LPD- Navio Polivalente Logístico

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mafets

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Re: LPD- Navio Polivalente Logístico
« Responder #1950 em: Agosto 08, 2015, 07:38:03 pm »
Citação de: "OPCOM"
Ha por aqui muitos foristas que querem é poder de fogo, não interessa se seja da segunda guerra mundial até, e que nunca saia do Alfeite.
Interessa é ter, então se vier com peças de grande calibre (numa altura de misseis), é que é bom.
Faz lembrar o Brasil, gabam-se que têm um porta aviões, mas alguém no seu perfeito juízo acha mesmo que o Brasil tem um PA? um museu com 60 anos, e com aviões da década de 60.
Não temos nenhuma ameaça iminente que justifique uma politica armamentista, acho que no contexto em que estamos as decisões têm sido bem tomadas, as missões com maior ou menor dificuldade são cumpridas.
Poder de fogo num LPD? A maioria tem canhões anti-míssil e misseis de defesa de ponto. Os LHA da classe Tarawa é que chegaram a ter peças de 127mm, assim como os S. Georgio as de 76mm, mas de resto. Relativamante aos LST da segunda guerra a Formosa até à 2 anos atrás usava, e com a China lá ao lado (nós nem nunca tivemos nenhum e estamos na NATO à quanto tempo?). Quanto ao NAE S. Paulo até concordo, mas os A4 estão ao nível dos F5, que depois dos F16 Chilenos é o melhor por aquelas bandas.
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http://www.defesaaereanaval.com.br/exclusivo-programa-de-modernizacao-dos-cacas-af-11a-da-marinha-do-brasil/

Citação de: "OPCOM"
Para mim importante é dar a marinha capacidade de patrulhamento e SAR,meios económicos e eficazes, e esta a ser feita, os NPOs tal como esta descrito no site da marinha são navios NÂO combatentes, logo a bushmaster que possuem chega bem para mandar uns balazios de aviso ás traineiras espanholas, agora os patrulha Tejo, também queriam que viessem com os Harpoon a e peças de 76mm, para quê?, para encarecer em três vezes mais o preço, para meter medo aos arrastões do armador Vidal. não temos a federação Russa aqui nas nossas fronteiras.
São navios de patrulha, fiscalização e SAR. não navios de combate. Económicos e de guarnições reduzidas.
E qual era a função que fazia na Dinamarca? Por alguma razão os construíram modulares. Quando iam para uma missão de fiscalização levavam apenas a peça principal. Numa operação de combate à poluição nem isso (ora aí esta que não interessa só poder de fogo  :wink:  ). Agora compare a totalidade das missões que faziam os 14 Sf 300 com as que fazem 14 navios de patrulha portugueses (se tivermos este número). E os Sf300 custavam 25 milhões USD a unidade e tinham módulos de missão entre 4 a 6 milhões cada. http://nationsdawnofanera.weebly.com/-patrol-vessels.html  

Citação de: "OPCOM"
Muita gente se esquece por exemplo que o Berrio não tem sequer casco duplo, logo no espaço Europeu e Americano não pode navegar á sua capacidade máxima, e é um reabastecedor de esquadra ligueiro.
Este sim, tem de ser substituído por outro ou por um NPL á nossa medida e que suporte o que ja temos, e que È do melhor que existe: os Merlin (4 CSAR e os restantes  8 navalizados também, muita gente se esquece disto, sem ser missões de combate, qualquer um dos 12 pode estar embarcado, recolhem a cauda e pás, e podem leva agulhas de reabastecimento se for necessário).
Com tantos navios tanque e de transporte publicados, penso que essa situação está bem presente para alguns. Aliás, era uma das funções do Siroco. O problema é que ter um navio que faça isso tudo como o JSS Karel Dorman vai bem alem dos 230 milhões que custava a construção de um NAVPOL.

Citação de: "OPCOM"
Tenho lido por aqui LSTs e navios americanos carissimos de operar e manter, com guarnições gigantescas e já com muito ano e desgaste em cima, além de que a quase nada acrescentaria á nossa marinha, além de treinar um vez por ano uma invasão a Pinheiro da Cruz, caso haja dinheiro para a gota e para pagar ao pessoal.
Por 50 milhões compra-se o que? Um Mistal? Um Wasp? 50 Milhões compra ou um LST como a classe Jason ou velharias. À que sermos realistas.  

Citação de: "OPCOM"
Não entendo muito das características, mas pensar num Makassar que como seria construído de raiz poderia responder aos nossos requisitos e necessidades não é uma real hipótese?
Não é material Nato, mas não tem de ser construído no "mercado" Nato, tem é de responder as critérios Nato, Seria um NPL novo e com muitos anos pela frente e substituiria também o velho Berrio.
e os preços que se falam estao bem dentro da nossa realidade.
Pois não sei. Falo no Makassar e lá vêm a construção asiática, que não é material NATO, etc. Agora para substituir também o Berrio duvido que ficasse abaixo dos tais 50 milhões de USD pedidos pelos fabricantes desta classe (possivelmente teria de ser uma variante à classe).

Citação de: "OPCOM"
Já agora lembro que a própria Grecia tem equipamento Russo, e os Russos estiveram quase a ter navios de guerra construídos num país Nato. Já para não falar no mercado israelita bem difundido pelo mundo e algum mesmo cá por nós, a Coreia do Sul é também um país "alinhado" com o Ocidente/Nato.
Para um pais que nada tem neste capítulo, acho que Portugal até ficava bem servido por um Ivan Gren.

Citação de: "Get_It"
O mafets tem vindo a referir que o dinheiro para estes meios vem do mesmo lugar, do OGE. Portanto, se investirmos dinheiro a construir um NAVPOL vamos ter depois outras entidades a não queimar dinheiro do OGE em contratar meios para fazer o transporte de material. Quase da mesma forma que se tivéssemos investido dinheiro a comprar helicópteros ligeiros novos para a FAP, não teríamos o INEM, Protecção Civil, GNR e PSP a gastar balburdias do OGE em contratos bastante duvidosos de aluguer de meios aéreos.
Não comento realidades que não existiram nem existem. O problema para mim é que alem desses meios e entidades que referiu a gastarem todas do OGE temos mais os KAMOV que custam mais que qualquer meio da FAP e estão três no estaleiro (e não vai ficar por aqui), pelo que preocupa-me que num pais que falte tudo, esse mesmo dinheiro fizesse falta para por exemplo ter mais 3 helicópteros que pudessem combater incêndios, fazer evacuações médicas e SAR. Peço desculpa se estou a ser picuinhas, mas quando se tem uma frota de helicópteros (Kamov mais Eurocopter Ecureuil) com um uso e uma disponibilidade mais baixa até quando Portugal teve de re-activar os Puma por causa dos EH101, tenho de o referir. Talvez se em vez de múltiplas entidades a terem equipamento que pode fazer (e as vezes faz) missões iguais, existisse um comando conjunto que fornecesse helis quando as entidades delas necessitam acabavam-se muitos dos excessos que por aí são praticados (por alguma razão essa ideia não passou do papel), mas como não passou de uma ideia nada mais posso referir neste campo pois não passam de "expecilações". Quanto à realidade de gastar dinheiro do OGE para o transporte de material, nunca tivemos NAVPOL e diversas vezes não aconteceu, com por exemplo o NRP Berrio a levar equipamento para a Ex-Jugoslávia. Portanto não é por aí.

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Apesar das suas capacidades não se pense que estamos perante algo parecido com um Navio Polivalente Logístico como por vezes alguns julgam. Nada disso, não o substitui. Por exemplo, em 1996, quando o "Bérrio" transportou carga geral e até viaturas blindadas que estavam a ser necessárias na Bósnia, as dificuldades no local (Ploce/Croácia) para o respectivo desembarque foram tremendas. O navio, nestes casos, necessita de meios exteriores para carga/descarga.
 

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Re: LPD- Navio Polivalente Logístico
« Responder #1951 em: Agosto 08, 2015, 11:31:34 pm »
Mafets na generalidade do que escreveu estamos de acordo.
o Berrio dentro de poucos anos tera de ser substituido de vez. E juntando aos 50 milhões agora orçamentados, não será melhor juntar a futura verba para a substituiçao do reabastecedor. E adquirir um meio que cumpra ambas as funçoes? Um verdadeiro polivalente logistico.
acredito do que li que uma alteraçao ao projeto Makassar (ha algumas variantes já) será mais alto que o valor anunciado mas nada perto dos 230 milhões que se falava para o NPL construido cá.
O projeto já existe, e se não estou em erro já ha 4 marinhas com Makassar: Peru, Indonesia, Filipinas e Coreia do Sul. Logo nunca ficará tão caro como construir um unico navio cá.
Com este navio, capaz de operar e tranportar X numero de EH (nao tem obrigatoriamente de ser 4), não teriamos de ter uma nova tripulação. E já que se vai adquirir um navio que tenha doca.
Já agira não sei porquê mas a razão anunciada do Sirocco nao suportar o peso de EH não me convenceu, quero acreditar que a Marinha terá algo na manga. Makassar ou um Galicia/Rotterdam usado (já agora estes têm capacidade de apoio logistico? O Sirocco tinha). Os San Giorgio não acredito, nem sequer têm hangar.
Bom fim de semana a todos e que o Sporting ganhe a taça amanha.
 

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Re: LPD- Navio Polivalente Logístico
« Responder #1952 em: Agosto 09, 2015, 01:54:46 am »
Não e propriamente  o peso do EH101 que esta em causa.
O que esta em causa. por exemplo, em caso de acidente,são  15 toneladas de EH 101 a voar a 200 km/h,  a embater no Siroco  que faria  uma força de embate  3 mil tons.

  Ha muito mais contas a fazer do que apenas o peso em si do helicoptero.
 
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Re: LPD- Navio Polivalente Logístico
« Responder #1953 em: Agosto 09, 2015, 10:35:03 am »
Citação de: "ICE 1A+"
Não e propriamente  o peso do EH101 que esta em causa.
O que esta em causa. por exemplo, em caso de acidente,são  15 toneladas de EH 101 a voar a 200 km/h,  a embater no Siroco  que faria  uma força de embate  3 mil tons.

  Ha muito mais contas a fazer do que apenas o peso em si do helicoptero.
Correcto. Daí, independentemente das outras razões politicas, economicistas, etc, aceitar a decisão de não vir o Siroco.

Citação de: "OPCOM"
Mafets na generalidade do que escreveu estamos de acordo.
o Berrio dentro de poucos anos tera de ser substituido de vez. E juntando aos 50 milhões agora orçamentados, não será melhor juntar a futura verba para a substituiçao do reabastecedor. E adquirir um meio que cumpra ambas as funçoes? Um verdadeiro polivalente logistico.
Por 50 milhões adquire-se um bom reabastecedor em segunda mão. A maioria tem sido comercializada entre os os 30 a 40 milhões de USD (outros tem sido adaptados). Quanto às restantes carências da Marinha, qualquer uma delas é bem vinda, sejam patrulhas, reforço da esquadra de helicópteros, Draga-Minas, Balizador ou a própria modernização das fragatas. Mesmo umas lanchas de desembarque para quem nada tem neste campo seriam bem vindos.


Citação de: "OPCOM"
acredito do que li que uma alteraçao ao projeto Makassar (ha algumas variantes já) será mais alto que o valor anunciado mas nada perto dos 230 milhões que se falava para o NPL construido cá.
O projeto já existe, e se não estou em erro já ha 4 marinhas com Makassar: Peru, Indonesia, Filipinas e Coreia do Sul. Logo nunca ficará tão caro como construir um unico navio cá.
Com este navio, capaz de operar e tranportar X numero de EH (nao tem obrigatoriamente de ser 4), não teriamos de ter uma nova tripulação. E já que se vai adquirir um navio que tenha doca.
Já agira não sei porquê mas a razão anunciada do Sirocco nao suportar o peso de EH não me convenceu, quero acreditar que a Marinha terá algo na manga. Makassar ou um Galicia/Rotterdam usado (já agora estes têm capacidade de apoio logistico? O Sirocco tinha). Os San Giorgio não acredito, nem sequer têm hangar.
Bom fim de semana a todos e que o Sporting ganhe a taça amanha.
Seriamente duvido que a Marinha bem como o Governo em altura de eleições tenha algo em mente. O plano sempre foi construir, pois existe a planificação e não é credível que tenha as duas valências de LPD e abastecedor. Não contem também com os Italianos que estes enquanto não tiverem novos navios de desembarque anfíbio vão continuar com os actuais. A Coreia do Sul tem projectos diferentes. Além de 1+1 LHA possui duas classes de LST. Independentemente das críticas à construção asiática na minha perspectiva já preenchia parte das lacunas da Marinha.



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Re: LPD- Navio Polivalente Logístico
« Responder #1954 em: Agosto 09, 2015, 03:45:53 pm »
Desculpem-me a ignorância, mas porque é que um Merlin "da casa" haveria de embater a 200km/h no Sirocco?

Estranho algumas coisas como se ter dito que não era compatível com o peso do Leo 2, mas agora parece que sim;
Que o mesmo se passava com os Merlin mas afinal parece que não...

Não haverá aqui justificações "político-militares", do mesmo género que levaram aos adiamentos sucessivos ma construção NPO´s e respectiva despesa de aquisição?
Ai de ti Lusitânia, que dominarás em todas as nações...
 

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Re: LPD- Navio Polivalente Logístico
« Responder #1955 em: Agosto 09, 2015, 04:13:02 pm »
Citação de: "Luso"
Desculpem-me a ignorância, mas porque é que um Merlin "da casa" haveria de embater a 200km/h no Sirocco?

Estranho algumas coisas como se ter dito que não era compatível com o peso do Leo 2, mas agora parece que sim;
Que o mesmo se passava com os Merlin mas afinal parece que não...

Não haverá aqui justificações "político-militares", do mesmo género que levaram aos adiamentos sucessivos ma construção NPO´s e respectiva despesa de aquisição?
Independentemente das razões politico-militares que acredito existirem, a questão dos Merlin, talvez por isto:
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2007-12-02 - 00:00:00

Açores: Acompanhava grávida quando heli ‘saltou’ 2 metros

Helena Lima está confinada à cama do hospital. Só em Fevereiro saberá quando se poderá sentar
No dia 15 de Novembro, a médica ginecologista e obstetra fazia parte da equipa que se deslocou da Ilha Terceira para São Jorge para evacuar uma grávida que entrou em trabalho de parto. Quando a senhora estava a ser transferida da maca do centro de saúde das Velas para a do helicóptero EH101, da Força Aérea Portuguesa, o aparelho subiu repentinamente a uma altura de dois metros e caiu logo de seguida, estatelando-se na pista.

Os ocupantes foram projectados contra o tecto e as paredes. Cinco pessoas ficaram feridas – dois bombeiros, duas enfermeiras e a médica Helena Lima. O diagnóstico da médica é grave – a fractura com esmagamento da vértebra L1 vai obrigá-la a estar de baixa pelo menos um ano e pode ficar com os movimentos comprometidos para o resto da vida.

Aos 52 anos, a médica – que faz evacuações aéreas desde os anos 80 – pode ter de deixar de o serviço de obstetrícia: “Durante os partos tenho de adoptar posições e movimentos que ainda não sei se conseguirei voltar a desempenhar”, contou ao CM. Até Fevereiro, vai ter de usar um colete que só lhe permite estar de pé ou deitada. Só nessa altura fará um exame para saber se pode começar a tentar sentar-se.

A segunda vítima grave é a enfermeira de Velas, que também sofreu lesões na coluna. A sua lesão será menos complicada – “fracturou a vértebra L2. Não corre tantos riscos como eu, mas vai ter de ficar de baixa pelo menos seis meses”, diz Helena Lima. A enfermeira foi transferida para São Jorge, onde inicia a recuperação.

Os profissionais do hospital de Angra do Heroísmo que fazem evacuações aéreas têm um seguro, acordado com uma companhia privada, que prevê indemnizações em caso de morte ou invalidez permanente. No entanto, o seguro não é claro em relação a casos como o da médica e o da enfermeira feridas, que terão de enfrentar longos períodos de baixa.

A situação foi confirmada ao CM por fonte do gabinete do Secretário dos Assuntos Sociais do Governo Regional dos Açores, Domingos Cunha, que está a acompanhar o caso – e aguarda o resu ltado do inquérito da Força Aérea para apurar as causas do acidente antes de tomar qualquer iniciativa.

AFASTADA FALHA HUMANA

A Força Aérea ainda não concluiu o inquérito aberto ao acidente com o EH101 Merlin que fez a evacuação entre as Ilhas Terceira e São Jorge. De acordo com as Relações Públicas da FAP “já se chegou à conclusão de que não houve falha humana”. Helena Lima contou ao CM que o piloto lhe disse, durante a viagem de regresso entre São Jorge e a Terceira, que o acidente tinha sido motivado “pela entrada intempestiva em funcionamento do piloto automático”, que fez o helicóptero subir contra a vontade dos pilotos.

A médica já foi ouvida “por um tenente-coronel da Força Aérea”, mas desconfia do método utilizado: “Pediu para ficar a sós comigo e passou a conversa a tomar notas. Mas não me mostrou as declarações que fiz nem mas deu para assinar”.

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Relativamente aos Leo 2 sempre ouvi e li que o problema é o elevador que não tem capacidade suficiente para levar o MTB à porta lateral de carga e ao convés superior. Ou seja os Leopard ficariam confinados a sair pela zona da doca como acontece aqui com os Leclerc:


Citação de: "BARCO À VISTA"
Como o Pedro Monteiro afirma e muito bem, a hipótese de aquisição do "Siroco" nunca foi muito bem acolhida por diversas Entidades / Unidades da Marinha, com competência para auxiliar na decisão, na verdade no "jornal de caserna" consta que sempre foi olhado, e na realidade sempre se denotou, como um futuro belo e grande "elefante branco"...

A questão dos Merlin é somente um dos problemas, quer para a Marinha quer para a FAP.

A título de exemplo outro problema (para o Exército e Marinha) é com a plataforma elevatória / elevador, dado ter só capacidade de 49 toneladas que no caso dos CC Leopard 2A6 da Cavalaria não permite ser usada e por inerência nem sequer assegura o movimento dos CC entre a doca e a porta lateral de carga a estibordo, o convés "Zulu" e a coberta para viaturas e o convés "Alfa", que como têm conhecimento os convés por vezes são utilizados para transportar viaturas ou carga.
Os Leopard 2A6 estariam limitados a entrar / sair somente pela doca, criando vários inconveniente tácticos em operações, mas mesmo assim, nem vale a pena perder tempo, pois sem plataforma elevatória nem têm possibilidade de serem estacionados na coberta para viaturas, de onde esta depende para fazer a estiva de carga e descarga de viaturas...

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Re: LPD- Navio Polivalente Logístico
« Responder #1956 em: Agosto 09, 2015, 07:19:46 pm »
Parafraseando o Luso, perdoem-me a ignorância, mas qual é a necessidade dos CC irem para o convés superior? Para serem helitransportados? Isto é uma questão honesta, não estou a ironizar.

mafets — Quanto ao exemplo que deste do incidente nos Açores, como é mais que evidente, o EH101 não embateu na pista a 200 km/h. Mais, uma aeronave com a massa de um Merlin a embater a 200 km/h em qualquer LPD europeu fará danos consideráveis (excepto talvez os Albion) — os navios americanos têm, normalmente, maior massa e são construídos com maiores tolerâncias para operarem aeronaves mais pesadas (tipo H-53 e V-22).
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Re: LPD- Navio Polivalente Logístico
« Responder #1957 em: Agosto 10, 2015, 01:58:01 am »
Citação de: "ICE 1A+"
Não e propriamente  o peso do EH101 que esta em causa.
O que esta em causa. por exemplo, em caso de acidente,são  15 toneladas de EH 101 a voar a 200 km/h,  a embater no Siroco  que faria  uma força de embate  3 mil tons.

  Ha muito mais contas a fazer do que apenas o peso em si do helicoptero.
Wow! Suicidio/kamikaze?!  :shock:

Claro que não, será certamente mais a ver por exemplo com casos de perdas de potência durante o hover sobre o convés, algo do género do que o camarada mafets citou:

Citação de: "mafets"
a questão dos Merlin, talvez por isto:
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2007-12-02 - 00:00:00

Açores: Acompanhava grávida quando heli ‘saltou’ 2 metros

http://www.correiodamanha.pt

Já agora, o problema desta situação foi uma falha no software que foi corrigido pela AW.
 

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Re: LPD- Navio Polivalente Logístico
« Responder #1958 em: Agosto 10, 2015, 08:20:52 am »
Citação de: "NVF"
Parafraseando o Luso, perdoem-me a ignorância, mas qual é a necessidade dos CC irem para o convés superior? Para serem helitransportados? Isto é uma questão honesta, não estou a ironizar.

mafets — Quanto ao exemplo que deste do incidente nos Açores, como é mais que evidente, o EH101 não embateu na pista a 200 km/h. Mais, uma aeronave com a massa de um Merlin a embater a 200 km/h em qualquer LPD europeu fará danos consideráveis (excepto talvez os Albion) — os navios americanos têm, normalmente, maior massa e são construídos com maiores tolerâncias para operarem aeronaves mais pesadas (tipo H-53 e V-22).

Boas,

Não há landing deck nenhum de qualquer navio que suporte um embate de uma massa de 15Tons a 200Km/h !!! :roll:  :roll:  :roll:

Cumprimentos
« Última modificação: Agosto 10, 2015, 10:33:20 am por tenente »
Quando um Povo/Governo não Respeita as Suas FFAA, Não Respeita a Sua História nem se Respeita a Si Próprio  !!
 
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Re: LPD- Navio Polivalente Logístico
« Responder #1959 em: Agosto 10, 2015, 08:28:02 am »
Citação de: "ICE 1A+"
Não e propriamente  o peso do EH101 que esta em causa.
O que esta em causa. por exemplo, em caso de acidente,são  15 toneladas de EH 101 a voar a 200 km/h,  a embater no Siroco  que faria  uma força de embate  3 mil tons.

O que estaria a aeronave a fazer para estar a essa velocidade perto do SIROCO ??????

Passagem baixa a 120 Kts, ou a tentar fazer uma papada no landing Deck ?????

As velocidades dos Helis junto aos Navios para operações de aterragem/descolagem são sempre, sempre, efectuadas a velocidades muito reduzidas, e a altitudes muito baixas, logo invalidam esta situação de uma massa de 3000 Tons a embater no navio.
No entanto, se o Piloto tiver intenção de o fazer, qual Kamikaze, nada obsta que o faça, mas de preferência que seja do IN e não das nossas forças, mas se isso acontecesse não havia landing deck no mundo que suportasse um embate dessa magnitude !

Cumprimentos
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mafets

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Re: LPD- Navio Polivalente Logístico
« Responder #1960 em: Agosto 10, 2015, 10:40:58 am »
Quais os danos de um acidente deste tipo com um Merlin no Siroco? (no segundo video particular atenção para os dois acidentes com os Piasecki H-21 a partir dos 5,40 minutos). Quando por exemplo os britânicos tem os EH 101 a operar nos LPD e inclusive nos Ex Porta-Aviões é porque existem um conjunto de normas de segurança pré-definidas, sendo que desde  a resistência do hangar e deck, aos próprios elevadores, operam sem problemas Merlin (e no deck até V22 e Chinook). Por alguma razão nos navios franceses só se vêm Pumas e Super Frelon a aterrar.  
Citação de: "NVF"
Parafraseando o Luso, perdoem-me a ignorância, mas qual é a necessidade dos CC irem para o convés superior? Para serem helitransportados? Isto é uma questão honesta, não estou a ironizar.
O Foundre e o Siroco https://en.wikipedia.org/wiki/French_ship_Siroco_(L9012) se levaram a dotação máxima de lanchas de desembarque, obrigam os MBT a irem nas mesmas. Continua a ser uma limitação, seja pequena ou média.


Deixo também aqui uma interessante analise de helicópteros britânicos Chinook do exercito, que mesmo com algumas limitações não deixam de operar de uma serie de navios da RN e RFA.
Citar
http://grandlogistics.blogspot.pt/2010/10/super-merlins.html




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Re: LPD- Navio Polivalente Logístico
« Responder #1961 em: Agosto 10, 2015, 12:30:17 pm »
Bom dia a todos!
idéia que se calhar ja aqui foi debatida...
... e se o facto do nosso governo ter desistido do Sirocco foi de proposito, com os franceses a terem 2 mistral que nao foram vendidos a Russia... davam nos um credito jeitoso para nos vender um BPC novinho...visto que nem o Egipto nem Arabia Saudita os querem...seria o ideal para Portugal...nao?

Comprimentos a todos!
O verdadeiro sinal de inteligência não é o conhecimento, mas sim a imaginação.

 

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Re: LPD- Navio Polivalente Logístico
« Responder #1962 em: Agosto 10, 2015, 01:09:11 pm »
Caro Hammerhead

É precisamente do Mistral que se fala nos corredores do Ministério da Defesa. Os problemas: o valor mas é possível negociar por um período superior apesar dos Franceses estarem com dúvidas; a data de eleições em Outubro que pode anular o negócio que se prepara se vier outro governo. Não tenho mais informações. Relativamente ao NoCGV Tor também não há mais informações.

Este não tem problema com o peso dos helis.

Abraços
 

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Re: LPD- Navio Polivalente Logístico
« Responder #1963 em: Agosto 10, 2015, 01:40:51 pm »
Citação de: "mafets"

mafets — sabes que este video é 'fake', não sabes?
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OPCOM

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Re: LPD- Navio Polivalente Logístico
« Responder #1964 em: Agosto 10, 2015, 01:59:32 pm »
Citação de: "Luso"
Desculpem-me a ignorância, mas porque é que um Merlin "da casa" haveria de embater a 200km/h no Sirocco?

Estranho algumas coisas como se ter dito que não era compatível com o peso do Leo 2, mas agora parece que sim;
Que o mesmo se passava com os Merlin mas afinal parece que não...

Não haverá aqui justificações "político-militares", do mesmo género que levaram aos adiamentos sucessivos ma construção NPO´s e respectiva despesa de aquisição?


Pois Luso  eu acho exatamente o mesmo.
O peso do EH não deverá ter sido a razão.
Um pouco como os direitos de imagem do Boateng. Nãi cai tão mal.
Falando de material Nato. Relembro que o KC390 a vir também não é material Nato.