LPD- Navio Polivalente Logístico

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P44

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Re: LPD- Navio Polivalente Logístico
« Responder #1260 em: Março 04, 2015, 08:52:41 pm »
Nao sabia que o Scirocco tinha capacidade para RAS ;) nesse caso faz sentido
"[Os portugueses são]um povo tão dócil e tão bem amestrado que até merecia estar no Jardim Zoológico"
-Dom Januário Torgal Ferreira, Bispo das Forças Armadas
 

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alfredo leal

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Re: LPD- Navio Polivalente Logístico
« Responder #1261 em: Março 04, 2015, 09:10:53 pm »
Carissimos,
Do Navio Polivalente Logístico:
1 - A Marinha interessa-lhe por causa da projecção dos Fuzos principalmente os DAE), dos Lynx e da eventual substituição do Berrio. Tem-se falado da venda de 2 fragatas para verba para o Siroco... mas será irracional a perda de poder de fogo, que já é reduzida, para ganho no transporte. Já se perdeu tanto...
2 - Ao Exército interessa-lhe para projecção de tropas, blindados (tal como os Fuzos) e o tal apoio logístico nas suas missões projectadas.
3 - A FAP... vejo-lhe pouco interesse. Apesar da FAP ter os EH101 e os aposentados SA330, as suas missões serão sempre de apoio às demais forças e não para as suas missões. Contudo, porque a aviação ligeira do Exército continua a existir virtualmente há quase 20 anos, a FAP continua a apoiar o Exército com os Allouete III e EH101.
4 - A ANPC... essa entidade esquisita ligada à ex-EMA, dependente de serviços pseudo-privados tendencialmente voluntários denominados bombeiros, colaboradores do INEM e pseudo-utilizadores dos Kamov KA-32... Os Kamov podem fazer um bom serviço no combate a incêndios, mas são maus no SAR e pessimos no MEDEVAC/CASEVAC por causa do "Golden Period" do trauma.
5 - Ao INEM... a sua missão resume-se à emergência médica continental. Contudo, tendo em conta os actuais interesses internacionais do mesmo (Ex. Guiné), dá sempre um jeitinho ter um navio logistico por perto, mesmo tendo os Bell 412 e os Agusta em terras lusitanas.
6 - Ao país, tendo em conta os seus compromissos com a UN, NATO e EU.

Em suma: É importante, estratégico... mas tendo em conta o estado actual do Estado e das suas FFAA... será fundamental?Cumprimentos.
 

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night_runner

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Re: LPD- Navio Polivalente Logístico
« Responder #1262 em: Março 04, 2015, 09:27:21 pm »
Citação de: "mafets"
Quanto ao que os helicópteros fazem noutros países à claramente uma idéia de que têm que ser unidades dedicadas, o que  não e verdade. Dois exemplos : nem a Royal navy têm apache nem a aeronaval tiger. Porém ambos os tipos operam dos lpd dos respectivos países, o que quer dizer que apesar de não serem unidades navais operam de navios porque estao certificados para tal.

Outro exemplo. Os brasileiros assim que receberam os primeiros seahawk certificação-nos de imediato para operarem de lpd (de uma encomenda inicial de 6 para asw, portanto abaixo do número de al3, eh101 e mesmo número dos kamov). Quantos helis além do Lynx estão certificados para operarem de navios cá no burgo, mesmo no berrio que tem a maior plataforma de aterragem dá marinha portuguesa? O que está certificado para lá operar?
O camarada não me deve ter entendido. Isto não tem a ver com os aparelhos, nem com quantidades de aeronaves nem mesmo as necessárias certificações. Tem a ver com as estruturas que se criam à volta delas. Os outros têm-nas nós só temos uma neste momento.
Os ingleses e a ALAT tem uma estrutura que lhes permite ter tripulações treinadas para operações embarcadas além das outras missões principais. Os Seahawk brasileiros foram, tal como os nossos Lynx, adquiridos para operações navais, daí terem uma estrutura adequada a esse fim, independentemente do número de aeronaves que possuam.

Outro exemplo, a US Navy tem pelo menos uma unidade de MH-60S na Califórnia que tem como missão secundária o combate a incêndios florestais. Mas ninguém espera que em Portugal a EHM tenha uma estrutura que lhe permita fazer o mesmo, pois não?

Por isso temos de ter atenção com as comparações porque apesar de poder haver sistemas semelhantes ou idênticos o resto pode ser completamente o oposto.
 
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Re: LPD- Navio Polivalente Logístico
« Responder #1263 em: Março 04, 2015, 09:57:42 pm »
Meio off-topic, mas em relação aos franceses até acho que tudo o que é helicópteros do Exército (ALAT) pode operar a partir de navios, já vi gazelle, tiger, puma, cougar... Até me parece uma filosofia interessante e flexível, pois assim não tem que duplicar meios aéreos uns para operar em terra e outros para operar a partir do mar.
 

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Re: LPD- Navio Polivalente Logístico
« Responder #1264 em: Março 04, 2015, 10:11:19 pm »
Citação de: "night_runner"
Citação de: "mafets"
Quanto ao que os helicópteros fazem noutros países à claramente uma idéia de que têm que ser unidades dedicadas, o que  não e verdade. Dois exemplos : nem a Royal navy têm apache nem a aeronaval tiger. Porém ambos os tipos operam dos lpd dos respectivos países, o que quer dizer que apesar de não serem unidades navais operam de navios porque estao certificados para tal.

Outro exemplo. Os brasileiros assim que receberam os primeiros seahawk certificação-nos de imediato para operarem de lpd (de uma encomenda inicial de 6 para asw, portanto abaixo do número de al3, eh101 e mesmo número dos kamov). Quantos helis além do Lynx estão certificados para operarem de navios cá no burgo, mesmo no berrio que tem a maior plataforma de aterragem dá marinha portuguesa? O que está certificado para lá operar?
O camarada não me deve ter entendido. Isto não tem a ver com os aparelhos, nem com quantidades de aeronaves nem mesmo as necessárias certificações. Tem a ver com as estruturas que se criam à volta delas. Os outros têm-nas nós só temos uma neste momento.
Os ingleses e a ALAT tem uma estrutura que lhes permite ter tripulações treinadas para operações embarcadas além das outras missões principais. Os Seahawk brasileiros foram, tal como os nossos Lynx, adquiridos para operações navais, daí terem uma estrutura adequada a esse fim, independentemente do número de aeronaves que possuam.

Outro exemplo, a US Navy tem pelo menos uma unidade de MH-60S na Califórnia que tem como missão secundária o combate a incêndios florestais. Mas ninguém espera que em Portugal a EHM tenha uma estrutura que lhe permita fazer o mesmo, pois não?

Por isso temos de ter atenção com as comparações porque apesar de poder haver sistemas semelhantes ou idênticos o resto pode ser completamente o oposto.
O camarada desculpe mas qual acha ser o impedimento para certificar a plataforma do berrio? O que viu lá aterrar nos últimos tempos? Ou nos npo? A marinha tem a estrutura, pois os Lynx são dá marinha portuguesa.

 A propósito de estrutura, qual a que a faa tem para apoiar os dois mi171 polares?

A fap que sempre teve helis a operar de navios na guerra do ultramar com ou sem estrutura, deixou de o fazer porque?

Recorda-se dos c130 dá fap no combate a incêndios? Qual era a estrutura usada e porque se acabou com ela?

Sim, existem paises com estruturas a volta das aeronaves, que lhe permitem operar num navio dá marinha aparelhos do exército (mas outros não tem), agora o que impede que num país que mantém uma uale sem aeronaves de ter a referida estrutura? O que impede que a que existe por cá o faça? Lá voltamos às politiquices e capelinhas, que pelos vistos nem nós países ricos em meios se manifesta tanto como cá. :roll:


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« Última modificação: Março 04, 2015, 11:31:44 pm por mafets »
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Re: LPD- Navio Polivalente Logístico
« Responder #1265 em: Março 04, 2015, 10:17:21 pm »
Citação de: "alfredo leal"
5 - Ao INEM... a sua missão resume-se à emergência médica continental. Contudo, tendo em conta os actuais interesses internacionais do mesmo (Ex. Guiné), dá sempre um jeitinho ter um navio logistico por perto, mesmo tendo os Bell 412 e os Agusta em terras lusitanas.

O C-130 transportou pessoal do INEM e FEB para o Haiti quando foi lá o terramoto, por isso, eles tem alguma participação em operações de apoio a catástrofes naturais.
Da mesma forma que foi um meio aéreo militar poderia ser um meio marítimo militar que até permite transportar mais material, consoante a participação que se queira fazer nesse tipo de missões humanitárias.
 

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Re: LPD- Navio Polivalente Logístico
« Responder #1266 em: Março 04, 2015, 10:36:43 pm »
Citação de: "P44"
Nao sabia que o Scirocco tinha capacidade para RAS ;) nesse caso faz sentido

O Siroco consegue fazer RAS, mas não tem capacidade para substituir o Bérrio. Além de que o mais provável é sair mais caro.
 
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Re: LPD- Navio Polivalente Logístico
« Responder #1267 em: Março 04, 2015, 10:56:17 pm »
1 - Pode não ter capacidade superior ao Bérrio nas diversas àreas, (combustivel, carga, alimentos, refrigerados, agua, etc) mas terá capacidade suficiente para as nossas necessidades?

2 - É um navio que terá de ser substituído em breve e não sabemos se está em cima da mesa que o Siroco assuma esta missão.

3 - Com o abate do Bérrio liberta-se uma guarnição com elementos experientes em reabastecimento em alto mar (RAS  Replenishment At Sea)


Citar
São principalmente navios de abastecimento de combustível, com capacidade para 6600 toneladas de fuel, embora tenham sido desenhados também com alguma capacidade para cargas secas e mantimentos refrigerados.
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Re: LPD- Navio Polivalente Logístico
« Responder #1268 em: Março 04, 2015, 11:12:38 pm »
Citação de: "Alvalade"
Citação de: "P44"
Nao sabia que o Scirocco tinha capacidade para RAS ;) nesse caso faz sentido

O Siroco consegue fazer RAS, mas não tem capacidade para substituir o Bérrio. Além de que o mais provável é sair mais caro.
Tecnicamente qual a razão? (sendo que o berrio face ao facto de não ter casco duplo pode apenas usar operacionalmente os tanques de combustível centrais)

Acredito que possa sair mais caro, mas o projecto no navpol não incluí a dada altura a inclusão no navio de características jss e sistema RAS como o karel dorman holandês?


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Re: LPD- Navio Polivalente Logístico
« Responder #1269 em: Março 04, 2015, 11:37:59 pm »
Citação de: "mafets"
O camarada desculpe mas qual acha ser o impedimento para certificar a plataforma do berrio? O que viu lá aterrar nos últimos tempos? Ou nos npo? A marinha tem a estrutura, pois os Lynx são dá marinha portuguesa.

 A propósito de estrutura, qual a que a faa tem para apoiar os dois mi171 polares?

Recorda-se dos c130 dá fap no combate a incêndios? Qual era a estrutura usada e porque se acabou com ela?

Sim, existem paises com estruturas a volta das aeronaves, que lhe permitem operar num navio dá marinha aparelhos do exército (mas outros não tem), agora o que impede que num país que mantém uma uale sem aeronaves de ter a referida estrutura? O que impede que a que existe por cá o faça? Lá voltamos às politiquices e capelinhas, que pelos vistos nem nós países ricos em meios se manifesta tanto como cá. :roll:


Cumprimentos
Ó amigo Mafets mas onde é que eu disse que a Marinha não tem estrutura para operar aeronaves a partir do mar? Mencionei precisamente que a Marinha através, sobretudo, da EHM é a única estrutura em Portugal capaz de o fazer! As outras entidades não o conseguem hoje e só depois de haver alterações relevantes o conseguirão um dia, tal como referi no 1º post desta discussão sobre a facilidade com que se diz que o aparelho A ou B pode fazer isto ou aquilo em Portugal. As coisas não são lineares assim e foi isso que tentei explicar.
Se a FAA usa Mil Mi-17 no gelo é porque criou uma estrutura para isso, não é? Equipamentos, tripulações treinadas, etc etc etc. De certeza que não começaram a fazer essas missões quando lhes apateceu mas sim quando a tal estrutura o permitiu.

Isso das capelinhas não percebo nada nem compadrio. Eu só quero o melhor para as Forças Armadas e para o meu país. Não sou contra a presença de aeronaves na Marinha, também não o serei no Exército. Desde que se justifique. Já tive esta discussão com militares de vários ramos, existem várias opiniões e pontos de vista sobre o tema dentro de cada ramo. O ponto comum é que todos querem fazer muito, mas todos também sabem que para tal são necessárias muitas alterações. Há exemplos lá fora bastante díspares, mas que funcionam. Cá também pode funcionar bem de várias maneiras, tem é de se mudar e investir (o que é improvável que aconteça). O UALE, que já foi GALE (veja-se a idade que já tem) é uma aberração nos termos que tem existido, por ex! É um dos claros exemplos da falta de entendimento entre o poder político e o poder militar (Exército). Dinheiro e recursos humanos utilizados e com produto operacional praticamente nulo.

Para quê gastar mais dinheiro e recursos para arranjar mais Kamov e Alouette e tripulações e restante apoio, se há problemas já existentes por resolver? É que se eles tivessem sido solucionados quando deviam hoje nem sequer haveria a necessidade de alguém dizer que "os nossos Kamov ou Alouette" também podiam operar no Sirocco"...
 
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Re: LPD- Navio Polivalente Logístico
« Responder #1270 em: Março 05, 2015, 01:32:15 am »
Não entendeu meu caro night. O que eu estava a questionar é o facto de a marinha ter a estrutura para operar no mar, e mesmo tendo em conta o baixo número de Lynx, quantos navios estão certificados para este lá aterrar? O berrio está? O figueira dá foz? Já viu algum a reabastecer num desses navios?

Os al3 e al2 na guerra colonial frequentemente descolavam e aterravam de corvetas, e a estrutura era praticamente existente. Tinha-se que fazer e pronto. É fazia-se.

A faa tem graves problemas orçamentais mas mantém os dois mi 17 polares operacionais, com o mínimo que lhes é necessário em termos de estrutura. A fap nem dois puma quis manter. A uale não os quis nem mesmo com o cancelamento dos nh90, pelo que não me parece que seja um problema estrutural numa estrutura já feita, mas sim o objetivo de ter algo específico que mesmo não existindo, preferem não ter aos tais puma armazenados.

Outro aspecto que não está a entender é que o único heli que fez e faz apoio de fogo cá foi e é o al3, com canhão ou rockets. Não tem mais nada pois quanto muito os merlin dá para colocar umas calibre 50. Sobram os Lynx que São 5. O ideal era vir um heli ligeiro mas duvida-se porque não há dinheiro e não vindo faz se o quê? Para poupar fica-se à espera e não se arma o quê se tem? Usa um navio de 80 milhões sem helis? Com apenas merlin ou Lynx? Tipo uale?

Aqui não é uma questão de ser mais ou menos linear, de falar muito ou pouco com militares (embora discordo de muito que dizem),  e com a certeza que todos os que frequentam este fórum querem o melhor para as f.a.,  é sobretudo ser racional. E isto significa que mesmo que concordo e reconheça a importância da estrutura de apoio quando se opera com as f.a. actuais e o seu equipamento, a realidade é que mesmo que a frota de merlim esteja operacional falta um heli de apoio. Não havendo dinheiro resta duas opções neste campo, ou se arma os al 3 ou os Lynx ( ou se opera com apenas os merlin, ou se reativa os puma para ter uns em permanência no siroco ). E tendo poucos helis militares faz todo o sentido que se opera em missões civis com kamov, pois nada mais há e se esperaque venha.

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Re: LPD- Navio Polivalente Logístico
« Responder #1271 em: Março 05, 2015, 04:22:13 am »
Citação de: "mafets"
Outro aspecto que não está a entender é que o único heli que fez e faz apoio de fogo cá foi e é o al3, com canhão ou rockets. Não tem mais nada pois quanto muito os merlin dá para colocar umas calibre 50. Sobram os Lynx que São 5. O ideal era vir um heli ligeiro mas duvida-se porque não há dinheiro e não vindo faz se o quê? Para poupar fica-se à espera e não se arma o quê se tem? Usa um navio de 80 milhões sem helis? Com apenas merlin ou Lynx? Tipo uale?

Aqui não é uma questão de ser mais ou menos linear, de falar muito ou pouco com militares (embora discordo de muito que dizem),  e com a certeza que todos os que frequentam este fórum querem o melhor para as f.a.,  é sobretudo ser racional. E isto significa que mesmo que concordo e reconheça a importância da estrutura de apoio quando se opera com as f.a. actuais e o seu equipamento, a realidade é que mesmo que a frota de merlim esteja operacional falta um heli de apoio. Não havendo dinheiro resta duas opções neste campo, ou se arma os al 3 ou os Lynx ( ou se opera com apenas os merlin, ou se reativa os puma para ter uns em permanência no siroco ). E tendo poucos helis militares faz todo o sentido que se opera em missões civis com kamov, pois nada mais há e se esperaque venha.

Cumprimentos
Mas é isso que tenho estado a dizer, não temos nada mais que os Lynx e na melhor das hipóteses alguns EH para operar no Sirocco, se vier.

O que não concordo (e pelos vistos nos ramos/Governo também não) é que se dispende recursos e dinheiro com o tipo de opções que menciona. Não faz sentido camarada. Se me disser que ter um navio destes e não ter capacidade aérea ou se ela for residual também não faz sentido, também lhe dou toda a razão. Mas é a realidade portuguesa...

Comparar certas situações que tiveram de ocorrer durante a guerra no Ultramar com os tempos actuais não é querer bem às Forças Armadas de hoje e a quem nela serve! Gostava mesmo que se vá investir em mais Alouette e tripulações para podermos utilizá-los a partir de um navio, quando se devia era substituí-los de forma a que os pilotos cheguem ao EH melhor preparados e não necessitem de tantas horas de treino no produto operacional (que é bem mais caro!)? E depois, enviavamos essas tripulações num aparelho sem ajudas electrónicas suficientes para operar em segurança em alto-mar, por ex? Quem diz essa diz dezenas de outras limitações... Isso é racional?

Se disser que se houver uma calamidade e as esquadras/estruturas juntarem os melhores elementos, os mais experientes, para operarem EHs, Alouettes e Kamovs a partir do navio acreditaria que pudesse acontecer. Mas não é isso que estamos a discutir. Nós queremos que este tipo de capacidades sejam utilizadas/treinadas de forma regular. E para tal é preciso a tal estrutura que cá nenhuma unidade/organização tem além da Marinha e EHM, como referi atrás...

PS: A FAArgentina já operava na Antártica antes de adquirir Mi-17. A estrutura, o conhecimento, etc, já existia...
 
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Re: LPD- Navio Polivalente Logístico
« Responder #1272 em: Março 05, 2015, 09:55:33 am »
Entre o fazer sentido e o usar vai uma grande distância. Desde os tempos da guerra colonial que os Aloutte são inadequados para a função que actualmente ainda desempenham na FAP, e então porque o fazem à 50 anos? Simples, porque ainda não foram substituídos, apesar do modelo estar obsoleto segundo os padrões actuais. Portanto a questão mantém-se, principalmente quando adquirir um novo helicóptero ligeiro, montar a estrutura, formar os pilotos vai custar o mesmo ou mais que o upgrade das fragatas que vindo o Siroco vai ficar por realizar e certamente terá valores bem superiores a treinar e certificar uns quantos ALIII para operar de um LPD. É isto que digo, não defendo que se deva comprar mais Aloutte ou que seja feito um investimento maior a moderniza-los, etc. O seu tempo à muito que já passou mas é o que ainda faz de heli de ataque na FAP por motivos financeiros e falta de vontade politica para o susbtituir.

O Ideal seria pelo menos uns Cobras e uns Uh1, nem que fossem recondicionados. Não sou grande fâ de helicópteros ligeiros tipo Gazelle, Eceuril, nem propriamente de helis de transporte pesadamente armados pelas simples razão: Se os EUA tinham os Huey armados no Vietname e mesmo assim evoluíram para os Cobra, é porque consideraram que o primeiro não era suficiente. Desde aí nunca mais prescindiram dos helicópteros de ataque, sendo seguidos por outras nações como os Britânicos, Franceses e até Holandeses. Por cá continua-se a usar os Al III e por muito que estes clamem substituição, esta nem tão pouco está a agendada. Sem duvida que o ideal seria substitui-los por algo mais moderno, mas à falta de dinheiro, planificação e vontade politica. E se não é possível ter algo mais moderno, adequado e capaz, então que se arme um helicóptero que cá exista, seja o Aloutte III, Puma ou Lynx, pois é preferível qualquer deles com os gastos que implicam a nenhum. Porque aqui a opção é simplesmente entre ter e não ter.Nada mais.

Acho o treino fundamental e também defendo que exista uma estrutura que permita treinar e operar os meios da FAP e Protecção Civil embarcados, mas volto a insistir na questão: A Marinha que tem a estrutura para operar os Lynx, e disso não temos qualquer dúvida, já os certificou para o operar e reabastecer do NRP Bérrio, do NRP Viana do Castelo? das Corvetas? Se sim muito bem, se não (que é o que consta por aí, relativo às duas ultimas) nada tem a ver com a estrutura. Aliás, Portugal só certificou os Lynx para transportar uma metralhadora quando começou a operar nas operações anti-pirataria, com os adventos claros de treino, tempo de adaptação, etc, totalmente diferentes de quando um helicóptero chega e é imediatamente certificado nesse campo ( algo que acontecia no tempo da guerra colonial, porque era necessário e feito nem que implicasse riscos como acontecia  com o Helicanhão). E isto não é querer mal para as f.a. É dizer a verdade que consiste cá no burgo no seguinte: "Só fazer as coisas quando estamos enrascados, depois é a pressa e a desenrascar à Portuguesa sem  nos preocupamos com o tempo necessário para treinar, ganhar experiência e criar doutrinas". Estou a dizer alguma mentira?

Relativamente à questão do MI17 da FAA, é evidente que à estrutura formada, treino, experiência, etc. A questão aqui está no facto de as FAA ter montada essa estrutura para 2 helicópteros apenas, mesmo financeiramente com uma Argentina e uma Força Aérea em muito pior estado que Portugal (quem dera a FAA ter os meios da FAP), enquanto que a FAP não o fez e sempre disso que não seria possível (apesar de ter voltado a usar os PUMA devido aos problemas com os Merlin), e a própria UALE que tem estrutura (à 20 anos!!! que a reconverta, re estruture, etc, mas opere), e não tem uma única aeronave,  nem dois ou três PUMA se dignificou a querer usar. Portanto aqui não se trata de estrutura, mas sim de vontade (ou falta dela, melhor dizendo). E um pais com recursos limitados e que não adquire novo equipamento como helis ligeiros desde praticamente a guerra colonial (à excepção dos Lynx), não se pode dar ao luxo de mesmo com a baixa operacionalidade dos Eh101 ter 8 Pumas parados, sobretudo por falta de vontade para os operar (as tais capelinhas, não operando pode ser que venha novo, não à Merlin suficientes operacionais por vários motivos, paciência  :roll: ) .  :shock:


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Re: LPD- Navio Polivalente Logístico
« Responder #1273 em: Março 05, 2015, 05:26:21 pm »
Citação de: "mafets"
O seu tempo à muito que já passou mas é o que ainda faz de heli de ataque na FAP por motivos financeiros e falta de vontade politica para o susbtituir.
O Ideal seria pelo menos uns Cobras e uns Uh1, nem que fossem recondicionados. Não sou grande fâ de helicópteros ligeiros tipo Gazelle, Eceuril, nem propriamente de helis de transporte pesadamente armados pelas simples razão: Se os EUA tinham os Huey armados no Vietname e mesmo assim evoluíram para os Cobra, é porque consideraram que o primeiro não era suficiente. Desde aí nunca mais prescindiram dos helicópteros de ataque, sendo seguidos por outras nações como os Britânicos, Franceses e até Holandeses. Por cá continua-se a usar os Al III e por muito que estes clamem substituição, esta nem tão pouco está a agendada. Sem duvida que o ideal seria substitui-los por algo mais moderno, mas à falta de dinheiro, planificação e vontade politica. E se não é possível ter algo mais moderno, adequado e capaz, então que se arme um helicóptero que cá exista, seja o Aloutte III, Puma ou Lynx, pois é preferível qualquer deles com os gastos que implicam a nenhum. Porque aqui a opção é simplesmente entre ter e não ter.Nada mais.
O camarada tem mesmo a certeza disto que está a dizer? Monta-se um canhão lateral num Alouette III e a FAP passou a ter um heli de ataque? ;)
 

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Re: LPD- Navio Polivalente Logístico
« Responder #1274 em: Março 05, 2015, 05:41:37 pm »
Pessoal.
É o Sirocco nao um Nimitz.
4 Merlin é mais que suficiente, ele so pode levar 2 no hangar e operar 3 helis simultaneamente.
Nao tenhamos duvida que a maior parte da vida operacional dele na Armada será em exercicios e apoio humanitario de algum genero. Estarmos a reactivar aparelhos com mais 40 anos e caros de manter para um dia poder ser necessario no Sirocco...(e ficavam ca os Merlin) é descabido.
E pensarmos: mas vao 4 Merlin falta helis para SAR, não não faltam porque será em situacões pontuais. Por isso todos os 12 EH (2 SIFICAP, 4 CSAR) podem ser configurados para transporte tatico ou SAR.
Caro Nigh, ninguém fala aqui em tranformar os helis da PC ou INEM em helis maritimos. Fala-se em serem transportados no Sirocco para ajuda humanitaria. No deck do mesmo. Se necessario transportara refugiados vitimas acidentados de e para o Sirocco. Ninguem os vai transformar em aeronaves navais e operar em SAR por exemplo. Alias fazer SAR apartir do Sirocco é quase impossivel de acontecer a não ser que o mesmo esteja na area. Uma fragata ou NPO chega la em metade do tempo. Mas se necessario for. Temos EH101 para isso. Todos eles dobram a cauda e as pas. O CSAR tem é blindagem adicional. Até a agulha para reabastecimento aéreo pode ser adaptado em qualquer um. Tal como as metralhadoras laterais e traseira.
Por isso para SAR temos 12 aparelhos. Para missoes militares temos 4. O Sirocco apenas pode levar 2 cobertos e mais alguns no Deck arrumados. No entanto apenas pode operar 3. Os restantes terao de ser baseados em terra .
É apenas um Sirocco não um Mistral
 
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