Apetece-me gritar bem alto, FO...

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zawevo

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Re: Apetece-me gritar bem alto, FO...
« Responder #1230 em: Janeiro 14, 2013, 07:23:34 pm »
"Retirado" da net

"Circula um abaixo assinado onde é pedido para ser poupada a vida a um cão que matou uma criança de tenra idade.
 http://www.publico.pt/sociedade/noticia ... ja-1580190
 No entanto não vi e não li uma palavra de horror pelo que aquela mãe passou ao carregar o filho muito ferido, se calhar bastante mutilado, para o hospital, nem vi e não li uma palavra de solidariedade para aquela mãe, quando no hospital, assistia à lenta agonia e morte do filho bébé, nem vi e não li uma palavra de pesar quando aquela mãe pegou no filho morto nos braços para lhe dar um último beijo antes de ser depositado na urna. O que vi e li foi que dezenas de milhares de pessoas se estão nas tintas para o sofrimento das vítimas (filho e mãe) importando-se tão só em defender a vida de uma animal com um historial de agressividade e violencia que terminou na morte de uma criança.
Essas pessoas que assinaram a petição terão parado um minuto para pensar nas consequências do seu pedido? Será que terão pensado que uma mãe que perdeu o filho às mandibulas de um animal vai querer que esse cão volte para sua casa para o seu convivio, como se nada tivesse passado? Será que haverá algum pai responsável que irá adoptar um animal com tão sinistro historial? Se a vida desse cão for poupada o que acontederá é que ele irá apodrecer numa jaula dum canil em condições deploráveis havendo sempre o risco de um dia mais tarde voltar a atacar alguém que não tenha conhecimento do historial desse cão. Mas isso é um pormenor sem importância que esses peticionários.

Um artigo de opinião sensato de Daniel Oliveira: O cão que matou a criança e as comparações grotescas em
 http://expresso.sapo.pt/o-cao-que-matou ... z2HgtH44Ew"

Cumprimentos,

z
 

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Camuflage

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Re: Apetece-me gritar bem alto, FO...
« Responder #1231 em: Janeiro 14, 2013, 09:08:01 pm »
Mãe comete infanticídio - pena? Prisão ou noutros casos é dada como inimputável.
Cão - um animal acima de tudo, com capacidades mentais limitantes e cujo comportamento em situação normal, depende exclusivamente da educação e dedicação que o dono lhe dá. Mata ou fere alguém = pena capital.
Dono do cão que mata ou fere - coitado, um azarado, pequena pena ou admoestação. Pode arranjar outro cão a qualquer altura sem que encontre qualquer barreira e repetir o mesmo feito.
Parece-me que há uma grande desproporcionalidade na pena aplicada pela sociedade, que só vê a pena capital como forma de se vingar de um animal, cujo o seu controlo está debaixo da responsabilidade de um dono que não irá sofrer uma pena similar, nem de perto nem de longe.
 

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Cabecinhas

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Re: Apetece-me gritar bem alto, FO...
« Responder #1232 em: Janeiro 14, 2013, 11:37:00 pm »
Camuflage estou contigo!

Citação de: "Camuflage"
Mãe comete infanticídio - pena? Prisão ou noutros casos é dada como inimputável.
Cão - um animal acima de tudo, com capacidades mentais limitantes e cujo comportamento em situação normal, depende exclusivamente da educação e dedicação que o dono lhe dá. Mata ou fere alguém = pena capital.
Dono do cão que mata ou fere - coitado, um azarado, pequena pena ou admoestação. Pode arranjar outro cão a qualquer altura sem que encontre qualquer barreira e repetir o mesmo feito.
Parece-me que há uma grande desproporcionalidade na pena aplicada pela sociedade, que só vê a pena capital como forma de se vingar de um animal, cujo o seu controlo está debaixo da responsabilidade de um dono que não irá sofrer uma pena similar, nem de perto nem de longe.

Ao mesmo tempo penso nisto:

Citar
Essas pessoas que assinaram a petição terão parado um minuto para pensar nas consequências do seu pedido? Será que terão pensado que uma mãe que perdeu o filho às mandibulas de um animal vai querer que esse cão volte para sua casa para o seu convivio, como se nada tivesse passado? Será que haverá algum pai responsável que irá adoptar um animal com tão sinistro historial? Se a vida desse cão for poupada o que acontederá é que ele irá apodrecer numa jaula dum canil em condições deploráveis havendo sempre o risco de um dia mais tarde voltar a atacar alguém que não tenha conhecimento do historial desse cão. Mas isso é um pormenor sem importância que esses peticionários.

Elá! Cuidado com ele... discordo totalmente, vamos dizer que um assassino em série sem razões aparentes tem mais direito à vida que um animal de estimação, que tudo o que precisa é de ser treinado e educado?
Citar
a vida do humano mais asqueroso vale mais do que a vida do animal doméstico de que mais gostamos

Agora só meter nojo... para mim vale mais a vida do "Zico" que do "pinócrates", sóares", "almeidacasantos" entre outros...
Um galego é um português que se rendeu ou será que um português é um galego que não se rendeu?
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FoxTroop

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Re: Apetece-me gritar bem alto, FO...
« Responder #1233 em: Janeiro 14, 2013, 11:53:02 pm »
A imbecilidade sobre este caso é anormal e vai ao encontro daquilo que eu penso sobre a ovelhada em que se tornou o Povo Português. Apenas sinto um enorme asco e, ainda esta semana que passou, tive de apelar a todas as minhas forças e espírito para não esmurrar um anormal que, no refeitório da empresa, tornava as culpas do sucedido à criança porque "tinha pisado e caído sobre o cão" e que o "pobre animal apenas se tinha tentado defender"  :evil:  :evil: Até me revolve o estômago a lembrar-me e a escrever a anormalidade do imbecil.

Sobre animais eu tenho uma regra muito simples; não passam da soleira da porta para dentro e ponto. Nem um simples canário que seja, dentro de casa é para humanos e nem sequer há discussão.

Quanto a ti, Camuflage, qual é o teu propósito?
 

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Edu

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Re: Apetece-me gritar bem alto, FO...
« Responder #1234 em: Janeiro 15, 2013, 12:23:28 am »
Para mim, e apesar de respeitar os animais (tenho um cão e trato-o o melhor que posso), a vida humana tem mais valor que a vida de um animal. Mas se calhar o problema é meu.
 

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Cabeça de Martelo

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Re: Apetece-me gritar bem alto, FO...
« Responder #1235 em: Janeiro 15, 2013, 10:47:39 am »
Fox, eu sempre vivi rodeado de animais, o meu avô como caçador tinha inúmeras cadelas (ele não gostava de ter cães) e hoje em dia tenho pena de não ter um animal para a minha filha poder interagir com os bichos. Não tenho e recuso-me a ter por uma questão muito simples, sou apologista que animal não entra em casa, que os bichos são bichos mas não deixam de ter direito a "esticar as pernas", de ter companhia todo o dia (outros animais) e de ser bem tratado e cuidado. Eu num T2 no meio de uma vila não posso dar isso a um bicho, por isso não tenho qualquer tipo de animais de estimação.

Em relação ao cão a minha ideia é muito simples, se mordeu e matou um membro da família, não tem lugar em casa, se não tem lugar em casa tem que ir para outro sítio. Quem é que dessas pessoas que assinaram a petição receberia o dito animal em casa?

Eu não!!!

Falar é fácil e a moda de ser "verde" pegou em força, mas ser "verde" não significa ser parvo e não ver um boi à frente dos olhos. :roll:
Contra a Esquerda woke e a Direita populista marchar, marchar!...

 

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Re: Apetece-me gritar bem alto, FO...
« Responder #1236 em: Janeiro 15, 2013, 11:31:42 am »
Há lá muitas a dizer que aceitavam, mas entre o dizer e o fazer...

É que depois de o lá ter em casa e olhar para o animal sabendo que matou um bebé, ou ter que andar sempre a resguardar as crianças do cão porque nunca se sabe se voltará a fazer o mesmo... falar é facil, é mesmo muito facil.
 

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Re: Apetece-me gritar bem alto, FO...
« Responder #1237 em: Janeiro 15, 2013, 11:53:37 am »
Luís Bento, economista e especialista em Recursos Humanos, acredita que a diferença face à Roménia, que é de 5 a 6% desapareça até ao verão

"Vamos ter o salário mais baixo da UE ainda durante este ano"

O Dinheiro Vivo pediu a Luís Bento, especialista em Recursos Humanos, que comentasse os dados do INE sobre o aumento do número de portugueses a ganhar menos de 310 euros.

Os portugueses ganham cada vez menos. Até quando?
Vai acentuar-se em 2013. Faz parte da matriz ideológica do programa da troika promover uma diminuição forçada dos custos do trabalho, tentando melhorar a competitividade externa das empresas à custa dos salários. O custo da mão de obra em Portugal já se aproxima muito do da Roménia e no fim do 1º semestre já teremos os salários mais baixos da UE.

Porquê no fim do primeiro semestre?
O custo salarial é 5% a 6% superior ao da Roménia. Com o aumento de impostos e a implementação das medidas do OE, de certeza que antes do fim do primeiro semestre já teremos reduzido mais de 5% o custo do trabalho.

Falou em OE. A crise torna difícil cumprir as metas...
Por isso vamos ter nova escalada no empobrecimento e nova recessão, ainda mais funda, quando, em abril, se fizer a avaliação da taxa de execução do 1.º trimestre. Muito se vai jogar então. Espero que a própria UE, vendo o que se passa em França, Itália e Espanha, tome medidas para diminuir progressivamente o esforço do ajustamento. Em Portugal, acredito que o incumprimento das metas da troika vá gerar uma crise política e nos obrigue a decidir se continuamos nesta espiral recessiva ou se voltamos ao caminho de membro pleno da UE.

Redução do custo do trabalho é "matriz ideológica" do programa da troika, diz o economista


in Dinheiro Vivo
"[Os portugueses são]um povo tão dócil e tão bem amestrado que até merecia estar no Jardim Zoológico"
-Dom Januário Torgal Ferreira, Bispo das Forças Armadas
 

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Cabeça de Martelo

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Re: Apetece-me gritar bem alto, FO...
« Responder #1238 em: Janeiro 15, 2013, 05:36:17 pm »
Contra a Esquerda woke e a Direita populista marchar, marchar!...

 

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Re: Apetece-me gritar bem alto, FO...
« Responder #1239 em: Janeiro 16, 2013, 11:42:27 am »
Ministro
Motoristas de Crato ganham mais que professores

O ministério liderado por Nuno Crato tem ao seu serviço um total de 13 motoristas, 12 deles com um salário-base mensal de 1.850 euros, noticia esta segunda-feira o Diário de Notícias.


07:33 - 14 de Janeiro de 2013 | Por Notícias Ao Minuto



O Ministério da Educação e Ciência tem um total de 13 motoristas, entre o gabinete do ministro Nuno Crato e três secretarias de Estado, escreve hoje o Diário de Notícias (DN), que acrescenta que todos os motoristas com excepção de um têm um vencimento-base mensal de 1.848,53 euros.
PUB

De acordo com o jornal, também sete secretárias pessoais têm salários-base acima dos 1.800 euros, e outros dez funcionários de apoio técnico administrativo ganham mais de 1.500 euros brutos, de acordo com os valores que constam das listas de nomeações publicadas no Portal do Governo.

O Ministério da Educação assegura, contudo, que desde que Nuno Crato assumiu funções já cortou as despesas de funcionamento do seu ministério para menos de um terço dos valores registados nos anteriores ministérios da Educação e da Ciência e do Ensino Superior que foram, entretanto, unificados na mesma pasta.

O DN alerta ainda que a maioria dos motoristas e secretárias pessoais dos gabinetes do ministério ganham melhor que todos os 15 a 20 mil professores contratados a termo, que auferem um salário de 1.373,13 euros brutos, e também mais que os professores do quadro até ao terceiro escalão.

 
http://www.noticiasaominuto.com/economi ... PaRIvKH_To
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Re: Apetece-me gritar bem alto, FO...
« Responder #1240 em: Janeiro 16, 2013, 02:58:47 pm »
Citação de: "FoxTroop"
A imbecilidade sobre este caso é anormal e vai ao encontro daquilo que eu penso sobre a ovelhada em que se tornou o Povo Português. Apenas sinto um enorme asco e, ainda esta semana que passou, tive de apelar a todas as minhas forças e espírito para não esmurrar um anormal que, no refeitório da empresa, tornava as culpas do sucedido à criança porque "tinha pisado e caído sobre o cão" e que o "pobre animal apenas se tinha tentado defender"  :evil:  :N-icon-Axe:  :roll:
 

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Re: Apetece-me gritar bem alto, FO...
« Responder #1241 em: Janeiro 16, 2013, 09:23:51 pm »
Citação de: "FoxTroop"
Quanto a ti, Camuflage, qual é o teu propósito?

Não entendi a questão colocada.
 

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Re: Apetece-me gritar bem alto, FO...
« Responder #1242 em: Janeiro 17, 2013, 09:24:36 am »
Índice de desemprego da Zona do Euro atingiu novo recorde em novembro passado
  2013-01-17 11:18:21  cri

Segundo os dados divulgados ontem (16) pela Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE), o índice geral de desemprego dos países que compõem esta entidade alcançou os 8%, em novembro de 2012, mantendo o mesmo nível com o mês anterior. Enquanto o índice de desemprego da Zona do Euro bateu novo recorde.

Até novembro do ano passado, foram registrados 48,2 milhões de desempregados, 13,5 milhões a mais que o nível de julho de 2008.

O índice geral de desemprego da Zona do Euro registrou um aumento constante desde junho de 2011. O novo recorde de desemprego foi criado em novembro passado, chegando a 11,8%. Este índice é 4,5 pontos percentuais, maior que o nível de março de 2008.

Os países que registraram maior índice de desemprego em novembro passado foram Espanha, Grécia, Portugal, Irlanda, e Eslováquia. Enquanto o índice registrado pelo Japão, Coreia do Sul, Austrália, Áustria, Alemanha, Luxemburgo e Islândia é inferior a 5,5%.

Tradução: Li Jinchuan

Revisão: João Pimenta

http://portuguese.cri.cn/561/2013/01/17/1s161148.htm
"[Os portugueses são]um povo tão dócil e tão bem amestrado que até merecia estar no Jardim Zoológico"
-Dom Januário Torgal Ferreira, Bispo das Forças Armadas
 

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Re: Apetece-me gritar bem alto, FO...
« Responder #1243 em: Janeiro 18, 2013, 10:16:54 am »
"justiça" á portuguesa ... :lol:  :roll:
"[Os portugueses são]um povo tão dócil e tão bem amestrado que até merecia estar no Jardim Zoológico"
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Re: Apetece-me gritar bem alto, FO...
« Responder #1244 em: Janeiro 20, 2013, 06:53:18 pm »
Citar
As armas do Governo para emagrecer a Função Pública

Denise Fernandes

Rescisões, flexibilidade de horáros são algumas das possibilidades.
Com a entrada em vigor, em Janeiro, da nova legislação laboral da Função Pública, os serviços e organismos do Estado ganharam novos instrumentos para reduzir a despesa com pessoal. Entre eles, a possibilidade de rescisões amigáveis, a mobilidade especial e a adaptabilidade de horários de trabalho.

1. Rescisões amigáveis
A nova lei permite rescisões por mútuo acordo entre o empregador e o trabalhador, em que a indemnização a pagar corresponde, no máximo, a 20 dias de remuneração base por cada ano completo de antiguidade. A compensação não pode ultrapassar 100 salários mínimos (48.500 euros) nem pode ser superior ao montante dos salários a auferir pelo trabalhador até à idade legal de reforma. A entidade pública terá de demonstrar a existência de disponibilidade orçamental para avançar com as rescisões.

2. Rescisões sectoriais
O Ministério das Finanças pode determinar, em conjunto com os vários ministérios, programas sectoriais de rescisões amigáveis. Neste caso, caberá aos membros do Governo definir critérios e condições específicas a aplicar e não há limites sobre o número de trabalhadores a abranger.

3. Despedimentos
Praticamente não há despedimentos na administração pública. Mas a actual lei prevê essa possibilidade para alguns casos. Os nomeados (funções nucleares, como magistrados, investigação, inspecção, segurança pública) basicamente não podem ser despedidos. Apenas está previsto no Estatuto Disciplinar que duas avaliações negativas podem ditar pena disciplinar de expulsão. O mesmo regime é aplicável aos trabalhadores com contrato em funções públicas que antes de 2009 tinham vínculo de nomeação, ou seja, a grande maioria dos funcionários públicos. Já os contratos individuais de trabalho regem-se pelas mesmas regras do sector privado (Código do Trabalho): podem ser afectados por despedimento por inadaptação, por extinção de posto de trabalho ou pelo despedimento colectivo.

4. Mobilidade especial
Em caso de extinção, fusão e reestruturação de organismos bem como em caso de racionalização de efectivos, os trabalhadores considerados "a mais" podem ser colocados em mobilidade especial (quadro de excedentários). Nos primeiros dois meses de inactividade, o funcionário tem direito ao salário por inteiro. Nos dez meses seguintes, o trabalhador recebe dois terços da remuneração base e após este período, o salário é cortado para metade. O ministro das Finanças já sinalizou a intenção de reduzir estes valores.

5. Horários de trabalho
A nova lei permite flexibilizar e adaptar horários de trabalho. A adaptabilidade (individual e grupal) bem como o banco de horas podem ser usados para reduzir o pagamento das horas extraordinárias. Já o trabalho a tempo parcial pode passar a tempo completo (ou vice-versa), mediante acordo com o trabalhador, podendo haver reduções remuneratórias por esta via.

6. Revisão de carreiras
O Governo pretende avançar com a revisão das carreiras especiais que ainda não foram alvo de alterações. Daqui poderá resultar a integração de algumas carreiras no regime geral, com menos regalias.

7. Reformas antecipadas
O Governo manteve a possibilidade de reformas antecipadas no Estado, ao contrário do que aconteceu na Segurança Social. Tendo em conta que as reformas antecipadas sofrem penalizações face à idade exigida, poderá aqui haver poupanças com os encargos.

Trabalho originalmente publicado na edição impressa do Diário Económico de 15 de Janeiro.

http://economico.sapo.pt/noticias/as-ar ... 60300.html