Apetece-me gritar bem alto, FO...

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Luso

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Re: Apetece-me gritar bem alto, FO...
« Responder #1155 em: Novembro 16, 2012, 06:09:39 pm »
Citação de: "P44"
Luso, isso não é verdade, o Paulo Portas estava lá na comissão do OE, ou coisa parecida, deu na TV ao mm tempo que decorria a manifestação...


Corrijo.
Mas o Portas merece uma manifestção com pancadaria?
Diria mais uma luta de almofadas e pijama... com alcatrão.

Era com o plenário reunido de um lado e gente de todo o povo do outro.

Atenção aos sindicatos que é gente duvidosa, sobretudo os do topo. Não é para os sndicalizados que eles trabalham.
Ai de ti Lusitânia, que dominarás em todas as nações...
 

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Luso

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Re: Apetece-me gritar bem alto, FO...
« Responder #1156 em: Novembro 16, 2012, 08:17:04 pm »
http://comunidade.sol.pt/blogs/arrebenta/default.aspx

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Hoje, vinha escrever sobre a mulher mais poderosa do Mundo, mas a súbita degradação do clima social português obriga-me a voltar à teoria dos sistemas.

Num patamar eidético, todas as imagens televisivas, com as infindáveis montagens permitidas pelas televisões e outros órgãos de intoxicação social, são sulfurosamente mais poderosas do que o enunciar dos discursos. Algures, num desses canais de paralelização da Realidade, na forma de metadiscurso ideológico, passaram, ontem, imagens de violentas cargas policiais, entremeadas de um Cavaco, senil, e idêntico à imutável caricatura de si mesmo, que cultivou, desde os idos de 80.

No imediato, e no subliminar, a mão organizadora do instrumento visual estava a fazer um apelo à indignação, nas formas extremadas da sublevação.

Há um axioma da Sociologia que diz que, quanto menos forem sofisticadas as sociedades menos terá de ser sofisticado o encriptamento subliminar, e isto é um enunciado trivial, tão trivial que, para espectadores posicionados em patamares infinitamente afastados da base, como é o meu caso e o dos meus leitores, o caráter sistematicamente pouco elaborado dos processos de instigação torna-se inquietante, porque revela que o público alvo, decididamente, deixámos de ser nós, e a "target", neste momento, desceu aos tristes limiares da claque de Futebol-very-lights, dos apreciadores literais da "Casa dos Segredos" e dos tristes rastejantes de Fátima.

Num isomorfismo da Lei de Jakobson, e passe-se a controvérsia que, nos seus fundamentos, a abala, por excessiva simetria, há uma hierarquia do progressivo grau de intoxicação dos enunciados miméticos da Realidade que é inversamente proporcional ao nível crítico dos seus intervenientes.

Posto isto por palavras simples, há que perguntar aos atores dos crescentes combates de rua se têm consciência do que ali estão a fazer, em benefício de quem agem, e qual a real consequência dos seus comportamentos.

Num espaço teórico, comportamental, com N graus de liberdade, o que aproximaria a nossa análise da Utopia, mas simultaneamente lhe confere uma enorme franja de crítica, a quem queira desconstruir este texto, e num espaço de monitorização, com um número propositadamente mais restrito de níveis de variância, que poderei enunciar, para ajudar a acompanhar o raciocínio, o sucessivo crispar dos esgares do Saloio de Boliqueime, o precoce envelhecimento de Passos Coelho, ou o número de vezes que a palavra "filho da P***" é enunciada, por aposição ao nome de qualquer político, nesse espaço teórico de liberdade, como noutro texto referi, há uma aposta no tratamento topológico daquilo que designarei por hipersuperfície do descontentamento social dos Portugueses.

Por razões cartesianas, e aprioris kantianos, esse desenvolver topológico, que está a ser ensaiado através de gradientes ocultos -- para os incautos -- só nos é sensível e visualmente inteligível em cortes de dimensão máxima 3, ou seja, em eventos cuja tridimensionalidade nos seja acessível, embora comporte uma brutal elisão das restantes variáveis em jogo. Na verdade, o aumento de tensões, em níveis muito acima desses 3 graus, está a gerar aquilo que os comentadores de sola de sapato, como o Mister Marques "Magoo" Mendes, o perpétuo indignado Medina Carreira, que, por lapso, por fim -- descaiu-se!... -- se percebeu que papel estava, desde sempre, a desempenhar ali, o de arauto do colapso do Estado Social, uma criação dos governos liberais, para evitar o predomínio das correntes extremistas de teor marxista, como o recentemente desaparecido Hobsbawm bem acentuava, em contraposição com as correntes de "esquerda" de hoje, que já se esqueceram de que não têm dele a paternidade, a não ser na forma do "contra vós foi feito"; ou de outras anomalias, de patamar mais baixo, como aquelas que despacham o noticiário sério, em cinco minutos, para depois poderem estar a perorar meia hora sobre o que realmente interessa, o Futebol, a Seleção e o enxerto de porrada que o filho das barracas, Quaresma, deu no polícia.

As grandes culturas afundaram-se na proliferação dos espetáculos efémeros. Roma multiplicou-se nos combates sanguinolentos, ao ponto de levar à extinção muitas das espécies selvagens da orla afro mediterrânica. Constantinopla foi destruída, durante a revolta de Niké, por causa de lixo, ao nível dos clubes do Pinto da Costa, e daqueles que atiram petardos, naquela aberração arquitetónica -- o "berço" -- que os nossos fundos desviados construíram defronte do Colombo, tão má que conseguiu fazer do Colombo um Guggenheim de sarjeta, e a nossa civilização está-se a afundar nas drogas sintéticas e na iliteracia, que, numa meia dúzia de anos, se chegarmos a ter essa folga, levará a quem nem se perceba o que está escrito num cartaz de protesto.

Os sinais são sinistros. A América, afundada num deficit que faz parecer todos os deficits de todos os países da Europa brincadeiras de crianças, já nem escondeu que só estava à espera da caraça que iria ser eleita, para que a máquina oculta voltasse a pôr-se em marcha. Escolheram o caneco, e logo Tel Aviv foi bombardeada, para mostrar que a urgência era máxima. Se fosse o Romney, era o mesmo, porque a Guerra já está agendada.

Afundados em fait-divers, como essas brincadeiras dos casamentos gay, entre outras, ou os sucessivos escândalos de pedofilia das hierarquias católicas, levam à enunciação de um aforismo, transponível para todas as sociedades anexas: quanto mais falam em casamentos "de ce genre", maior é o sinal de que estão divorciados da restante sociedade, a qual por extensão, acaba por ser a sociedade inteira, ou seja, o nível de divórcio dos políticos das massas é total e irreversível, já que os paliativos de redução de nível de violência são agora meramente transitórios.

Nas bancadas do derradeiro conforto, os manuéis alegres deste mundo, primeiras damas de honor da eleição e reeleição da Caricatura de Belém, continuam a falar do indivíduo, esquecendo-se de que a unidade mínima sociológica, nesta sociedade minada pelos excessos, pelas sobras e pelos inúteis, a unidade mínima é, hoje, a tribo, e, quanto mais primária, mais facilmente manipulável, nesta dinâmica do extermínio, que estamos a viver.

Já referi, e volto a referir, que os confrontos entre exaltados e barreiras policiais são mero desperdício de energia, já que, como alguns gritavam, "vocês (polícias) estão à frente, mas "eles" estão lá atrás", e isso deveria ser o leit motiv para os operacionais, que tardam a entrar em campo. A estratégia do Sistema é levar a topologia das massas, por extensão, a patamares de insustentabilidade de coesão, com superfícies de colapso de extensão e cronologia indiferenciadas, que levarão a um puro canibalismo dos processos. Estes germes de guerra civil deverão ser um dos mais sibaríticos momentos de contemplação e aplauso de quem, na sombra, está a elevar os patamares de entropia a tais níveis de insustentabilidade. Alguém terá de alertar as tribos que pensam estar a combater o inimigo de que o inimigo está, realmente, lá atrás.

Há uma corrente, pessimista, que diz que isto não é senão o começo, por mais que os anormais dos comentadores televisivos vos queiram fazer crer o contrário. Alguém utilizou a frase fatal de que esta violência era atípica, nos nossos processos sociais, o que é falso: ela costuma estar focalizada nos chamados alvos domésticos, ou semipúblicos, bater na mulher, violar crianças, queimar gatos, abusar de velhotas e animais, ou insultar os árbitros.

Deslocou-se, agora, para chamar "filho da P***" ao Passos Coelho, tratamento que ele nem merece, por estar substancialmente abaixo disso.

Esta violência, todavia, é a morfogénese de um sistema que, na ótica de Prigogine, tem estado demasiado longe dos seus patamares de equilíbrio, e é por isso que somos um povo atípico, já que a nossa normalidade são os patamares de instabilidade dos outros.

O que vem aí, agora que nos estamos a aproximar do desvio anormal da nossa idiossincrasia é... muito mau, e passará por coisas que não me apetece enunciar: citando os pessimistas, nada do que está a acontecer é o que parece, mas, tal como Hitler mandou incendiar o Reichtag, para dizer que tinham sido os Judeus, in extremis, o Parlamento acabará incendiado, antes do final do mês, como prenúncio de um "putsch", de extrema direita, em dominó, por todas as democracias do Ocidente, cujo sinal de arranque foi a reeleição de Obama, tal como poderia ter sido o advento de Romney.
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Re: Apetece-me gritar bem alto, FO...
« Responder #1157 em: Novembro 17, 2012, 12:08:16 pm »
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Vítor Belanciano escreve hoje no Público um texto importante sobre o que se passou ontem. Porque a intervenção policial de ontem, como as imagens mostram, foram brutais e desproporcionadas. E porque as detenções que se seguiram e a forma como decorreram são mais do que preocupantes. Aqui vai, na íntegra:

 

"Não levei com bastonadas, mas ao meu lado, pais com filhos suportaram-nas. Não caí quando corria, em fuga, pelas ruas fora, mas vi quem caísse e fosse agredido violentamente pela polícia.

 

Sim, minutos antes, também assisti ao arremesso de pedras por parte de manifestantes e repudiei-as, como tantos outros fizeram. E sim, também vi caixotes do lixo incendiados depois pelas ruas.

Não foi a minha primeira vez num contexto daqueles. Sei como é. É como é. A impotência dos manifestantes desemboca em provocação. E do lado da polícia aproveita-se o pretexto para manifestar a força, o poder, indiscriminadamente. Isso não vai mudar nunca. Ambos os lados são o espelho da mesma encenação.

À violência de quem protesta responde o poder com mais violência, numa demonstração de força que serve para se reafirmar. Fomos atacados, dizem, limitámo-nos a responder legitimamente. É a história mais antiga do mundo. O resto são muitas bastonadas.

É uma tentação, a subida de tom dos manifestantes. Só não percebe quem não quer. Como forma de protesto, é discutível a sua eficácia. À violência do poder baseado na força deve responder-se com não-violência vigilante. A história mostra que quando um colectivo supera o medo sem violência, tende a unir-se mais, e a impor a sua vontade. O poder não está nos bastões, nem nas pedras, está na cabeça. Mas isso é a minha cabeça que pensa.

Neste momento de crispação não me parece que existam muitos que pensem da mesma forma. Ontem percebi-o. E hoje compreendi, ao ouvir as reacções, que não se tiraram quaisquer ilações. Ontem custou-me ver amigos com a cara ensanguentada, mas se querem saber o que custa mais é hoje ouvir polícias, sindicatos e políticos repetirem, também eles, as mesmas frases de circunstância, sem nenhuma novidade, nenhuma dedução nova, um enorme vazio, entre a desvalorização a roçar o paternalismo e o repúdio sem nenhum pensamento estruturado por trás. Algo que nos faça pensar, finalmente, para além do folclore habitual.

Será que esta gente não percebe que a próxima vez vai ser pior? E a que virá a seguir a essa, pior será. Porque vai acontecer. É claro que vai acontecer. E das próximas vezes não serão apenas “profissionais do protesto”, como o paternalismo vigente os trata.

Da próxima vez não serão jovens com cartazes de frases “giras”. Da próxima vez não serão “profissionais do protesto”, tratados assim como se fossem a hierarquia da disseminação da violência.

Lamento informar, mas quem pensa assim, está enganado. Não são esses os mais tumultuosos. Os mais violentos, prestes a explodir, são os muitos homens e as mulheres à beira do desespero. Quando essas pessoas pegarem fogo às ruas não o vão fazer com os caixotes do lixo colocados, apesar de tudo, a meio da rua, para as chamas não chegarem aos prédios. Vai tudo a eito. Como faz a polícia.

Alguns deles estavam lá ao lado dos “profissionais do protesto”. Eu vi-os. Não têm a cara tapada, não senhor. São pessoas crispadas, com as veias do pescoço dilatadas de gritar irados, à beira do desespero, gritando como se fosse a primeira vez, e para alguns deles até é capaz de ser verdade. Deixemo-nos de histórias. Os diversos poderes adoram “profissionais do protesto”. Dá-lhes jeito. Mas ontem foi mais do que isso. E da próxima vez será pior.

Da próxima vez, se ninguém tirar ilações, esperemos que não seja tarde de mais."
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Re: Apetece-me gritar bem alto, FO...
« Responder #1158 em: Novembro 17, 2012, 03:05:41 pm »
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HOJE às 14:43


OE2013: Ribeiro e Castro (CDS) quer suspensão do financiamento público das campanhas eleitorais


O deputado do CDS Ribeiro e Castro insistiu hoje na aprovação de uma medida no Orçamento do Estado para 2013 que suspenda o financiamento público das campanhas eleitorais, enquanto Portugal se encontrar sob assistência financeira externa.

«Em tempo de austeridade, o país deve ter campanhas eleitorais austeras, declarou o ex-líder democrata-cristão à agência Lusa, depois de PSD e CDS terem apresentado as suas propostas de alteração ao Orçamento do Estado para 2013, que deixam de fora a questão das despesas em campanhas eleitorais.

Em conferência de imprensa, hoje, na sede nacional do PSD, o deputado social-democrata Duarte Pacheco considerou desnecessária uma medida de corte nos gastos eleitorais no âmbito do Orçamento :mrgreen:  as despesas no financiamento da próxima campanha eleitoral autárquica.
Diário Digital / Lusa

http://diariodigital.sapo.pt/news.asp?id_news=602293

Os laranjinhas têm de continuar a sacar. Malvado Ribeiro e Castro, perigoso esquerdista!!!!


 :roll:

PSD recusou poupar 24 milhões nas autárquicas

O CDS propôs ao parceiro de coligação cortar 50% no financiamento do Estado para as eleições autárquicas em 2013. A ideia foi recusada.
Filipe Santos Costa (www.expresso.pt)

13:00 Sábado, 17 de novembro de 2012


No debate entre o PSD e o CDS sobre as propostas de alteração ao Orçamento do Estado, os sociais-democratas recusaram uma proposta dos centristas para cortar cortar 50% na subvenção do Estado para a campanhas eleitorais.

Apenas essa medida significaria uma poupança de 24 milhões de euros para o Estado.2013 é ano de autárquicas, que são sempre as campanhas mais caras para o erário público, pois o Estado financia 308 eleições, uma por cada município do país.

No total, 48 milhões de euros é o valor previsto para financiamento público para a propaganda eleitoral no ano que vem. A proposta do CDS foi recusada pelo PSD, que argumentou que o valor orçamentado para 2013 já tem em conta duas decisões da AR, que já decretou dois cortes da subvenção pública para as campanhas eleitorais, um em 2010 e outro já este ano.

Essas duas decisões, acumuladas, representaram uma redução de 20% no financiamento das campanhas, lembrou o PSD. Mas o CDS argumentou que seria possível ir muito mais longe.


Ler mais: http://expresso.sapo.pt/psd-recusou-pou ... z2CUiErVLO
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Re: Apetece-me gritar bem alto, FO...
« Responder #1159 em: Novembro 21, 2012, 11:27:35 am »

Catroga: "Eu pedia a Merkel um programa como teve a RDA"

Eduardo Catroga não percebe porque é que Passos Coelho "ainda não fez uma renegociação global do memorando com a  troika".
Ângela Silva (www.expresso.pt)
18:11 Domingo, 18 de novembro de 2012


Eduardo Catroga defende, em entrevista ao Expresso, que "Portugal precisa de um programa específico de apoio ao crescimento da economia como teve a RDA". Se tivesse falado com Angela Merkel, "era isso que lhe teria dito".

O ex-ministro das Finanças, que hoje faz 70 anos de idade, também não percebe "porque é que o Governo ainda não fez uma renegociação global do memorando com a troika".


Ler mais: http://expresso.sapo.pt/catroga-eu-pedi ... z2Cr6wi4hk
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Cabecinhas

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Re: Apetece-me gritar bem alto, FO...
« Responder #1160 em: Novembro 22, 2012, 04:01:16 pm »
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Almeida Santos acredita que Armando Vara 'vai ser absolvido'

Almeida Santos (à esquerda) esta manhã à chegada ao Tribunal de Aveiro, onde decorrerá todo o dia o julgamento do Face Oculta
Almeida Santos afirmou há momentos «acreditar que Armando Vara vai ser absolvido» no julgamento do caso Face Oculta, que decorrerá durante todo o dia hoje, em Aveiro, com audição de várias testemunhas abonatórias do mais mediático arguido do processo.
«Se não acreditasse que o Armando Vara é um homem sério e honesto, eu não estaria aqui a defendê-lo», salientou o antigo presidente da Assembleia da República e do PS.

Almeida Santos, que era por inerência membro do Secretariado Nacional do PS, referiu «desconhecer qualquer ideia de substituir Ana Paula Vitorino do cargo de secretária de Estado dos Transportes», nas conversas com o então primeiro-ministro, José Sócrates.

A questão foi colocada pelo procurador João Marques Vidal, acerca das suspeitas de o arguido Armando Vara ter «pressionado» membros do Partido Socialista para afastar Ana Paula Vitorino do Governo. Segundo a acusação do Ministério Público, Vara pretenderia a saída da socialista, por esta não demitir o então presidente da Refer, Luís Pardal, supostamente a pedido do empresário de sucatas Manuel Godinho.

«Nunca tive nenhuma conversa com Ana Paula Vitorino relacionada com esse assunto, nem com o primeiro-ministro José Sócrates, aliás, em nenhuma vez sequer se falou na possibilidade de fazer em 2009 [o ano da operação Face Oculta] qualquer remodelação governamental». «Substituir um secretário de Estado seria um acto, nem inteligente, nem justificável», afirmou Almeida Santos.

Questionado sobre a personalidade de Armando Vara, o histórico dirigente socialista, Almeida Santos, explicou ter «acompanhado sempre o percurso político, pessoal e profissional de Armando Vara e não me engano muito se se concluir neste julgamento que é uma pessoa inocente».

«É actualmente da empresa Camargo Correia, considerada a maior empresa do mundo de barragens, que adquiriu uma das maiores empresas portuguesas. Armando Vara agora representa a Camargo Correia em toda a África, principalmente Angola, Moçambique e África do Sul», disse Almeida Santos. «Este currículo não é muito comum por alguém que possa ser menos correcto, ele é sobretudo inteligente e capaz, esteve em lugares cimeiros e logo nos dois dos maiores bancos, num dos casos quando ainda não era formado», conclui Almeida Santos, a fim de evidenciar «a seriedade» de Armando Vara.

«Foi encarregado de preparar o campeonato europeu de futebol e presidiu à preparação do Euro-2004, nesse ano foi preciso construir vários campos de futebol e isso movimentou muito dinheiro, pelo que se Armando Vara não fosse honesto não seria encarregado dessas funções».

Questionado pelo Ministério Público acerca da não continuidade de Ana Paula Vitorino no Governo seguinte de José Sócrates, Almeida Santos disse que «isso é normal, ao mudar um ministro, mudarem logo os secretários de Estado». Acrescentou que «depois foi deputada, que é um cargo de importância».

Filha de Vara diz que o pai e Godinho 'não tinham grande confiança'

A filha de Armando Vara, o arguido mais mediático do processo Face Oculta, disse esta manhã no julgamento em Aveiro que «o meu pai e o senhor Godinho não tinham grande confiança».

Depondo na 120ª sessão da audiência, Bárbara Vara, licenciada em comunicação social e profissional de marketing desportivo, referiu no Tribunal de Aveiro «ter conhecido há três anos o senhor Manuel Godinho, com quem só estive uma única vez, em Vinhais, na altura em que ele apareceu lá em casa dos meus avós com peixe para oferecer ao meu pai».

Bárbara Vara abordava assim o episódio da oferta de robalos por parte do empresário de sucatas, Manuel Godinho, que igualmente terá oferecido a Armando Vara, na mesma ocasião, um típico pão-de-ló de Ovar à mãe de Armando Vara, à data vice-presidente do Millennium BCP.

Vara estará como habitualmente hoje e amanhã ausente do julgamento, por estar algures no estrangeiro, como quadro superior de uma empresa de construção civil.

http://sol.sapo.pt/inicio/Sociedade/Interior.aspx?content_id=63398
Um galego é um português que se rendeu ou será que um português é um galego que não se rendeu?
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Re: Apetece-me gritar bem alto, FO...
« Responder #1161 em: Novembro 23, 2012, 08:40:43 pm »
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Navios de guerra, a Popota e as Gomas

Ofensa de mau gosto de Bruno Nogueira na rádio TSF (ao minuto 02:14) - Navios de guerra, a Popota e as Gomas - eis um excerto do mimo do actor num verdadeiro assomo de ignorância, indigência mental e falta de respeito pela MARINHA e por um dos seus heróis mais generosos, a propósito do recente afundamento do ex-NRP OLIVEIRA E CARMO:
"Quem é que põe os nomes aos barcos da Marinha, OLIVEIRA E CARMO não é nome de barco de guerra, OLIVEIRA E CARMO é nome de fábrica de telhas e coberturas cerâmicas..."

http://www.tsf.pt/paginainicial/AudioeV ... id=2861972

Sem comentários  :roll: Ignorante de m**da
 

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Re: Apetece-me gritar bem alto, FO...
« Responder #1162 em: Novembro 23, 2012, 08:55:12 pm »
Esse gajo cada vez está mais ridículo.
No outro dia estava a falar sobre a fronteira entre colocar um supositório e um dedo no cu...  :N-icon-Axe:

Assim até eu dava para humorista...
https://www.youtube.com/user/HSMW/videos

"Tudo pela Nação, nada contra a Nação."
 

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Re: Apetece-me gritar bem alto, FO...
« Responder #1163 em: Novembro 23, 2012, 09:05:40 pm »
Eu coloquei essa no tópico das piadas e anedotas e ninguém disse um car@lho...
O que me espantou.
Que falta de humor... :twisted:
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Re: Apetece-me gritar bem alto, FO...
« Responder #1164 em: Novembro 27, 2012, 03:58:50 pm »
O “partido dos contribuintes” na hora de aprovar o maior aumento de impostos de sempre:



gozem bem os tachos e oxalá desapareçam nas próximas eleições, bando de judas!
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Re: Apetece-me gritar bem alto, FO...
« Responder #1165 em: Novembro 27, 2012, 05:11:30 pm »
Era começarem-se a eleger os deputados individualmente e não em listas partidárias. Eles passavam a ter vergonha na hora de se levantarem para votar.

E pensado um pouco realmente é um grande problema em Portugal. As pessoas raramente são responsabilizadas individualmente pelas suas acções. Normalmente quanto muito há uma responsabilização colectiva o que no fundo leva a que a culpa muitas vezes morra solteira.

Nos partidos politicos até acontece uma coisa mais grave. Quem tem realmente a responsabilidade pelas acções, os cabeças de lista independentemente do resultado do partido têm sempre lugar no parlamento, caso um partido se porte mal que tenha uma votação inferior são sempre aqueles que na realidade só andam atrás de quem manda que se vêm sem lugar no parlamento.
 

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Re: Apetece-me gritar bem alto, FO...
« Responder #1166 em: Novembro 27, 2012, 05:49:38 pm »
Bando de carneiros!

Para quê sustentar 230 chulos? Bastava um por partido, afinal são a voz do dono.

ps- Excepção feita ao deputado do CDS que votou contra, provavelmente acabará expulso por ter desafiado as ordens dos "chefes"...

(ao que consta os deputados da maioria aplaudiram o gasparzinho de PÉ!!!! Fixem bem essas caras, foram eles que aplaudiram de pé a nossa condenação á morte!)
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Re: Apetece-me gritar bem alto, FO...
« Responder #1167 em: Novembro 27, 2012, 06:01:05 pm »
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Para quê sustentar 230 chulos? Bastava um por partido, afinal são a voz do dono.
Mais ou menos nestes termos, são estas as palavras de Adolf Hitler, quando advoga a extinção do Reichtag na sua obra Mein Kampf.

Devemos ter muito cuidado com as soluções radicais, porque elas costumam voltar-se contra nós.
É muito mais fácil enganar uma pessoa, que explicar-lhe que foi enganada ...
Contra a Estupidez, não temos defesa
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Re: Apetece-me gritar bem alto, FO...
« Responder #1168 em: Novembro 27, 2012, 06:09:29 pm »
Citação de: "papatango"
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Para quê sustentar 230 chulos? Bastava um por partido, afinal são a voz do dono.
Mais ou menos nestes termos, são estas as palavras de Adolf Hitler, quando advoga a extinção do Reichtag na sua obra Mein Kampf.

Devemos ter muito cuidado com as soluções radicais, porque elas costumam voltar-se contra nós.

É um bocadinho diferente por um de cada partido onde existem varios partidos de por um de um partido onde só existe um partido.

O primeiro caso teria o mesmo efeito que temos agora, e segundo levaria a uma ditadura assumida.

A única maneira de mudar é mesmo o deputados irem a eleições individualmente sem integração sem formação de listas partidárias. Podiamos ter o mesmo numero de deputados, até mais, não me importava, mas cada um eleito individualmente no seu circulo eleitoral. Assim de facto ter lá 230 deputados ou 5 cada um com um cartaz com a percentagem dos votos é a mesma coisa.
 

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Luso

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Re: Apetece-me gritar bem alto, FO...
« Responder #1169 em: Novembro 27, 2012, 10:19:29 pm »
Um eleito, um político legitimado a ser responsabilizado política e criminalmente.
Nada de representantes de coisa nenhuma - leia-se deputados por arrasto. A legitimidade destes é zero.
A legitimidade de vereadores municipais é zero. Reforço das competências das assembleias municipais, a eleger uninominalmente.
E mesmo assim não há garantias. Mas quem é que as pode dar?

Deputados sujeitos a disciplina partidária valem ZERO. É a subversão do sistema de representatividade, logo da democracia. Basta que a cabeça seja comprada para tudo ser comprado indirectamente.
Quem alinha no jogo é CHULO. E são todos CHULOS.
Ai de ti Lusitânia, que dominarás em todas as nações...