Revolta no Mundo Árabe

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Lusitano89

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Re: Revolta no Mundo Árabe
« Responder #570 em: Agosto 31, 2013, 06:00:56 pm »
O que falta saber sobre a intervenção militar na Síria ??
Alexandre Reis Rodrigues


Já não é muito o que falta saber sobre a “anunciada” intervenção militar na Síria. Na verdade, de importante para o curto prazo, só falta saber a data em que se
iniciará. A rejeição do Parlamento britânico quanto à possibilidade de participação de forças do Reino Unido, que o Primeiro-ministro anunciou ir respeitar, não irá alterar o quadro em que os EUA tomarão a sua decisão formal em avançar. Constitui, no entanto, um revés político importante, sobretudo na medida em que reforça a
oposição de Moscovo. Os EUA certamente lamentam a falta de apoio, especialmente o político, do seu mais firme aliado mas já reafirmaram que decidirão em função do seu interesse. Não se imagina como poderiam voltar atrás apenas em função da decisão britânica. Em qualquer caso, está prevista uma segunda sessão do Parlamento sobre o assunto. Não se sabe como poderá ser a sua evolução em função de eventuais novos dados.

A dúvida que persiste é saber se a intervenção será antes ou depois da Cimeira do G-20, agendada para 5/6 de setembro na Rússia, evento que, no que respeita ao Presidente Obama, será precedido por uma visita à Suécia a 3 de setembro. O período de tempo que Ban ki-Moon pediu para concluir o relatório da inspeção feita
no terreno acabará, precisamente, a 3/4 de setembro. Inclui quatro dias para ser examinado por especialistas depois de entregue a Ban ki-Moon a 30/31 de agosto.
No entanto, poderá haver um relatório preliminar a partir desta última data. Se assim for talvez fique esclarecido mais cedo o essencial das conclusões a que os inspetores terão chegado.

No entanto, esperar mais alguns dias para a decisão final sobre a intervenção tem algumas vantagens. Permite mais algum espaço para a diplomacia funcionar, em especial, aproveitar a oportunidade de um frente a frente entre os Presidentes Obama e Putin, durante a Cimeira do G-20 e já na posse do relatório dos inspetores. Mostra o empenho dos EUA em dar às Nações Unidas o espaço que estas reclamam para completar o seu trabalho. Mostra que os EUA estão cientes da desconfiança que se instalou na sequência do Conselho de Segurança que antecedeu a intervenção no Iraque, quando foi tentado demonstrar a existência de armas de destruição maciça, que afinal não existiam.

Se a espera vai servir ou não para clarificar melhor a situação é outro assunto. Ninguém calcula que seja possível às Nações Unidas ir mais longe do que confirmar que houve um ataque com armas químicas. Se é ao regime ou à oposição que deve ser atribuída a responsabilidade pela autoria dos ataques não é conclusão que esteja ao alcance de uma equipa de inspetores que se tem concentrado em recolher dados médicos sobre os doentes internados e em algumas entrevistas. Não havendo identificação positiva da responsabilidade do regime, Moscovo não concordará com uma intervenção militar. Pode, no entanto, porque tem essa capacidade, suscitar uma solução política aceitável para os EUA, eventualmente a substituição de Assad por outra elite do regime. É a única hipótese que, em termos
práticos, poderá fazer valer a pena a espera. Mas, como se adivinha, é algo pouco provável.

A possibilidade de a intervenção se concretizar a 4 de setembro, conforme declaração feita pelo Presidente Holland, colide com a atual agenda de deslocações do Presidente Obama (então de visita à Suécia. Mas se for este o momento escolhido para decidir atuar, portanto antes da Cimeira do G-20, são dois os sinais que os EUA estarão a querer dar: em primeiro lugar, que não consideram valer a pena esperar por novas conversações com Moscovo; em segundo lugar, que a intervenção será tão limitada que nem sequer requer a presença do Presidente em Washington.

A questão da natureza limitada da intervenção militar, que quase obsessivamente se repete em todas as instâncias e ocasiões, é especialmente interessante. Entre o que a administração americana tem dito e as deduções que os especialistas têm feito a partir daí, já é possível traçar um quadro de razoável probabilidade sobre o que serão os alvos prioritários: centros de comando e instalações militares que de algum modo possam estar associadas aos ataques. Naturalmente, os sírios, como os principais interessados, são os mais atentos. Segundo referia alguma imprensa internacional, já começaram a reposicionar o seu dispositivo em função do que se tem dito.

Rumsfeld, em recente entrevista, mostrava-se indignado com a quantidade de detalhes que têm sido deixados passar para a imprensa e com a transparência de propósito. Poderia tratar-se de contra-informação da parte americana mas não é. Corresponde a uma preocupação do Presidente em manter-se coerente com a posição crítica que tomou em relação ao Iraque. Não quer que haja dúvidas de que se baseia em factos e que, ao contrário de Bush, - mas sem o mencionar - não pretende uma mudança de regime, nem mesmo fazer pender o desfecho do conflito para o lado da oposição.

Há dois anos (18 de agosto de 2011), o Presidente não via para a solução do conflito sírio senão a saída de cena de Assad. Por motivos que se compreendem, face à evolução dos acontecimentos, já não é assim. O general Dempsey (Chairman of the Joint Chiefs of Staff), foi muito claro neste ponto em carta que escreveu a um Membro da Câmara de Representantes, a 19 de agosto: «Syria is not about choosing between two sides but rather about choosing one among many sides. It is my belief that the side we choose must be ready to promote their interests and ours when the balance shifts in their favors. Today, they are not». Michael Morrell (ex-número dois da CIA) completa este quadro lembrando que a possibilidade de a Síria se vir a tornar um santuário da al Qaeda transforma a situação aí existente numa ameaça central à segurança dos EUA («top current threat to US national security»).

É a extrema ironia. Agora que se acumulam razões ainda mais fortes para retirar o poder a Assad, a prioridade passou a ser nada fazer de muito substantivo para apressar esse desfecho. Mas se não é oportuno acelerar a queda de Assad, por falta de instituições que possam assegurar a sobrevivência do País, é pelo menos necessário tomar medidas que dissuadam um novo recurso ao emprego de armas químicas. Não parece que com regime tão despótico e brutal haja alguma forma de se chegar a esse objetivo sem um sinal claro que essa opção suscitará sempre uma reação do Ocidente incluindo o uso da força.

A administração americana tem procurado passar a ideia de que a decisão de intervir está devidamente fundamentada. É sob esse cuidado que se interpretam os dados facultados pelo secretário de Estado em declarações feitas a 30 de agosto sobre o número de baixas provocados pelos ataques com armas químicas (1429
mortos, entre os quais 426 crianças) e sobre o facto de os EUA estarem seguros de que todos os “rockets” usados no ataque terem partido de áreas controladas pelo
Governo. Cameron, que também disse não ter dúvidas sobre a origem dos ataques, acabou por dizer no Parlamento que «In the end there is no 100 percent certainty
about who is responsible». Ninguém pode exigir essa certeza; implicaria a apresentação de testemunhas no terreno.

Seria desejável, porém, que fosse feito um esforço mais objetivo para retirar dúvidas aos céticos que ainda possam existir sobre a origem dos ataques. Tanto quanto a segurança das fontes o permita, todos os dados disponíveis deveriam ser divulgados. Conviria lembrar, finalmente, que, em última instância, o grande responsável é sempre o governo sírio, tenha ou não autorizado ou ordenado os ataques. É ao Governo que cabe a responsabilidade de controlo do acesso aos depósitos de armas químicas e, em geral, fazer cumprir regras de empenhamento.

Jornal Defesa
 

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Nuno Miguel

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Re: Revolta no Mundo Árabe
« Responder #571 em: Agosto 31, 2013, 10:57:57 pm »
Um tema delicado, e que gere emoções.

Uma guerra, é sempre uma guerra, onde há vítimas inocentes. E nota-se que a guerra na Síria, já acontece ao tempo, com a participação internacional, não directamente como quer o Governo Americano, mas indirectamente, especialmente com o envio de material de guerra.

De um lado, o Governo Americano e os seus normais aliados ( Inglaterra e Israel), de outro lado, os grandes "rivais", para não dizer outra palavra dos Americanos, ou seja, a China, Rússia, o Irão, a Venezuela e a Coreia do Norte.

Quem ganhará este braço de ferro, o poderia do Ocidente, ou os dispersos inimigos da América?

Não refiro à ONU, porque como toda a opinião pública saberá, o maior financiamento da ONU vem dos Estados Unidos, logo, a opinião do Conselho de Segurança da ONU, para quem o financia é irrelevante.

Veremos, o que acontecerá nos próximos dias, especialmente ao nível da diplomacia.
 

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HSMW

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Re: Revolta no Mundo Árabe
« Responder #572 em: Setembro 06, 2013, 10:46:15 pm »
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mafarrico

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mafarrico

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Re: Revolta no Mundo Árabe
« Responder #574 em: Setembro 29, 2013, 03:05:54 am »
http://www.presstv.ir/detail/2013/09/27 ... p-marzooq/

Thousands of Bahrainis rally against arrest of former MP


Bahraini protesters hold up portraits of detained former opposition MP Khalil Marzooq during an anti-regime demonstration in the village of Jannusan on September 27, 2013.

Fri Sep 27, 2013 7:5PM GMT

Thousands of Bahrainis have rallied near the capital, Manama, to express their anger over the arrest of a top opposition figure.


More than 10,000 Bahrainis marched in the village of Jannusan, west of Manama, on Friday to demand the release of Khalil al-Marzooq, a former deputy speaker of parliament.

Peaceful demonstrators waved Bahraini flags and chanted "Revolution until victory" and "We will not forget the martyrs". There were no reports of violence. The rally was organized by the opposition.

Marzooq, who is the secretary general of Bahrain's main opposition bloc al-Wefaq, was arrested on September 17 on charges of "inciting and advocating terrorism".

Also on Friday, Bahraini forces used tear gas to disperse anti-regime protesters who tried to approach the site of the iconic Pearl Square in the capital, the epicentre of Bahrain's revolution.

Bahraini forces also clashed with anti-regime demonstrators in the village of Shaharkhan.

On Thursday, several protesters were injured after regime forces fired tear gas and live rounds at demonstrators in Manama and nearby villages. The protesters were chanting slogans demanding the release of political prisoners and the fall of the ruling Al Khalifa family.

Bahrainis have been staging demonstrations since mid-February 2011, demanding political reforms and a constitutional monarchy, a demand that later changed to an outright call for the ouster of the ruling Al Khalifa family following its brutal crackdown on popular protests.

Scores have been killed, many of them under torture while in custody, and thousands more detained since the popular uprising in Bahrain began.

Protesters say they will continue holding anti-regime demonstrations until their demand for the establishment of a democratically-elected government and an end to rights violations are met.

HM/KA
"All the world's a stage" William Shakespeare

 

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papatango

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Re: Revolta no Mundo Árabe
« Responder #575 em: Outubro 29, 2013, 12:19:27 am »
PRESSTV, é a televisão por satélite do regime xiita dos aiatollas.

É a mesma coisa que ter uma televisão da Alemanha Nazi e apresenta-la como referência para mostrar que os judeus são feios porcos e maus...  :roll:
É muito mais fácil enganar uma pessoa, que explicar-lhe que foi enganada ...
Contra a Estupidez, não temos defesa
https://shorturl.at/bdusk
 

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listadecompras

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Re: Revolta no Mundo Árabe
« Responder #576 em: Outubro 29, 2013, 07:54:58 pm »
Como esta zurich Papatango? Muita chuva? Neve? Deve saber melhor que eu.

A Presstv foi a primeira estacao televisiva a anunciar que forcas israelitas estavam in loco a ajudar as autoridades quenianas a enfrentar o Al- Shabaab no recente ataque terrorista no centro comercial westgate.

Primeiros que CNNs, BBCs e derivados.

Obvio que eles estao mais bem informados do que voce.
 

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FoxTroop

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Re: Revolta no Mundo Árabe
« Responder #577 em: Outubro 29, 2013, 09:49:49 pm »
Um canal de informação que fez mexer. De tal modo que enquanto não arranjaram maneira de os tirar do ar, nos satélites que normalmente servem a Europa, não descansaram.
 


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listadecompras

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Re: Revolta no Mundo Árabe
« Responder #579 em: Dezembro 05, 2013, 07:31:31 pm »
Citar
Bahrainis hold protests against Al Khalifa regime

Thu Dec 5, 2013 3:8AM GMT

Pro-democracy protesters have staged demonstrations in Bahrain despite crackdown by the regime.


On Wednesday, Bahrainis held protests in the northeastern island of Sitra and other towns and villages including Musalla and Daih.

The protesters shouted slogans demanding the downfall of the Al Khalifa regime.

Since mid-February 2011, thousands of pro-democracy protesters have staged numerous demonstrations in the streets of Bahrain, calling for the Al Khalifa royal family to relinquish power.

On March 14, 2011, troops from Saudi Arabia and the United Arab Emirates invaded the country to assist the Bahraini government in its crackdown on the peaceful protesters.

According to local sources, scores of people have been killed and hundreds arrested.

Physicians for Human Rights says doctors and nurses have been detained, tortured, or disappeared because they have "evidence of atrocities committed by the authorities, security forces, and riot police" in the crackdown on anti-government protesters.

NT/AS/MHB
 

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Re: Revolta no Mundo Árabe
« Responder #580 em: Dezembro 13, 2013, 07:17:31 pm »
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Re: Revolta no Mundo Árabe
« Responder #581 em: Março 14, 2014, 09:18:38 pm »
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Re: Revolta no Mundo Árabe
« Responder #582 em: Abril 03, 2014, 10:38:03 pm »









Citar
Lebanese army soldiers deploy in the streets of the Sunni neighborhood of Bab Tabbaneh and the neighboring Jabal Mohsen, which is mostly populated by followers of the Alawite sect, in the northern port city of Tripoli, Lebanon, Wednesday April, 2, 2014. In a rare day of exuberant emotion, weary residents of two warring neighborhoods greeted each other with tears and cheers as hundreds of Lebanese soldiers deployed for the first time in years throughout the area, quelling violence between them that has killed at least 200 people in three years. The Lebanese army deployment in the northern city of Tripoli is the most determined plan yet by the government to bring peace to an area that was teetering into the neighboring Syrian civil war. (AP Photo/Hussein Malla)
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Re: Revolta no Mundo Árabe
« Responder #583 em: Junho 28, 2014, 02:09:03 pm »
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Re: Revolta no Mundo Árabe
« Responder #584 em: Julho 14, 2014, 07:57:11 pm »
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