Revolta no Mundo Árabe

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Lusitano89

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Re: Revolta no Mundo Árabe
« Responder #345 em: Agosto 11, 2012, 03:24:37 pm »
EUA e Turquia criam grupo de trabalho sobre a Síria


A secretária de Estado norte-americana e o seu homólogo turco anunciaram hoje que os seus países estão a criar uma estrutura formal para se preparar para o pior cenário possível na Síria, incluindo um eventual ataque químico.

Numa conferência de imprensa no final de uma reunião em Istambul, Hillary Clinton e Ahmet Davutoglu disseram que os dois países estabeleceriam um grupo de trabalho para responder à crise na Síria, onde as condições estão a deteriorar-se.

O grupo irá coordenar respostas políticas, militares e dos serviços de informações, para o caso de um ataque químico, o que resultaria em emergências médicas e num aumento do número de refugiados a fugir da Síria.

Segundo a chefe da diplomacia norte-americana o grupo é necessário para explorar os "pormenores reais" de potenciais novas crises.

"Temo-nos coordenado de perto ao longo do conflito, mas agora precisamos de entrar nos pormenores reais de um planeamento operacional deste tipo", disse Clinton.

Entre as contingências para as quais os EUA e a Turquia querem preparar-se está "a horrível possibilidade de serem usadas armas químicas", acrescentou.

"O que é que isso significaria em termos de resposta, assistência médica e humanitária e, claro, o que precisa de ser feito para garantir que aquelas armas nunca serão usadas e nunca cairão nas mãos erradas", afirmou.

Na conferência de imprensa, a secretária de Estado norte-americana afirmou que existem "ligações" entre o grupo chiita libanês Hezbollah, o Irão e a Síria, o que "prolonga a vida do regime" de Bashar Al-Assad.

"Continuamos a fazer pressão do exterior. Anunciámos ontem em Washington sanções destinadas a expor e a quebrar os laços entre o Irão, o Hezbollah e a Síria, que prolongam a vida do regime Assad", disse Clinton.

Hillary Clinton afirmou ainda que "a Síria não deve tornar-se um santuário para os terroristas do PKK", movimento armado que combate o governo turco.

A secretária de Estado disse "partilhar as preocupações" da Turquia sobre esse assunto, afirmando que a Síria não pode tornar-se um santuário para os rebeldes turcos, "nem agora, nem depois da queda do regime" do presidente Bashar al-Assad.

Clinton afirmou-se preocupada que "os terroristas do PKK e da Al-Qaeda se aproveitem da luta legítima do povo sírio para promover a sua própria agenda".

O ministro turco dos Negócios Estrangeiros, cujo país combate o PKK desde 1984, defendeu que "não há lugar para um vazio de poder na Síria", já que isso poderia beneficiar os rebeldes do PKK.

Lusa
 

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Lusitano89

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Re: Revolta no Mundo Árabe
« Responder #346 em: Agosto 11, 2012, 05:31:02 pm »
«O fim está próximo para Assad», diz chefe da espionagem alemã


O chefe do sector de espionagem da Alemanha, Gerhard Schindler, disse que o governo do presidente sírio, Bashar al-Assad, parece estar nos seus momentos finais porque o seu Exército está esgotado pelas baixas, deserções e soldados que mudaram de lado. Schindler, que é director dos serviços secretos BND, afirmou que o Exército de Assad, outrora com 320 mil homens, perdeu cerca de 50 mil deles desde o início da revolta contra o seu regime, há 17 meses.

As unidades pequenas e flexíveis da oposição foram minando a força do Exército com tácticas de guerrilha, disse ao jornal alemão Die Welt, em entrevista publicada este sábado.

«Há uma porção de indicadores de que começou o fim do jogo para o regime», declarou Schindler. «Isso (as perdas do Exército) inclui aqueles que ficaram feridos, os que desertaram e os cerca de 2.000 a 3.000 que passaram para o lado da oposição armada. A erosão no meio militar continua.»

Embora o controlo de Assad sobre o país enfraqueça à medida que o levante se intensifica, as forças do governo tem vantagem esmagadora de poder de fogo sobre os rebeldes, que possuem pouco armamento.

No entanto, Schindler observou que as pequenas unidades dos rebeldes estão a sobrepor-se ao poderio militar de Assad por se valerem de rapidez e capacidade de manobra para atacar rapidamente em emboscadas.

«Por causa do seu pequeno tamanho, não são um alvo fácil para o Exército de Assad», disse. «O Exército regular está a enfrentar um grupo variado de combatentes. A receita do sucesso são as tácticas de guerrilha. Elas estão a partir as costas ao Exército.»

Assad luta contra um rebelião que procura pôr fim a quatro décadas do poder da sua família na Síria.

Lusa
 

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HSMW

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Camuflage

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Re: Revolta no Mundo Árabe
« Responder #348 em: Agosto 14, 2012, 09:52:11 pm »
Ao ouvir estes maluquinhos a berrar fico com a sensação que a Al Qaeda anda a ser financiada pelos EUA para deitar abaixo o regime sírio. Isto vai dar bronca.
 

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Re: Revolta no Mundo Árabe
« Responder #349 em: Agosto 15, 2012, 01:17:22 am »
Citação de: "Camuflage"
Ao ouvir estes maluquinhos a berrar fico com a sensação que a Al Qaeda anda a ser financiada pelos EUA para deitar abaixo o regime sírio. Isto vai dar bronca.

Não são apenas os EUA. Este site já foi aqui colocado pelo Cabeça de Martelo.
http://www.prisonplanet.com/shocking-vi ... hters.html
É tirar as conclusões...
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Lusitano89

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Re: Revolta no Mundo Árabe
« Responder #350 em: Agosto 22, 2012, 02:15:51 pm »
Crise síria arrasta confrontos entre sunitas e alauitas ao Líbano


O palco principal continua a ser a cidade de Alepo, no norte da Síria, mas a guerra que opõe as forças do governo de Bashar al-Assad aos rebeldes do Exército Livre da Síria já chegou ao Líbano. Ontem, terça-feira, pelos menos duas pessoas morreram e mais de 60 ficaram feridas em confrontos entre muçulmanos sunitas e alauitas na cidade norte de Tripoli.

De acordo com a cadeia televisiva do Qatar, Al-Jazeera, o ataque foi desencadeado por um homem armado, afecto à maioria sunita do distrito de Baba al-Tabbaneh, que abriu fogo com armas e granadas contra os rivais alauitas de Jebel Mohsen. Os confrontos começaram na segunda-feira ter-se-ão arrastado até ao dia de ontem, não obstante a intervenção das tropas libanesas.

Entre os feridos, asseguram médicos e residentes, contam-se 6 militares e mais de 50 civis.

O episódio do último dia vem substanciar a ideia de que a guerra que se trava na Síria desde Março do ano passado se prende mais com as complexas divergências religiosas do que com divergências de cariz político e social. E quanto mais sectária se torna a violência na Síria, mais difícil é impedir que se alastre além-fronteiras.

O certo é que Bashar al-Assad, da minoria alauita, governa de forma autocrática um país de maioria sunita. E não há olhos para os meios quando o fim é  travar a maioria.

Braço-de-ferro por Alepo

Entretanto prossegue a batalha por Alepo, a maior cidade síria sem descanso à mais de um mês. Entre bombardeamentos e confrontos directos, tanto os rebeldes como as forças do regime reivindicam sucessivas vitórias no terreno.

Por um lado, o Exército Livre da Síria afirma controlar perto de dois terços da cidade. «Neste momento controlamos mais de 60 por cento e a cada dia que passa vencemos em novos distritos», garantiu Abdel Jabbar al-Okaidi, coronel dissidente. Por outro, fonte das forças de segurança de Damasco assegura, em declarações à Al-Jazeera, que «os terroristas» têm a ilusão de estar a ganhar terreno porque «ocasionalmente saem dos distritos que estão sob o seu controlo e atacam outros para poderem afirmar que controlam esta e aquela rua».

Para as forças do Governo, «é o exército quem está a progredir». Alheios a estas disputas estão as vítimas dos ataques dos últimos dias. Só ontem nas várias cidades sírias morreram 198 pessoas, segundo dados do Observatório sírio para os Direitos Humanos. Só em Alepo, foram 24 mortes, onde se incluem mulheres e crianças.

SOL
 

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Lusitano89

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Re: Revolta no Mundo Árabe
« Responder #351 em: Agosto 28, 2012, 08:32:34 pm »
França vai intervir caso Damasco utilize armas químicas


O Presidente francês, François Hollande, considerou ontem que a eventual utilização de armas químicas por Damasco será "causa legítima para uma intervenção direta" e assegurou que a França "reconhecerá, quando for formado, o governo provisório da nova Síria"

Numa referência à Síria e ao discursar na Conferência dos embaixadores que hoje decorreu no Eliseu, o chefe de Estado gaulês sustentou que a eventual utilização pelo regime do Presidente Bashar al-Assad de armas químicas no atual cenário de guerra seria "uma causa legítima de intervenção direta" da comunidade internacional.

"Digo-o com a solenidade que convém: permanecemos muito vigilantes com os nossos aliados para impedir a utilização de armas químicas pelo regime [sírio] e que será para a comunidade internacional uma causa legítima de intervenção direta", disse o chefe de Estado numa alocução perante cerca de 200 embaixadores franceses reunidos em Paris.

"O desafio ultrapassa a Síria e relaciona-se com a segurança do Médio Oriente, em particular a independência e estabilidade do Líbano", observou.

O Presidente norte-americano, Barack Obama, também admitiu recentemente que o recurso às armas químicas pelo regime de Damasco, ou inclusive a sua deslocação no interior do território, constituíam para Washington uma "linha vermelha", e não afastou a hipótese de uma intervenção militar.

Em paralelo, e numa alusão à situação no país, Hollande sublinhou a necessidade em "intensificar os esforços para que a transição política ocorra rapidamente" e apelou à oposição síria para "formar um governo provisório, inclusivo e representativo que possa tornar-se no legítimo representante da nova Síria".

Numa referência aos esforços diplomáticos relacionados com a crise na Síria, o inquilino do Eliseu sublinhou a importância dos "parceiros árabes" garantirem a formação de um governo provisório pela oposição.

Na semana passada, durante a receção a uma delegação do Conselho Nacional Sírio (CNS, oposição), Hollande tinha "encorajado" esta organização, que reúne a maioria das correntes da oposição, "a organizar um amplo conclave de todas as forças da oposição" sírias.

Após alertar para os riscos da proliferação nuclear, definidos como "a mais grave das incertezas", Hollande sublinhou ainda que a posição da Rússia e da China - que têm vetado as resoluções do Conselho de Segurança da ONU destinadas a impor sanções a Damasco - "enfraquece" as capacidades das Nações Unidas.

O Presidente francês confirmou ainda a sua presença na cimeira da Organização Internacional da Francofonia, prevista para outubro em Kinshasa, capital da República Democrática do Congo (RDCongo).

Lusa
 

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Cabeça de Martelo

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Re: Revolta no Mundo Árabe
« Responder #352 em: Agosto 30, 2012, 10:48:33 am »
Ó Hades, muito sinceramente tu vens para um fórum Português cuspir na cara do pessoal? Para quê? Com que intuito? Não gostas do pessoal, ó meu amigo tens bom remédio, não voltas a escrever no fórum e acabou. Eu não vou para o DB ofender os Brasileiros ou o Brasil, não é de bom tom. Dito isto, volto ao teu texto:

Brasil - Maior país da América do Sul, grande parte da sua fronteira foi conquista de Portugueses, maior ecónomia dessa região, um país em franco crescimento. Tem IMENSOS problemas, problemas esses que foram criados pelos Brasileiros e devem ser resolvidos pelos Brasileiros (pelo menos é isso que eu defendo senão passem para cá a Amazónia que as Corporações Norte-Americanas e Europeias sabem como "salvaguardar" os direitos dos pobres indigenas :shock:

Hong Kong tem quase 7 milhões de habitantes e um PIB per capita de 37,400$, Macau tem meio milhão de habitantes e um PIB per capita de 36.357$. Hong Kong foi o resultado de uma guerra do ópio, Macau foi uma oferta do Imperador Chinês ao Rei Português pela Armada Portuguesa ter limpo o Mar da China de Piratas. Já agora o PIB per capita chinês é de apenas 8.394$, por isso acho que foi um bom negócio para a China, certo?!

Angola, depois de décadas de guerra civil estão em paz e em forte crescimento e ainda bem porque há muita empresa Portuguesa que está a aguentar esta crise graças aos seus investimentos por lá. Mais uma vez chamar esse país de fracasso só pode ser brincadeira, certo?! :shock:

Moçambique, depois de décadas de guerra civil estão em paz e em forte crescimento, não está a ter o mesmo crescimento que Angola, mas isso é derivado à falta de recursos naturais e por ser um país mais seco. Mas tem um regime democrático, e o crescimento é relativamente estável.

Guiné-Bissau é um narco-estado, sem grandes perspectivas de grandes mudanças a médio prazo. O povo vivia sem dúvida muito melhor nos anos 60/70 do que agora.

Timor Leste depois de décadas de ocupação são livres muito graças aos esforços dos governos Portugueses e ao sangue derramado pelos militares Portugueses naquele país. Tem um enorme fundo graças ao petróleo, mas ainda tem muito que crescer porque na prática ainda é um país tribal.
Contra a Esquerda woke e a Direita populista marchar, marchar!...

 

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Cabeça de Martelo

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Re: Revolta no Mundo Árabe
« Responder #353 em: Agosto 30, 2012, 10:50:37 am »
Citação de: "Cabeça de Martelo"
Citação de: "HaDeS"
Portugal (históricamente) sempre esteve sobre a esfera de influência de um a grande potência e em uma das poucas vezes que tentou sair protagonizou uma das cenas mais covardes da história quando sua corte correu para o Brasil com medo das tropas napoleonicas. Enquanto várias nações se impunham bravamente contra o poderoso exército francês a corte portuguesa fez os que os portugueses sabem fazer de melhor nessas crises, ficar neutro ou correr, neste caso preferiram a segunda via.

HaDes, quando a família real fugiu para o Brasil quem foi para aí foram as grandes famílias, não o povinho. O povinho ficou e suportou 3 invasões e suportou os "aliados" (britânicos). Que eu saiba (pelo que ensinaram-me na escola), Portugal "nasceu" à quase 900 anos, o que é hoje é o território nacional (tirando a RAA e a RAM) foi conquistado muito ano dos "espanhóis terem conquistado o que é hoje Espanha. Na verdade quando eles conquistaram o último reino muçulmano no sul da Península já nós andávamos a conquistar SOZINHOS cidades no norte de África aos mesmos mouros. Depois disso foi dar porrada sozinhos a meio mundo, foi conquistar aos poucos um dos maiores impérios da história quando eramos uns meros 1 milhão de pessoas. Mesmo quando fazíamos parte do império dos Filipes, o que é hoje o teu país foi conquistado aos indígenas à força pelas armas SOZINHOS!

Depois quando demos com os pés no último dos Filipes aguentamos décadas de guerra com meio mundo, de seguida foram os Franceses liderados pelo baixote córsego, depois tivemos uma guerra civil que destruiu o pouco que ainda estava de pé. Depois foram as guerras em áfrica (várias), revoluções, quedas de regimes.

Meu caro, quando o mundo acabar só vai sobrar os insectos e os Portugueses, porque nós somos poucos, feios e maus...mas enquanto que uns vêm e vão nós continuamos por cá, pequenos, poucos, feios e maus... somos mesmo assim e sabes que mais daqui a 200 anos metade dos países que hoje em dia olham de cima para o meu país e para o meu povo já desapareceram e de certeza que haverá um fórum defesa lá do sitio com pessoas não muito diferentes destas a dizer que Portugal está nas últimas e com um tipo qualquer a dizer que somos cobardes... mas ainda estarão por cá os netos dos meus netos a falar uma espécie de Português mal amanhado e a queixarem-se que não têm tosto no bolso.

Já agora gostava que responde-se a isto.
Contra a Esquerda woke e a Direita populista marchar, marchar!...

 

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HSMW

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Re: Revolta no Mundo Árabe
« Responder #354 em: Setembro 07, 2012, 10:06:56 pm »
Revolta no mundo árabe Taliban style...
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chaimites

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Re: Revolta no Mundo Árabe
« Responder #355 em: Setembro 12, 2012, 08:47:13 pm »
Embaixador dos EUA morto em ataque a embaixada  Americana em benghazi Libia



Chamem o Kadhafi para por esta gente  na ordem!
Cada vez estou mais convencido este tipo de gente só pode ser govenado por um ditador que esfole  e corte cabeças
A liberdade que eles queriam era esta!!
 

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Lusitano89

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Re: Revolta no Mundo Árabe
« Responder #356 em: Setembro 21, 2012, 08:10:45 pm »
Um mundo mais perigoso
Alexandre Reis Rodrigues


Embora muito ansiada e louvada, a "primavera árabe” tornou o mundo mais perigoso. Pode ser que seja uma situação passageira, própria de uma transição que afinal mal começou. De facto, foi-se pouco além de remover os ditadores e organizar eleições que, embora tendo decorrido regularmente, não fazem sozinhas uma democracia. Há novas constituições em preparação para serem submetidas a escrutínio público e, obviamente, uma grande esperança de que a estabilidade social e a segurança acabarão por chegar para ficar.
 
Os novos governos, inexperientes, fracos e sem qualquer base política de apoio organizado parecem mais receosos de se parecerem, em autoritarismo, com os anteriores e hesitam em assumir as suas responsabilidades; as forças de segurança, desacreditadas por décadas de repressão ao serviço de regimes autoritários, não conseguem manter a ordem. As populações têm finalmente a liberdade por que reclamavam mas não a sabem interpretar, nem como fazer uso dela; depois de décadas a verem os seus governos a controlar tudo, não compreendem como no Ocidente não se proíbem os insultos e humilhações ao Profeta e seus seguidores. Assumem a situação como uma comprovação da perceção instalada no mundo muçulmano de que, afinal, diga-se o que se disser, o Ocidente, liderado pelos EUA, continua em guerra contra o Islão.

Os graves incidentes ocorridos no Egipto e Líbia, na sequência da divulgação de um vídeo que ofende os islamitas, produzido por um anónimo nos EUA, aí estão a demonstrar como é extremamente precária a situação.
 
O assalto à embaixada americana no Cairo fez-nos lembrar Teerão em 1979, mas com uma diferença essencial; aí, a sublevação foi fomentada pelo próprio regime iraniano. Desta vez, foi o regime egípcio que não foi capaz de se mostrar à altura da situação e proteger, como era da sua estrita obrigação, a embaixada. Valha o facto de os EUA tudo terem feito para não deixar escalar a situação, contendo o uso da sua segurança própria o que a ter-se verificado levaria, certamente, a baixas entre os assaltantes e dado uma dimensão ainda mais complexa ao incidente.

Na Líbia, o assalto ao consulado americano, em Bengasi, teve uma natureza totalmente diferente. Foi uma ação planeada por "profissionais” bem armados, do grupo "Ansar al-Shariya”, um dos vários grupos extremistas que o governo não consegue controlar e que beneficiam do muito armamento distribuído à população durante a sublevação contra Kadhafi. O embaixador Stevens, para a generalidade dos líbios, foi um alvo errado; era uma figura de que todos gostavam pelo esforço que fazia para os ajudar a resolver os seus problemas. Obviamente, al Zawahiri não pensava desta maneira; aliás, na véspera, tinha responsabilizado os EUA e o embaixador pela morte do chefe da al Qaeda na Líbia, por um drone.  

É curioso comparar as reações oficiais em ambos os países. Na Líbia, apareceu de imediato um pedido de desculpas e a promessa de punir os responsáveis, o que permitiu ao Presidente Obama dizer que "seria feita justiça”. No Egipto, o Presidente Morsi pareceu mais interessado em reclamar dos EUA uma ação contra os que fizeram uma afronta ao Profeta do que garantir todos os esforços para que a segurança da embaixada americana não voltaria a ser violada. Até Baradei, fez uma declaração que foge ao essencial da questão: «Humanity can only live in harmony when sacred beliefs and the prophets are respected». Note-se que por alturas do assalto, estava de visita ao Cairo uma grande delegação de empresários americanos para dar seguimento a projetos de investimento externo de que o Egipto precisa desesperadamente. Acabou, por ficar tudo suspenso, inclusive uma moratória da dívida egípcia (mil milhões de um total de três).
 
Tornou-se evidente como é hoje incrivelmente fácil criar graves incidentes internacionais com repercussões por todo o mundo. Está à distância de um "clique” na internet para publicar um vídeo, fotografias ou cartoons considerados insultuosos para o islamismo. Tanto pode partir de um irresponsável, desejoso de notoriedade e incapaz de medir as prováveis consequências do seu ato, como ser fruto de uma ação pensada exatamente para provocar instabilidade e caos.

Esteja ou não na origem destas situações, quem as aproveita é a al Qaeda. Tem por esta via uma forma fácil e eficaz de minar o novo relacionamento que se começava a estabelecer entre o Ocidente e as "democracias” resultantes da chamada "Primavera Árabe”, comprometendo todo o processo. O terreno dificilmente poderia ser mais propício para a atuação de provocadores e extremistas islâmicos, pelas razões atrás apontadas.

Em consequência do atual incidente o registo de mortes vai em 16: quatro na Líbia e doze no Afeganistão em resultado de um ataque suicida em protesto. Do anterior caso – os cartoons publicados pelo jornal dinamarquês Jyllands Posten em 2005 – resultaram, dois anos depois, oito vítimas mortais em resultado de um ataque à embaixada dinamarquesa no Paquistão. Ainda existe o caso de uma jovem paquistanesa, de catorze anos e deficiente, para quem se pede uma condenação à morte por ter queimado algumas páginas do Corão. Não obstante toda esta loucura, o semanário francês Charlie Hebdo anunciou que publicará vários cartoons na edição de 19 setembro. Laurent Fabius, ministro dos Negócios Estrangeiros francês, ordenou um reforço de segurança em todas as embaixadas em países muçulmanos.
 
A continuar a faltar um mínimo de bom senso, estamos a permitir que a interpretação - quanto a mim errada - de liberdade de expressão e liberdade religiosa que está a ser usada nestes casos, mais próxima de liberdade de insultar e provocar do que liberdade de escolha, dê origem a um grave problema de segurança.

Jornal Defesa
 

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HSMW

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Re: Revolta no Mundo Árabe
« Responder #357 em: Setembro 23, 2012, 11:39:40 pm »
Começam também a surgir vídeos de combates do lado das forças do Governo Sírio.

 :arrow:FONTE
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Re: Revolta no Mundo Árabe
« Responder #358 em: Outubro 03, 2012, 10:01:22 pm »
https://www.youtube.com/user/HSMW/videos

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scrupulum

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Re: Revolta no Mundo Árabe
« Responder #359 em: Outubro 04, 2012, 03:41:15 pm »
WILLIAM ENGDAHL A "RUSSIA TODAY":
«França faz o papel de pistoleiro dos Estados Unidos na Síria»

REDE VOLTAIRE | 17 DE SETEMBRO DE 2012

«A França está se encarregando de prover os rebeldes sírios com dinheiro e artilharia por conta dos Estados Unidos, que não querem sujar as mãos antes das eleições presidenciais de novembro», declarou o professor norte-americano William Engdahl ao canal de televisão Russia Today.

Segundo uma fonte diplomática citada pela agência britânica Reuters, a mencionada ajuda está chegando, desde a passada sexta-feira, a cinco autoridades locais de supostas «zonas libertadas» nas províncias sírias de Deir al-Zor, Alepo e Idlib.

Na sua entrevista à Russia Today, William Engdahl, conhecido pelas suas acertadas análises e investigações sobre temas geopolíticos, sublinha que esse tipo de actuação não pode senão agravar o derramamento de sangue na Síria.

RT: Porque é que a França está a envolver-se tanto na Síria? Que busca Paris com o seu apoio aos rebeldes?

William Engdahl: Penso que França está sendo um «vendedor de paz» muito desonesto em todo este processo. Penso que está actuando, se quisermos, como um agente do Departamento de Estado norte-americano até que passem as eleições nos Estados Unidos. Obama não quer meter-se no que seria um complicado conflito direto na Síria até que os eleitores estado-unidenses se tenham pronunciado. Penso que a França está a fazer o papel de pistoleiro a soldo e que a ideia de entregar artilharia pesada a estas chamadas «zonas tampão» é do mais cínico que se pode imaginar. Isto vai fomentar a guerra civil, vai fomentar o derramamento de sangue, tudo menos paz. É, portanto, uma das jogadas mais perigosas de todo o envolvimento da OTAN na Síria nos últimos 18 meses..."  fonte : Voltairenet.org

Podemos tambem deduzir à luz dos ultimos acontecimentos que a Turquia é a proxima peça a avançar no tabuleiro...
Este "ataque" sirio a uma aldeia turca é no minimo tao conveniente como a historia do arsenal quimico que motivou a invasao do Iraque.
scrupulum aka legionario