Notícias da Marinha do Brasil

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Vitor Santos

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Re: Marinha do Brasil
« Responder #435 em: Março 29, 2015, 12:40:34 am »
Citação de: "Edu"
Citação de: "Cabeça de Martelo"
Citação de: "Edu"
E já agora ter armas nucleares para quê? Para as rebentarem à porta de casa?

Armas nucleares precisam de vetores de lançamento, coisa que o Brasil não tem. Nem caças em condições existem. Não estou a ver um Gripe NG a levar uma arma nuclear e ainda assim ter capacidade de ir muito além da fronteira. Não há bombardeiros, não há mísseis de longo alcance...

A idéia não é terem ADM, mas sim submarinos de propulsão nuclear.

 :arrow: http://pt.wikipedia.org/wiki/Submarino_ ... brasileiro

Se ler o que foi dito em posts anteriores irá verificar que a minha intervenção foi uma resposta aquilo que foi dito atrás.

Vitor:

Os planos da Marinha Brasileira são sem dúvida muito ambiciosos.

Contudo, por agora, são apenas planos e como tal temos de esperar pela concretização.

Até à concretização nada é certo, acontece que o Vitor e outros compatriotas seus tomam estes planos como dados adquiridos. Eu pessoalmente tenho mais reservas.

Exato. Mas a partir do momento em que contrato e transações em bilhões de dólares são efetivadas, há meio cominho andado para a concretização.

Em relação aos A-4 Skyhawk da MB, vale assistir:


 

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dc

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Re: Marinha do Brasil
« Responder #436 em: Março 29, 2015, 12:44:14 pm »
Bem, para terminar com a história da comparação entre Portugal e Brasil, Portugal não está melhor devido à crise e ao desinteresse politico nas forças armadas. Inicialmente não estava planeada a venda de F16, os Leopard eram para ficar em 55, as 5 fragatas era suposto receberem um MLU grande há quase 10 anos, estavam planeados 10 ou 12 NPOs e 8 LFCs cujos números foram reduzindo ao longo dos anos, como disse os helis cancelados por causa da crise, o LPD era para ser construído cá mas a crise e todas as tretas que envolveram os ENVC enterraram o projecto (juntamente com os patrulhas), o 3º submarino inicialmente tido como opção foi completamente posto de parte, por ai em diante... A questão aqui é que, Portugal mesmo estando na crise que está, sendo um país mais pequeno, e em que o investimento nas FA tem sido visto como desnecessário, tem equipamentos principais muito mais recentes e modernos do que o Brasil, país de riquezas como você disse, quase inesgotáveis, uma potência emergente que se quer afirmar economicamente e militarmente ao mundo. Enquanto do nosso lado a margem para evoluir as forças armadas praticamente tem sido nula, o Brasil nestes anos em que Portugal não teve nada, continuou na mesma, isto é, continua com as fragatas dos anos 70, o porta-aviões não operacional, etc. Sim é verdade que o SN-BR está a andar a passos largos, e penso que até agora não tem tido problemas, e sim tem razão quando diz que enquanto estiver a ser feito o investimento, é meio caminho andado, mas o mais difícil vem depois, muita coisa poderá dar para o torto no projecto, veja-se os S80 espanhóis, muito mais simples que um submarino nuclear, mas não ata nem desata. Esse preço de 1.5 bilhões (1.5 mil milhões em Portugal), é uma estimativa e não engloba os custos de desenvolvimento, e muita coisa poderá mudar o preço do SN-Br, podendo até duplicar o preço. É de facto de louvar a coragem em fabricar um submarino nuclear, e sim entende-se, atendendo às riquezas do Brasil, como o petróleo, que há necessidade de proteger, aí estamos de acordo e um submarino, tanto nuclear como convencional é sempre o maior dissuasor que uma marinha pode ter (veja-se o caso de Portugal, antes dos Tridente, qualquer país com uma marinha decente facilmente causaria problemas à MP, agora os subs são uma espécie de "seguro contra todos os riscos", e todos os países sabem que a possível presença de um meio daqueles que sozinho poderia dizimar uma marinha inteira, é suficiente para instaurar o medo). No entanto, e o submarino nuclear até se entende, apesar de haver outras lacunas na MB, o porta-aviões devia ser onde mais criticas seriam apontadas, pois é este mesmo navio que suga o orçamento da MB, sim é um navio imponente, e quando estiver operacional vai ser um navio poderoso, e é verdade que há a questão de manter a "expertise", mas diga-me sinceramente, se isso valeu a pena o dinheiro gasto no mesmo, os anos que teve parado. A questão é, o porta-aviões é de extrema importância para o Brasil sim, mas de pouco ou nada serve se por exemplo não tiver escoltas, ou se os aviões embarcados não forem capazes de repelir um ataque aéreo. Sim, para já os A-4 irão chegar bem, no entanto já se fala em Gripens navais, e tudo e mais alguma coisa. No fundo, o dinheiro gasto no São Paulo, poderia até ser utilizado para pedir à França para fabricar outro Charles de Gaulle, um navio muito mais moderno, que poderia ser utilizado por mais anos que o São Paulo... poderiam até ter algum desconto se escolhessem o Rafale para a FAB, que era o favorito de todos, e este já tem versão naval, a qual seria possível utilizar num porta-aviões tipo Charles de Gaulle. E agora diga-me, o Brasil perderia se fizesse isto? Sim, ficava um pouco mais caro, tanto os caças como o navio, mas iria durar muitos mais anos. Enquanto isso, estão na esperança de um caça naval que não existe ainda e que de certeza terá custos acrescidos devido ao desenvolvimento, um avião menos capaz, com menor alcance e "payload", e um navio que vai durar menos anos, tem dado problemas uns atrás dos outros, e ao longo dos anos, os custos operacionais irão aumentar. E as criticas feitas por nós deste lado do Atlântico, não são de todo descabidas, pois são criticas vindas de gente habituada a ter de escolher entre o que mais falta faz às forças armadas, um país que para avançar com um programa, tem de pôr de lado outro/s menos prioritários, portanto, todas as criticas são feitas com todo o respeito, mas com um ponto de vista mais realista, fechando os olhos a nacionalidades e tudo o resto, apenas analisando o que de facto poderia ser feito para, neste caso a marinha do Brasil, sair a ganhar, com uma marinha moderna e mais capaz.
 

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Alvalade

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Re: Marinha do Brasil
« Responder #437 em: Março 29, 2015, 03:04:05 pm »
Desculpem-me mas eu não faço parto do clube que torce pela cooperação com o Brasil.

Como o Cabeça de Martelo disse e bem as nossas prioridades são a NATO , os PALOP (mais Timor)  e qualquer foco de insegurança que possa surgir no Magreb.

Considerando este facto, o único cenário onde poderia haver uma cooperação com o Brasil seria nos PALOP, no desenvolvimento das forças de defesa locais e na intervenção nesses países quando surgem casos de instabilidade politica ou crises humanitárias.

Se olharmos para a história recente vemos que os interesses brasileiros raramente estão no mundo lusófono. O caso da “Operação Manatim” (para usar um caso recente) é um exemplo da falta de vontade brasileira em intervir nos países lusófonos, pudemos mesmo dizer que o interesse brasileiro na lusofonia é exclusivamente económico e centrado em dois países (Angola e Moçambique).

Tendo isto em conta não faz sentido investir tempo e dinheiro num país que pouco interesses estratégicos partilha connosco.

Além da falta de interesse estratégico não vejo especial desenvolvimento que poderíamos obter com uma parceria com o Brasil que não conseguíssemos obter de qualidade superior com parcerias com países que já são nossos aliados.
 
É nesse sentido que se torna mais interessante tentar uma aproximação aos países do Benelux.

São países que individualmente têm aproximadamente a mesma população que a nossa e que em conjunto têm uma área geográfica inferior à Portuguesa. Apesar destes factores em conjunto conseguiram desenvolver forças armadas e uma indústria de defesa que competem em modernidade com qualquer país do mundo.

Hoje em dia já temos casos de sucesso de parceria com este grémio de países como a European Participating Air Forces (EPAF), a modernização dos Sistemas Integrados de Controlo de Comunicações (SICC) de unidades das três marinhas (pela EID) e possivelmente a modernização da classe Bartolomeu Dias que será feita a partir o “know-how” ganho na modernização feita às outras fragatas da classe M através do M-Class Frigates User Group (MFG).

Portanto faz sentido dizer que uma parceria Portugal – Benelux e uma sincronização dos processos de substituição e modernização de material, podem trazer para Portugal um corte nos custos de aquisição de materiais devido ao aumento de escala na compra e um acesso a novos mercados e a tecnologia de última geração à indústria de defesa nacional.
 

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mafets

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Re: Marinha do Brasil
« Responder #438 em: Março 29, 2015, 03:46:25 pm »
http://www.naval.com.br/blog/2015/03/28/precisamos-para-ja-de-4-bons-navios-usados/
Citar
Roberto Lopes
Editor de Opinião da Revista Forças de Defesa e
autor do livro “As Garras do Cisne”

Parece claro, a essa altura dos acontecimentos – ou da falta de acontecimentos (no campo do PROSUPER) –, que alguma medida precisa ser tomada, no sentido de garantir o funcionamento da força de superfície da Esquadra pelos próximos nove ou dez anos.

Temos, hoje, apenas um dos nossos cinco submarinos de tecnologia alemã disponível – o Tapajó –, mas a renovação dessa flotilha já está em andamento, e com a prioridade adequada.

Entre os escoltas a situação é diferente.

Há anos que fragatas e corvetas vêm sendo usadas até o limite das suas capacidades. E isso em um contexto de intensa demanda, cujas consequências são agravadas pela falta de todos os recursos necessários à manutenção dos navios.

O resultado é que das seis fragatas classe Niterói, apenas três estão disponíveis, sob diferentes graus de restrição operacional; entre as três classe Greenhalgh (Tipo 22), apenas a Rademaker pode ser considerada em razoável estado; e das quatro corvetas, só a Barroso estaria em condições de, hoje, responder a uma convocação de emergência.

Espera-se que a Júlio de Noronha inicie ainda este ano os seus testes de motores – e que, portanto, também ela esteja de volta ao setor operativo da Marinha em 2016. Mas essa, por enquanto, é só uma expectativa.
Mais uma vez a realidade (a julgar pelo quadro dos navio activos e em reparações no final da reportagem do Poder Naval bem mais dura de que eu julgava  :shock: ).

Citar
As três corvetas remanescentes da classe Inhaúma estão paradas

Citar
O Arsenal de Marinha do Rio de Janeiro (AMRJ) precisa ser modernizado para voltar a ter a capacidade de construir navios de guerra

Saudações
"Nunca, no campo dos conflitos humanos, tantos deveram tanto a tão poucos." W.Churchil

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dc

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Re: Marinha do Brasil
« Responder #439 em: Março 29, 2015, 07:16:28 pm »
Bem, nesse artigo, tanto falam em Bandenburg, que a Alemanha não se vai desfazer delas tão depressa, até às fraquinhas Flóreal, que estão entre corvetas de grandes dimensões e mini fragatas... As da classe OHP que por este andar toda a gente vai usar, já que há tantas para vender, no entanto, não me parece suficiente para o Brasil. As type 23 parecem-me a melhor opção, no entanto, ainda aguardam pela sua substituição, logo não estarão à venda tão depressa. Não mencionaram as Bremen alemãs que seriam de certeza muito mais acessíveis do que as Brandenburg pois serão substituídas pelas F125. As KDX-I não passam de um sonho, visto estas só serem substituídas provavelmente dentro de 10 anos (são navios de 1998). Portanto, opções de qualidade não há muitas... Que tal as italianas Durand de la Penne? São outras que estão dentro dos requisitos apresentados.
Quanto à noticia em si, não imaginava que por lá estava assim tão mau  :shock:  Emais uma vez, aqui está a prova dos investimentos mal direccionados... Tanta preocupação com um porta-aviões para ser usado durante 20 anos (e tanto dinheiro gasto), quando as escoltas são escassas e com reduzida capacidade para defender um navio de tal importância...
 

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Edu

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Re: Marinha do Brasil
« Responder #440 em: Março 30, 2015, 12:51:40 pm »
Curiosamente a ideia que a maior parte dos foristas aqui defende sobre a Marinha Brasileira, que gasta dinheiro nas áreas erradas, é também defendida por brasileiros no Poder Naval.
Tomei a liberdade de citar uma intervenção do mesmo blog:

Um participante que dá pelo nome de Douglas Falcão afirmou o seguinte:

Citar
Prezado Roberto Lopes,
Concordo.

O problema é que, aparentemente houve uma inversão nas prioridades. Pois teme-se perder status de marinha de águas azuis. No papel ainda somos. De fato, não.

A manutenção “eterna” do São Paulo exaurindo recursos tem prioridade sobre uma frota nova em folha de Navios Patrulha Oceânicos.
Pergunto: o São Paulo é uma arma eficaz, ou uma dor de cabeça, mas que permite a alguns dizerem “o Brasil tem um porta-aviões”?

Tenho certeza que um programa de construção / aquisição de patrulhas oceânicos em boa escala seria realidade se não tivéssemos o SP. não estou aqui vinculando programas, apenas exemplificando. Haaa isso apequena o status da MB.?
Sim, mas estamos falando de aparências, não é verdade.? A esquadra não tem mais condição de ir a alto mar em missão de combate.

Nós queremos uma marinha que sai para desfilar na praia no 07.09 ou uma MB com meios eficazes ainda que modestos?

Com a visão política de hoje temos que nos adequar, isso não significa deixar de lutar pelo fortalecimento da MB.

A MB deveria eleger algumas poucas prioridades focar nelas; somente o que está ao seu alcance. O programa de corvetas, dos patrulhas e a conclusão dos Scorpene deveriam ser a prioridade.

Lutar pelo resto, fica até mais fácil quando os “decisores” perceberem a baixa de navios em sequência.

Para finalizar, vejo o programa de cobertas como primordial. Por isso penso que deverá ser um projeto robusto. Creio que o Bosco, pelos comentários, também vê desta forma.

deslocamento carregadas nas faixa de 3/3,2 mil ton facilitaria a adequação do sistema de armas.

Abraço a todos.

Isto é exactamente aquilo que alguns membros do Forum Defesa, eu incluido, defende.

A MB tem um porta-aviões só para dizer que tem, na realidade ele não serve para nada. Um porta-aviões serve para projecção de força a grandes distâncias, o brasil não capacidade de projecção de força pois, como foi dito acima, na practica já não tem capacidade de marinha de "águas azuis".

Para defender a ZEE de um país não são precisos porta-aviões, são precisos caças (com base em terra), submarinos e escoltadores.

O que as forças armadas brasileiras realmente precisam seriam caças modernos com maior alcançe e capacidade de armamento, por isso o Gripen não serve, teria ser algo tipo Rafale, Eurofighter ou F-18 com dois motores e capacidade de levar armamento pesado e longas distâncias. Só a existência desse tipo de caça tornava totalmente desnecessária a existencia de porta-aviões para a realidade brasileira. Depois eram necessários também submarinos ao estilo dos que Portugal tem, com 10 desses já ninguém se atrevia a questionar a soberania brasileira na área e finalmente escoltadores modernos. E pronto, ficavam todas as riquezas brasileiras bem defendidas.
 

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mafets

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Re: Marinha do Brasil
« Responder #441 em: Março 30, 2015, 02:58:02 pm »
Citação de: "Edu"
O que as forças armadas brasileiras realmente precisam seriam caças modernos com maior alcançe e capacidade de armamento, por isso o Gripen não serve, teria ser algo tipo Rafale, Eurofighter ou F-18 com dois motores e capacidade de levar armamento pesado e longas distâncias. Só a existência desse tipo de caça tornava totalmente desnecessária a existencia de porta-aviões para a realidade brasileira. Depois eram necessários também submarinos ao estilo dos que Portugal tem, com 10 desses já ninguém se atrevia a questionar a soberania brasileira na área e finalmente escoltadores modernos. E pronto, ficavam todas as riquezas brasileiras bem defendidas.
Isso verifica-se mesmo com escolha do Gripen, o qual se aceita por duas razões: 1 - O Brasil usa reabastecimento em voo.; 2-  Opera com AEW.


Portanto com esta panóplia e mesmo com o Gripen não se justifica NAE. Da mesma forma que na minha opinião a MB ficava mais bem servida com submarinos convencionais com AIP.



Cumprimentos
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Vitor Santos

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Re: Marinha do Brasil
« Responder #442 em: Março 30, 2015, 03:05:06 pm »
Depois eram necessários também submarinos ao estilo dos que Portugal tem, com 10 desses já ninguém se atrevia a questionar a soberania brasileira na área e finalmente escoltadores modernos. E pronto, ficavam todas as riquezas brasileiras bem defendidas.

Da mesma forma que na minha opinião a MB ficava mais bem servida com submarinos convencionais com AIP.

Fora o porta-aviões, é justamente isso que está a um passo de acontecer.

O futuro da guerra naval é o submarino, lembremos das Malvinas/Falklands. Penso que o investimento vale sim, cada centavo, no Prosub (Scorpenes e SN-BR), desde que tenha continuidade para se lançar ao mar um submarino a cada dois anos, até atingirmos 15 submarinos.

Com o avanço tecnológico dos submarinos, desde o Tipo XXI alemão e o lançamento do USS Nautilus nuclear, os navios de guerra ficaram obsoletos, essa é que a verdade. O submarino tornou-se o rei dos mares, não há contramedida eficaz.
A Força de Superfície da MB pode ser afundada por apenas um submarino nuclear.

Ao passo que os submarinos brasileiros da classe IKL209 — Tupi (S-30), Tamoio (S-31), Timbira (S-32), o Tapajó (S-33) e o Tikuna (S-34) — se operacionais, podem sobreviver muito mais tempo em caso de guerra e ainda negar o mar a um inimigo mais poderoso. Não podemos esquecer que o submarino é a única arma stealth verdadeira.

O Brasil montou uma fábrica de submarinos, agora é preciso ter dinheiro para mantê-la lançando submarinos continuamente.

O Brasil precisava para resolver o problema da Defesa definir em Lei pelo menos 2% do PIB para a Defesa Nacional e proibir contingenciamentos nessa pasta. O Ministério da Defesa precisa de 22 bilhões de reais ao ano para atender ao custeio. Atualmente, está está sobrevivendo com 13 bilhões de reais. Com esse dinheiro é impossível tocar as Forças dado o tamanho contingencial e do desafio que é o Brasil.

Vocês sabem qual foi o almirante que decidiu que a MB tinha que ter um submarino de propulsão nuclear e qual a razão?
O ministro da Marinha entre 1974 e 1979, Geraldo Azevedo Henning, fez uma viagem da Bahia para o Rio de Janeiro a bordo de um submarino nuclear americano e ficou entusiasmado com a velocidade (muitos submarinos nucleares podem ultrapassar 30 nós em imersão). No final daquela década, Henning enviou aos EUA um oficial engenheiro naval para realização de um curso de engenharia nuclear no Massachussetts Institute of Technology (MIT).

Com o retorno do oficial formado ao Brasil, foi feito um relatório que mostrava a possibilidade de um projeto que daria ao País o domínio completo do ciclo de combustível nuclear e, ao mesmo tempo, capacitaria a Marinha a construir um reator para o seu futuro submarino com propulsão nuclear.

O submarino convencional é bom, mas tem duas limitações: velocidade e indiscrição ao precisar esnorquear, então ele é mais vulnerável e menos eficaz. O submarino nuclear não tem essas limitações, ao invés de esperar que os navios inimigos passem por ele, o nuclear tem a iniciativa das ações e pode caçar os inimigos (caçador-matador) e atacar quando e onde quiser. É a arma definitiva.

E se alguém atacar o submarino nuclear, ele pode fugir em alta velocidade e fazer o torpedo inimigo ficar sem combustível. Não dá pra acertá-lo.

No mais Só existem dois tipos de navios: os submarinos e os alvos.

Em relação a lamentável situação da Armada brasileira, fora os desmandos políticos, o que matou a MB de vez foi o corte dos Royalties do Petróleo, foi a pá de cal.
 

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Johnnie

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Re: Marinha do Brasil
« Responder #443 em: Março 30, 2015, 03:48:52 pm »
Vitor antes demais bem vindo!!!!

Sou 100 % português, mas tendo familia dos dois lados do Atlantico e conhecendo relativamente bem a realidade do teu país, local onde vou regularmente, sinto-me assim á vontade para comentar o conteudo dos teus posts...Penso que ou estás a querer tapar o sol com uma peneira ou então recusas-te simplesmente a ver a realidade...

Essa conversa do Brasil potência e blablabla é muito bonita mas não passa disso mesmo, conversa para consumo interno...Porque a realidade é outra infelizmente...Esse país só existe na mente de uns quantos iludidos

Nem a economia vai bem, longe disso...Vê os ultimos dados da inflação, consumo, desemprego, taxas de juro, PIB, Cambio, etc.. etc...  Nem sequer vou falar de educação, saude, segurança, assimetrias regionais etc...

Quanto ás FA brasileiras  que é o que nos interessa infelizmente estas só existem no papel, a sua operacionalidade actual é praticamente nula...Há que assumir isto mesmo sem pudores se queremos caminhar para uma solução...

P.S. Não fiques aborrecido com o comentário  :mrgreen:
«When everything is coming your way... You are in the wrong lane!!!!"
 

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mafets

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Re: Marinha do Brasil
« Responder #444 em: Março 30, 2015, 03:56:22 pm »
Desculpe Victor mas está enganado em relação aos Submarinos Convencionais, quer os Scórpene que o Brasil vai construir (sem AIP) como do tipo 209PN Português com AIP: http://en.wikipedia.org/wiki/Tridente-class_submarine
Citar
The Tridente class submarine is wrongly classed in the "diesel-electric" class. Its propulsion is exclusively electric, with electric motors powered by batteries. These batteries may be charged while submerged by "fuel-cells" (inverse electrolysis) for which, this submarine carries a huge supply of liquid oxygen and hydrogen. Also, and solely as a 2nd solution for recharging the batteries, this submarine carries 2 powerful diesel electric generators (1.000 KVA) for use only when surfaced, or at "snorkel" depth .

Submerged, from Lisbon, this submarine may reach the Cape of Good Hope and return, in 15 days.
Portanto com o AIP o submarino convencional não precisa de ir profundidade de periscópio usar o Snorkel para recarregar as baterias e renovar o ar. É precisamente o que falta quer aos submarinos brasileiros convencionais actuais, mas também aos que vão ser construídos (não se fie na continua construção após a 5ª unidade já que o Brasil para o anterior tipo de submergíveis também montou a estrutura para construir nacionalmente os últimos da actual classe em serviço e  agora jogou tudo fora ao ir preferir os submarinos franceses e a empresa DCNS). http://www.naval.com.br/blog/2014/06/04/brasil-avanca-na-construcao-de-submarinos/
Citar
Submarinos convencionais possuem restrições como o motor diesel-elétrico, que os obriga a ir à superfície a cada 12h ou 24h para carregar as baterias e mudar o ar respirado na cabine.

Por ultimo a questão do Submarino nuclear:

É mais rápido que um submarino convencional, pode navegar mais tempo mas faz mais barulho, os misseis anti-navio e os torpedos também se esgotam e é mais facilmente detectável. Não falando nos custos de aquisição e operação, qualquer escolta acaba por ser mais rápido que mesmo um submarino Nuclear.  E sendo apenas um, seria (será) obviamente um alvo primordial.  http://pt.wikipedia.org/wiki/NRP_Vasco_da_Gama_%28F330%29
Citar
Velocidade   20 nós (Diesel); 32 nós (Gás)

Veja também a velocidade e alcance dos torpedos: http://en.wikipedia.org/wiki/Mark_48_torpedo
Citar
Effective firing range 23 miles,38 km at 55 kn (102 km/h) or 50 km at 40 kn (74 km/h)
Portanto submarino Nuclear é bom existindo em quantidade significativa, quer para submergiveis de ataque mas sobretudo levando misseis de cruzeiro ou misseis balísticos intercontinentais. E novamente, o submarino brasileiro não levará nada disto e será apenas um. Ou seja, uma frota de submarinos convencional com AIP, levando as mesmas armas e mesmo com a limitação de ter menos alcance e ser menos rápido, na prática leva o mesmo armamento que o submarino nuclear brasileiro, é mais silencioso, mas barato de operar e racionaliza recursos já que é toda igual, seja o suporte técnico, componentes e a própria logística.


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« Última modificação: Março 30, 2015, 04:31:32 pm por mafets »
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Re: Marinha do Brasil
« Responder #445 em: Março 30, 2015, 04:25:44 pm »
Relativamente ao porta-aviões diria ainda mais, mesmo que a marinha brasileira tivesse bons escoltas, bons caças (em grande número), bons submarinos e a situação economica o permitisse, eu continuaria a achar um porta-aviões desnecessário se objectivo for apenas defender os seus recursos naturais e estabelecer-se como a potência regional.  

Uma força aérea com muitos caças modernos, e com alcançe suficiente, conseguiria alcançar qualquer parte da america latina a partir de solo brasileiro sem qualquer necessidade de um porta-aviões. Conseguiria proteger toda a ZEE, aliás, com não mais de dois reabastecimentos aéreos o Rafale conseguiria, a partir da ilha de Fernando de Noronha, actuar na Guiné-Bissau se assim o desejassem (com o Gripen já acho mais complicado).

O porta-aviões só seria necessário se o Brasil deseja-se fazer projecção de força noutro continente que não a america do sul. Muito sinceramente não vejo isso acontecer a curto ou médio prazo (talvez nem a longo prazo).  

O melhor para as forças armadas brasileira era mesmo desistir do porta-aviões e investir numa força aérea poderosa com qualquer coisa como 150 ou 200 caças e 30 ou 40 aviões de patrulha maritima de longo alcançe tipo P-3, quem sabe o P-8 Poseidon ou mesmo uma aeronave desenvolvida no brasil. Uma força aérea assim faria a vez de 3 ou 4 porta-aviões.
 

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mafets

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Re: Marinha do Brasil
« Responder #446 em: Março 30, 2015, 04:41:32 pm »
Citação de: "Edu"
Uma força aérea com muitos caças modernos, e com alcançe suficiente, conseguiria alcançar qualquer parte da america latina a partir de solo brasileiro sem qualquer necessidade de um porta-aviões. Conseguiria proteger toda a ZEE, aliás, com não mais de dois reabastecimentos aéreos o Rafale conseguiria, a partir da ilha de Fernando de Noronha, actuar na Guiné-Bissau se assim o desejassem (com o Gripen já acho mais complicado).
No caso do Gripen dependerá mais da colocação do caça em termos de bases aéreas e do número de aviões tanque a operarem com o mesmo. Se fosse um F-18 ou um Rafale como o alcance é maior dependeria menos dessas variáveis. Agora é preciso é assegura-las para minimizar o facto do alcance e tamanho do caça ser menor (e resta saber como se desenvolverá o NG, que não passa de um demonstrador de tecnologia Biplace :roll: ).



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Re: Marinha do Brasil
« Responder #447 em: Março 30, 2015, 05:07:14 pm »
Citação de: "Vitor Santos"
O futuro da guerra naval é o submarino, lembremos das Malvinas/Falklands. Penso que o investimento vale sim, cada centavo, no Prosub (Scorpenes e SN-BR), desde que tenha continuidade para se lançar ao mar um submarino a cada dois anos, até atingirmos 15 submarinos.

O submarino é sem duvida o maior dissuasor naval, é a arma que só é detectada quando está debaixo do nosso nariz, e isto é quando calha ser detectado... Vale sempre a pena, seja convencional ou nuclear, tal como vale a pena investir num caça, numa fragata e por aí em diante, não é necessário ser construído no Brasil para valer a pena... Mias uma vez, já se fala em 15 submarinos, quando nem os 5 actuais estão operacionais (1 em 5 segundo se diz, correcto?), depois 15 submarinos com um fabricado a cada dois anos? Entao demoram 30 anos a completar uma classe? Quando o ultimo for construído, já os primeiros estarão as dar as ultimas e a classe algo obsoleta...

Citação de: "Vitor Santos"
E se alguém atacar o submarino nuclear, ele pode fugir em alta velocidade e fazer o torpedo inimigo ficar sem combustível. Não dá pra acertá-lo.

A "alta velocidade" não é assim tao alta... para além disso, num combate entre submarinos, o objectivo é mover-se o mais "suavemente" possível para não ser detectado... ou seja, sem acelerações bruscas, nem mudanças de direcção nem de profundidade repentinas, pois provavelmente facilitará a sua detecção. Fora isso, o submarino nuclear, no fim de contas, não anda mais depressa que o torpedo, tal como um caça não voa mais rápido que o míssil antiaéreo que o persegue, para alem de que o submarino nuclear, de maiores dimensões, não terá tanta capacidade de mudar de direcção rapidamente.

Citação de: "Vitor Santos"
No mais Só existem dois tipos de navios: os submarinos e os alvos.

Claro, até porque o submarino tem capacidade de proteger a frota de superfície de aeronaves... Para a guerra de superfície e sub-superfície, é o melhor, para o resto, nem por isso... se assim fosse, todas as marinhas do mundo davam prioridade a submarinos e não a navios de superfície...

Edu, para a MB se calhar bastava um porta-helicópteros, estilo marinha japonesa... algo que tivesse capacidade de projecção de forças (se calhar até mais que o próprio porta-aviões), e que ao mesmo tempo fosse mais barato, de adquirir e manter, com mais operacionalidade comparativamente ao São Paulo, e se futuramente quisessem implementar caças embarcados, podiam escolher algo do género do Juan Carlos espanhol. Essa de manter a doutrina dum super porta-aviões com aviões convencionais (sem rampa mas sim com catapultas) já não faz sentido... pois os anos que estão à espera do São Paulo, essa doutrina já não existe! Há quanto tempo não aterra nem descola de lá um caça? Há quanto tempo a marinha não opera o navio no seu total potencial? (Se é que alguma vez o operou, depois do Minas Gerais) A verdade parece-me que seja esta, a doutrina, ao fim destes anos todos, já não existe! Ora tiveram o porta-aviões sem aviões, e agora têm os aviões (ou alguns com modernização concluída penso eu) e não têm porta-aviões!
De resto, concordo com o que se tem dito, comecem por baixo, depois disso sim pensem em projectos da envergadura que é o porta-aviões e pensem se existe capacidade de o manter sem ter de sacrificar a operacionalidade do resto da marinha.
 

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NVF

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Re: Marinha do Brasil
« Responder #448 em: Março 30, 2015, 05:47:13 pm »
mafets -- concordo com quase tudo, mas permite-me só fazer uns reparos. O AIP é sem dúvida uma vantagem tremenda em submarinos convencionais; com uma autonomia de até 14 dias coloca-os quase ao nível de submarino nuclear, no entanto, a vantagem da velocidade continua do lado destes últimos. Quer os SSN americanos quer os ingleses ultrapassam facilmente as 30 nós (ao nível, ou superior, à maioria das escoltas modernas). Obviamente, que a essas velocidades o ruído é mais elevado, se bem que algumas fontes dizem que ainda assim são extremamente silenciosos.

Ainda quanto ao AIP, parece que tem os dias contados -- ao que parece, quer os japoneses quer os australianos estão a considerar equipar os seus novos submarinos convencionais com baterias de iões de lítio (como as dos nossos telefones), que oferecem autonomia semelhante ao AIP mas sendo mais económico de adquirir e operar. Dito isto, não se compreende como a MB decidiu prescindir de AIP, mas quer à viva força manter o SP.

Quanto à ambição da MB em possuir SSN, concordo mas acho que deviam tomar uma abordagem mais prudente como fizeram os indianos, por exemplo. Ainda que a Índia não seja propriamente um grande exemplo em termos de aquisições militares, a sua marinha distingue-se pela positiva no que concerne a planeamento de longo prazo. Um bom exemplo disso foi o leasing de um Akula, para permitir ganhar experiência e criar escola em termos de operação de SSN antes de iniciarem a construção dos seus próprios SSN.
« Última modificação: Março 30, 2015, 11:44:39 pm por NVF »
Talent de ne rien faire
 

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Vitor Santos

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Re: Marinha do Brasil
« Responder #449 em: Março 30, 2015, 07:18:42 pm »
Citação de: "Johnnie"
Vitor antes demais bem vindo!!!!

Sou 100 % português, mas tendo familia dos dois lados do Atlantico e conhecendo relativamente bem a realidade do teu país, local onde vou regularmente, sinto-me assim á vontade para comentar o conteudo dos teus posts...Penso que ou estás a querer tapar o sol com uma peneira ou então recusas-te simplesmente a ver a realidade...

Essa conversa do Brasil potência e blablabla é muito bonita mas não passa disso mesmo, conversa para consumo interno...Porque a realidade é outra infelizmente...Esse país só existe na mente de uns quantos iludidos

Nem a economia vai bem, longe disso...Vê os ultimos dados da inflação, consumo, desemprego, taxas de juro, PIB, Cambio, etc.. etc...  Nem sequer vou falar de educação, saude, segurança, assimetrias regionais etc...

Quanto ás FA brasileiras  que é o que nos interessa infelizmente estas só existem no papel, a sua operacionalidade actual é praticamente nula...Há que assumir isto mesmo sem pudores se queremos caminhar para uma solução...

P.S. Não fiques aborrecido com o comentário  :wink: ??

O Brasil subiu duas posições e terminou 2014 como quinto maior destino de investimentos estrangeiros diretos no mundo, superando todos os países europeus. Os dados são da ONU. Contudo, há um alerta que em 2015 pode existir uma queda importante de investimentos nos emergentes, principalmente aqueles que dependem de commodities e onde o crescimento do PIB sofreu um forte freio, como no Brasil. Mas, em linhas gerais, o volume total de investimentos enviados ao Brasil foi de 62 bilhões de dólares em 2014. Este fato não remete que o Brasil esteja em terrível situação econômica.

Portanto este seu cenário de crise não existe desta forma apocalíptica. O Brasil não está como a Argentina. Lá  sim está uma verdadeira "draga".

Sobre a educação, saúde, segurança e assimetrias regionais do Brasil nunca disse que aqui vivemos em padrões suíços ou suecos.

Falar que a operacionalidade das FFAA brasileiras é praticamente nula é uma hipérbole peremptória. Não é bem assim.  

Sobre este questionamento de "Brasil potência" vindo de vocês, dá impressão de um saudosismo "quinhentista". Mas olhando de maneira geral, em especial a situação de vocês de hoje, é compreensível. :G-beer2:  :G-beer2: