Se há coisa de que nos orgulhamos é do nosso trabalho!
Mais depressa rolavam cabeças do que alguem faria mal a qualquer navio ou projecto!
Nâo estas mesmo e entender..........
Tudo o que é preciso para contruir os NCP e LFC esta na cabeça e nas mãos dos homens que querem despedir!
O trabalho nao depende de quem esta a gerir! Alguns deles nao devem distinguir o projecto de um navio do projecto duma capoeira.
Chaimites:
Eu estou a entender e até estou em posição de entender melhor porque sou equidistante ao problema. Não sou parte interessada, logo nem faço parte da " maralha " nem sequer tenho razões para pensar com o coração.
É por demais óbvio que ninguém vai sabotar qualquer navio ou projeto.
Vamos é colocar a hipótese teórica que os estaleiros são declarados insolventes.
É teórica mas não tanto assim porque se isto não tem solução a curtissimo prazo, a confiança está abalada e clientes passam ao lado, sem clientes não há faturação e sem faturação não há dinheiro. Se o estado não injetar mais suprimentos ou capital social na empresa, então é mesmo uma questão de semanas porque o fundo de caixa e as reservas são escassas. Crédito ninguém concederá, logo só há um caminho: o pior caminho.
Sabes o que aconteceria ao que está dentro dos estaleiros, " Figueira da Foz " incluido e mesmo já parcialmente pago? Achas que a marinha aguenta as poucas e vetustas corvetas mais quatro ou cinco anos?
Eu sei que poderia transparecer a imagem que a marinha estaria a fugir mas é prudente precaver-se para o pior cenário, não?
Joao Oliveira Silva:
Aqueles homens que tu viste na TV, acima de tudo estão a defender uma empresa que consideram como sua casa e vao lutar para ela nao ser destruida!
estao a dar um exemplo a muito boa gente!
Pensa um pouco;
Mais de metade dos possíveis dispensados está em situação de poder entrar em pré reforma
O que levará um homem de 60 anos, com 40 anos de serviço, a revoltar-se contra receber 40 mil euros e ser mandado para a reforma?
Em muitas empresas que eu conheço estariam a esfregar as mão de contentes!
pensa um pouco nisso.....
Nao há dinheiro nenhum que os faça parar! aquela é a sua casa! e vao Lutar para nao ser destruida!
Eh pá com todo o respeito pela situação, isto não vai lá com clubismos e com amor à causa, sob o lema " só por cima do meu cadáver ".
OS ENVC são uma empresa. As empresas ou são viáveis ou inviáveis. Se são viáveis têm mercado, ganham dinheiro, dão lucros, remuneram os acionistas e premeiam os trabalhadores e seguem em frente. Se são inviáveis fecham. Pelo meio há que saber se estando inviável é possível recuperá-la e torná-la viável.
Num primeiro olhar, os ENVC são inviáveis por isto:
O passivo da empresa é superior a 200 milhões de euros. Em 2010, as contas fecharam com um prejuízo de 40 milhões de euros e com capitais próprios negativos de 70 milhões.
A meu ver e muito bem, o acionista que não pode nem deve continuar a perder dinheiro deste modo fez o seguinte:
A reorganização estrutural está incluída do Plano de Reestruturação e Viabilização, apresentado ontem à comunicação social, que prevê uma injecção de capital do Estado da ordem dos 13 milhões de euros. O documento foi aprovado, parcialmente, pelo accionista Estado, através da Empordef, no passado dia 14 de Junho.
A situação é esta:
- o acionista continua a meter dinheiro, está tudo bem e " no passa nada ", os prejuízos avolumam-se e mais dinheiro virá mas todos temos amor à empresa;
- o acionista reestrutura com vista a torná-la rentável ( como pretende fazer ) e não, nem pensar e a terceira hipótese ganha corpo;
- o acionista fecha, paga as indeminizações devidas por lei e morremos com amor à empresa.
Também há a possibilidade dos próprios trabalhadores ( alguns ou todos ) proporem ao actual acionista a compra da sua posição. Não seria caso único, só que depois vão ter que reestruturar para obterem lucros e aí voltamos ao início.
A posição assumida pelos sindicatos é, quanto a mim, lamentável. Optaram pelo folclore, pela confrontação, pela assembleia municipal, pela ameaça de manifestações, aliás tal e qual como fizeram os sindicatos da Lisnave e que deu no que deu.
Quanto a mim, acho que os sindicatos deveriam sentar-se, negociar a diminuição da lista e propor a limitação dos danos colaterais do despedimento coletivo por forma a se circunscrever apenas aos que se irão apoiar na pré e na reforma. Eram capazes de assegurar 400 ou 450 postos de trabalho diretos imediatos e se a empresa singrar assegurar mais algumas centenas diretos e indiretos num futuro próximo.
O primeiro problema do acionista é conseguir agora um gestor que vá presidir à empresa. Foge...
Assim temo que pouco poderá sobrar. Oxalá eu me engane, desejo sinceramente que me engane mas...
Cumprimentos,