A China e o Japão não pertencem á UE e não têm que competir com todo o sul da europa pelos turistas à procura de praia. Eu gostava que volta-se a haver algum controlo nas fronteiras, mas reconheço à priori que para combater os problemas que tu estás a falar pouco ou nada resolvia a situação. haver um posto de controlo na fronteira não impede que as armas entrem, não impede que as drogas entrem, etc. Queres impedir que as drogas entrem via maritima, para isso à a rede de radares que nunca mais estão operacionais, para isso à a GNR e a Armada para patrulhar a zona costeira. Queres impedir que as armas entrem vai Espanha? Para isso mais vale reforçares os meios de investigação da PJ.
De vez em quando a GNR reforça o controlo fronteiriço e faz fiscalização rodoviária como medida de prevenção e controlo nas principais fronteiras terrestres.
Não impede ou acaba com o tráfico de drogas, armas ou seres humanos mas serve como agente dissuasor e de cada vez que fazem isso detectam sempre delitos e apanham os criminosos.
O controlo das fronteiras seria um duro Golpe nas redes de crime internacional e na economia paralela tansnacional que não paga impostos ao Estado.
Durante o tempo da ditadura, a nossa debilidade no campo da agricultura não se notava de forma tão clara, porque o povo comia carne de vaca uma vez por ano e uma ou duas galinhas também durante o ano.
A agricultura de subsistência fazia com que a população vivesse basicamente do que conseguia retirar dos bocados de terra que cultivava.
A qualidade da alimentação era um desastre e a população estava sub alimentada.
Exemplo disso era a taxa de mortalidade infantil, que tinha valores que nem os países africanos hoje têm.
Isso são meias verdades, deturpações e mentiras propagandeadas pela esquerda anti-salazarista.
Essas generalizações são facilmente refutáveis para quem se der ao trabalho de fazer uma investigação isenta e sem carácter ideológico (coisa rara e difícil para alguns ... eu sei).
A verdade é que dificilmente conseguiremos ter uma agricultura que consiga produzir tudo o que o país se habituou a consumir. Aliás, os problemas com a dificuldade de abastecimento alimentar são históricos e já são relatados creio que pelo menos desde D.Afonso III (estou a falar de memória).
O que podemos fazer, é ter uma agricultura que em alguns sectores tenha capacidade exportadora (como acontece com o vinho). Ou seja: Nunca vamos produzir tudo o que precisamos, mas podemos produzir produtos agrícolas num valor idêntico ao valor do que consumimos.
E isso leva-nos de volta ao principio: Uma economia que precisa ficar aberta.
A ideia de que podemos comprar um carro de qualquer cor desde que seja preto, funciona, num mercado em que mais ninguém tem um produto que realmente seja concorrente.
Quando existe concorrência, ninguém vai comprar um carro preto quando quer comprar um carro verde, e há carros verdes à venda.
A União Europeia representa isso mesmo. Ou seja, concorrência e liberdade para escolher. Muitas das lições do passado, servem para isso mesmo: Mostrar que não se aplicam aos dias de hoje.
Temos que aprender a consumir e a importar menos.
Se está habituado a consumir, perca esses hábitos de novo rico como essa estória de andarem de automóvel todos os dias, etc ... porque o país está falido e todos vamos sofrer com isso quer estejamos dentro ou fora da União Europeia.
Temos que ter produção nacional para satisfazer o consumo interno e para exportar mais se quisermos sair da cepa torta.
Confesso que não tenho uma visão completa e coerente do que seria a nossa saída do euro. Mas sou céptico.
1.º Porque a nossa credibilidade anda pela rua da armargura e assim andaria a nossa moeda;
2.º Porque a nossa classe política age com a metalidade soaresca: "O dinheiro arranja-se sempre". Essa gente logo logo recorre a qualquer expediente para resolver problemas no curtíssimo prazo e quem vier a seguir que feche a porta. Ou seja, a permanência no Euro exige disciplina e trabalho efectivo dos agentes governativos e das empresas;
3.º Porque me parece absurdo concorrer nos mercados com a filosofia da desvalorização da moeda (de si uma ideia insustentável e de chico-esperto) em vez que concorrer recorrendo à eficiencia de produção, qualidade e atenção à procura dos mercados. A desvalorização permite manter uma "competitividade" ao mesmo tempo que se mantém status quo indesejáveis e estagnantes;
4.º Porque a saída do euro iria encarecer os custos de transacção, sobretudo euro-mercado (câmbios, créditos, taxas de juro - toda a estrutura que estaria associada ao acto cambial).
Resumindo, para mim o euro é uma ferramenta que pode ser bem ou mal utilizada mas não é o bem que realizamos com ela, que é o que mais nos deveria importar... "IMHO".
Sair imediatamente do Euro não seria boa ideia mas no médio longo prazo eventualmente será inevitável.
Uma moeda fraca é boa para as exportações e má para as importações.
Uma moeda forte como o Euro é boa para as importações e má para as exportações.
A economia portuguesa já em 1986 não estava preparada para entrar na comunidade europeia e muito menos estava preparada em 2002 para entrar no euro por isso mesmo Portugal sempre esteve na cauda da Europa até porque nunca se quiseram fazer reformas sérias por causa dos interesses instalados.
Portugal não consegue competir com as indústrias de mão de obra barata europeias (devido à sua periferia) e extra europeias (mão de obra escrava), com produtos que já têm uma certa imagem de marca ou de luxo e com produtos considerados premium pela sua qualidade.
A União Europeia a defende os interesses de Portugal?
http://mobile.economico.pt/noticias/ce- ... 17632.htmlSe estar dentro da União Europeia e dentro do Euro é tão bom porque é que não impediu a falência de Portugal?
Há já sei.
Porque continuam a emprestar-nos dinheiro com juros elevados, juros esses que vão consumir o dinheiro arrecadado em impostos com um eventual crescimento do PIB e que em vez de serem investidos no país por exemplo na educação, saúde ou defesa vão parar ao bolso dos usurários.
... A razão porque houve um aumento da indústria depois de Shengen, foi exactamente devido ao investimento estrangeiro que aproveitou Shengen para investir em Portugal... E actualmente muitas das empresas portuguesas exportadoras também estão dependentes desse mesmo acordo para poderem ser viáveis... Meu amigo, o acordo Shengen é ESSENCIAL para nós que somos um país periférico, e se considerar-mos que temos uma balança comercial desfavorável, é também a razão que os preços em Portugal estejam dentro da média Europeia e não sejam exageradamente elevados... Shengen, meu amigo, dá trabalho a muitos portugueses...
E uma vez mais....
Criticar é fácil, mas por a cabeça a trabalhar não é para todos..... Infelizmente.
O mercado comum para além de eliminar as tarifas aduaneiras internas e adoptar tarifas comuns para o mercado externo fora do bloco, permite a livre circulação de pessoas, mão-de-obra, capitais e todo tipo de serviços entre os países-membros.
Neste sentido, os acordos de integração económica trazem uma série de consequências para as empresas e a população dos países que integram estes blocos.
Os consumidores podem beneficiar dos produtos mais baratos que entram no país. No entanto, muitos desses consumidores podem ser prejudicados com o desemprego, em virtude da falência ou diminuição da produção das empresas nas quais trabalhavam, pois muitas delas não conseguem concorrer com os produtos mais baratos ou de melhor qualidade que vêm dos outros países com os quais são mantidas alianças.
No âmbito das empresas e da sociedade dos países que compõem um bloco, há ganhadores e há perdedores.
Portugal é um dos perdedores porque não tem uma economia de exportação mas sim de importação.
Apesar dessas implicações, os blocos económicos, de modo geral, têm actuado sem que haja maior participação da sociedade nas decisões.
Estas são tomadas pelos governantes e pela elite económica.
No caso da UE as decisões mais importantes, na maioria dos países, não foram sujeitas a referendo.
Suponhamos que se baixam os impostos em tudo para estimular o consumo.
O que se compra e a quem?
Com que dinheiro? E de quem?
O que é que se produz em Portugal?
A cortar em impostos que seja no sector produtivo nem que seja necessário descriminar recorrendo à CAE (Classificação das Actividades Económicas).
Além disso, há que cortar nos custos de produção, sendo a energia um desses custos. Aliás, de que adianta o estado ter participação nessas empresas monopolistas se não for para agir sobre a economia?
Quanto a isto ainda, da energia e dos custos de serviços de monopólios naturais: NUNCA privatizar, porque nunca se sabe se a que mãos esses factores de produção podem ir parar.
Ou seja, um GOVERNO tem que intervir de forma imune a ideologias a não ser a do interesse nacional.
O aborrecido mesmo é o nível de discussão ser tão baixo e o povo não querer saber.
A democracia é um embuste e vemos isso em qualquer telejornal.
Voltaire tinha razão.
Bem dizia o Lincoln e com razão:
"A democracia é o governo do povo, pelo povo, para o povo."
Ou seja, na nossa realidade, é um sistema de governo pimba.
Lamento, mas estou muito triste com esta trampa toda.
Os Governos neo-liberais estão reféns dos grandes grupos económicos e eles não querem saber dos problemas dos portugueses para nada porque o seu único objectivo é o lucro.
Nesta sociedade actual avalia-se uma pessoa pelo dinheiro que ela possui e não pela sua nobreza de carácter.
O maior custo de uma empresa são os custos com o pessoal e não os custos com impostos.
No dia 1º de Maio foi aproveitado pela estação de TV SIC cujo dono é o neo-liberal embaixador do Grupo de Bilderberg em Portugal (Francisco Balsemão) para fazer uma "Grande Reportagem" onde se menospreza, difama e trai as legítimas aspirações e direitos do Trabalhador Português e se elogia o trabalhor/escravo que nem sabe falar português só porque é mão-de-obra barata, fácil de importar logo abundante e com menos custos fixos de subsistência e um standard de vida sub-humano para os parâmetros ocidentais.
Esta concorrência desleal feita pela imigração em massa no mercado de trabalho português (muitas vezes imigração ilegal) é uma forma de baixar os salários (lei da oferta e da procura), e de deixar os portugueses numa constante subsídio dependência por não serem competitivos e leva também há emigração e fuga de cérebros que vai beneficiar os países mais desenvolvidos que procuram uma imigração mais qualificada.
Esta é uma das consequências da aliança entre o capitalismo globalizante e a política internacionalista.
http://sic.sapo.pt/online/video/informacao/Reportagem+SIC/2011/5/maos-da-tailandia01-05-2011-223758.htmO 1ºde Maio visto na RTP já mostra a miséria de país em vivemos.
http://www0.rtp.pt/programas-rtp/index.php?p_id=1103&c_id=1&dif=tv&idpod=55657A situação é de facto confusa:

De qualquer forma, no que respeita à livre circulação, nós somos um país de emigrantes e por isso temos muito mais a perder com a criação de barreiras nas fronteiras que a ganhar.
A questão da entrada e saída de pessoas, é uma questão que não é central e não está directamente ligada aos nossos principais problemas, que são a dívida externa, a falta de competitividade das empresas e o bloqueamento do sistema politico por causa da recusa dos partidos em mudar as regras eleitorais.
O resto é eleitoralismo e populismo facil, porque o Zé Povinho até nem está acostumado a utilizar o cérebro.
Atacar os imigrantes é uma soisa simples fácil e barata.
Na Alemanha fizeram o mesmo contra os banqueiros (como faz o Bloco de Esquerda) e é claro, como sabem, a maioria dos banqueiros era judaica.
Já sabemos no que deu...
Todos falam na maravilhas da União Europeia mas não falam do suborno em forma de fundos europeus para que a produção nacional fosse desmantelada.
A situação é tão má que é mais fácil um imigrante brasileiro sem qualificações arranjar emprego em Portugal que um jovem português licenciado que ou tem qualificações a mais ou não tem cunhas para arranjar uma vaga naquilo para que estudou.
Quando um país não providencia oportunidades ou meios de sustento para os seus cidadãos alguma coisa de muito grave se passa.
Portugal é o país dos centros comerciais e como tal nada mais é que um drogadito do crédito, pois precisa de doses cada vez maiores para alimentar o vício do consumismo e evitar a ressaca.
De que desastre estamos a falar ?
É simples.
Converta o seu salário para a antiga moeda, multiplicando os Euros que recebe por 200.482
Depois pense que passa a ter Escudos na carteira e no banco.
Mas a gasolina, você vai ter que a pagar a 960 Escudos o litro.
Uma bica, vai-lhe custar 350 Escudos.
A esmagadora maioria dos produtos alimentares aumentará entre 2.5x e 3x
Portugal come quase tudo importado.
Faça o teste quando for ao supermercado.
Multiplique o preço das cenouras, das maçãs etc. por 2.5x a 3x para ver quanto estaria a pagar.
As pensões de reforma, vão ficar na mesma, mas os reformados vão continuar a comer e a ter que comprar comida, que também vai aumentar.
E quem fala na comida fala em tudo o que o país importa.
É uma gigantesca mentira, um gigantesco embuste, dizer que a saída do Euro é solução para alguma coisa.
É a melhor forma de transformar todos os cidadãos em pedintes, sem que se note.
É como a mordida do morcego, ele suga o sangue mas não provoca dor, porque quando morde ele injecta um entorpecente na ferida.
O que estes malucos querem é um Portugal estilo Zimbabwe, onde o estado imprime dinheiro adoidado para pagar o deficit.
O estado imprime dinheiro em incontáveis rolos de papel higienico e depois paga salários com esses rolos de papel higienico.
Para evitar a hiperinflação, o estado inicia uma politica de preços fixos. Quem se lembra dos anos 70, sabe o que isso quer dizer:
Os produtos desaparecem das prateleiras dos supermercados e só no mercado negro se compre leite, manteiga ou açúcar (foi assim em 1975, 1976, 1977, 1978, 1979).
Qualquer saída do Euro, teria que ser antecedida de uma politica de nacionalização da economia. Como é que vamos fazer isso ?
Transformando Portugal numa Albânia, orgulhosamente só ?
Comparar os anos de destruição do aparelho produtivo nacional do tempo dos comunistas do PREC com a actual situação ou até com o Estado Novo é desonestidade intelectual.
Quer seja com o aumento de impostos com Portugal dentro da UE quer seja com a desvalorização da moeda com Portugal fora da UE os portugueses vão perder grande parte do seu poder de compra e vão ficar mais pobres.
A grande diferença será como é que estaremos no médio longo prazo qual a opção que dará um futuro melhor para as futuras gerações de portugueses.
Na minha óptica estaremos melhor daqui a a 10 anos se estivermos fora da UE, porque a UE beneficia mais os grandes países com economias de produção e exportação do que as economias periféricas que são economias de consumo a crédito.
Iremos sofrer mais no imediato mas seguiremos vivos e voltaremos à retoma económica mais rapidamente.
Querem apostar que a Islândia daqui a 10 anos estará melhor que Portugal mesmo estando fora da UE?
Se a inflação ficar descontrolada poderemos voltar ao padrão-ouro uma vez que temos grandes reservas no banco de portugal.
Já repararam como o ouro e outras matérias primas valorizaram tanto contra o euro a libra e contra o dólar?
Significa que estamos a perder poder de compra mesmo dentro da UE porque os bancos centrais estão a imprimir moeda.
E a solução é.....
Pois, qualquer parvinho consegue criticar..... mas por a cabeça a trabalhar não é para todos
.
Eu explico-lhe o que se está a passar neste preciso momento em Portugal... é uma questão de equilibrio... Por um lado temos o perigo de insolvência da banca, por outro temos o mercado em retracção. E como resolvemos isto?? É precisamente isso que os partidos de centro-direita estão a tentar resolver... ao contrário do seu partido e dos partidos de esquerda.
Para estimular o consumo, poderia-se simplesmente reduzir o IVA, mais consumo gera mais emprego que por sua vez vai gerar mais receitas fiscais. E pergunta você, porque é que não diminuem os impostos ao invês de os aumentarem?? Simplesmente porque a banca está em perigo de insolvência, e quando falo da banca refiro-me normalmente aos 5 monstrinhos, CGD, BES, BPI, BCP e Santander-TOTTA... Cada um destes 5 monstrinhos representam sozinhos 2-3% do nosso PIB. Assim em vez de baixar os impostos para estimular o consumo, o que o estamos a tentar fazer neste momento é evitar a todo o custo o consumismo e estimular a poupança, para que os bancos não se tornem insolventes, e para que milhares de clientes desses bancos, incluindo empresas que os usam para pagar aos funcionários, não fiquem sem os seus capitais, evitando uma tragédia que seria muito maior que a que estamos a presenciar...
Pergunto eu, os seu partido sabe criticar, mas e soluções para os problemas reais do país??' E melhor, soluções funcionais, onde estão??? Vocês criticam os Euro, a UE, os Brasileiros, os Africanos.... Mas não apresentam qualquer solução.... solução que funcione, pois as poucas que apresentam não passam de piadas de faculdade de Economia.
Não estamos em condições de voltar-mos ao orgulhosamente sós. Somos um país periférico, que infelizmente, apenas faz fronteira com um único outro país, que é também ele ligeiramente periférico, apesar de menos que nós... E vocês PNR propõem que abdiquemos de coisas como o espaço Shengen e fiquemos ainda mais isolados do que no tempo do Vosso patrono A.O.Salazar??? Não contem comigo.
Também dizem que o Medina Carreira só diz mal e nunca apresenta soluções.
Elas estão lá ou as pessoas não estão com atenção ou não percebem nada do que ele está a dizer.
O partido não é meu e se quiser saber quais as propostas vá ler o programa, eu falo em meu nome pessoal não em nome de um qualquer partido.
O PSD e o CDS não são "centro-direita" essa é uma classificação incorrecta que é passada pelos media porque lhes deve de ser conveniente.

Por sermos um país periférico e pobre é que temos que tomar medidas protecionistas e recuperar a possibilidade de controlarmos a nossa política monetária para proteger a nossa economia e os trabalhadores portugueses do capitalismo selvagem e concorrência desleal que países como a China fazem com a sua mão de obra escrava e desvalorização artificial da moeda.
O que se está a passar em Portugal neste momento para além do que diz é a situação de corrupção e despesismo de governos sucessivos que só fazem disparates com o dinheiro dos outros e da obesidade mórbida do estado social português.
Com tanto Bairro Social, Magalhães para as criancinhas, rendimento de inserção social para quem não quer trabalhar, estágios pagos pelo estado para «jovens», reformas e pensões para quem nunca descontou ... ainda há quem se admire porque é que o Estado Social é um monstro e está falido. Tudo isto custa muito dinheiro aos contribuintes, e é a verdadeira razão porque os impostos precisam de subir exponencialmente para manter o Estado solvente.
Temos em Portugal 3,5 milhões de pensionistas e reformados, 2,2 milhões de estudantes do ensino primário ao universitário, 700.000 funcionários públicos, 300.000 desempregados e 400.000 beneficiários do RIS (dados de 2010).
Em suma, 7,1 milhões de portugueses! são sustentados total ou parcialmente pelos restantes ~3,5 milhões, aos quais se devem descontar as crianças que ainda não se encontram em idade escolar e não foram contabilizados nos números que apresentei e os empregados por conta própria que, como se sabe, são mais beneficiários do que contribuintes do Estado Social.
Sobram menos de 3 milhões, talvez 2,5 milhões, menos de ¼ da população portuguesa, para contribuir activamente para a vida dos restantes ¾ dos cidadãos.
Os sindicatos revoltam-se contra esta injustiça. Como é possível não aumentar os funcionários públicos? A esquerda política revolta-se contra o mau SNS, má educação e baixas reformas. O desemprego aumenta, diminuindo o número daqueles que contribuem para o despesismo do Estado e aumentando o número daqueles que usufruem desse sistema de comparticipação de vida.
Entretanto, os desequilíbrios aumentam cada vez mais. Aqueles que outrora pertenciam à classe média e conseguiram, enquanto o Estado se endividava, usufruir de um certo nível de vida, lutam agora para manter os seus bens, sustentam os juros da divida pública e aqueles que nada fazem via maior carga fiscal.
Os que sempre viveram à conta do Estado, mais euro menos euro, continuam na mesma. Finalmente, a classe alta, administrações de empresas e que não raras vezes têm directa ou indirectamente fortes ligações ao Governo, embora também prejudicadas, não vêem o seu nível de vida afectado, pois de alguma forma irão contornar estes problemas, nem que seja cortando o emprego na base para aumentar lucros e assim os seus prémios anuais.
Enquanto foi possível os Governos não subiram impostos e optaram pelo endividamento. Agora, fechada a torneira, têm uma escolha a fazer: subir impostos aos mesmos de sempre ou retirar a mão de baixo daqueles que viveram encostados ao Estado?
A escolha menos má para continuar no poder é subir impostos, por isso, pelo menos, nos próximos anos, enquanto for possível subir impostos, adiar reformas e proceder a umas quantas privatizações, vamos continuar o mesmo caminho. Remendando novamente remendos outrora colocados em buracos crónicos.
http://blasfemias.net/2011/05/13/na-tri ... do-social/