Acho que a confusão continua...
Não sei que bases de informação se possa ter para afirmar que, em Portugal, pode-se ou poderia-se utilizar Kamovs ou Alouette III a partir de uma embarcação!
O ANPC tem interesse na aquisição do Sirocco, mas alguma vez o ANPC disse que seria para usar os Kamov?? O Exército também tem interesse na aquisição do Sirocco, mas não é para uso dos helicopteros da UALE certamente certo? A FAP também tem interesse na aquisição do Sirocco, acham que em vez de se resolver os problemas de prontidão dos EH101 vão perder tempo, dinheiro e tripulações de forma a poder operar Alouettes embarcados??!!
Pelos comentários parece que pelo facto de haver outras instituições, outras unidades noutros países, que usam vários tipos de aparelhos embarcados, se pode afirmar que as unidades existentes em Portugal o conseguem fazer também. Mas não têm em consideração que essas unidades estão orientadas maioritariamente para esse tipo de missões. Operações embarcadas é do tipo de actividade mais exigente a todos os níveis, para homens e máquinas. Para se poder executar em segurança e de forma eficaz e eficiente é preciso treinar muito, e muito, e muito. E em Portugal apenas a EHM está preparada para este tipo de actividade aérea.
Não interessa o que se passa nos outros países, temos é de ver a nossa realidade! É impossível a Esq.552 vir a desempenhar missões embarcadas quando conta com meia duzia de Alouette III e meia dúzia de pilotos (que passam a maior parte do seu tempo a formar novos pilotos, porque é isso que eles têm de fazer acima de tudo!). Como também é impossível para esta "ex-EMA" fazer mais do que faz só com 5 ou 6 Kamov. Voltamos sempre ao mesmo. Fazer muito com pouco é possível mas tem limites. Se a uma estrutura pequena (e que ainda por cima já tem vários tipos de missões diferentes para desempenhar) lhe é pedida que comece a efectuar operações embarcadas, isso é simplesmente impossível. Não têm forma de se quallificar sem descurar outras coisas.
Comparando.... Os nossos Alpha Jet também têm capacidade de combate. Mas é impossível a Esq.103, com 6 aviões e 5 pilotos, fazer algo mais do que aquilo que faz hoje...
As operações embarcadas não se fazem com adaptações e "remedeios". São actividades do mais exigente que há. É necessário muito pessoal dedicado ao meio em questão. É o que vem nos livros, não há volta a dar. E em Portugal neste momento só temos uma unidade que o pode fazer. Todas as outras só com alterações bastante profundas e dispendiosas (aumento de efectivos e/ou mudança de modelo de aeronave). É o que temos agora, também não há volta a dar...
PS: Não há Merlins em lado nenhum com capacidade de armamento ventral ou de Hellfires. O EH não é um heli de ataque, pode sim ser equipado com equipamento de defesa. É muito bom e deseja-se que tenhamos opiniões diferentes sobre um dado tema, mas devemos ter atenção em formular as nossas ideias a partir de factos e dados concretos e não de incorrecções ou suposições...