Quinta-feira, 12 de Maio de 2011
O ouro português.
O que eles querem, sei eu.
Constatei que as referências ao ouro português são cada vez mais comuns na imprensa nacional e internacional, e sabendo como funciona a imprensa, isso me cheira a golpe. O ouro em poder do Banco de Portugal vale cerca de 12 mil milhões de euros no câmbio actual, favorável ao euro, mas a verdade é que se o mercado da moeda fosse verdadeiramente livre, valeria muito mais. Jamais venderia esse ouro a não ser por um valor de pelo menos 300 mil milhões de euros, e tudo isso em bens e serviços pois guardar euros é um tolice ainda maior que guardar dólares, uma moeda que até os mais tolinhos já perceberam que não deve valer nada.
Algo me diz que os banqueiros, por intermédio dos seus partidos, o PS, o PSD e o BE, devem estar a preparar algum golpe para que essas reservas sejam vendidas a preço de banana com alguma desculpa que faça o público acreditar que elas não valem nada se não puderem ser usadas (já imagino os bloquistas a falar do ouro de Salazar...). Lembro que em Atenas, em 447 a.C., se criou uma lei que condenava à morte qualquer cidadão que propusesse o uso dos fundos resultantes da cunhagem da prata para outros fins que não o entesouramento. É caso para se pensar...
Se essa venda for concretizada, o dinheiro resultante será usado para pagar os salários de bastardos que o gastarão em menos de um mês. Mas se mantivermos o ouro, um dia, quando a convulsão monetária a nível mundial eclodir como resultado de décadas de políticas inflacionistas, ele poderá ser a nossa tábua de salvação.
Publicada por Carlos Velasco