Revolta no Mundo Árabe

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Re: Revolta no Mundo Árabe
« Responder #465 em: Abril 11, 2013, 05:40:13 pm »
:roll:

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Jabhat al-Nusra jura fidelidade a Al-Qaeda e se torna uma milícia poderosa na Síria

O mais poderoso grupo rebelde na Síria jurou lealdade formalmente ao líder da Al-Qaeda, Ayman al-Zawahri, segundo uma gravação postada ontem.


O grupo al-Nusra, movimento mais extremista mais forte na Síria, emitiu uma declaração de apoio a Al-Qaeda.

Abu Mohammad al-Golani, líder do grupo sírio, disse: "Os filhos da al-Nusra renovam sua promessa (de fidelidade) para o Sheik da Jihad Ayman al-Zawahri e declara obediência".

Braços armados da Al-Qaeda no Iraque e Exército Livre da Síria já haviam juntado oficialmente suas fileiras contra as forças do presidente Bashar Al-Assad e assim formaram uma força militar formidável no Oriente Médio.

A fusão do Estado Islâmico no Iraque e o Jabhat al-Nusra forma uma nova entidade que poderia ser um adversário ainda mais forte na Luta para derrubar o regime de Assad e se tornar um ator dominante em um futuro novo regime.

O novo grupo, chamado 'Estado Islâmico no Iraque e o Levante' ressalta a crescente confiança os músculos dos radicais islâmicos que lutam ao lado dos rebeldes na guerra civil da Síria. Ele também reforça as afirmações do governo sírio de que o regime está lutando contra terroristas e a revolta é um plano estrangeiro.

Enquanto os EUA e seus aliados europeus e do Golfo estão preocupados com a crescente proeminência de radicais islâmicos entre os rebeldes, a fusão é improvável para solicitar uma mudança no apoio internacional. No ano passado, Washington declarou que o Jabhat al-Nusra tinha ligações com a Al-Qaeda e designou uma organização terrorista.

Para tentar combater a crescente influência do Jabhat al-Nusra e outros extremistas islâmicos na guerra civil, os EUA e seus aliados têm impulsionado o seu apoio à facções rebeldes considerados mais moderados.

Os EUA e outros países também têm intensificado apoio encoberto aos rebeldes no terreno, ajudando a coordenar a transferência de novas armas e treinamento dos mesmos na Jordânia, segundo autoridades. Os rebeldes que recebem treinamento são tribos seculares, principalmente muçulmanos sunitas do centro e do sul da Síria que já serviram no exército e ou a polícia.

A fusão entre os rebeldes sírios e a Al-qaeda foi confirmada pelo líder do Estado Islâmico do Iraque, Abu Bakr al-Baghdadi, em uma mensagem de áudio de 21 minutos postado em sites de radicais islâmicos. Um site ligado ao Jabhat al-Nusra conhecido como al-Muhajir al-Islami, confirmou a fusão.

Juntos, os grupos irão agora ser reconhecidos como Estado Islâmico no Iraque e o Levante, disse al-Baghdadi.


O Levante é o nome tradicional de uma região do sul da Turquia para o Egito, no Mediterrâneo Oriental.

"É hora de anunciar o Levante para o povo e o mundo inteiro, que o Jabhat al-Nusra é apenas uma parte do Estado Islâmico do Iraque", disse al-Baghdadi.

Al-Baghdadi disse que o grupo iraquiano estava fornecendo metade do seu orçamento para o conflito na Síria e que o Jabhat al-Nusra não teria um líder regional, mas que seria liderado pelos povos da Síria.

O anúncio surge dois dias depois do líder da Al-Qaeda, Ayman al-Zawahiri, pedir aos combatentes islâmicos na Síria para unir os seus esforços para derrubar Assad.

O Jabhat al-Nusra, que acolheu os militantes de todo o mundo muçulmano em suas fileiras, fez segredo de suas ligações através da fronteira iraquiana, mas até agora não tinha oficialmente se declarado como parte da Al-Qaeda.

O Jabhat al-Nusra surgiu pela primeira vez em um vídeo publicado on-line em janeiro de 2012. Desde então, tem demonstrado o seu talento e crueldade no campo de batalha. O grupo assumiu a responsabilidade por muitos dos atentados mais mortais suicidas contra as instituições do governo sírio e instalações militares. O sucesso do grupo ajudou a alimentar uma onda de sua popularidade entre os combatentes rebeldes, embora também surgiu como uma fonte de atrito com brigadas mais moderados e seculares na Síria.
http://codinomeinformante.blogspot.com. ... de-al.html
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Re: Revolta no Mundo Árabe
« Responder #466 em: Abril 12, 2013, 02:56:46 pm »
São os Ingleses ou Franceses que lhes querem enviar armas ?
 

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HSMW

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Re: Revolta no Mundo Árabe
« Responder #467 em: Abril 22, 2013, 08:08:48 pm »
https://www.youtube.com/user/HSMW/videos

"Tudo pela Nação, nada contra a Nação."
 

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Lusitano89

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Re: Revolta no Mundo Árabe
« Responder #468 em: Abril 23, 2013, 01:15:37 pm »
Inteligência militar israelita diz que «Assad utiliza armas químicas» na Síria


Um funcionário da inteligência militar israelita acusou hoje o regime do presidente sírio Bashar al-Assad de utilizar armas químicas contra a rebelião.

«Assad utiliza armas químicas na Síria», afirmou o general Itai Brun, chefe do sector de investigação e análise do departamento de inteligência militar do exército israelita, em declarações divulgadas na conta oficial das forças armadas no Twitter .

«As pupilas que se contraem, a baba que sai da boca e outros sinais que vimos demonstram o uso de armas químicas mortais», afirmou o general Brun numa intervenção durante uma conferência internacional sobre a segurança, da qual a rádio militar divulgou um trecho.

«Que armas químicas? Aparentemente Sarin», acrescentou.

As agências de inteligência norte-americanas investigam o possível uso de armas químicas por parte do regime sírio contra os rebeldes, como suspeitam alguns países europeus, declarou há alguns dias um funcionário norte-americano.

Algumas informações sobre o possível uso de um agente químico muito suspeito nos recentes combates na Síria estão a ser analisadas pelos serviços de espionagem, mas até ao momento não foram tiradas conclusões, explicou o funcionário, que pediu anonimato.

É possível que tenham sido utilizadas armas químicas de forma limitada e muito localizada, e não em grande escala, acrescentou.

Lusa
 

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Re: Revolta no Mundo Árabe
« Responder #469 em: Abril 23, 2013, 04:12:32 pm »

The €1.9bn sale to Qatar of Leopard 2A7 tanks and PzH self-propelled guns is raising eyebrows in Germany, where the vehicles are made, because of the emirate’s record. (KMW photo)

German Firm Arms Qatar with Tanks
   
   
(Source: Deutsche Welle German radio; issued April 21, 2013)
 

German arms manufacturer Kraus-Maffei Wegmann (KMW) has just closed a billion dollar deal with Qatar that was five years in the making. On Thursday (18.04.2013), the Munich-based company announced that it signed a contract to deliver 62 Leopard 2 tanks and 24 self-propelled howitzers to the emirate. The price for the arms: roughly 1.9 billion euros ($2.48 billion).

Before the deal, Qatar owned old tanks and artillery from France and South Africa, according to KMW. Now the country wants to scrap the old weapons and modernize its 8,500-man army with the German manufacturer's new weapon systems. As reported vaguely by news agencies, armament experts say Qatar wants to be prepared for a possible conflict with Iran. That sounds convincing to political scientist and Middle East expert Werner Ruf.

"One reason is definitely that Qatar is among the nations in the Gulf who consider Iran a real threat, and who want to arm themselves against that threat," he told DW.

What is the armament for?

But one of the most important factors in such large weapons deals is money, Ruf said.

"Weapons are the goods that elicit the highest sums of bribery," he said. "That makes for great earnings on the side for the person in charge of choosing the weapons."

Qatar expert and political scientist Hamadi El-Aouni from the University of Berlin said he thinks the Gulf state wants the tanks to support friendly groups in other countries.

"It's not impossible that that these weapons will be shipped off somewhere," he told DW. "I assume toward Syria, via Turkey. Or possibly Lebanon."


El-Aouni said he not believe Qatar is purchasing the weapons to protect itself from Iran.
Home to a large US Air Force base, he said the United States would protect Qatar if it came to a confrontation with Iran.

Limited rights

The opposition parties in Germany heavily criticize the arms deal with Qatar. They point to the country's autocratic government and lack of respect for human rights. Ruf and El-Aouni agreed with this assessment. The Arab news channel Al Jazeera in Qatar once stood for independent reporting and free access to news, but today its broadcasts are mostly filled with foreign propaganda, Ruf added.

There is also no opposition allowed in Qatar, El-Aouni said: "With very few exceptions, there is no freedom of expression. The emir and his family, as well as Qatar's government, remain off-limits." Qatar might not be a visible police state, but there are always secret observers watching you, El-Aouni added.

The fact that Qatar supported the rebels during many of the Arab Spring conflicts doesn't mean that the country whole-heartedly supports democracy. They saw their own interests at stake, according to El-Aouni.

"Qatar hasn't support the young people's revolution so that democracies could rise in countries like Tunisia, Libya and Egypt. Qatar just assumed that the revolution would eventually lead to Islamist states and an Islamist community," he said, adding that the country only held up a smoke screen of democracy.


That pseudo-democracy became visible in Qatar's approach to foreign policy, Ruf said.

"The way they reacted to the uprising in Bahrain definitely gave them away," he said. "While Al Jazeera praised the Arab Spring movement, the government sent tanks to Bahrain to support Saudi Arabia's course of action: smothering the Bahrain uprising in blood."

The West looks the other way


Ruf said political and strategic reasons were behind the West's decision not to criticize the situation in Qatar more openly.

"I believe that there's a trend toward a new international order behind all this," he said. "The US can't do everything they want anymore. They are moving their military power to the Pacific and are putting together a new security power in the Gulf region."

Saudi Arabia and Qatar, members of the Gulf Cooperation Council, are the new powers, according to Ruf.These countries in turn work to secure their power by trying to make Arab nations, specifically those of the Arab Spring, more Islamist.

"You can see this in Egypt, and also in Tunisia, where huge amounts of money are spent to help the Islamists, and where this money is used to recruit thousands of fighters for the conflicts in Syria and Mali," Ruf said, adding that human rights and democracy don't have roles to play.


He added that Germany's behavior is hypocritical, too: when Islamists march into Mali, everyone condemns it. "But at the root of all that, where human rights are abused systematically, every day, such as in Qatar and Saudi Arabia above all, the West just looks the other way."

Ruf quoted German Foreign Minister Guido Westerwelle as proof for legitimization of authoritarian Gulf states. He said Westerwelle said that Saudi Arabia was an anchor of stability and that Qatar helped hold that anchor down.

-ends-

http://www.defense-aerospace.com/articl ... aves.html#
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Re: Revolta no Mundo Árabe
« Responder #470 em: Abril 23, 2013, 09:55:43 pm »
Ban Ki-moon quer fim do abastecimento de armas


O secretário-geral da Organização das Nações Unidas (ONU) apelou hoje ao fim do abastecimento de armas das partes beligerantes na Síria, mas o seu homólogo da Liga Árabe diz que não é possível.

Ban Ki-moon fez o apelo durante uma reunião com o secretário-geral da Liga Árabe, Nabil al-Arabi, e o primeiro-ministro do Qatar, xeque Hamad bin Jassem Al-Thani, cujo país tem sido acusado por Damasco de armar os rebeldes.

"O secretário-geral [da ONU] apelou à interrupção do fornecimento de armas para as partes do conflito sírio. Mais armas apenas significam mais morte e destruição", disse o porta-voz da organização, Martin Nesirky.Mas Al-Arabi minimizou a ideia, quando falou aos jornalistas. "Se houver um acordo político ou o início de uma solução política, isso poderia acontecer, mas neste momento não penso que seja possível", disse.

"O Governo está a obter armas de algumas partes, pelo que se o outro lado obtiver armas de outras partes, penso que se pode conseguir algum tipo de equilíbrio", disse o dirigente da liga Árabe. O chefe do governo do Qatar não falou à imprensa.

Uma reunião da Liga Árabe, na capital do Qatar, Doha, em março, deu aos seus estados-membros o "direito" de oferecer aos sírios todos os meios de autodefesa, incluindo armas.

Ban, Al-Arabi e Al-Thani também discutiram o impasse nos esforços para acabar com o conflito, que já entrou no seu terceiro ano e causou mais de 70 mil vítimas mortais, pelas estimativas de ONU. Ban, Al-Arabi e o enviado conjunto da ONU e da Liga Árabe para a Síria, Lakhdar Brahimi, tiveram uma reunião à parte, por entre especulações de que este poderia pedir a demissão.

"Alguma coisa tem de ser feita, mas não apareceram ideias específicas", disse Al-Arabi, insistindo que todas as partes continuam a "apoiar a missão conjunta" de Brahimi, porque a ONU e a Liga Árabe têm "o mesmo objetivo" de acabar o conflito e estabelecer um Gverno democrático.

Sobre o futuro de Brahimi, Al-Arabi afirmou: "Estamos muito satisfeitos com ele e acabei de dizer isto agora" [durante a reunião].

Lusa
 

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Lusitano89

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Re: Revolta no Mundo Árabe
« Responder #471 em: Abril 26, 2013, 01:19:02 pm »
Provas do uso de armas químicas são muito graves, diz Cameron


O primeiro-ministro britânico, David Cameron, declarou hoje que as crescentes provas do uso de armas químicas pelo regime sírio são «muito graves».

Cameron disse concordar com o Presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, que o recurso a este tipo de armas representa uma «linha vermelha» para a comunidade internacional, mas sublinhou que a resposta deve ser política e não militar.

«Isto é muito grave. E penso que as declarações do Presidente Obama estavam absolutamente corretas, que isto deve ser, para a comunidade internacional, uma linha vermelha para que se faça mais», afirmou à estação britânica BBC.

"Sempre defendi que devíamos fazer mais", disse.

Para o primeiro-ministro britânico, a questão é: "como é que aumentamos a pressão".

"Na minha perspetiva, o que precisamos de fazer - e já estamos a fazer algumas destas coisas - é apoiar a oposição, trabalhar com eles, treiná-los, guiá-los e ajudá-los para pressionar o regime e para que se possa levar isto [a guerra] ao fim", acrescentou.

Sobre se estas declarações significam colocar tropas britânicas no terreno, na Síria, Cameron afirmou: "Não quero ver isso e não penso que isso vá acontecer. Mas penso que podemos aumentar a pressão sobre o regime, trabalhar com os nossos parceiros, trabalhar com a oposição, de modo a conseguir o resultado certo".

Na quinta-feira, os Estados Unidos declararam, pela primeira vez, que a Síria teria usado armas químicas contra as forças rebeldes, mas sublinharam que as agências de informações ainda não tinham certeza absoluta e estavam a investigar mais.

O Ministério dos Negócios Estrangeiros britânico confirmou ter também provas "limitadas, mas convincentes" do uso de agentes químicos no conflito que a ONU afirma ter causado mais de 70.000 mortos desde março de 2011.

"São provas limitadas, mas há provas crescentes do uso de armas químicas, provavelmente pelo regime", afirmou Cameron.

"Isto é muito grave, é um crime de guerra e devemos levá-lo a sério", disse.

Lusa
 

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Re: Revolta no Mundo Árabe
« Responder #472 em: Abril 27, 2013, 11:25:23 am »
será assim estilo "ADMs no Iraque"????

lembro-me do furão burroso também jurar a pés juntos ter visto as "provas".

Até hoje estou á espera que admita que se enganou.
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FoxTroop

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Re: Revolta no Mundo Árabe
« Responder #473 em: Abril 27, 2013, 12:19:37 pm »
Por acaso, mas só por acaso, os primeiros relatos de uso de armas químicas vieram do Exercito Sírio e foram os "rebeldes" que as usaram tentando depois transferir a culpa para o lado do Assad. Nessa mesma altura foram divulgados os mails internos de uma conhecida "empresa" inglesa e, como já se sabia que ia dar porcaria da grossa, os pedidos de Assad para que fosse investigado o ataque com arma químicas foram convenientemente esquecidos na ONU e o assunto desapareceu por completo dos meios de comunicação social comerciais. Assim como desapareceu os diversos assuntos sobre toda uma serie de massacres supostamente feitos pelo Exército Sírio que afinal e após o inicio das investigações, se descobriu terem sido feitos pelos "libertadores" tchetchen....errr.... quer dizer sírios em operações ao melhor estilo da chusma de criminosos do UÇK e com o aval dos governos dos países "Amigos da Síria"
 

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Lusitano89

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Re: Revolta no Mundo Árabe
« Responder #474 em: Abril 27, 2013, 02:23:34 pm »
Israel sugere invasão da Síria após suspeitas sobre armas químicas


O vice-ministro dos Negócios Estrangeiros de Israel, Zeev Elkin, afirmou hoje que o governo dos Estados Unidos e a comunidade internacional não têm outra alternativa a não ser uma acção militar para «assumir o controlo dos arsenais de armas químicas sírias».

As declarações de Elkin à rádio do Exército surgem um dia depois de os EUA e o Reino Unido anunciarem suspeitas de que o governo sírio estaria a utilizar a substância química sarin contra os grupo armados opositores na guerra civil que atinge o país árabe.

«Está claro que, se existir vontade dos Estados Unidos e da comunidade internacional, podem actuar militarmente e assumir o controlo dos arsenais químicos sírios, o que acabará com todas as preocupações», disse Elkin. O serviço de inteligência israelita também corrobora as informações dos norte-americanos e britânicos.

O presidente dos EUA, Barack Obama, tem afirmado que , caso o regime do presidente sírio Bashar Al-Assad recorra a esse artifício, ultrapassaria uma «linha vermelha» e justificaria uma acção mais directa dos norte-americanos no conflito.

"A partir do momento que a comunidade internacional compreende que foram ultrapassadas as linhas vermelhas e que, efetivamente, foram usadas armas químicas, perceberá que não há outra opção a não ser atuar assim, ao invés de deixar as coisas na imprecisão", afirmou Elkin.

Lusa
 

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Re: Revolta no Mundo Árabe
« Responder #475 em: Abril 29, 2013, 02:01:07 pm »
Citação de: "FoxTroop"
Por acaso, mas só por acaso, os primeiros relatos de uso de armas químicas vieram do Exercito Sírio e foram os "rebeldes" que as usaram tentando depois transferir a culpa para o lado do Assad. Nessa mesma altura foram divulgados os mails internos de uma conhecida "empresa" inglesa e, como já se sabia que ia dar porcaria da grossa, os pedidos de Assad para que fosse investigado o ataque com arma químicas foram convenientemente esquecidos na ONU e o assunto desapareceu por completo dos meios de comunicação social comerciais. Assim como desapareceu os diversos assuntos sobre toda uma serie de massacres supostamente feitos pelo Exército Sírio que afinal e após o inicio das investigações, se descobriu terem sido feitos pelos "libertadores" tchetchen....errr.... quer dizer sírios em operações ao melhor estilo da chusma de criminosos do UÇK e com o aval dos governos dos países "Amigos da Síria"


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Lightning

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Re: Revolta no Mundo Árabe
« Responder #476 em: Maio 01, 2013, 10:45:29 pm »
Estamos sempre a cometer os mesmos erros, já no mundo clássico os Gregos e depois os Romanos andaram a "Helenificar" o mundo à força, porque para eles era o melhor para os povos "bárbaros", era a evolução, era melhorar as condições de vida, educação, saúde, à conta disso um incontável número de guerras e de mortos.

Depois decidimos "cristianizar" o mundo, porque queríamos salvar todas as pessoas do mundo do inferno, mesmo contra a vontade deles claro, porque os outros não sabem o que querem, toma lá mais guerras.

Agora andamos a "democratizar" o mundo, a democracia é o melhor regime politico que se pode ter, eles é que não sabem, mais do mesmo, não aprendemos...

Quando dá nas noticias que um pais (Iraque, Afeganistão, etc) vão ter as primeiras eleições livres nos telejornais é uma grande festa, até parece que todos os atentados suicidas nos mercados são um mal menor ... :N-icon-Axe:
 

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Re: Revolta no Mundo Árabe
« Responder #477 em: Maio 02, 2013, 07:33:06 pm »
China opõe-se a armas químicas e à intervenção militar na Síria


O governo da China declarou que se opõe tanto ao uso de armas químicas na Síria como a uma intervenção militar no país árabe, enquanto os Estados Unidos continuam a avaliar se é verdade que o regime de Bashar al Assad realizou ataques deste tipo contra as forças rebeldes.

A porta-voz do Ministério dos Negócios Estrangeiros chinês, Hua Chunying, disse hoje firmemente que a potência asiática não apoia o uso de armas químicas, «independentemente de quem as utilize».

«O que é importante é que todas as partes parem a violência o mais rapidamente possível», enfatizou a porta-voz.

Qeustionada sobre se a China, como já sugeriram os Estados Unidos, se juntaria a uma intervenção militar se fosse comprovado que o governo sírio fez uso de armas químicas, Hua respondeu: «Opomo-nos a ambas: tanto à intervenção militar como ao uso de armas químicas».

Washington ainda está a  investigar se o regime de Damasco cruzou o que Barack Obama definiu como uma «linha vermelha», que poderia desencadear uma intervenção na guerra síria.

Por enquanto, os serviços de inteligência norte-americanos concluíram, com «diversos graus de confiança», que foram usadas armas químicas, presumivelmente pelo regime do presidente Assad.

Por seu turno, o secretário-geral da ONU, Ban Ki-moon, exigiu do governo sírio um «acesso completo» a esse país para que uma equipa de especialistas possa determinar se o armamento foi usado.

A China, tal como a Rússia, opôs-se pelo menos duas vezes a aumentar as sanções contra Damasco no Conselho de Segurança da ONU, do qual é membro permanente, e rejeita qualquer tipo de ingerência no país árabe.

Hua voltou a salientar que Pequim quer estimular a negociação política na Síria e fez um apelo à comunidade internacional para que «aumente os esforços para encontrar uma solução pacífica para o conflito de forma responsável».

Lusa
 

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Re: Revolta no Mundo Árabe
« Responder #478 em: Maio 02, 2013, 09:27:18 pm »
O drama Sírio
Alexandre Reis Rodrigues


Não existe de momento qualquer saída minimamente segura para a crise em que está envolvida a Síria. Passou o tempo em que um acordo com Assad para a instalação de um novo governo e a sua saída voluntária de cena se apresentava como tendo boas hipóteses de proporcionar uma solução razoável. Com a proliferação de grupos radicais islâmicos que combatem o regime – estando a ter, aliás, um papel determinante - a hipótese de um regime pós Assad liberto de jihadismo é cada vez mais remota. Não se pense, porém, que as dificuldades resultantes desse provável desfecho se confinarão às fronteiras sírias. Vão-se repercutir, direta ou indiretamente, por toda a região, nomeadamente, o Líbano, Turquia, Iraque, Jordânia e Israel, aumentando a instabilidade.

Agora, no entanto, existe um dado novo que pode influenciar os próximos desenvolvimentos. O reconhecimento pelos EUA de que terão sido usadas armas químicas, pelo menos em duas ocasiões. O assunto consta de um carta enviada pelo Presidente Obama ao Congresso, em que se fala de indícios de utilização, em escala limitada, de gás “sarin”. À luz de anteriores declarações do Presidente, o regime sírio passou uma “linha vermelha” que exigiria a intervenção dos EUA, mas essa recomendação, que seria o corolário lógico da posição inicialmente expressa pela administração americana, não consta da carta.

Não obstante, os serviços de informações de mais três Países (França, Israel e Reino Unido) reclamarem terem reunido as mesmas evidências, Obama mostra-se disposto a aguardar uma investigação independente conduzida pelas Nações Unidas, que será desencadeada tão cedo o regime sírio dê luz verde para avançar. Ganha assim algum tempo precioso sem pôr em risco a credibilidade do anúncio formal de que a violação da “linha vermelha” acarretaria consequências.

Entretanto, Obama vai avançando com algumas medidas que acalmarão os mais impacientes com a sua aparente inação e, ao mesmo tempo, tentam levar o Presidente Assad a ponderar o caminho a seguir, entre a possibilidade, agora mais próxima, de vir a sofrer uma intervenção externa que, de imediato, poria fim à“dinastia” Assad, ou aceitar a negociação da sua saída para instalação de um novo regime, a hipótese que melhor serviria a comunidade internacional. É sob essa perspetiva que deve ser interpretada a carta enviada ao Congresso e a decisão de estabelecer um núcleo inicial de um quartel-general, com cerca de 300 militares, na Jordânia. Esta medida, avançada sob a justificação de treinar as Forças Armadas jordanas e colaborar na gestão dos campos de refugiados sírios instalados no País, é, paralelamente, um sinal inequívoco de que com essa presença foi dado o primeiro passo concreto para uma eventual intervenção ulterior. Ainda não se trata, no entanto, de algo que possa ser classificado como alteração da postura militar.

Em qualquer caso, perante a existência de vítimas de uso de armas químicas, não se imagina que a investigação das Nações Unidas possa concluir diferentemente dos serviços de informações atrás referidos. Quando os EUA dizem que se trata de uma conclusão que precisa de ser apoiada em mais factos (conclusão obtida com «varying degrees of confidence») não estão apenas a ser cautelosos. Calcula-se que estão sobretudo a ganhar mais algum espaço de interpretação, à luz da experiência do Iraque e do Afeganistão, do que é a “linha vermelha” que não aceitam ver ultrapassada.

Na verdade, o discurso tem sido alterado ao longo do tempo. Inicialmente, Washington passou uma imagem bem menos condescendente que a atual. Ficou a perceção de que, na sua interpretação, os preparativos para o emprego de armas químicas só por si seriam motivo suficiente de intervenção: «A red line for us is if we see a whole bunch of chemical weapons moving around or being used». Os preparativos, no entanto, terão acontecido em dezembro, com o carregamento de ogivas, conforme então referiu o secretário da Defesa, Leon Pannetta, mas nada chegou a acontecer. O que se diz agora é que se forem reunidas provas definitivas e claras então os EUA consultarão amigos e aliados para decidir o rumo de ação, estando todas as opções em cima da mesa.

Em vez de uma posição inicial que era perfeitamente clara quanto à inevitabilidade de consequências, Obama hoje joga deliberadamente em alguma ambiguidade e sobretudo na diluição do conceito de “linha vermelha”. Compreende-se que tenha que ser assim; no ponto em que a crise interna se encontra, acelerar o seu desfecho pode facilmente encaminhá-la para uma situação ainda mais gravosa para o equilíbrio regional.

Em qualquer caso o tempo disponível para preparar o próximo passo é limitado. Primeiro porque quanto mais tarde se intervir, mais radicalizadas estarão as posições das partes e maior será a probabilidade de a resultante ser um Estado islâmico dominado por fações jihadistas. Segundo, porque mesmo que não seja possível confirmar que foi o regime que utilizou armas químicas – teoricamente, pode ter sido a oposição – nem por isso Assad deixa de ser responsável por não ter garantido a sua guarda e, obviamente, no mínimo, algo terá que ser feito para que, pelo menos, não se repita.

De facto, o espaço disponível para os EUA não correrem o risco de ficarem com a imagem de que afinal estavam a fazer “bluff” sírio vai aumentando se nada for feito perante a esperada confirmação das evidências. É um ponto que precisa de ser gerido com cuidado porque o Irão e Coreia do Norte, a quem também foram impostas “linhas vermelhas” sobre os respetivos programas nucleares, tirarão ilações sobre o significado concreto de uma “linha vermelha”.

Como margem de manobra, Washington só pode contar com o facto de nunca ter clarificado como interviria. A ideia de uma ação militar ficou subentendida, desde logo, mas o leque de modalidades possíveis, embora largo, apresenta-se muito complexo e cheio de desafios. A única que resolveria em definitivo a questão da eliminação dos “stocks” de armas químicas exigiria uma intervenção maciça no terreno (tipo Iraque), está fora de questão. Outras modalidades que os especialistas referem, para o mesmo fim, dificilmente estarão isentas de danos colaterais, porque exigem antes a supressão das defesas aéreas.

Infelizmente, o drama sírio já não se resume à questão das armas químicas. Mesmo que uma intervenção militar resolva esse aspeto, como parece ser indispensável, fica por resolver o fim da guerra civil em que o País mergulhou. E isso, como se tem visto, é algo que os EUA, mesmo com o apoio direto da Europa, não poderão ambicionar.


Jornal Defesa
 

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Lusitano89

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Re: Revolta no Mundo Árabe
« Responder #479 em: Maio 04, 2013, 12:52:49 pm »
Barack Obama afasta intervenção militar dos EUA na Síria


O presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, afirmou hoje que não vê para já a possibilidade das forças militares norte-americanas intervirem no conflito da Síria, apesar de reconhecer que não pode excluir qualquer cenário enquanto líder militar dos EUA.

«Regra geral não excluo coisas como líder militar porque as circunstâncias mudam e quero ter a certeza que tenho sempre todo o poder dos Estados Unidos à nossa disposição para defender as necessidades americanas da segurança nacional. Dito isto, não prevejo um cenário onde botas americanas a pisarem terreno sírio não só fosse bom para a América mas também fosse bom para a Síria», afirmou.

Barack Obama, que falava na Costa Rica respondia assim à especulação que tem vindo a crescer de que os EUA podiam estar a preparar-se para mudar a sua posição de não fornecer armas aos rebeldes sírios após a Casa Branca ter dito na semana passada que o regime do presidente Bashar al-Assad teria usado armas químicas contra o seu próprio povo.

Lusa