Apetece-me gritar bem alto, FO...

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Cabeça de Martelo

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Re: Apetece-me gritar bem alto, FO...
« Responder #1035 em: Setembro 18, 2012, 01:41:12 pm »
Editado, coloquei um video que era para outro tópico. :oops:
« Última modificação: Setembro 19, 2012, 12:24:55 pm por Cabeça de Martelo »
Contra a Esquerda woke e a Direita populista marchar, marchar!...

 

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Re: Apetece-me gritar bem alto, FO...
« Responder #1036 em: Setembro 19, 2012, 11:16:17 am »
Gráfico animado

Veja os rendimentos de 15 políticos portugueses antes e depois de passarem pelo Governo

Carlos Paes e Jaime Figueiredo (infografia)
18:40 Quinta, 13 de Outubro de 2011

Ler mais: http://expresso.sapo.pt/veja-os-rendime ... z26uR19ODG
"[Os portugueses são]um povo tão dócil e tão bem amestrado que até merecia estar no Jardim Zoológico"
-Dom Januário Torgal Ferreira, Bispo das Forças Armadas
 

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Re: Apetece-me gritar bem alto, FO...
« Responder #1037 em: Setembro 19, 2012, 12:06:59 pm »
Façam desses senhores exemplos e não é preciso revolução nenhuma.
 

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Re: Apetece-me gritar bem alto, FO...
« Responder #1038 em: Setembro 19, 2012, 01:52:41 pm »
Diretor da Biblioteca Nacional rejeita ser "cúmplice" de Passos Coelho

Paulo Alexandre Amaral, RTP 19 Set, 2012, 10:28 / atualizado em 19 Set, 2012, 11:20

Depois de Maria Teresa Horta ter esta terça-feira recusado receber um prémio literário das mãos do primeiro-ministro Pedro Passos Coelho, sabe-se, menos de 24 horas depois, do teor da carta de demissão do diretor da Biblioteca Nacional de Portugal, Pedro Dias. Na missiva enviada a 11 de setembro ao gabinete do secretário de Estado da Cultura, explicando que terminou uma ligação de quatro décadas com o PSD por ter deixado de se rever neste partido, Pedro Dias sublinha que estar “completamente contra a política” de um Governo ao qual não reconhece legitimidade para se manter em funções depois de “ter renegado todas as promessas feitas ao eleitorado” e do qual não aceita “ser cúmplice”.

Pedro Dias, investigador e professor catedrático da Faculdade de Letras da Universidade de Coimbra, terá sido uma das primeiras nomeações do Executivo de Passos, logo a 30 de Junho de 2011, escassas semanas após a vitória eleitoral do PSD nas legislativas do dia 5. Na altura, o secretário de Estado da Cultura Francisco José Viegas Francisco afirmava numa nota à Agência Lusa “a confiança na vasta experiência curricular e na grande capacidade de trabalho” de Pedro Dias.

De acordo com o diretor da BNP, menos de seis meses depois era para ele claro o desconforto com as políticas do Governo que o nomeara para a direção da instituição. A renúncia ao lugar foi formalizada em Dezembro, ao que se seguiram “sucessivos adiamentos”.

São pormenores que emergem num contexto de forte contestação à governação de Pedro Passos Coelho, depois de meio milhão de portugueses terem tomado a rua para dizer “Basta!” e em vésperas de o Presidente Cavaco Silva reunir um Conselho de Estado onde deverá comparecer o ministro das Finanças, Vítor Gaspar, para explicar o último capítulo da austeridade.

Na carta enviada a Rui Pereira, chefe de gabinete do secretário de Estado da Cultura Francisco José Viegas, o diretor da BPN sublinhou o desconforto pela situação: “Não só não me revejo na política do Senhor Primeiro Ministro, como estou completamente contra ela, e não reconheço legitimidade ao Governo para se manter em funções, por ter renegado todas as promessas feitas ao eleitorado, e que constituem a base da sua legitimidade democrática”.

“É assim absolutamente inaceitável ser cúmplice destas acções, enquanto Director-Geral, participando na delapidação de Portugal e dos seus recursos, em benefícios de grupos económicos, com o esmagamento das classes trabalhadoras e do domínio, no campo político, da Maçonaria, entidade que sempre combati. Já me desvinculei do PSD, de que já não sou militante, e não desejo voltar a ter qualquer colaboração com esta instituição, que nada tem a ver com a que, a partir de Maio de 1974, ajudei a desenvolver e a afirmar-se”, explica Pedro Dias.

Entretanto, sem comentários da Secretaria de Estado de Francisco José Viegas à justificativa desenvolvida por Pedro Dias, o diretor-geral da BNP foi substituído no cargo a 14 de setembro pela subdiretora da instituição, Maria Inês Cordeiro.

O caso ganha outros contornos face à contestação que o Executivo de Passos Coelho vem sendo alvo, com vozes dissonantes dentro dos próprios partidos da coligação, PSD e CDS-PP, a manifestar afastamento das opções governativas da equipa do primeiro-ministro. Paulo Portas, líder dos democratas-cristãos e ministro de Estado e dos Negócios Estrangeiros provocou nova ruptura interna na Maioria ao desmentir no passado fim-de-semana declarações de Passos Coelho relativamente à posição assumida nas alterações a introduzir na TSU (Taxa Social Única).

É assim que, em vésperas da reunião do Conselho de Estado convocado pelo Presidente da República, este episódio surge como mais um nos últimos ataques à credibilidade do Governo. Ontem, Maria Teresa Horta, escritora e poetisa com história no movimento ativista, fazia saber que não estaria presente no final da semana na cerimónia que lhe atribuiria o Prémio D. Dinis pela obra “As Luzes de Leonor”. A razão invocada: não poderia receber o prémio das mãos de um primeiro-ministro “empenhado em destruir o nosso país”.

“Na realidade eu não poderia, com coerência, ficar bem comigo mesma, receber um prémio literário que me honra tanto, cujo júri é formado por poetas, os meus pares mais próximos - pois sou sobretudo uma poetisa, e que me honra imenso -, ir receber esse prémio das mãos de uma pessoa que está empenhada em destruir o nosso país”, explicou, para esclarecer: “Não recuso o prémio que me enche de orgulho e satisfação, recuso recebê-lo das mãos do primeiro-ministro”.

Numa declaração registada pela Lusa, Maria Teresa Horta vê que “o primeiro-ministro está determinado a destruir tudo aquilo que conquistámos com o 25 de Abril e as grandes vítimas têm sido até agora os trabalhadores, os assalariados, a juventude que ele manda emigrar calmamente, como se isso fosse natural”.

http://www.rtp.pt/noticias/index.php?ar ... &visual=49
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Re: Apetece-me gritar bem alto, FO...
« Responder #1039 em: Setembro 19, 2012, 01:55:58 pm »
Citação de: "Edu"
Façam desses senhores exemplos e não é preciso revolução nenhuma.


exemplos? então mas são os amigalhaços
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Re: Apetece-me gritar bem alto, FO...
« Responder #1040 em: Setembro 19, 2012, 01:59:48 pm »
Citação de: "P44"
Citação de: "Edu"
Façam desses senhores exemplos e não é preciso revolução nenhuma.


exemplos? então mas são os amigalhaços

Quando falo em exemplos não é no bom sentido, é no sentido de fazer deles grandes exemplo de punição por parte do povo. Se alguns destes sofrerem com a raiva do povo os outro começam a portar-se melhor, e talvez até alguns deixem de cobiçar o poder.
 

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Re: Apetece-me gritar bem alto, FO...
« Responder #1041 em: Setembro 20, 2012, 09:46:10 am »
Citação de: "Edu"
Citação de: "P44"
Citação de: "Edu"
Façam desses senhores exemplos e não é preciso revolução nenhuma.


exemplos? então mas são os amigalhaços

Quando falo em exemplos não é no bom sentido, é no sentido de fazer deles grandes exemplo de punição por parte do povo. Se alguns destes sofrerem com a raiva do povo os outro começam a portar-se melhor, e talvez até alguns deixem de cobiçar o poder.


Eu percebi Edu ;)

O que eu quis dizer é que nunca farão deles exemplo pois comem todos do mesmo prato
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Re: Apetece-me gritar bem alto, FO...
« Responder #1042 em: Setembro 20, 2012, 10:39:59 am »
Também nunca pensei que fossem as autoridades a fazer deles um exemplo. É o povo, e quem se quizer juntar ao povo, que em vez de revoluções façam desses senhores um exemplo.
 

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Re: Apetece-me gritar bem alto, FO...
« Responder #1043 em: Setembro 20, 2012, 11:32:27 am »
Estudo de opinião
Sondagem: 87% estão desiludidos com a democracia

20.09.2012 - 10:16 Por Romana Borja-Santos



    Uma sondagem realizada pela Universidade Católica sugere que o número de portugueses desiludidos com a democracia chega aos 87%. E 73% dos inquiridos a defenderem que no futuro o Governo fará pior ou igual.

O estudo de opinião, feito para a Antena 1, RTP, Jornal de Notícias e Diário de Notícias, indica que para 77% dos inquiridos o desempenho do actual Governo (coligação PSD/CDS) é mau ou muito mau, com 74% a responderem que é mesmo pior ou igual ao do ex-primeiro-ministro José Sócrates (PS).

Quando se fala de remodelar o governo, 45% das pessoas entendem que a mudança não irá melhorar a qualidade da acção governativa. Já sobre o Orçamento do Estado para 2013, 51% dos inquiridos concordam com o voto contra do líder do PS, António José Seguro, e há 29% das pessoas a discordarem.

As reacções às recentes medidas de austeridade anunciadas pelo primeiro-ministro também são demolidoras: 78% das pessoas não acreditam na explicação dada por Pedro Passos Coelho para a influência que a Taxa Social Única (TSU) terá no desemprego e 81% não acreditam que os preços dos produtos baixem.

Por isso, para 95% das pessoas a qualidade de vida vai deteriorar-se nos próximos tempos e 77% acreditam que o consumo vai diminuir. Nas áreas em que acreditam que o consumo irá cair, muitos inquiridos dão como exemplo o carro, restaurantes, qualidade dos alimentos, gastos com lazer, electricidade, gás, pedidos de empréstimo e poupança. Pelo contrário, antecipam que vão utilizar mais transportes públicos ou fazer mais deslocações a pé e de bicicleta.

No que diz respeito às intenções de voto, se as eleições fossem hoje assistiríamos a uma viragem à esquerda, que teria uma maioria absoluta confortável. O PS vencia com 31% dos votos, seguido do PSD com 24%, da CDU com 13%, do BE com 11% e do CDS com 7%. Em relação à última sondagem, o PS perdeu 2 pontos nas intenções de voto e o PSD 12 pontos. A queda dos dois maiores partidos beneficiou, sobretudo, a esquerda, com a CDU a subir 4 pontos percentuais e o BE 2 pontos. Já o CDS-PP, que integra a coligação governamental de Passos Coelho, subiu um ponto. A popularidade de todos os políticos desceu, incluindo a do Presidente da República, Cavaco Silva. Passos Coelho e Paulo Portas são os menos populares.

http://www.publico.pt/Pol%C3%ADtica/son ... ia-1563811
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Re: Apetece-me gritar bem alto, FO...
« Responder #1044 em: Setembro 20, 2012, 11:37:37 pm »
Adoro estas sondagens, a mim e aos meus familiares nunca perguntaram nada em toda a vida! Não conheço uma única pessoa que tenha respondido a tais sondagens, no entanto elas aparecem...
 

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Re: Apetece-me gritar bem alto, FO...
« Responder #1045 em: Setembro 21, 2012, 09:19:27 am »
"The Economist": Portugal passou de "aluno modelo" a exemplo de correção excessiva

"O ponto de viragem: Quanta austeridade é demasiada austeridade?" é o título do artigo da revista "The Economist" que sustenta que Portugal passou de "aluno modelo" a exemplo de austeridade excessiva.

8:05 Sexta feira, 21 de setembro de 2012

Portugal passou, "em duas curtas semanas", de "aluno modelo" a "exemplo dos perigos que enfrentam os governos que levam a austeridade além" do que os eleitores conseguem tolerar, escreveu hoje a revista britânica "The Economist".

Num artigo intitulado "O ponto de viragem: Quanta austeridade é demasiada austeridade?"  :arrow: http://www.economist.com/node/21563352 , a revista afirma que o primeiro-ministro, Pedro Passos Coelho, "parece ter levado as reformas além do limite do que é considerado aceitável por larga parte do eleitorado".

"Nos 15 minutos que Passos Coelho demorou para anunciar o seu esquema na televisão, no início do mês, conseguiu a notável proeza de unir não só os partidos da oposição contra o seu plano 'intolerável', mas também os sindicatos, os patrões e os economistas", escreve a publicação na edição que será disponibilizada hoje nas bancas portuguesas.

O executivo anunciou que vai reduzir a TSU em 5,75 pontos percentuais para as empresas, financiando a medida com um aumento de sete pontos na contribuição dos trabalhadores para a Segurança Social.
"Austeridade não pode ser levada além do limite determinado pelos eleitores"

De acordo com a revista, "as políticas de Passos Coelho podem ter sido bem-sucedidas em enfatizar as diferenças entre Portugal e a Grécia". No entanto, o primeiro-ministro "também está a descobrir que a austeridade não pode ser levada além do limite determinado pelos eleitores, quer estejam em motins violentos em Atenas ou em marchas pacíficas em Lisboa".

Face às reações da oposição, dos sindicatos, dos patrões e da população, que encheram as ruas de várias cidades do país no sábado, a revista acredita que é "muito provável" que Passos Coelho altere seu plano, "se não recuar completamente".

Referindo que o maior partido da oposição, o PS, ameaçou apresentar uma moção de censura ao Governo, a "The Economist" entende que a crise no seio da coligação governamental é "potencialmente mais perigosa" para o primeiro-ministro.

"O plano também abriu uma brecha potencialmente irreparável entre os dois partidos na coligação governamental", o PSD e o CDS, lê-se no artigo.

Ler mais: http://expresso.sapo.pt/the-economist-p ... z275ed6ioM
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Re: Apetece-me gritar bem alto, FO...
« Responder #1046 em: Setembro 22, 2012, 09:59:12 am »
Vigília
“Basta”, gritaram os manifestantes durante as oito horas do Conselho de Estado

21.09.2012 - 16:31 Por Maria Lopes, Pedro Crisóstomo, Catarina Fernandes Martins, Vanessa Batista



    Milhares de manifestantes concentraram-se durante longas horas em Belém enquanto decorria a reunião do Conselho de Estado, que se prolongou pela madrugada deste sábado.

Com vídeo



Tal como à entrada para a reunião, os carros dos conselheiros de Estado que saíam do portão principal do Palácio de Belém foram apupados pelos resistentes que se mantinham colados ao cordão policial reforçado durante a noite pela PSP.

Numa demonstração de descontentamento em relação à classe política, repetia-se em coro: “Cobardes, cobardes” e “o povo unido jamais será vencido”.

Durante a noite, viveram-se momentos de tensão, mas os manifestantes mantiveram-se em Belém à espera que o Conselho de Estado terminasse, o que só veio a acontecer à 1h de sábado.

A vigília – convocada para pedir a demissão do Governo – começou mesmo antes do início do Conselho de Estado, que arrancou às 17h15. Assobios, apitos, gritos, bombos e alguns petardos lançados entre a massa ouviram-se dentro do palácio durante as cerca de oito horas da reunião.

A PSP reforçou o cordão de segurança frente ao Palácio de Belém, onde cinco pessoas foram detidas, quatro delas por arremesso de petardos.

Alguns resistentes esperaram que a reunião terminasse para repetirem palavras de ordem. Milhares concentrados no jardim em frente ao palácio, separados por barreiras e forças policias, gritavam durante a tarde: “Aqui Portugal, ali o capital” ou “Cavaco, escuta: o povo está em luta”. Ouviram-se protestos contra a troika, o Executivo e o Presidente da República. E “Basta” voltou a ser uma mensagem de revolta presente.

Para o ministro das Finanças, que Cavaco Silva chamou para estar presente na reunião do Conselho de Estado, a multidão gritou: “Vítor Gaspar, és muito lento a falar e quando abres essa boca dás orgulho a Salazar”.

O início da acção de protesto estava marcado para as 18h, mas as pessoas começaram a concentrar-se logo ao início da tarde. Por volta das 16h30, várias dezenas de manifestantes já estavam presentes e o protesto foi engrossando.

Myriam Zaluar, uma das organizadoras da vigília, apontava minutos antes das 19h para a presença de dez mil pessoas, número que seria revisto em alta pela organização para cerca de 15 a 20 mil pessoas, segundo a SIC Notícias. A PSP não avançou com números.

Para a deputada do Bloco de Esquerda Ana Drago, que se juntou à multidão, esta é – depois da manifestação de sábado – mais uma “prova de que há aqui uma vontade democrática que não apoia nenhuma medida [anunciada pelo Governo], nem a continuação desta austeridade”.

Um dos objectivos dos organizadores é a demissão do Governo. Myriam Zaluar insiste que é preciso rasgar o Memorando de Entendimento assinado com a troika e volta a pedir que o Executivo se demita.

Da multidão, um grito que ganhou força no último sábado: “Está na hora, está na hora de o Governo se ir embora”. João Camargo, outro dos organizadores, considera que “tem de ser o povo a decidir”. “Não podemos esperar que sejam eles lá dentro”, diz.

Teresa Delgado, de 53 anos, esteve na rua no último sábado. Hoje, juntou-se ao protesto em Belém pelas mesmas razões. Está desempregada há dois anos, já não tem direito a receber subsídio de desemprego. Quer uma mudança. Mas avisa: “Se houver um governo de salvação nacional, mudam as moscas, mantém-se a trampa”.

Rute Cerqueira, estudante de Enfermagem, veio trajada com outros colegas para fazer ouvir a voz dos estudantes. Marca uma posição: dizer que não querem ser obrigados a emigrar. E acrescenta uma nota: “Se a minha mãe governasse a nossa casa como este Governo governa o país, eu tinha morrido à fome”.
Esta concentração pretende também “demonstrar que 15 de Setembro não foi uma mera catarse colectiva, mas um desejo extraordinário de mudança de rumo”, descrevem os promotores na página oficial da manifestação.

http://www.publico.pt/Pol%C3%ADtica/con ... o--1564022
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Re: Apetece-me gritar bem alto, FO...
« Responder #1047 em: Setembro 22, 2012, 10:05:37 am »

Comandos. Almoço marca revolta da tropa especial

Por António Ribeiro Ferreira e Rosa Ramos, publicado em 18 Set 2012 - 03:10 | Actualizado há 4 dias 6 horas

É hoje na Associação de Comandos. Militares indignados com medidas do governo começam a preparar respostas fortes à crise política



A revolta está no ar. Não só nas ruas, mas em todos os sectores da sociedade portuguesa, incluindo os que têm altas responsabilidades e integram as chamadas funções de soberania do Estado. É o caso dos militares em geral e, agora, também de um corpo muito especial e com grandes tradições na vida democrática do país. Os comandos portugueses, através da sua associação, decidiram engrossar o contingente dos que pararam de estar resignados e entendem que chegou a hora de arregaçar as mangas e chamar à responsabilidade governo e demais órgãos de soberania.

Hoje, na associação de comandos, militares na reforma, na reserva ou no activo encontram-se num almoço que pode ser o início de uma participação muito mais activa e organizada nas movimentações que, um pouco por todo o lado, começam a surgir dentro e fora das Forças Armadas, na PSP ou na GNR.

Sendo uma força altamente treinada e com uma história que passa pela sua participação decisiva no 25 de Novembro de 1975, altura em que as forças totalitárias foram derrotadas pelos comandos liderados por Jaime Neves, os militares desta força, novos e velhos, não querem, uma vez mais, ficar de fora de um movimento popular que ganhou uma nova expressão com as manifestações de sábado em todo o país.

A organização do almoço de hoje e de outras iniciativas é uma forma de os comandos mostrarem à população que não só sofrem com a actual crise, como estão dispostos a estar ao lado dos portugueses em todas as formas de luta decididas pela sociedade civil. E é também uma maneira de mostrar ao poder político que há limites para tudo, não só para os sacrifícios como para a forma pouco digna como o actual governo trata os cidadãos. A gota de água foi, como para muitos portugueses, o anúncio do corte de salários para 2013 feito pelo primeiro-ministro antes de um jogo de futebol e a sua participação animada num concerto depois de ter atingido, de modo violento, o rendimento mensal de milhões de portugueses – um corte em cima de muitos outros que têm marcado estes meses de vigência do Memorando da troika.

Militares prometem luta O descontentamento dos militares é, aliás, de tal ordem que está já agendado, para a semana, um conjunto de reuniões entre as várias associações das Forças Armadas (FA). A primeira a decorrer será entre a Associação Nacional de Sargentos (ANS) e a Associação de Praças. “A ANS está totalmente solidária com os movimentos de cidadãos porque, além de sermos militares, somos pais e maridos e todos estamos a partilhar as mesmas dificuldades”, garante António Lima Coelho, representante da associação de oficiais. Das reuniões programadas deverá sair uma posição conjunta dos militares das FA, mas António Lima Coelho prefere não avançar cenários. “Até porque todos os cenários são possíveis e há alturas em que é preciso endurecer a voz”, diz.
O sentimento é partilhado pela Associação de Oficiais das Forças Armadas (AOFA), que classificou ontem as últimas medidas de austeridade anunciadas pelo primeiro-ministro de “pura extorsão”.

Manuel Cracel garante que os militares estão “revoltados” e deixa um aviso: os oficiais vão envolver-se “na resistência dos movimentos populares” para contestar as medidas. “A austeridade está a subjugar o país e iremos agir de acordo com os meios democráticos que estiverem ao nosso alcance”, garante a AOFA, que acusa o governo de estar a pôr em causa um dos principais pilares do país: as Forças Armadas. Segundo a ANS, muitos militares participaram, à civil, nas manifestações do último sábado em todo o país. “Não podemos esquecer-nos da nossa missão, que é zelar pelos cidadãos”, remata Lima Coelho.


http://www.ionline.pt/portugal/comandos ... a-especial
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Re: Apetece-me gritar bem alto, FO...
« Responder #1048 em: Setembro 22, 2012, 10:29:02 am »
Eu já cá tinha colocado essa noticia no fórum ( e no DB). A minha resposta mantém-se, é tudo treta, estes tipos estão a colocar-se em bicos dos pés e não têm nada onde se apoiar.
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« Responder #1049 em: Setembro 22, 2012, 11:33:43 am »
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