Apetece-me gritar bem alto, FO...

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Re: Apetece-me gritar bem alto, FO...
« Responder #1110 em: Novembro 01, 2012, 11:51:57 am »
Citação de: "Luso"

Negativo, Edu.
Repare no historial da esquerda em relação ao que é natural, à família e às relações humanas, o conceito de pátria, o combate aos "tabus", a economia na mão do Estado, etc.
A esquerda quer o totalitarismo do Estado. Escravidão a bem do aparelho de topo.

Por outro lado temos, os neo-liberais, declaradamente ao lado do dinheiro, também a atacar as mesmas bases civilizacionais, mas a bem do poder de grandes empresas monopolistas - que é nisso que a aplicação dos seus modelos selvagens resulta. Isto representa apenas uma parte da gente que se diz de direita. Escraviza a bem das oligarquias.

Liberais Económicos = esquerda. Os opostos decididamemte tocam-se e, para quem quiser estudar um pouco de história, verá são os muito ricos que dominam uns e outros a bem de um totalitarismo.

Lamento mas não consigo concordar consigo, respeito a sua opinião, mas não consigo concordar. Uma coisa é limitar a explicação a um caso especifico, nomeadamente o Português. Outra coisa é dizer que a esquerda é sempre não patriotica e agora até diz que a esquerda quer o totalitarismo do estado... está a falar de que esquerda? Se for extrema esquerda concordo, mas a extrema direita também quer o totalitarismo.

Acho que está aqui a ser feita uma enorme confusão entre as noções de esquerda e direita com as de autoritarismo e liberalismo.

Uma esquerda tanto pode ser autoritária como liberal, o mesmo se passa com a direita. E a meu ver o conservadorismo está algo mais associado a estes conceitos que ao conceito de esquerda e direita.

Para mim como já afirmei, a diferença entre esquerda e direita está no facto de a direita defender que cada individuo se deve sustentar a si próprio, e pagar pelo que consome e ser pago pelo que produz, do ponto individual é um conceito bastante justo, e é o melhor para um individuo que produza mais do que consome sem duvida já que ele está salvaguardado.

Já a esquerda defende que todos os individuos que produzem devem contribuir para um bolo comum, este bolo comum vai salvaguardar a saúde e educação de todos os individuos dessa sociedade quer produzão ou não. Obviamente isto levará a que os cidadãos mais productivos tenham que dar parte dos seus rendimentos aos que produzem menos. Pode ser mais injusto para quem efectivamente produz muito, mas é sem duvida uma sociedade mais solidária. Do ponto de vista da sociedade esta é quanto a mim um conceito mais justo. Principalmente quando vivemos numa sociedade em que o conceito de quem produz mais foi na realidade substituido pelo conceito que quem tem mais capital.

Obviamente que os individuos que têm capital perferem um sistema mais de direita. Porque assim não terão de dar parte do seu capital a quem tem menos. E os pobres preferem um sistema mais de esquerda por forma a terem acesso a cuidados de saúde e educação. Este é o único ponto de vista em que posso considerar a direita mais conservadora, pois a mesma acaba por proteger mais os detentores de capital, conservando desta forma a sua posição social e mantendo os pobres numa posição social mais baixa. Já que para quem já tem capital é mais facil conserva-lo do que alguém que não o tem adquiri-lo quando não tem acesso a saúde e educação.
 

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Re: Apetece-me gritar bem alto, FO...
« Responder #1111 em: Novembro 02, 2012, 10:53:16 am »
Portugal, 2012

Idosa ferida em assalto escondeu agressão para não pagar 108€ no hospital

Uma septuagenária vítima de assalto teve de esconder que este foi o motivo da agressão que a levou ao Hospital de Vila Franca de Xira para não pagar 108 euros, além da taxa moderadora.

Jorge Santos, filho de uma idosa que foi agredida durante um assalto no dia 12, em Vila Franca de Xira, contou à Lusa que, quando chegou ao hospital para inscrever a mãe, um funcionário lhe disse: «E agora vai ser novamente roubada».


A expressão antecedeu o esclarecimento de que tinha de pagar 108 euros por este valor não ser pago pelo Serviço Nacional de Saúde (SNS), tal como acontece nos casos de acidentes de trabalho e de viação, os quais são cobertos pelas seguradoras.


«Nem queria acreditar. São coisas como estas que me envergonham deste país. A minha mãe estava cheia de dores, com hematomas na cara e na cabeça e estava envergonhada, pois parecia que tinha de pagar por ter sido assaltada», desabafou.

Questionou os funcionários sobre o valor que a mãe pagaria se tivesse caído na rua, ao que lhe terão respondido que, nesse caso, apenas pagaria a taxa (17,5 euros).

«A partir desse momento, disse que a minha mãe caiu e paguei apenas a taxa, mas a situação levou a que ela, com 74 anos, tivesse de mentir ao médico, estando sempre muito envergonhada durante o atendimento clínico», adiantou.

Uma utente que ligou posteriormente para o hospital a questionar sobre o valor a pagar em casos destes obteve a mesma resposta: além da taxa, tinha que pagar os 108 euros, ainda que posteriormente, se não tivesse o dinheiro na altura.

Questionada pela Lusa, a administração do Hospital de Vila Franca de Xira esclareceu que, em caso de agressão, os utentes «não têm que assegurar o pagamento do valor do episódio de urgência, bastando apenas para isso que apresentem cópia da queixa que fizeram à polícia».

«A terem ocorrido erros na cobrança, ou nas informações prestadas, eles dever-se-ão a lapsos na transmissão interna da informação, que vamos averiguar e rectificar», garantiu.

Também uma utente do Hospital de Cascais soube por funcionários que o marido, vítima de assalto, podia ter de pagar os 108 euros, caso o agressor não fosse identificado no decorrer do processo que resultasse da queixa apresentada na polícia.

A utente disse à Lusa que a funcionária terá até sugerido para dizer que não foi uma agressão, mas sim um acidente.

Porém, a Administração Central do Sistema de Saúde (ACSS) esclareceu à Lusa que, em caso de agressões físicas ou acidentes (como de viação ou trabalho), a responsabilidade financeira pertence respectivamente ao agressor (sendo necessário apresentar queixa junto das autoridades competentes) ou ao segurador.

«Enquanto a responsabilidade não é apurada pelas entidades competentes, não deve ser cobrado qualquer valor à vítima», explicou a ACSS, recusando-se a comentar o caso no Hospital de Vila Franca de Xira.

A Entidade Reguladora da Saúde também se recusou a comentar o caso, remetendo para uma circular que indica: «Quando a prestação de cuidados de saúde resulta em encargos ou despesas pelas quais as instituições hospitalares têm direito a ser ressarcidos e, mais ainda, exista um terceiro legal ou contratualmente responsável, é sobre este que recai a responsabilidade de proceder ao seu pagamento».

«No caso de inexistência de um terceiro responsável, não existe qualquer obrigação legal de pagamento de cuidados de saúde sobre o assistido [utente], beneficiário do SNS», adianta.

A Lusa contactou vários hospitais para saber qual o procedimento adoptado em casos de agressão.

No Hospital de Santa Maria, em Lisboa, o processo pode efectivamente resultar na notificação do agredido para pagar o episódio de urgência (108 euros), quando o agressor não for identificado no processo instaurado após queixa na polícia.

O porta-voz da administração esclareceu que esse valor é assumido como não cobrado, tendo em conta que a vítima já foi suficientemente prejudicada com a agressão que sofreu.

Nos hospitais que compõem o Centro Hospitalar de Lisboa Central – São José, Capuchos, Santa Marta, Curry Cabral, Dona Estefânia e Maternidade Alfredo da Costa – é cumprida «a legislação em vigor que regulamenta o pagamento dos cuidados de saúde» (Lei de Bases da Saúde).

Esta determina que os serviços e estabelecimentos do SNS podem cobrar «o pagamento de cuidados por parte de terceiros responsáveis, legal ou contratualmente, nomeadamente subsistemas de saúde ou entidades seguradoras», não especificando o que acontece no caso dos responsáveis pelo dano físico (agressores) não serem identificados.

Lusa/SOL

http://sol.sapo.pt/inicio/Sociedade/Int ... t_id=61799
"[Os portugueses são]um povo tão dócil e tão bem amestrado que até merecia estar no Jardim Zoológico"
-Dom Januário Torgal Ferreira, Bispo das Forças Armadas
 

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Re: Apetece-me gritar bem alto, FO...
« Responder #1112 em: Novembro 02, 2012, 05:37:44 pm »
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Re: Apetece-me gritar bem alto, FO...
« Responder #1113 em: Novembro 04, 2012, 02:58:21 pm »
Citação de: "P44"
Portugal, 2012

Idosa ferida em assalto escondeu agressão para não pagar 108€ no hospital

Uma septuagenária vítima de assalto teve de esconder que este foi o motivo da agressão que a levou ao Hospital de Vila Franca de Xira para não pagar 108 euros, além da taxa moderadora.

Jorge Santos, filho de uma idosa que foi agredida durante um assalto no dia 12, em Vila Franca de Xira, contou à Lusa que, quando chegou ao hospital para inscrever a mãe, um funcionário lhe disse: «E agora vai ser novamente roubada».


A expressão antecedeu o esclarecimento de que tinha de pagar 108 euros por este valor não ser pago pelo Serviço Nacional de Saúde (SNS), tal como acontece nos casos de acidentes de trabalho e de viação, os quais são cobertos pelas seguradoras.


«Nem queria acreditar. São coisas como estas que me envergonham deste país. A minha mãe estava cheia de dores, com hematomas na cara e na cabeça e estava envergonhada, pois parecia que tinha de pagar por ter sido assaltada», desabafou.

Questionou os funcionários sobre o valor que a mãe pagaria se tivesse caído na rua, ao que lhe terão respondido que, nesse caso, apenas pagaria a taxa (17,5 euros).

«A partir desse momento, disse que a minha mãe caiu e paguei apenas a taxa, mas a situação levou a que ela, com 74 anos, tivesse de mentir ao médico, estando sempre muito envergonhada durante o atendimento clínico», adiantou.

Uma utente que ligou posteriormente para o hospital a questionar sobre o valor a pagar em casos destes obteve a mesma resposta: além da taxa, tinha que pagar os 108 euros, ainda que posteriormente, se não tivesse o dinheiro na altura.

Questionada pela Lusa, a administração do Hospital de Vila Franca de Xira esclareceu que, em caso de agressão, os utentes «não têm que assegurar o pagamento do valor do episódio de urgência, bastando apenas para isso que apresentem cópia da queixa que fizeram à polícia».

«A terem ocorrido erros na cobrança, ou nas informações prestadas, eles dever-se-ão a lapsos na transmissão interna da informação, que vamos averiguar e rectificar», garantiu.

Também uma utente do Hospital de Cascais soube por funcionários que o marido, vítima de assalto, podia ter de pagar os 108 euros, caso o agressor não fosse identificado no decorrer do processo que resultasse da queixa apresentada na polícia.

A utente disse à Lusa que a funcionária terá até sugerido para dizer que não foi uma agressão, mas sim um acidente.

Porém, a Administração Central do Sistema de Saúde (ACSS) esclareceu à Lusa que, em caso de agressões físicas ou acidentes (como de viação ou trabalho), a responsabilidade financeira pertence respectivamente ao agressor (sendo necessário apresentar queixa junto das autoridades competentes) ou ao segurador.

«Enquanto a responsabilidade não é apurada pelas entidades competentes, não deve ser cobrado qualquer valor à vítima», explicou a ACSS, recusando-se a comentar o caso no Hospital de Vila Franca de Xira.

A Entidade Reguladora da Saúde também se recusou a comentar o caso, remetendo para uma circular que indica: «Quando a prestação de cuidados de saúde resulta em encargos ou despesas pelas quais as instituições hospitalares têm direito a ser ressarcidos e, mais ainda, exista um terceiro legal ou contratualmente responsável, é sobre este que recai a responsabilidade de proceder ao seu pagamento».

«No caso de inexistência de um terceiro responsável, não existe qualquer obrigação legal de pagamento de cuidados de saúde sobre o assistido [utente], beneficiário do SNS», adianta.

A Lusa contactou vários hospitais para saber qual o procedimento adoptado em casos de agressão.

No Hospital de Santa Maria, em Lisboa, o processo pode efectivamente resultar na notificação do agredido para pagar o episódio de urgência (108 euros), quando o agressor não for identificado no processo instaurado após queixa na polícia.

O porta-voz da administração esclareceu que esse valor é assumido como não cobrado, tendo em conta que a vítima já foi suficientemente prejudicada com a agressão que sofreu.

Nos hospitais que compõem o Centro Hospitalar de Lisboa Central – São José, Capuchos, Santa Marta, Curry Cabral, Dona Estefânia e Maternidade Alfredo da Costa – é cumprida «a legislação em vigor que regulamenta o pagamento dos cuidados de saúde» (Lei de Bases da Saúde).

Esta determina que os serviços e estabelecimentos do SNS podem cobrar «o pagamento de cuidados por parte de terceiros responsáveis, legal ou contratualmente, nomeadamente subsistemas de saúde ou entidades seguradoras», não especificando o que acontece no caso dos responsáveis pelo dano físico (agressores) não serem identificados.

Lusa/SOL

http://sol.sapo.pt/inicio/Sociedade/Int ... t_id=61799


Tudo vale para deitar abaixo.
Bastaria que a idosa levasse uma cópia da queixa apresentada na PSP para o custo ser 0, tivesse ligado para o 112 ou para a linha saúde 24.

A grande pergunta a fazer deveria ser: não será um equivoco desse funcionário ou andam esses funcionários a roubar os doentes ou a informa-los mal?
 

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Re: Apetece-me gritar bem alto, FO...
« Responder #1114 em: Novembro 05, 2012, 10:49:24 am »
No dia em que Merkel aterrar em Lisboa

Por Nuno Ramos de Almeida, publicado em 30 Out 2012 - 03:00 | Actualizado há 6 dias 7 horas

Para quê escrever aos capatazes quando se pode protestar com os mandantes?No dia 12 de Novembro há uma ocasião única de mostrar que não somos mansos

 Creio que foi o grande escritor brasileiro Luís Fernando Veríssimo, homem que tive o privilégio de entrevistar, de uma grande timidez mas com um requintado sentido de humor, que deu um dia uma espécie de grito do Ipiranga numa coluna da imprensa brasileira: Veríssimo surpreendeu os leitores afirmando que a partir daquele dia iria escrever unicamente em inglês. Tinha percebido que quem mandava não estava no Palácio do Planalto em Brasília, mas em Washington e em Wall Street. Para quê escrever para capatazes quando se podia protestar directamente com os mandantes? Para quê esperar que os senhores tivessem traduzidos os textos de opinião de culturas exóticas como a brasileira, se podiam ler directamente na língua dos senhores? Veríssimo declarou a sua vontade de uma forma peremptória: “A partir de agora vou escrever todos os textos em inglês, deixando apenas sem tradução expressões intraduzíveis do português, como ‘marketing’, ‘cash-flow’ e outras equivalentes.”

Sinto que tenho a tarefa mais dificultada, sou um mero jornalista e o meu alemão é péssimo, mas proponho aos meus caros leitores aproveitar um expediente: no dia 12 de Novembro a chanceler Angela Merkel vai aterrar em Lisboa para uma visita- -relâmpago. Dará certamente um cubinho de açúcar na boca do Gaspar e do Coelho, picará o ponto em Belém e sairá rapidamente, como entrou, sem querer saber da vontade dos portugueses. Para os governos que servem os especuladores e o capital financeiro, a opinião dos cidadãos serve para embrulhar o peixe.

Basta nós querermos que as coisas podem ser vistas de outra maneira. No barco do euro está grande parte da Europa. Se os gregos ou os portugueses forem à falência, haverá uma reacção em cadeia, que levará à ruína muitas empresas e tornará incobráveis grande parte dos créditos. A moeda única implodirá. Nesse dia, os países do centro, cujos governos apenas pensam nos interesses dos grandes bancos, perderão uma fatia larga do seu rendimento. Um estudo de um banco suíço calculava perdas para a Alemanha superiores a 20% a 25% do seu PNB.

A política suicida que nos está a levar ao desastre baseia-se numa série de ilusões: a ilusão de que resulta, a ilusão de que não há alternativa e a suprema ilusão de que tem o apoio do voto democrático. É visível para todo o mundo, tirando Passos Coelho e Vítor Gaspar, que não resulta. É evidente que qualquer alternativa é melhor que o desastre a que esta nos está a levar. E, finalmente, este caminho está apenas sustentado na transformação dos nossos governos em cobradores do fraque dos nossos credores. Eles são o elo mais fraco: é preciso demonstrar que deixaram de ter o apoio dos seus povos para os fazer cair. Nada melhor que ser perante quem manda neles.

Há um colectivo de artistas com uma ideia que me parece poder expressar isso durante a visita-relâmpago da D. Merkel: nesse dia as praças das nossas cidades, as janelas das nossas casas, lojas, táxis e autocarros e todos nós termos algo de negro: negro pela pobreza, negro pelo desemprego, negro pelo futuro que nos querem roubar, mas sobretudo negro pela dignidade de quem não aceita comer e calar. Um povo dirá à chanceler Merkel, a todos os ministros e secretários de Estado que este país não é deles. Está nas nossas mãos tornar isto visível em todo o mundo: basta um pano negro. É mais fácil que falar alemão.

 

Editor-executivo

Escreve à terça-feira

http://www.ionline.pt/opiniao/no-dia-me ... rar-lisboa
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Re: Apetece-me gritar bem alto, FO...
« Responder #1115 em: Novembro 05, 2012, 12:33:07 pm »
Mais cinco anos de austeridade arruinarão Portugal
O aumento do desemprego e da emigração entre os jovens, a visita de Angela Merkel a Portugal e privatização da 4,1% da EDP são os temas abordados por João Palma-Ferreira, jornalista do Expresso, no 'Jornal de Economia' da SIC Notícias.
10:10 Segunda feira, 5 de novembro de 2012

VIDEO: http://expresso.sapo.pt/mais-cinco-anos ... z2BLoha7YI
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Re: Apetece-me gritar bem alto, FO...
« Responder #1116 em: Novembro 06, 2012, 05:26:09 pm »
jogar na bolsa é que é!!!!


Ministério da Segurança Social confirma perdas em bolsa, mas garante que já recuperou

Ministério de Pedro Mota Soares diz que a crise das dívidas públicas esteve na base da desvalorização em 2011
Fundo que tem as reservas destinadas às pensões teve perdas superiores a 1,5 mil milhões de euros, segundo um relatório do Tribunal de Contas citado pelo "Correio da Manhã".

O Governo garante que o Fundo de Estabilização Financeira da Segurança Social (FEFSS), que tem as reservas destinadas às pensões, recuperou este ano das perdas registadas em bolsa ao longo de 2011.

De acordo com um comunicado do Ministério da Segurança Social, o valor de mercado do FEFSS no final de Outubro deste ano é superior ao que se verificava no início e no fim de 2011.

"A 31 de Dezembro de 2011, o montante do FEFSS ascendia a 8.872 milhões de euros, dos quais 4.465 milhões correspondiam ao valor da dívida pública portuguesa detida", refere o comunicado. "O valor de mercado do FEFSS era de 10.676 milhões de euros no final de Outubro de 2012, valor que é superior em 1.000 milhões de euros ao registado em Janeiro de 2011", acrescenta o texto.

O Ministério explica que esta recuperação deve-se ao mesmo motivo que esteve na base das perdas: a dívida pública. "Grande parte do valor da dívida pública nacional valorizou 48% no ano de 2012. Já a dívida publica não nacional valorizou 4,55%. A carteira de ações do FEFSS viu assim o seu valor aumentar em 8,1%", diz o comunicado do gabinete de Pedro Mota Soares.

"O desempenho do FEFSS em 2011 foi o resultado do impacto da crise das dívidas, quer directamente na dívida detida, quer indirectamente pelo contágio aos mercados de acções", argumento ainda o Governo. "Já em 2008 e 2009 teve o FEFSS idêntica desvalorização, tendo vindo a recuperar o seu valor", lê-se ainda.

Na origem da reacção do Ministério da Segurança Social está um relatório do Tribunal de Contas, citado pelo "Correio da Manhã" (CM), que diz que a variação das mais-valias potenciais do fundo atingiu 1.531 milhões de euros negativos. Esta terça-feira, o CM escreve ainda que há dinheiro apenas para pagar oito meses e meio de reformas.

[artigo corrigido às 16h50]

http://rr.sapo.pt/informacao_detalhe.as ... &did=84063
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Re: Apetece-me gritar bem alto, FO...
« Responder #1117 em: Novembro 06, 2012, 07:19:39 pm »
Algo normal já há muito usado pela segurança social como forma de aumentar o fluxo de capital, só apostavam em fundos de investimento não é nada de outro mundo, alias é algo que actualmente é aconselhado como alternativa aos depositos a prazo. Traz risco mas a longo prazo compensa, a reforma cabe a cada um fazê-la e não esperar que o Estado nos dê alguma coisa.
 

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« Responder #1118 em: Novembro 08, 2012, 11:57:08 pm »
Ora cá está o que vem confirmar o que mencionei atrás e ninguém quis publicar por estas bandas:

Citar
Fundo da Segurança social valoriza 1,8 mil milhões este ano

Rui Barroso  
07/11/12 00:05

Após ter tido o pior ano de sempre em 2011, o Fundo de Estabilização da Segurança Social valoriza 8,1% este ano e supera a marca dos dez mil milhões de euros sob gestão.

Ler o resto aqui: http://economico.sapo.pt/noticias/fundo ... 55616.html

Portanto não é preciso acusar ninguém, estiveram bem.
 

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Re: Apetece-me gritar bem alto, FO...
« Responder #1119 em: Novembro 09, 2012, 11:26:40 am »
Citar
Tecnoforma
Empresa onde Passos Coelho trabalhou foi declarada insolvente

Económico  
09/11/12 09:36

 Depois da polémica em torno dos alegados favorecimentos de Miguel Relvas, em 2004, os credores pediram insolvência da empresa.

A Tecnoforma, empresa de formação que Pedro Passos Coelho administrou entre 2005 e 2007, foi declarada insolvente pelo 1.o Juízo do Tribunal do Comércio de Lisboa, avança hoje o jornal i. A sentença foi proferida na passada terça-feira pela juíza Maria de Fátima dos Reis Silva, dia em que se ficou a conhecer o nome do administrador de insolvência: José Estêvão Pinto de Oliveira.

O pedido foi feito há cerca de um mês pelos credores BES, SA, Soprofor - Sociedade Promotora de Formação, L.da, BBVA, SA, BANIF e Lígia Dulce Silva Pereira, que reclamam 7500 euros.

Esta insolvência surge após algumas notícias que davam conta de que a empresa estaria a passar por dificuldades financeiras. Apesar de fontes ligadas à empresa terem sempre negado tais problemas, o i sabe que o pedido de insolvência já terá sido revelado aos credores há duas semanas.

Contactada ontem, uma fonte ligada à empresa garantiu que esta insolvência tem como objectivo a recuperação da Tecnoforma e não o seu fim: "O que pretendemos é uma insolvência na vertente de recuperação." Na informação ontem disponibilizada ao i - bem como no anúncio disponível no portal Citius - pode ler-se que foi fixado um prazo de 30 dias para que os credores possam reclamar os seu créditos.

Segundo informações avançadas há um mês pela comunicação social, a Tecnoforma foi, entre 2005 e 2009, alvo de processos de execução fiscal, num valor total de mais de 500 mil euros e que actualmente ainda terá 6 mil euros por saldar. Porém, desde o ano passado, sabe o i, só a formadores a empresa ficou a dever mais de 30 mil euros.

http://economico.sapo.pt/noticias/empre ... 55866.html
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« Responder #1120 em: Novembro 09, 2012, 03:34:07 pm »
Por alguma razao puseram esse triste do Passos Coelho como primeiro-ministro. Sucesso assegurado !

Ele foi eleito "democraticamente" porque foi a unica coisa que apresentaram ao povo como alternativa ao corrupto Socrates. A "democracia" consiste em apresentar ao povo  duas opçoes : queres o "A" ou o "B" ?  Nao ha opçoes "C" ou "D", ou quando existem, sao diabolizadas pelos media.
As vedetas politicas sao criadas da mesma maneira que as vedetas dos reality shows . Mostra-se o tipo na TV todos os dias e temos a vedeta criada.
Esse incompetente do Passos Coelho foi preparado para vedeta ja ha muitos anos, desde a JSD. Nao se pode esperar outra coisa de individuos que sao programados e adubados desde pequeninos pelos aparelhos (mafias) partidarios.

A insolvencia de Portugal é a étapa que precede a dissouluçao de Portugal como estado soberano e que nos tornara numa regiao governada diretamente por Bruxelas.

 So um ou uma dirigente que nao esteja comprometido com as oligarquias politico-financeiras-partidarias é que podera fazer alguma coisa por Portugal. Isto so la vai quando a tropa se decidir !
scrupulum aka legionario
 

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« Responder #1121 em: Novembro 09, 2012, 04:06:16 pm »
Até podia haver hipotese C ou D e também serem opções previamente escolhidas pelos grandes grupos politicos que ia dar ao mesmo. O problema é exactamente para se poder chegar a opção um individuo ter de primeiro passar pela estrutura partidária que não é mais que uma escola de ladrões e de aprendizagem de lealdade aos de topo.

O problema está mesmo na forma como existem os partidos e de copo os candidatos são escolhidos dentro dos mesmos.
 

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« Responder #1122 em: Novembro 10, 2012, 10:36:02 am »
afinal não deviam estar a falar do tempo

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Supremo valida escuta da conversa entre Passos e Ricciardi
10-11-2012 9:08
Segundo avança o semanário “Expresso”, Noronha do Nascimento autorizou que a gravação seja usada no caso “Monte Branco”, onde o Ministério Público está a investigar suspeitas de corrupção, informação privilegiada e tráfico de influências.

A escuta da conversa entre o banqueiro José Maria Ricciardi e o primeiro-ministro Pedro Passos Coelho foi validada pelo presidente do Supremo Tribunal de Justiça, segundo a edição do semanário “Expresso”.

Noronha do Nascimento autorizou que a gravação seja usada no caso “Monte Branco”, onde o Ministério Público está a investigar suspeitas de corrupção, informação privilegiada e tráfico de influências.

A notícia avançada pelo “Expresso” adianta que o procurador Rosário Teixeira justificou o facto de a escuta só ter sido apresentada a 8 de Outubro, 10 meses depois de ter sido efectuada.

Terá sido por uma questão estratégica, porque a conversa “conjugada com outra prova, entretanto, recolhida nas buscas ganhou peso”, disse fonte judicial ao semanário.

A escuta foi apresentada previamente ao juiz de instrução Carlos Alexandre mas, por cautela, escreve o “Expresso”, acabou também por ser apresentada ao presidente do Supremo Tribunal de Justiça, Noronha do Nascimento.

Contactado pelo jornal, o gabinete de Passos Coelho afirmou desconhecer a validação desta escuta e, por isso, não quis comentar.

http://rr.sapo.pt/informacao_detalhe.as ... &did=84681


é o que eu digo, este qq dia tb vai estudar para Paris... :roll:
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Re: Apetece-me gritar bem alto, FO...
« Responder #1123 em: Novembro 10, 2012, 12:30:40 pm »
Citação de: "P44"
afinal não deviam estar a falar do tempo

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Supremo valida escuta da conversa entre Passos e Ricciardi
10-11-2012 9:08
Segundo avança o semanário “Expresso”, Noronha do Nascimento autorizou que a gravação seja usada no caso “Monte Branco”, onde o Ministério Público está a investigar suspeitas de corrupção, informação privilegiada e tráfico de influências.

A escuta da conversa entre o banqueiro José Maria Ricciardi e o primeiro-ministro Pedro Passos Coelho foi validada pelo presidente do Supremo Tribunal de Justiça, segundo a edição do semanário “Expresso”.

Noronha do Nascimento autorizou que a gravação seja usada no caso “Monte Branco”, onde o Ministério Público está a investigar suspeitas de corrupção, informação privilegiada e tráfico de influências.

A notícia avançada pelo “Expresso” adianta que o procurador Rosário Teixeira justificou o facto de a escuta só ter sido apresentada a 8 de Outubro, 10 meses depois de ter sido efectuada.

Terá sido por uma questão estratégica, porque a conversa “conjugada com outra prova, entretanto, recolhida nas buscas ganhou peso”, disse fonte judicial ao semanário.

A escuta foi apresentada previamente ao juiz de instrução Carlos Alexandre mas, por cautela, escreve o “Expresso”, acabou também por ser apresentada ao presidente do Supremo Tribunal de Justiça, Noronha do Nascimento.

Contactado pelo jornal, o gabinete de Passos Coelho afirmou desconhecer a validação desta escuta e, por isso, não quis comentar.

http://rr.sapo.pt/informacao_detalhe.as ... &did=84681


é o que eu digo, este qq dia tb vai estudar para Paris... :roll:

A gente já sabia que a corrupção é mais ou menos generalizada em Portugal, mas será que não existe um único governante português que não esteja envolvido em crimes de corrupção? Nem um?
 

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P44

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Re: Apetece-me gritar bem alto, FO...
« Responder #1124 em: Novembro 11, 2012, 01:41:52 pm »
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Militares fazem manifestação em Lisboa contra governo


Da Redação
10/11/2012 20:39



"Nunca pensei que o país chegasse ao estado a que chegou", disse o coronel Manuel Cracel, presidente da Associação de Oficiais das Forças Armadas (AOFA), em discurso proferido no início da concentração dos militares na Praça dos Restauradores.

Lisboa - Milhares de militares portugueses manifestaram-se sábado (11), em Lisboa, contra a política do governo liderado pelo primeiro-ministro Pedro Passos Coelho, do PSD.

A manifestação, a partir da Praça do Município, e concentração na Praça dos Restauradores, foi convocada por várias associações de militares, de praças (soldados) e oficiais. Segundo os organizadores, cerca de 10 mil militares participaram do protesto.

"Nunca pensei que o país chegasse ao estado a que chegou", disse o coronel Manuel Cracel, presidente da Associação de Oficiais das Forças Armadas (AOFA), em discurso proferido no início da concentração.

A soberania nacional "está posta em causa", pois "está em risco a Constituição", disse o oficial.


António Lima Coelho, da Associação Nacional de Sargentos (ANS), outro dos oradores da Praça dos Restauradores, criticou o governo, a quem acusou de "falta de coragem". A propósito da visita da chanceler alemã Angela Merkel, esperada segunda-feira em Lisboa, António Lima Coelho disse que a governante alemã "não é bem vinda".

As críticas ao governo da coligação PSD-CDS sucederam-se durante a concentração.

Segundo o presidente da Associação de Praças, há "jogadores que não merecem estar em campo", daí o cartão vermelho mostrado pelos militares aos governantes, noticiou a rádio TSF.

O Presidente da República tem como obrigação fazer cumprir a Constituição, disse Luíz Reis, daquela associação.

 A Constituição "diz no seu preâmbulo que a Assembleia Constituinte afirma a decisão do povo português de defender a independência nacional e garantir os direitos fundamentais dos cidadãos".

"A estes jogadores que nos maltratam e que não merecem estar em campo de uma vez por todas acenemos um imenso cartão vermelho", disse o dirigente associativo.

Os militares querem que o Presidente da República, Cavaco Silva, peça a fiscalização preventiva do Orçamento de Estado e garantiram que farão tudo para não participar na repressão ao descontentamento dos portugueses.

O objetivo dos militares é "servir a Pátria e por conseguinte aqueles por quem juramos dar a vida se necessário for: o povo a quem pertencemos", afirmou.

Os militares anunciaram que farão uma vigília junta à Presdência da República a 27 de novembro, dia em que está marcada a votação final do Orçamento de Estado na Assembleia da República.

http://www.portugaldigital.com.br/polit ... ra-governo

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Manifestação. Militares “tudo farão” para não reprimir "indignação dos portugueses"
Por Agência Lusa, publicado em 10 Nov 2012 - 19:34 | Actualizado há 17 horas 57 minutos




Os militares concentrados hoje em Lisboa aprovaram uma moção em que garantem que “tudo farão” para não participar na repressão do “descontentamento” dos portugueses e agendaram uma vigília contra o Orçamento do Estado junto à Presidência da República.

As três associações que convocaram a marcha que se realizou hoje, entre a Praça do Município e a Praça dos Restauradores, garantiram que “tudo farão para impedir a utilização dos militares em ações que visem reprimir a expressão democrática das preocupações e indignação dos portugueses e do seu correspondente descontentamento”.

A resolução final, aprovada por unanimidade, pelos milhares de militares que esta tarde se concentraram na Praça dos Restauradores, sublinha ainda que se “desenvolvem pressões que vão no sentido de, na segurança interna, ser atribuído um papel aos militares que vai muito para além do que a Constituição permite”.

Os militares decidiram ainda fazer uma vigília junto à Presidência da República, a 27 de novembro, dia em que deverá acontecer a votação final do Orçamento do Estado para 2013, na Assembleia da República.

Salientando a necessidade de ser avaliada a conformidade do Orçamento do Estado com a Constituição, as três associações - Associação de Oficiais das Forças Armadas, Associação de Praças e Associação Nacional de Sargentos – apelam ao Presidente da República e comandante supremo das Forças Armadas, Cavaco Silva, para que não promulgue o documento e peça a sua fiscalização preventiva.

Os militares decidiram entregar, também a 27 de novembro, um ofício ao presidente do Tribunal Constitucional e ao Provedor de Justiça, alertando-os “para a injustiça das medidas” contida no Orçamento.

Alguns militares vão estar presentes no Parlamento, no momento em que for votado o Orçamento, para que possam testemunhar “a iniquidade das gravosas medidas”.

Vão igualmente promover “ações” de protesto contra as medidas que “tão profundamente vêm afetando os portugueses em geral”.

Antes da leitura e votação da resolução, os presidentes das três associações discursaram perante milhares de militares, que responderam às medidas governamentais acenando com um cartão vermelho.

Luis Reis, presidente da Associação de Praças, criticou as opções governamentais e as recentes declarações do Ministro de Defesa Nacional, Aguiar Branco: "O senhor ministro disse que os militares que estivessem descontentes podiam sair. Disse mesmo que nenhum homem deverá servir nas Forças Armadas se não sentir vocação para tal. Oh! senhor ministro, o senhor tem a certeza que quer falar de vocação? É que se quer, provavelmente amanhã, Portugal e os Portugueses não têm governo".

Duas horas depois de iniciado o protesto, que começou as 15:00 na Praça do Município, os militares cantaram emocionados o hino nacional, terminando na Praça dos Restauradores a manifestação que juntou em Lisboa cerca de três milhares de pessoas.

http://www.ionline.pt/portugal/manifest ... ortugueses

atentem nesta frase:

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“desenvolvem pressões que vão no sentido de, na segurança interna, ser atribuído um papel aos militares que vai muito para além do que a Constituição permite”.
"[Os portugueses são]um povo tão dócil e tão bem amestrado que até merecia estar no Jardim Zoológico"
-Dom Januário Torgal Ferreira, Bispo das Forças Armadas