos??

Haveria muita boa gente á rasca acredite.
Desculpe, mas você meteu a cabeça pelos pés nesta afirmação. :(. Por isso, o controle de fronteiras não serviria para alterar esta situação um milímetro que seja :roll:  Pois...os que emigram podem ou não ter vantagens em faze-lo...mas Portugal é fica a perder e seriamente. Vantagens nem vê-las.[/quote]
Não há vantagens???

Os portugueses que emigram á procura de trabalho discordam de si... Só o facto de não serem necessários vistos de entrada e permanência já lhes serve de Benuron.

Citação de: "Lusitanian"
:| Desculpa...ninguém atacou imigrantes.
Ainda ontem o tipo do PNR fez precisamente o contrário. Mas quando lhe deram o exemplo dos imigrantes portugueses ele ficou com umas trombas lol.

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tyr

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Re: Situação Política em Portugal
« Responder #514 em: Maio 19, 2011, 06:19:56 pm »
o que ouvi do pnr sobre os imigrantes, não é nada que eu não concorde. E o que ouvi foi o seguinte:

Os que vêm para melhorar o seu nível de vida contribuindo para a sociedade que os recebe, são muito bem vindos.
Mas para os que vêm para chular o estado português (subsidiodependentes sem vontade de trabalhar) ou roubar os portugueses (como por exemplo as gangues da zona de Setúbal que importamos do Brasil), é dar lhes um pontapé no rabiosque, como fizeram os franceses aos imigrantes parasitas (admito, que na limpeza francesa, houve algum trigo que foi levado com o joio, mas a segurança social francesa agradeceu).

Apesar de me dizerem que o PNR é xenofobo, não me têm transmitido essa imagem (os outros partidos é que os têm chamado disso, por associarem regra geral, o ser se nacionalista e por os interesses do pais acima de tudo, com uma postura faxista).
A morte só é terrivel para quem a teme!!
 

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Lusitanian

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Re: Situação Política em Portugal
« Responder #515 em: Maio 19, 2011, 08:03:54 pm »
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Você acha que a extinção do acordo Schengen iria ajudar as pupilas desgustativas dos espanhóis? Ou até mesmo a carteira dos comerciantes que fomentam o paladar de nuestros hermanos??
:D

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Não há vantagens???

Os portugueses que emigram á procura de trabalho discordam de si... Só o facto de não serem necessários vistos de entrada e permanência já lhes serve de Benuron.
Referia a Portugal no geral...ao emigrarem Portugal fica mais pobre. E vamos ficar muito mais pior, devido a perdermos gerações de jovens que dariam filhos e novos futuros.

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Ainda ontem o tipo do PNR fez precisamente o contrário. Mas quando lhe deram o exemplo dos imigrantes portugueses ele ficou com umas trombas lol.
Desculpa não vi nada portanto não sei do que falas :|

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Nós, como País periférico, já sofremos a bom sofrer com as distancias ao coração económico da Europa, quando comparado com um checo ou um polaco. Com controlos fronteiriços então......
Pois daí falarmos disso. Esse é o grande senão.

Eu vi a entrevista que a TVI deu hoje, ao almoço, ao PNR. Não gostei. Limitou-se a criticar e não deu ideias (digo ideias palpáveis). E defendeu a saída do Euro. Disse que "não seria uma saída irresponsável", ou seja, não era logo mudar para o escudo, teria que ser com condições certas. Mas apesar de eu estar contra o Euro, não é o Euro em si, mas na maneira como é gerido (cof cof Merkel e Sarkozs cof). Se bem que criar uma moeda lusófona tambem nos daria igual ou muito mais poder económico, além das relações excenlentes e históricas com países de lingua portuguesa. Isso eu sempre defenderei, até mostrar que realmente não funciona...
Agora, não concordei em nada com o que ele disse. É uma pena enorme...têm ideias muitos boas, como incentivo á natalidade, agricultura, nacionalismo, sentido de estado para com a nação, valorização de Monumentos e á História...uma pena mesmo. O meu voto vai para o CDS. Por enquanto o PNR é um partido com boas ideias, mas as más, são tão más que dariam cabo do país e do nosso povo.
Deus quer, o Homem sonha, a Obra nasce.
Por Portugal, e mais nada!
Tudo pela Nação, nada contra a nação!
 

Re: Situação Política em Portugal
« Responder #516 em: Maio 20, 2011, 05:52:59 pm »
Citação de: "Cabeça de Martelo"
A China e o Japão não pertencem á UE e não têm que competir com todo o sul da europa pelos turistas à procura de praia. Eu gostava que volta-se a haver algum controlo nas fronteiras, mas reconheço à priori que para combater os problemas que tu estás a falar pouco ou nada resolvia a situação. haver um posto de controlo na fronteira não impede que as armas entrem, não impede que as drogas entrem, etc. Queres impedir que as drogas entrem via maritima, para isso à a rede de radares que nunca mais estão operacionais, para isso à a GNR e a Armada para patrulhar a zona costeira. Queres impedir que as armas entrem vai Espanha? Para isso mais vale reforçares os meios de investigação da PJ.

De vez em quando a GNR reforça o controlo fronteiriço e faz fiscalização rodoviária como medida de prevenção e controlo nas principais fronteiras terrestres.

Não impede ou acaba com o tráfico de drogas, armas ou seres humanos mas serve como agente dissuasor e de cada vez que fazem isso detectam sempre delitos e apanham os criminosos.

O controlo das fronteiras seria um duro Golpe nas redes de crime internacional e na economia paralela tansnacional que não paga impostos ao Estado.


Citação de: "papatango"

Durante o tempo da ditadura, a nossa debilidade no campo da agricultura não se notava de forma tão clara, porque o povo comia carne de vaca uma vez por ano e uma ou duas galinhas também durante o ano.

A agricultura de subsistência fazia com que a população vivesse basicamente do que conseguia retirar dos bocados de terra que cultivava.

A qualidade da alimentação era um desastre e a população estava sub alimentada.
Exemplo disso era a taxa de mortalidade infantil, que tinha valores que nem os países africanos hoje têm.

Isso são meias verdades, deturpações  e mentiras propagandeadas pela esquerda anti-salazarista.

Essas generalizações são facilmente refutáveis para quem se der ao trabalho de fazer uma investigação isenta e sem carácter ideológico (coisa rara e difícil para alguns ...  eu sei).


Citação de: "papatango"
A verdade é que dificilmente conseguiremos ter uma agricultura que consiga produzir tudo o que o país se habituou a consumir. Aliás, os problemas com a dificuldade de abastecimento alimentar são históricos e já são relatados creio que pelo menos desde D.Afonso III (estou a falar de memória).

O que podemos fazer, é ter uma agricultura que em alguns sectores tenha capacidade exportadora (como acontece com o vinho). Ou seja: Nunca vamos produzir tudo o que precisamos, mas podemos produzir produtos agrícolas num valor idêntico ao valor do que consumimos.

E isso leva-nos de volta ao principio: Uma economia que precisa ficar aberta.
A ideia de que podemos comprar um carro de qualquer cor desde que seja preto, funciona, num mercado em que mais ninguém tem um produto que realmente seja concorrente.
Quando existe concorrência, ninguém vai comprar um carro preto quando quer comprar um carro verde, e há carros verdes à venda.

A União Europeia representa isso mesmo. Ou seja, concorrência e liberdade para escolher. Muitas das lições do passado, servem para isso mesmo: Mostrar que não se aplicam aos dias de hoje.

Temos que aprender a consumir e a importar menos.

Se está habituado a consumir, perca esses hábitos de novo rico como essa estória de andarem de automóvel todos os dias, etc ... porque o país está falido e todos vamos sofrer com isso quer estejamos dentro ou fora da União Europeia.

Temos que ter produção nacional para satisfazer o consumo interno e para exportar mais se quisermos sair da cepa torta.

Citação de: "Luso"

Confesso que não tenho uma visão completa e coerente do que seria a nossa saída do euro. Mas sou céptico.

1.º Porque a nossa credibilidade anda pela rua da armargura e assim andaria a nossa moeda;

2.º Porque a nossa classe política age com a metalidade soaresca: "O dinheiro arranja-se sempre". Essa gente logo logo recorre a qualquer expediente para resolver problemas no curtíssimo prazo e quem vier a seguir que feche a porta. Ou seja, a permanência no Euro exige disciplina e trabalho efectivo dos agentes governativos e das empresas;

3.º Porque me parece absurdo concorrer nos mercados com a filosofia da desvalorização da moeda (de si uma ideia insustentável e de chico-esperto) em vez que concorrer recorrendo à eficiencia de produção, qualidade e atenção à procura dos mercados. A desvalorização permite manter uma "competitividade" ao mesmo tempo que se mantém status quo indesejáveis e estagnantes;

4.º Porque a saída do euro iria encarecer os custos de transacção, sobretudo euro-mercado (câmbios, créditos, taxas de juro - toda a estrutura que estaria associada ao acto cambial).


Resumindo, para mim o euro é uma ferramenta que pode ser bem ou mal utilizada mas não é o bem que realizamos com ela, que é o que mais nos deveria importar... "IMHO".

Sair imediatamente do Euro não seria boa ideia mas no médio longo prazo eventualmente será inevitável.

Uma moeda fraca é boa para as exportações e má para as importações.

Uma moeda forte como o Euro é boa para as importações e má para as exportações.

A economia portuguesa já em 1986 não estava preparada para entrar na comunidade europeia e muito menos estava preparada em 2002 para entrar no euro por isso mesmo Portugal sempre esteve na cauda da Europa até porque nunca se quiseram fazer reformas sérias por causa dos interesses instalados.

Portugal não consegue competir com as indústrias de mão de obra barata europeias (devido à sua periferia) e extra europeias (mão de obra escrava), com produtos que já têm uma certa imagem de marca ou de luxo e com produtos considerados premium pela sua qualidade.

A União Europeia a defende os interesses de Portugal?

http://mobile.economico.pt/noticias/ce- ... 17632.html


Se estar dentro da União Europeia e dentro do Euro é tão bom porque é que não impediu a falência de Portugal?

Há já sei.

Porque continuam a emprestar-nos dinheiro com juros elevados, juros esses que vão consumir o dinheiro arrecadado em impostos com um eventual crescimento do PIB e que em vez de serem investidos no país por exemplo na educação, saúde ou defesa vão parar ao bolso dos usurários.


Citação de: "PCartCast"

 :N-icon-Axe: ... A razão porque houve um aumento da indústria depois de Shengen, foi exactamente devido ao investimento estrangeiro que aproveitou Shengen para investir em Portugal... E actualmente muitas das empresas portuguesas exportadoras também estão dependentes desse mesmo acordo para poderem ser viáveis... Meu amigo, o acordo Shengen é ESSENCIAL para nós que somos um país periférico, e se considerar-mos que temos uma balança comercial desfavorável, é também a razão que os preços em Portugal estejam dentro da média Europeia e não sejam exageradamente elevados... Shengen, meu amigo, dá trabalho a muitos portugueses...

E uma vez mais....
Criticar é fácil, mas por a cabeça a trabalhar não é para todos..... Infelizmente.

O mercado comum  para além de eliminar as tarifas aduaneiras internas e adoptar tarifas comuns para o mercado externo fora do bloco, permite a livre circulação de pessoas, mão-de-obra, capitais e todo tipo de serviços entre os países-membros.

Neste sentido, os acordos de integração económica trazem uma série de consequências para as empresas e a população dos países que integram estes blocos.

Os consumidores podem beneficiar dos produtos mais baratos que entram no país. No entanto, muitos desses consumidores podem ser prejudicados com o desemprego, em virtude da falência ou diminuição da produção das empresas nas quais trabalhavam, pois muitas delas não conseguem concorrer com os produtos mais baratos ou de melhor qualidade que vêm dos outros países com os quais são mantidas alianças.

No âmbito das empresas e da sociedade dos países que compõem um bloco, há ganhadores e há perdedores.

Portugal é um dos perdedores porque não tem uma economia de exportação mas sim de importação.

Apesar dessas implicações, os blocos económicos, de modo geral, têm actuado sem que haja maior participação da sociedade nas decisões.

Estas são tomadas pelos governantes e pela elite económica.

No caso da UE as decisões mais importantes, na maioria dos países, não foram sujeitas a referendo.



Citação de: "Luso"
Suponhamos que se baixam os impostos em tudo para estimular o consumo.

O que se compra e a quem?
Com que dinheiro? E de quem?
O que é que se produz em Portugal?


A cortar em impostos que seja no sector produtivo nem que seja necessário descriminar recorrendo à CAE (Classificação das Actividades Económicas).

Além disso, há que cortar nos custos de produção, sendo a energia um desses custos. Aliás, de que adianta o estado ter participação nessas empresas monopolistas se não for para agir sobre a economia?

Quanto a isto ainda, da energia e dos custos de serviços de monopólios naturais: NUNCA privatizar, porque nunca se sabe se a que mãos esses factores de produção podem ir parar.

Ou seja, um GOVERNO tem que intervir de forma imune a ideologias a não ser a do interesse nacional.

O aborrecido mesmo é o nível de discussão ser tão baixo e o povo não querer saber.
A democracia é um embuste e vemos isso em qualquer telejornal.
Voltaire tinha razão.

Bem dizia o Lincoln e com razão:

"A democracia é o governo do povo, pelo povo, para o povo."

Ou seja, na nossa realidade, é um sistema de governo pimba.

Lamento, mas estou muito triste com esta trampa toda.

Os Governos neo-liberais estão reféns dos grandes grupos económicos e eles não querem saber dos problemas dos portugueses para nada porque o seu único objectivo é o lucro.

Nesta sociedade actual avalia-se uma pessoa pelo dinheiro que ela possui e não pela sua nobreza de carácter.

O maior custo de uma empresa são os custos com o pessoal e não os custos com impostos.

No dia 1º de Maio foi aproveitado pela estação de TV SIC cujo dono é o neo-liberal embaixador do Grupo de Bilderberg em Portugal (Francisco Balsemão) para fazer uma "Grande Reportagem" onde se menospreza, difama e trai as legítimas aspirações e direitos do Trabalhador Português e se elogia o trabalhor/escravo que nem sabe falar português só porque é mão-de-obra barata, fácil de importar logo abundante e com menos custos fixos de subsistência e um standard de vida sub-humano para os parâmetros ocidentais.

Esta concorrência desleal feita pela imigração em massa no mercado de trabalho português (muitas vezes imigração ilegal) é uma forma de baixar os salários (lei da oferta e da procura), e de deixar os portugueses numa constante subsídio dependência por não serem competitivos e leva também há emigração e fuga de cérebros que vai beneficiar os países mais desenvolvidos que procuram uma imigração mais qualificada.

Esta é uma das consequências da aliança entre o capitalismo globalizante e a política internacionalista.

http://sic.sapo.pt/online/video/informacao/Reportagem+SIC/2011/5/maos-da-tailandia01-05-2011-223758.htm

O 1ºde Maio visto na RTP já mostra a miséria de país em vivemos.

http://www0.rtp.pt/programas-rtp/index.php?p_id=1103&c_id=1&dif=tv&idpod=55657


Citação de: "papatango"
A situação é de facto confusa:



De qualquer forma, no que respeita à livre circulação, nós somos um país de emigrantes e por isso temos muito mais a perder com a criação de barreiras nas fronteiras que a ganhar.

A questão da entrada e saída de pessoas, é uma questão que não é central e não está directamente ligada aos nossos principais problemas, que são a dívida externa, a falta de competitividade das empresas e o bloqueamento do sistema politico por causa da recusa dos partidos em mudar as regras eleitorais.
O resto é eleitoralismo e populismo facil, porque o Zé Povinho até nem está acostumado a utilizar o cérebro.

Atacar os imigrantes é uma soisa simples fácil e barata.
Na Alemanha fizeram o mesmo contra os banqueiros (como faz o Bloco de Esquerda) e é claro, como sabem, a maioria dos banqueiros era judaica.
Já sabemos no que deu...

Todos falam na maravilhas da União Europeia mas não falam do suborno em forma de fundos europeus para que a produção nacional fosse desmantelada.

A situação é tão má que é mais fácil um imigrante brasileiro sem qualificações arranjar emprego em Portugal que um jovem português licenciado que ou tem qualificações a mais ou não tem cunhas para arranjar uma vaga naquilo para que estudou.

Quando um país não providencia oportunidades ou meios de sustento para os seus cidadãos alguma coisa de muito grave se passa.

Portugal é o país dos centros comerciais e como tal nada mais é que um drogadito do crédito, pois precisa de doses cada vez maiores para alimentar o vício do consumismo e evitar a ressaca.



Citação de: "papatango"
De que desastre estamos a falar ?

É simples.

Converta o seu salário para a antiga moeda, multiplicando os Euros que recebe por 200.482

Depois pense que passa a ter Escudos na carteira e no banco.

Mas a gasolina, você vai ter que a pagar a 960 Escudos o litro.
Uma bica, vai-lhe custar 350 Escudos.

A esmagadora maioria dos produtos alimentares aumentará entre 2.5x e 3x
Portugal come quase tudo importado.

Faça o teste quando for ao supermercado.
Multiplique o preço das cenouras, das maçãs etc. por 2.5x a 3x para ver quanto estaria a pagar.

As pensões de reforma, vão ficar na mesma, mas os reformados vão continuar a comer e a ter que comprar comida, que também vai aumentar.

E quem fala na comida fala em tudo o que o país importa.

É uma gigantesca mentira, um gigantesco embuste, dizer que a saída do Euro é solução para alguma coisa.
É a melhor forma de transformar todos os cidadãos em pedintes, sem que se note.
É como a mordida do morcego, ele suga o sangue mas não provoca dor, porque quando morde ele injecta um entorpecente na ferida.

O que estes malucos querem é um Portugal estilo Zimbabwe, onde o estado imprime dinheiro adoidado para pagar o deficit.
O estado imprime dinheiro em incontáveis rolos de papel higienico e depois paga salários com esses rolos de papel higienico.

Para evitar a hiperinflação, o estado inicia uma politica de preços fixos. Quem se lembra dos anos 70, sabe o que isso quer dizer:
Os produtos desaparecem das prateleiras dos supermercados e só no mercado negro se compre leite, manteiga ou açúcar (foi assim em 1975, 1976, 1977, 1978, 1979).

Qualquer saída do Euro, teria que ser antecedida de uma politica de nacionalização da economia. Como é que vamos fazer isso ?
Transformando Portugal numa Albânia, orgulhosamente só ?

Comparar os anos de destruição do aparelho produtivo nacional do tempo dos comunistas do PREC com a actual situação ou até com o Estado Novo é desonestidade intelectual.

Quer seja com o aumento de impostos com Portugal dentro da UE quer seja com a desvalorização da moeda com Portugal fora da UE os portugueses vão perder grande parte do seu poder de compra e vão ficar mais pobres.

A grande diferença será como é que estaremos no médio longo prazo qual a opção que dará um futuro melhor para as futuras gerações de portugueses.

Na minha óptica estaremos melhor daqui a a 10 anos se estivermos fora da UE, porque a UE beneficia mais os grandes países com economias de produção e exportação do que as economias periféricas que são economias de consumo a crédito.

Iremos sofrer mais no imediato mas seguiremos vivos e voltaremos à retoma económica mais rapidamente.

Querem apostar que a Islândia daqui a 10 anos estará melhor que Portugal mesmo estando fora da UE?

Se a inflação ficar descontrolada poderemos voltar ao padrão-ouro uma vez que temos grandes reservas no banco de portugal.

Já repararam como o ouro e outras matérias primas valorizaram tanto contra o euro a libra e contra o dólar?

Significa que estamos a perder poder de compra mesmo dentro da UE porque os bancos centrais estão a imprimir moeda.


Citação de: "PCartCast"

E a solução é.....???

Pois, qualquer parvinho consegue criticar..... mas por a cabeça a trabalhar não é para todos :(.

Eu explico-lhe o que se está a passar neste preciso momento em Portugal... é uma questão de equilibrio... Por um lado temos o perigo de insolvência da banca, por outro temos o mercado em retracção. E como resolvemos isto?? É precisamente isso que os partidos de centro-direita estão a tentar resolver... ao contrário do seu partido e dos partidos de esquerda.

Para estimular o consumo, poderia-se simplesmente reduzir o IVA, mais consumo gera mais emprego que por sua vez vai gerar mais receitas fiscais. E pergunta você, porque é que não diminuem os impostos ao invês de os aumentarem?? Simplesmente porque a banca está em perigo de insolvência, e quando falo da banca refiro-me normalmente aos 5 monstrinhos, CGD, BES, BPI, BCP e Santander-TOTTA... Cada um destes 5 monstrinhos representam sozinhos 2-3% do nosso PIB. Assim em vez de baixar os impostos para estimular o consumo, o que o estamos a tentar fazer neste momento é evitar a todo o custo o consumismo e estimular a poupança, para que os bancos não se tornem insolventes, e para que milhares de clientes desses bancos, incluindo empresas que os usam para pagar aos funcionários, não fiquem sem os seus capitais, evitando uma tragédia que seria muito maior que a que estamos a presenciar...

Pergunto eu, os seu partido sabe criticar, mas e soluções para os problemas reais do país??' E melhor, soluções funcionais, onde estão??? Vocês criticam os Euro, a UE, os Brasileiros, os Africanos.... Mas não apresentam qualquer solução.... solução que funcione, pois as poucas que apresentam não passam de piadas de faculdade de Economia.

Não estamos em condições de voltar-mos ao orgulhosamente sós. Somos um país periférico, que infelizmente, apenas faz fronteira com um único outro país, que é também ele ligeiramente periférico, apesar de menos que nós... E vocês PNR propõem que abdiquemos de coisas como o espaço Shengen e fiquemos ainda mais isolados do que no tempo do Vosso patrono A.O.Salazar??? Não contem comigo.

Também dizem que o Medina Carreira só diz mal e nunca apresenta soluções.

Elas estão lá ou as pessoas não estão com atenção ou não percebem nada do que ele está a dizer.

O partido não é meu e se quiser saber quais as propostas vá ler o programa, eu falo em meu nome pessoal não em nome de um qualquer partido.

O PSD e o CDS não são "centro-direita" essa é uma classificação incorrecta que é passada pelos media porque lhes deve de ser conveniente.



Por sermos um país periférico e pobre é que temos que tomar medidas protecionistas e recuperar a possibilidade de controlarmos a nossa política monetária para proteger a nossa economia e os trabalhadores portugueses do capitalismo selvagem e concorrência desleal que países como a China fazem com a sua mão de obra escrava e desvalorização artificial da moeda.

O que se está a passar em Portugal neste momento para além do que diz é a situação de corrupção e despesismo de governos sucessivos que só fazem disparates com o dinheiro dos outros e da obesidade mórbida do estado social português.

Com tanto Bairro Social, Magalhães para as criancinhas, rendimento de inserção social para quem não quer trabalhar, estágios pagos pelo estado para «jovens»,  reformas e pensões para quem nunca descontou ... ainda há quem se admire porque é que o Estado Social é um monstro e está falido. Tudo isto custa muito dinheiro aos contribuintes, e é a verdadeira razão porque os impostos precisam de subir exponencialmente para manter o Estado solvente.

Temos em Portugal 3,5 milhões de pensionistas e reformados, 2,2 milhões de estudantes do ensino primário ao universitário, 700.000 funcionários públicos, 300.000 desempregados e 400.000 beneficiários do RIS (dados de 2010).

Em suma, 7,1 milhões de portugueses! são sustentados total ou parcialmente pelos restantes ~3,5 milhões, aos quais se devem descontar as crianças que ainda não se encontram em idade escolar e não foram contabilizados nos números que apresentei e os empregados por conta própria que, como se sabe, são mais beneficiários do que contribuintes do Estado Social.

Sobram menos de 3 milhões, talvez 2,5 milhões, menos de ¼ da população portuguesa, para contribuir activamente para a vida dos restantes ¾ dos cidadãos.

Os sindicatos revoltam-se contra esta injustiça. Como é possível não aumentar os funcionários públicos? A esquerda política revolta-se contra o mau SNS, má educação e baixas reformas. O desemprego aumenta, diminuindo o número daqueles que contribuem para o despesismo do Estado e aumentando o número daqueles que usufruem desse sistema de comparticipação de vida.

Entretanto, os desequilíbrios aumentam cada vez mais. Aqueles que outrora pertenciam à classe média e conseguiram, enquanto o Estado se endividava, usufruir de um certo nível de vida, lutam agora para manter os seus bens, sustentam os juros da divida pública e aqueles que nada fazem via maior carga fiscal.

Os que sempre viveram à conta do Estado, mais euro menos euro, continuam na mesma. Finalmente, a classe alta, administrações de empresas e que não raras vezes têm directa ou indirectamente fortes ligações ao Governo, embora também prejudicadas, não vêem o seu nível de vida afectado, pois de alguma forma irão contornar estes problemas, nem que seja cortando o emprego na base para aumentar lucros e assim os seus prémios anuais.

Enquanto foi possível os Governos não subiram impostos e optaram pelo endividamento. Agora, fechada a torneira, têm uma escolha a fazer: subir impostos aos mesmos de sempre ou retirar a mão de baixo daqueles que viveram encostados ao Estado?

A escolha menos má para continuar no poder é subir impostos, por isso, pelo menos, nos próximos anos, enquanto for possível subir impostos, adiar reformas e proceder a umas quantas privatizações, vamos continuar o mesmo caminho. Remendando novamente remendos outrora colocados em buracos crónicos.

http://blasfemias.net/2011/05/13/na-tri ... do-social/

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Cabeça de Martelo

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Re: Situação Política em Portugal
« Responder #517 em: Maio 20, 2011, 06:50:11 pm »
Citação de: "Dr Oliveira Salazar"
Citação de: "Cabeça de Martelo"
A China e o Japão não pertencem á UE e não têm que competir com todo o sul da europa pelos turistas à procura de praia. Eu gostava que volta-se a haver algum controlo nas fronteiras, mas reconheço à priori que para combater os problemas que tu estás a falar pouco ou nada resolvia a situação. haver um posto de controlo na fronteira não impede que as armas entrem, não impede que as drogas entrem, etc. Queres impedir que as drogas entrem via maritima, para isso à a rede de radares que nunca mais estão operacionais, para isso à a GNR e a Armada para patrulhar a zona costeira. Queres impedir que as armas entrem vai Espanha? Para isso mais vale reforçares os meios de investigação da PJ.

De vez em quando a GNR reforça o controlo fronteiriço e faz fiscalização rodoviária como medida de prevenção e controlo nas principais fronteiras terrestres.

Não impede ou acaba com o tráfico de drogas, armas ou seres humanos mas serve como agente dissuasor e de cada vez que fazem isso detectam sempre delitos e apanham os criminosos.

Porque esse controlo não é habitual, se o fosse eles tomavam precauções.

Citação de: "Dr Oliveira Salazar"
O controlo das fronteiras seria um duro Golpe nas redes de crime internacional e na economia paralela tansnacional que não paga impostos ao Estado.

O que é que o controlo das fronteiras tem a haver a economia paralela tansnacional que não pagam impostos ao Estado? Isso é feito pelo computador e para as offshores. As redes de crime internacional? De que tipo, é que há muito negócio ilegal por aí.
Contra a Esquerda woke e a Direita populista marchar, marchar!...

 

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PCartCast

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Re: Situação Política em Portugal
« Responder #518 em: Maio 20, 2011, 07:22:07 pm »
Citação de: "Dr Oliveira Salazar"
O mercado comum  para além de eliminar as tarifas aduaneiras internas e adoptar tarifas comuns para o mercado externo fora do bloco, permite a livre circulação de pessoas, mão-de-obra, capitais e todo tipo de serviços entre os países-membros.

Neste sentido, os acordos de integração económica trazem uma série de consequências para as empresas e a população dos países que integram estes blocos.

Os consumidores podem beneficiar dos produtos mais baratos que entram no país. No entanto, muitos desses consumidores podem ser prejudicados com o desemprego, em virtude da falência ou diminuição da produção das empresas nas quais trabalhavam, pois muitas delas não conseguem concorrer com os produtos mais baratos ou de melhor qualidade que vêm dos outros países com os quais são mantidas alianças.

No âmbito das empresas e da sociedade dos países que compõem um bloco, há ganhadores e há perdedores.

Portugal é um dos perdedores porque não tem uma economia de exportação mas sim de importação.

Apesar dessas implicações, os blocos económicos, de modo geral, têm actuado sem que haja maior participação da sociedade nas decisões.

Estas são tomadas pelos governantes e pela elite económica.

No caso da UE as decisões mais importantes, na maioria dos países, não foram sujeitas a referendo.

Não sei como é na sua zona, mas aqui em Castelo Branco temos bastante empresas exportadoras que só têm a beneficiar do mercado único europeu.... E passo a citar, Delphi (americana, cablagens automóveis), Danone (lacticínios, francesa), Bitzer (compressores de frio, alemã), Colmart (colchões, empresa de capitais portugueses) e não me podia esquecer da Centauro (montagem de grupos de condensação, empresa de capital português) entre muitas outras.

Estas empresas sozinhas aguentam cerca de 20% do mercado de trabalho da zona, as medidas que vocês defende são altamente lesivas, especialmente para as duas empresas portuguesas que referi, Centauro e Colmart que estão a atrvessar um período complicado neste momento, para além de estarem a investir fortemente nomeadamente em Espanha.

Uma vez mais, você diz querer proteger a indústria portuguesa, mas as medidas que você defende apenas acabariam por fecha-las :))... O problema é que indivíduos como você parece que não compreendem algo tão simples.... O RSI, segundo o que vi numa reportagem recente na RTP também não chega sequer para comer (cerca de 180€), quanto mais para falar em subsidio dependência, concordo no entanto que existem aqueles que se acomodam, e concordo que a Segurança Social deve ter mais pulso nessas situações, mas não á custa de uma mãe que perdeu o seu trabalho e que não consegue arranjar outro, no entanto essa senhora tem que continuar a poder de dar de comer aos seus filhos.

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tyr

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Re: Situação Política em Portugal
« Responder #519 em: Maio 20, 2011, 08:50:36 pm »
PCartCast, a subsidio dependência existe. E sei o de experiência, tenho um conhecido que tem um restaurante no sudoeste alentejano e pediu ao centro de emprego pessoal para trabalhar, das varias dezenas de pessoas que apareceram, não houve um que quisesse trabalhar, grande parte deles, fez ver esse meu conhecido que era melhor ele rejeita-los e ter clientes na época baixa ao invés de eles dizerem que não estão interessados e pedirem aos amigos e familiares para boicotarem esse estabelecimento.

Também existem algumas casos de pessoas que conheço que não trabalham, não querem trabalhar legalmente, têm vários subsídios, têm casa ao preço da chuva e andam com carrões.

Na minha opinião, não se devem acabar com os subsídios para quem deles necessita, mas deve-se fiscalizar quem os usa, e incentivar as pessoas a tornarem se membros activos da sociedade e não parasitas da segurança social. Pois existem inúmeros casos de pessoas que não trabalham, não por não o conseguirem arranjar, mas porque ou preferem receber dinheiro sem fazer nada, ou só o querem trocar por um emprego (onde recebam e não façam quase nada) ou ainda trabalharem ilegalmente recebendo em simultâneo subsídios.

O que se deve fazer é limitar quer o que se recebe (por exemplo nos primeiros 6 meses recebe o equivalente ao que descontou, mas depois disso passa a receber metade do ordenado mínimo), quer o tempo em que se recebe o subsidio, fiscalizar de uma forma apertada quem recebe subsídios e simultaneamente utilizar o pessoal que recebe subsídios (e que tem condições para trabalhar) para trabalhos comunitários, como por exemplo limpezas de grafities, limpeza de matas, etc...

E da minha experiência vejo que quem quer trabalhar, rapidamente arranja trabalho, quem quer um emprego é que tem dificuldade, mas assumo que em certas zonas do pais isto não seja verdade.
A morte só é terrivel para quem a teme!!
 

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PCartCast

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Re: Situação Política em Portugal
« Responder #520 em: Maio 20, 2011, 09:30:55 pm »
Citação de: "tyr"
E da minha experiência vejo que quem quer trabalhar, rapidamente arranja trabalho, quem quer um emprego é que tem dificuldade, mas assumo que em certas zonas do pais isto não seja verdade.

Só prova que não estás, nem estiveste desempregado recentemente... Eu até já me ofereci para ir trabalhar para as obras em França, e nem mesmo assim :(.

Por isso, faz um favor a todos os desempregados que vêm este fórum e não generalize ok??

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tyr

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Re: Situação Política em Portugal
« Responder #521 em: Maio 20, 2011, 09:46:41 pm »
eu fiz a resalva no fim para não generalizar, pois existem casos de pessoas que por diversos motivos ou não podem ir trabalhar para longe ou não têm os contactos certos para o fazer.

Quem quer trabalhar (e tem mobilidade para isso (quer por o custo de ir trabalhar não compensar o que ganha quer por motivos familiares, quer por outros motivos)) numa questão de meses consegue o arranjar.
Eu conheço muita gente que saiu das fileiras e numa questão de semanas estava a trabalhar, também conheço pessoal que saiu e ficou 2 anos a receber subsídios. e a diferença entre os dois é regra geral a de que uns são pró-activos e os segundos são gajos que quando estavam nas fileiras só trabalhavam com chicote (obviamente existem excepções).
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Re: Situação Política em Portugal
« Responder #522 em: Maio 20, 2011, 10:10:41 pm »
Citação de: "tyr"
eu fiz a resalva no fim para não generalizar, pois existem casos de pessoas que por diversos motivos ou não podem ir trabalhar para longe ou não têm os contactos certos para o fazer.

Quem quer trabalhar (e tem mobilidade para isso (quer por o custo de ir trabalhar não compensar o que ganha quer por motivos familiares, quer por outros motivos)) numa questão de meses consegue o arranjar.
Eu conheço muita gente que saiu das fileiras e numa questão de semanas estava a trabalhar, também conheço pessoal que saiu e ficou 2 anos a receber subsídios. e a diferença entre os dois é regra geral a de que uns são pró-activos e os segundos são gajos que quando estavam nas fileiras só trabalhavam com chicote (obviamente existem excepções).

Meu caro, com  todo o respeito penso que está mesmo fora da realidade do mercado de emprego actual.  :|
 

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tyr

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Re: Situação Política em Portugal
« Responder #523 em: Maio 20, 2011, 10:33:11 pm »
Provavelmente estou, mas pelo que constato da minha cara metade, não muito, pois ela tem arranjado trabalhos (alguns recusa, pois não ganha para o combustível ou para o aluguer de um quarto) pelo pais fora. Ela é licenciada e nos últimos anos, não arranjou um único emprego na área dela, mas  trabalho tem sempre conseguido arranjar.
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Re: Situação Política em Portugal
« Responder #524 em: Maio 21, 2011, 08:42:35 pm »
Citar
Comprei o JN e levei o Acção Socialista…
por Fernando Moreira de Sá



O Jornal de Notícias é uma Instituição da cidade do Porto e do Norte. Em 2005 conseguia vender em banca mais de 120 mil exemplares e era o líder incontestado da imprensa diária em Portugal. Hoje, além de ter perdido a liderança dos diários (com estrondo) para o Correio da Manhã, com sorte lá consegue vender pouco mais de 70 mil exemplares.

 

O Jornal de Notícias, desde que está nas mãos de Joaquim Oliveira, deixou de ser um diário de referência. Aliás, o Jornal de Notícias sempre foi conhecido, até essa altura, por ser um diário próximo das populações, com uma forte componente noticiosa do que se passava na sociedade portuguesa e sem se meter muito na política. Aliás, todos sabiam que para estar a par do que se passava na política: o Público; para saber o que se passava no país real: o JN.

 

Eu sei que existem 300 milhões de razões para a capa de hoje do JN. Eu entendo que o director interino do JN tenha 300 milhões de razões para comentar como comentou no DN de hoje o debate de ontem. Eu entendo as razões suíças e a ordem de grandeza 300 milhões para o que se passou. Não sei se o título de hoje do JN e as linhas escritas pelo seu director interino no DN tenham sido escritas no DOP do meu querido amigo Rui Paula entre 300 milhões de chamadas telefónicas.

 

Quando o Emídio Rangel, em estado de choque, afirma na televisão que ficou surpreendido com a prestação de Passos Coelho; quando o insuspeito Miguel Sousa Tavares afirma, na televisão, que Passos Coelho esmagou Sócrates; quando todos os comentadores se dividiram entre o empate (os mais próximos de Sócrates) e a vitória de Passos Coelho (os mais próximos de PPC e os vários independentes), o director interino do JN, Manuel Tavares (ex-director do Jogo), escreve no DN que Sócrates ganhou e coloca um título absolutamente surpreendente, para não dizer abjecto e abaixo de cão*, no Jornal de Notícias:

Nem Paulo Baldaia, antigo assessor socialista e actual director da TSF, teve coragem para tanto! Até os Abrantes coraram de vergonha ao ver a capa do JN de hoje e lá para os seus botões pensaram: “não havia necessidade”.

 

O problema, grave, é que no JN existem profissionais de comunicação social dos melhores de Portugal. Homens e mulheres dedicados à sua profissão, que dão tudo pelo seu Jornal de Notícias e que não merecem este tipo de gestão “voz do dono” que continua, infelizmente, a pautar o quotidiano do Jornal de Notícias. Só eu sei o que muitos, mesmo muitos deles, se queixam do rumo que o JN tomou desde que passou para as mãos de Joaquim Oliveira, ele que percebe tanto de comunicação social como eu de plantação de batatas – pelo menos sei o que é uma batata, o que já não é mau.

 

A capa de hoje do JN foi mais papista que o Papa e ficará, provavelmente, para a fantástica história do Jornal de Notícias como o dia mais negro da sua história. Por dizer mal de Passos Coelho e tecer loas a Sócrates? Não! Por ser um frete do tamanho da Torre dos Clérigos. Por se ter transformado numa edição encapotada do Acção Socialista. Por ser um exemplo do que não é nem pode nunca ser o jornalismo: mera “voz do dono”.

 

O Jornal de Notícias, repito, é uma Instituição, assim com letra grande, da minha cidade e da minha Região. O que se espera dele é um mínimo de isenção e a devida independência. O que se espera dele é que seja um verdadeiro jornal ao serviço dos seus leitores e não, como é, ao serviço dos 300 milhões de interesses de quem, em má hora e não percebendo nada de comunicação social, o adquiriu pensando que estava a comprar um pedaço de publicidade estática num qualquer campo pelado do Portugal profundo.

 

Eu hoje tive vergonha. Pensava que o tempo das toupeiras tinha terminado…

 
http://albergueespanhol.blogs.sapo.pt/
"[Os portugueses são]um povo tão dócil e tão bem amestrado que até merecia estar no Jardim Zoológico"
-Dom Januário Torgal Ferreira, Bispo das Forças Armadas