Apetece-me gritar bem alto, FO...

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Re: Apetece-me gritar bem alto, FO...
« Responder #1095 em: Outubro 26, 2012, 09:07:33 am »
Que pena a Independente ter fechado...sempre podia ir tirar um curso ao domingo, como o outro

Lusófona obrigada a reavaliar licenciatura de Relvas
Ministério da Educação dá dois meses à Universidade para reanalisar todos os processos de creditação profissional. As licenciaturas atribuídas por esta via poderão ser anuladas.

Joana Pereira Bastos
17:37 Quinta feira, 25 de outubro de 2012

O ministro da Educação e Ciência, Nuno Crato, ordenou hoje à Universidade Lusófona de Humanidades e Tecnologias (ULHT) que reavalie, no prazo de 60 dias, todas as licenciaturas atribuídas com recurso à creditação da experiência profissional, podendo as mesmas vir a ser declaradas nulas.

Na sequência da auditoria realizada pela Inspeção Geral da Educação à Universidade Lusófona, iniciada em julho após a polémica em torno da licenciatura de Miguel Relvas e concluída esta semana, o ministro fez uma advertência formal à instituição, considerando que esta não cumpriu os procedimentos legais de creditação profissional.

"No prazo de 60 dias, a ULHT deverá reanalisar todos os processos de creditação de competências profissionais (...) No caso de não haver fundamentação suficiente para a creditação profissional ou inexistindo registo de conclusão de unidades curriculares, deve a ULHT disso extrair todas as consequências legais, incluindo a possível declaração de nulidade" das licenciaturas atribuídas, refere o despacho do ministro da Educação, hoje divulgado.

Em causa está a atribuição, pela Lusófona, do grau de licenciatura a 89 alunos, a quem a universidade concedeu entre 120 e 160 créditos - número suficiente para concluir um curso em apenas um ano - por via do reconhecimento da experiência profissional. A licenciatura do ministro dos Assuntos Parlamentares, Miguel Relvas, é um dos casos que terá de ser agora reavaliado.

Em 2006/07, Relvas obteve a licenciatura de Ciência Política e Relações Internacionais na Lusófona, tendo de fazer apenas quatro das 36 cadeiras do curso. Nas restantes acabou por ter equivalência devido aos cargos que antes tinha exercido.

Já em 2009 a Inspecção-Geral de Educação tinha apontado falhas ao sistema de creditação profissional da Lusófona e feito recomendações que não foram, no entanto, cumpridas pela instituição, o que lhe valeu agora uma advertência formal por parte do ministro Nuno Crato.

"É manifesta a necessidade de alterar urgentemente todos os procedimentos" de creditação profissional da Lusófona, refere o despacho do Ministério da Educação, adiantando que se "exige maior transparência" nestes processos.

No despacho, o ministro reafirma ainda a intenção de alterar a legislação atualmente em vigor para impor limites ao número de créditos que podem ser atribuídos por via do reconhecimento da experiência profissional.

Os responsáveis da Lusófona recusam, para já, fazer qualquer comentário.

 

Ler mais: http://expresso.sapo.pt/lusofona-obriga ... z2AOGjw33o


ainda o crato vai para o olho da rua (olha que pena...) por estar a tentar lixar o "patrão"... :twisted:
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-Dom Januário Torgal Ferreira, Bispo das Forças Armadas
 

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Re: Apetece-me gritar bem alto, FO...
« Responder #1096 em: Outubro 27, 2012, 11:29:17 am »
então onde andam as vozes indignadas que tanto e tão alto se faziam ouvir nos tempos da "licenciatura" do sócas?  :roll:

Relvas fez três cadeiras que não existiam

Os graus académicos de 120 ex-alunos podem agora vir a ser anulados, incluindo o do atual ministro dos Assuntos Parlamentares Miguel Relvas

Joana Pereira Bastos

10:15 Sábado, 27 de outubro de 2012

A auditoria da Inspeção-Geral da Educação à Lusófona detetou várias irregularidades em licenciaturas atribuídas na universidade com recurso ao reconhecimento e certificação da experiência profissional.

No certificado de licenciatura de Miguel Relvas constam três cadeiras que não existiam quando esteve matriculado na universidade, em 2006/07, e que só começaram a ser lecionadas um ano depois do atual ministro saído da instituição.

Ler mais: http://expresso.sapo.pt/relvas-fez-tres ... z2AUgIbgqi
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Re: Apetece-me gritar bem alto, FO...
« Responder #1097 em: Outubro 27, 2012, 12:21:05 pm »
Tu não percebes nada!!! Não vez que o homem está à frente no seu tempo!... :lol:  :N-icon-Axe:
Contra a Esquerda woke e a Direita populista marchar, marchar!...

 

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Re: Apetece-me gritar bem alto, FO...
« Responder #1098 em: Outubro 27, 2012, 12:22:36 pm »
Não é altura para estados de alma!!!!
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Re: Apetece-me gritar bem alto, FO...
« Responder #1099 em: Outubro 27, 2012, 11:09:24 pm »
E o c@brão do Alzheimer sempre calado...
É escandaloso.
Ai de ti Lusitânia, que dominarás em todas as nações...
 

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Re: Apetece-me gritar bem alto, FO...
« Responder #1100 em: Outubro 28, 2012, 08:03:57 pm »
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As suspeitas do MP na privatização da EDP e da REN

por Ana Paula Azevedo e Felícia Cabrita

Nas privatizações da EDP e da REN, o DCIAP tem provas de que houve divulgação indevida de informações. E as suspeitas avolumam-se porque se verificou, ao longo do tempo, um abaixamento dos preços oferecidos pelos candidatos chineses pelas acções do Estado. No total, a diferença entre as ofertas e as ofertas finais fizeram com que na EDP, por exemplo, o Estado encaixasse menos 117 milhões de euros.

A venda dos 21,35% que o Estado detinha na EDP foi decidida no Conselho de Ministros de 22 de Dezembro de 2011. A venda de 40% da REN (em duas ‘fatias’, uma de 25% e outra de 15%) foi aprovada no Conselho de 13 de Fevereiro deste ano.

Em ambos os casos, os processos de privatização passaram por uma fase não vinculativa e depois vinculativa. Na primeira, o Estado comunicou o que pretendia vender e as condições gerais, e os potenciais compradores manifestam as suas condições e apresentam as primeiras propostas. No caso da EDP, apresentaram-se seis grupos empresariais na fase não vinculativa e o Estado deixou passar quatro à fase final: dois brasileiros, um alemão e o chinês. Já na REN, houve quatro candidatos que se propuseram comprar na fase não vinculativa, mas na fase vinculativa, à qual passaram todos, em Dezembro do ano passado houve dois que desistiram e o Estado só ficou com duas propostas.

Na operação da EDP, as Finanças colocaram a Caixa BI (que subcontratou a Perella Weinberg) a assessorar a Parpública.

O DCIAP reuniu vários indícios de que, na manhã do último dia (9 de Dezembro) para apresentação das propostas, a China Three Gorges ainda estava disposta a pagar mais de 150 milhões de euros do que acabou por pagar. Ao final da tarde, apresentou uma proposta mais baixa, tudo indicando que, antes de formalizar a sua proposta, terá sabido do preço dos outros concorrentes – e baixaram o seu, mas de forma a que mesmo assim fosse mais alto do que os dos brasileiros e dos alemães.

Tudo se terá passado em meia-hora (antes do limite, que eram as 17h). No decreto-lei da privatização da EDP, estava claro que as candidaturas vinculativas tinham de ser entregues em carta fechada, na Parpública. Subitamente, houve uma nota interna da Parpública aos candidatos, informando que deveriam enviar também as suas propostas por e-mail, não só para a Parpública, como para os seus assessores financeiros (Caixa BI e Perella). A partir das 16h, foram chegando por e- mail as propostas dos brasileiros e dos alemães, consonantes com as propostas enviadas por carta.

A proposta da China Three Gorges foi a última a chegar por e-mail, em cima das 17h. Suspeita-se que havia várias versões em carta da sua proposta, sendo que, nessa hora, alguém se encarregou de fazer aparecer na Parpública a que batia certo com a do e-mail.

felicia.cabrita@sol.pt

http://sol.sapo.pt/inicio/Sociedade/Int ... t_id=61866

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Assessoria vale milhões

por Ana Paula Azevedo e Felícia Cabrita

A importância do BES Investimento (BESI) e do seu presidente, José Maria Ricciardi, mede-se pela sua actividade: esteve ‘só’ envolvido nas maiores operações financeiras realizadas em Portugal nos últimos anos, desde aquisições e fusões, a Ofertas Públicas de Aquisição (OPA), privatizações e restruturação de grupos empresariais.

Só no último ano, o BESI assessorou as OPA da Brisa e da Cimpor, as subscrições de obrigações da PT e da Zon e a reestruturação do Grupo Mello. E Ricciardi é o segundo homem-chave no Grupo Espíriro Santo, sentando-se em todas as reuniões ao lado direito do número um, Ricardo Salgado, de quem é primo direito.

Na sequência das notícias sobre os seus telefonemas para Passos Coelho e Miguel Relvas, o presidente do BESI admitiu-os, mas explicou, em comunicado: “Transmiti a vários membros do Governo a minha discordância pelo facto de o Estado ter contratado a firma norte- americana Perella por ajuste directo, quando se exigia, na observância do rigor e da ética, que se elegessem as assessorias financeiras através de concurso público”.

Recorde-se que a Perella Weinberg – baseada em Londres e Nova Iorque, sendo em Portugal dirigida por Paulo Cartucho Pereira – foi contratada em Setembro de 2011, por ajuste directo, para fazer a assessoria financeira do Estado. Formalmente, a Parpública recebeu indicações para contratar a Caixa BI, tendo esta subcontratado a Perella. A decisão foi assumida pelo ministro das Finanças, que invocou o interesse do Estado e o facto de a Caixa BI constar da lista de empresas pré-qualificadas para o representar. Mas nos bastidores muito se falou do facto de Paulo Pereira (da Perella) ser amigo e antigo aluno de António Borges, consultor do Governo para as privatizações. Pela assessoria, as Finanças pagaram cerca de 20 milhões de euros.

‘Quem protestou ganhou’

Salientando que nunca praticou “actos que configurem abuso de informação ou manipulação de preços”, José Maria Ricciardi invocou outra razão para falar com Passos, aludindo às pressões que havia da Alemanha para que a E.On saísse vencedora na EDP: “Não traduz ilicitude, irregularidade ou sequer censura que se questione eventualmente um membro do Governo sobre se há intenção de ceder a pressões políticas promovidas pelas lideranças europeias, amplamente divulgadas na imprensa de então, sendo que tal questão só podia ter como pressuposto a vontade clara de fazer cumprir as regras do concurso, ou seja, a da adjudicação à proposta com melhor preço e condições mais favoráveis para o Estado Português”.

“Falar com um ministro, qualquer que ele seja, neste quadro não é ilícito, nem irregular ou sequer censurável”, remata o líder do BESI. Das quatro grandes privatizações que o Governo está a levar a cabo só a EDP e a REN ‘escaparam’ ao BESI – que foi contratado para a TAP e a ANA. Isso mesmo constatou o presidente do BPI, Fernando Ulrich. Questionado na quarta-feira pelos jornalistas sobre o caso do ajuste directo à Perella, respondeu: “Qual ajuste directo é que está a referir? É que quem protestou ganhou logo as privatizações seguintes, da TAP e da ANA. Valeu a pena protestar”. As declarações foram consideradas “absolutamente lamentáveis” por fonte oficial do BESI citada ontem pelo Diário Económico.

Arguidos libertados

No comunicado à imprensa, José Maria Ricciardi demarcou-se ainda do caso Monte Branco, salientando que nunca teve “qualquer ligação” com as pessoas nele envolvidas. Recorde-se que, esta quarta-feira, os arguidos Michel Canals e Nicolas Figueiredo, dirigentes da rede suíça que se encontravam presos desde Maio, foram libertados sob caução de 200 mil euros. A proposta partiu do Ministério Público, que invocou a atitude colaborante que têm tido no inquérito.

felicia.cabrita@sol.pt

http://sol.sapo.pt/inicio/Sociedade/Int ... t_id=61867

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Suspeita de tráfico de influências

por Ana Paula Azevedo e Felícia Cabrita

Amigo de José Maria Ricciardi há vários anos, Passos Coelho foi peremptório quando o presidente do BES Investimento (BESI), lhe telefonou:  “Desculpa, não posso falar contigo sobre esse assunto” , respondeu o primeiro-ministro.

Por outro lado, e segundo o SOL apurou, ao contrário do que tem afirmado o presidente do BESI, nesta sua abordagem ao primeiro-ministro não esteve em causa a Perella Weinberg – a consultora estrangeira que fora contratada meses antes, em Setembro de 2011, num ajuste directo que causou polémica, para prestar assessoria financeira nas duas privatizações à Parpública (a holding do Estado que formalmente era a proprietária das acções na EDP e na REN). E o mote da conversa também não passou pelas diligências que então se dizia que a Alemanha estava a desenvolver para que uma sua empresa nacional, a E.On, vencesse a corrida à privatização da EDP.

No telefonema, Ricciardi questionou Passos Coelho sobre um aspecto concreto e determinante das operações de venda das acções do Estado na EDP e na REN, nas vésperas de um dos conselhos de ministros em que estes dossiês foram discutidos.

Além desse telefonema, o banqueiro ainda haveria de fazer outro, para Miguel Relvas, ministro-adjunto e dos Assuntos Parlamentares, igualmente considerado relevante pelos investigadores.

Em ambos os casos, as conversas foram interceptadas em escutas telefónicas realizadas entre finais de 2011 e princípios de 2012, no âmbito do inquérito Monte Branco, que corre termos no Departamento Central de Investigação e Acção Penal (DCIAP).

Um dos telefones sob escuta era o de José Maria Ricciardi, suspeito de crimes de tráfico de influências e de abuso de informação privilegiada, relacionados com os processos de privatização da EDP e da REN. Nestes, o BESI efectuou a assessoria financeira à China Three Gorges e à State Grid, que acabou por vencer os respectivos concursos.

Apesar de o primeiro-ministro ter atalhado logo a conversa com Ricciardi, o DCIAP considerou o telefonema relevante para provar os indícios que já reunira contra o banqueiro.

felicia.cabrita@sol.pt

http://sol.sapo.pt/inicio/Politica/Inte ... t_id=61741
 

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Re: Apetece-me gritar bem alto, FO...
« Responder #1101 em: Outubro 29, 2012, 03:00:40 pm »
"Engraçado", apagaram-me um post...
é por as noticias não agradarem?????


Economia
OE2013 empurra Portugal para perto da Grécia

CES avisa que proposta do Governo pode conduzir país ao «incumprimento»


    Por Redacção
    2012-10-29 08:10

O Conselho Económico e Social considera que as metas traçadas pelo Governo na proposta do Orçamento para 2013 são «demasiado ambiciosas», dificultando o regresso aos mercados e podendo conduzir Portugal ao «incumprimento» e a aproximar-se da situação grega. Para além disso, a previsão de uma recessão de apenas 1% é «irrealista».

Estas considerações constam do projeto de parecer sobre o Orçamento para 2013 (OE2013), ao qual a Lusa teve acesso, e que será analisado esta segunda-feira pela Comissão Especializada Permanente de Política Económica e Social (CEPES).

De acordo com o documento, elaborado pelo conselheiro Rui Leão Martinho, «a fixação das metas demasiado ambiciosas e com reduzida aderência à realidade, longe de permitir um mais rápido regresso aos mercados, coloca o país perante uma situação de incumprimento reiterado».

O CES receia que o país esteja a entrar «num círculo vicioso de recessão e aumento da dívida, aproximando-se da situação grega».

O Conselho sublinha que a estratégia de consolidação orçamental se alterou «em seis meses no que respeita à contribuição relativa das medidas do lado da despesa e da receita, refletindo em grande medida a inclusão de um conjunto de medidas substitutivas das consideradas inaplicáveis a partir de 2013 pelo Tribunal Constitucional e visando maior equidade na distribuição do esforço de consolidação orçamental».

No conjunto de medidas de consolidação orçamental que constam no OE2013, cerca de 20% incidem sobre a redução da despesa e 80% sobre o aumento da receita, mesmo quando o Governo já tinha reconhecido, aquando do OE2012, que «o esforço do lado da receita atingiu já os limites do sustentável», refere o documento.

«Mesmo tendo em conta que parte do agravamento fiscal procura compensar a reposição de um subsídio aos trabalhadores do setor público e de 1,1 subsídios no caso dos aposentados e reformados, a proposta de Orçamento do Estado para 2013 está longe daquele princípio» e «sem este efeito, o contributo da redução da despesa seria de 50,6%».

O CES lamenta ainda que o processo «profundo e abrangente» para identificar cortes substanciais na despesa, que, segundo o Governo, conduzirá, em 2014, a poupanças da ordem de 1,75% do PIB não se tenha iniciado mais cedo, evitando-se deste modo, em 2013, um aumento da carga fiscal «tão nocivo para os cidadãos e para as empresas».

Segundo este parecer, o CES estima que a economia portuguesa tenha destruído quase 650 mil empregos, 428 mil dos quais desde que Portugal pediu ajuda externa à troika.

O projeto de parecer sobre o OE2013, que poderá sofrer algumas alterações na reunião de segunda-feira, será votado no plenário do CES a 05 de novembro, no Parlamento.

http://www.agenciafinanceira.iol.pt/eco ... -1730.html
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« Responder #1102 em: Outubro 31, 2012, 10:44:44 am »
Fernando Ulrich: “O país aguenta mais austeridade?... Ai aguenta, aguenta”

30.10.2012 - 13:27 Por Lusa

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O presidente executivo do BPI, Fernando Ulrich, afirmou esta terça-feira que o país tem de aguentar mais austeridade e mostrou-se “chocado” com “pessoas com responsabilidade” que querem levar Portugal para a situação da Grécia.




Fernando Ulrich, que falava na conferência III Fórum Fiscalidade Orçamento do Estado 2013, perguntou retoricamente se o país aguenta mais austeridade e a resposta foi “Ai aguenta, aguenta!”.

“Não gostamos, mas [Portugal] aguenta, e choca-me como há tanta gente tão empenhada, normalmente com ignorância com o que está a dizer ou das consequências das recomendações que faz, a querer nos empurrar para a situação da Grécia”, disse o banqueiro.

Seguindo o mesmo raciocínio, Fernando Ulrich acrescentou que fica “absolutamente boquiaberto” perante pessoas com tanta responsabilidade, “raramente da maioria ou no poder”, que fazem recomendações e considerações que “terão como consequência levar Portugal, num tempo relativamente curto, para a situação da Grécia”.

O presidente executivo do BPI deu assim exemplos da situação da Grécia, em que o desemprego “já está em 23,8%” e chegará aos 25,4% no próximo ano. Apesar disso, “os gregos estão vivos, protestam com um bocadinho de mais veemência do que nós, partem umas montras, mas eles estão lá, estão vivos”.

Pelo que Portugal deve apresentar à Europa, “de uma forma credível”, um programa de longo prazo “em que eles também percebam que têm alguma coisa a ganhar”, porque “ir de mão estendida a dizer 'ajudem-nos', isso não vai a lado nenhum. Ficaremos como a Grécia e essa opção rejeito”, sublinhou.





O que dizer perante isto. Um individuo que ganha milhões, que dependeu provavelmente de da recapitalização da banca provada com fundos publicos portuguêses. E vem dizer isto

Que merece um individuo destes??

Na minha opinião este é daqueles que merecia servir de exemplo.
 

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Re: Apetece-me gritar bem alto, FO...
« Responder #1103 em: Outubro 31, 2012, 02:15:45 pm »
O trágico dessas afirmações - e de outras, vindas do mesmo quadrante - é que se fica com a ideia (e justamente) que a "direita" é o inimigo a abater. É que à ideia de "direita" está associada ideia de conservadorismo, que é o conceito que - a meu ver - seria a orientação que nos poderia colocar no rumo certo. O problema é que o conservadorismo é "soberanista" e sobretudo não alinha em eugenias.
Na verdade, esta gente, estes liberais da treta, podem ser tão perniciosos como os comunistas (na minha opinião os últimos são invenção dos primeiros), mas infelizmente subtilezas conceptuais escapam a muito boa gente. Por reacção, temo que teremos as ideias feitas da comunistada do costume e inicia-se novamente novo ciclo de saque. Há que dizer que para o pessoal do muito guito seria muito interessante ter aqui um sistema de "esquerda vigorosa" para a definitiva sinificação de Portugal.
A minha esperança é que o pessoal esteja farto das mentiras desta malta toda, tanto de um lado como do outro.
Ai de ti Lusitânia, que dominarás em todas as nações...
 

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Re: Apetece-me gritar bem alto, FO...
« Responder #1104 em: Outubro 31, 2012, 04:06:53 pm »
Se toda a gente que tem dinheiro no BPI o retirasse, queria ver esse "senhor" a "aguentar-se"...
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Re: Apetece-me gritar bem alto, FO...
« Responder #1105 em: Outubro 31, 2012, 05:44:02 pm »
Muito se associa que a direita está ligada a a posições mais conservadoras e a esquerda a posições mais liberais.

Não posso concordar com isto. A direita pode de facto ser vista como uma posição mais liberal que a esquerda sob o ponto de vista económico. Senão vejamos, a direita é um tipo de ideologia que defende o mercado livre e sem restrições, já a esquerda defende um mercado mais controlado pelo estado. A direita defende uma menor carga de prestações sociais e que cada inviduo pague os seus cuidados médicos e educação, já as ideologias de esquerda defendem cargas de prestações sociais para que depois possam ser dados os cuidados medicos e a educação de forma mais "gratuita".

Então perante isto o que é mais conservador e mais liberal?

No meu ponto de vista a diferença entre direita e esquerda é que a direita defende o cada um por si, cada um que pague pelo que consome. Já a esquerda defende mais uma sociedade mais solidária na qual todos pagam para o bem comum.

Estabelecendo estas diferenças nada impede que uma ou outra ideologia seja mais ou menos patriota e defensora da soberania. De facto basta olharmos para Portugal para vermos que nem a esquerda nem a direita defendem mais a soberania que a outra.

Agora o discurso destes senhores de direita é muito engrassado. Porque quando as suas empresas dão lucro e a sua posição no mercado está salvaguardada acham bem que haja menos impostos  para eles e que cada um pague pelo que gasta. Já quando vêm as ditas crises e se veêm sem capital já não é mal nenhum pedir ajuda ao governo e utilizar fundos publicos.

É o tipico privatizar dos lucros, nacionalizar dos prejuizos. Assim também eu sou empreendedor.
 

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Re: Apetece-me gritar bem alto, FO...
« Responder #1106 em: Outubro 31, 2012, 06:49:15 pm »
Edu, ser conservador não é ser-se liberal (interpretando-se isso numa perspectiva económica e não cultural "americana").
Ser-se conservador é a procura de um equilíbrio, tentando-se salvaguardar os conceitos e valores que já demonstraram a sua validade para o bom funcionamento da sociedade, aceitando a mudança mas com cautelas.
Há muita confusão que provêm dos conceitos americanos e eu devo confessar que muitas vezes caí em graves equívocos por causa disso.

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"Agora o discurso destes senhores de direita é muito engrassado. Porque quando as suas empresas dão lucro e a sua posição no mercado está salvaguardada acham bem que haja menos impostos para eles e que cada um pague pelo que gasta. Já quando vêm as ditas crises e se veêm sem capital já não é mal nenhum pedir ajuda ao governo e utilizar fundos publicos.

É o tipico privatizar dos lucros, nacionalizar dos prejuizos. Assim também eu sou empreendedor."

Isso não é a direita - e daí já nem sei!  :mrgreen:
Para mim é simples chico-espertice de gente que prefere o patrocínio mais assumido do pessoal do guito.
Ai de ti Lusitânia, que dominarás em todas as nações...
 

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« Responder #1107 em: Outubro 31, 2012, 07:02:03 pm »
Citação de: "Luso"
Edu, ser conservador não é ser-se liberal (interpretando-se isso numa perspectiva económica e não cultural "americana").
Ser-se conservador é a procura de um equilíbrio, tentando-se salvaguardar os conceitos e valores que já demonstraram a sua validade para o bom funcionamento da sociedade, aceitando a mudança mas com cautelas.


Mas segundo essa definição de conservadorismo terá de concordar comigo que tanto um partido de direita como de esquerda pode procurar o equilibrio tentando salvaguardar os conceitos e valores que já demonstraram a sua validade para o bom funcionamento da sociedade, aceitando a mudança mas com cautelas.

Agora a questão que eu levantei nem é relativa a se o individuo é de esquerda ou de direita, porque em Portugal é exactamente o mesmo. Este é simplesmente um individuo com dinheiro que defende que os portugueses podem pagar mais porque ele próprio está numa situação priveligiada que o deixa salvaguardado independentemente da má situação em que o país esteja.

Assim este mesmo individuo, e outros como ele, perferem o povo que coma e cale, sem grandes confusões e revolucionarismos à mistura que lhe possam de alguma maneira por a posição priveligiada em causa.
 

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« Responder #1108 em: Outubro 31, 2012, 08:24:08 pm »
Citação de: "Edu"
Mas segundo essa definição de conservadorismo terá de concordar comigo que tanto um partido de direita como de esquerda pode procurar o equilibrio tentando salvaguardar os conceitos e valores que já demonstraram a sua validade para o bom funcionamento da sociedade, aceitando a mudança mas com cautelas.


Negativo, Edu.
Repare no historial da esquerda em relação ao que é natural, à família e às relações humanas, o conceito de pátria, o combate aos "tabus", a economia na mão do Estado, etc.
A esquerda quer o totalitarismo do Estado. Escravidão a bem do aparelho de topo.

Por outro lado temos, os neo-liberais, declaradamente ao lado do dinheiro, também a atacar as mesmas bases civilizacionais, mas a bem do poder de grandes empresas monopolistas - que é nisso que a aplicação dos seus modelos selvagens resulta. Isto representa apenas uma parte da gente que se diz de direita. Escraviza a bem das oligarquias.

Liberais Económicos = esquerda. Os opostos decididamemte tocam-se e, para quem quiser estudar um pouco de história, verá são os muito ricos que dominam uns e outros a bem de um totalitarismo.

Vendo bem as coisas, há gente que se diz de esquerda mas que é conservadora e outros que se dizem neo-liberais mas que nem sonham que o que pretendem resulta, no mínimo, num estalinismo ou fascismo, essas faces da mesma moeda.

Se é possível falar verdadeiramente de fascismo na nossa história, isso só se aplicará ao risco que actualmente corremos, de tão fraco e corrupto que está o Estado, completamente nas mãos do capital financeiro.
Ai de ti Lusitânia, que dominarás em todas as nações...
 

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Re: Apetece-me gritar bem alto, FO...
« Responder #1109 em: Novembro 01, 2012, 11:18:00 am »
Citação de: "Luso"
Se é possível falar verdadeiramente de fascismo na nossa história, isso só se aplicará ao risco que actualmente corremos, de tão fraco e corrupto que está o Estado, completamente nas mãos do capital financeiro.

nem de propósito  :arrow:

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HOJE às 10:26


FMI já está em Portugal a preparar reforma do Estado, revela Marques Mendes


O Governo está a preparar a reforma do Estado anunciada na passada semana pelo primeiro com a ajuda de técnicos do Fundo Monetário Internacional (FMI) que já estão em Portugal e já estiveram reunidos com membros do Executivo nos ministérios da Administração Interna e Defesa, revelou quarta-feira Marques Mendes, no seu comentário no programa Política Mesmo, na TVI24.

A reforma vai passar por várias concessões a privados, acrescentou o ex-presidente do PSD, dando como exemplos as florestas, centros de saúde e os transportes públicos, pela mobilidade especial da função pública e com o agravamento dos pagamentos na saúde e na educação.

A reforma do Estado vai implicar cortes num total de 4 mil milhões de euros: 500 milhões na defesa, justiça e segurança e 3.500 mil milhões na segurança social, saúde e educação, adiantou.



Marques Mendes afirmou também que o estudo da reforma que está já a ser feito será aprovado em 2013 e aplicado em 201. Em Novembro (data da 6ª avaliação) o Governo apontará à troika os princípios essenciais das reformas a fazer e em Fevereiro de 2013 (7ª avaliação) o Executivo de Passos Coelho apresentará o conjunto de medidas a adoptar.

No entanto, o social-democrata considerou que esta reforma chega com um ano de atraso. «O Governo andou a dormir na forma. (…) Se tivesse sido estudada em 2012, aplicava-se em 2013 e evitava-se o assalto fiscal que aí está», acusou.

O antigo presidente do PSD acrescentou que, há um ano, o Governo tinha um enorme estado de graça e autoridade eque  hoje tem uma imagem já «bastante degradada» e a autoridade já não é a mesma.

«Mas antes tarde que nunca». «Sem esta reforma o País não é nem competitivo nem sustentável», frisou.

http://diariodigital.sapo.pt/news.asp?id_news=599661


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ao fim e ao cabo, o plano era este. Caiu a máscara!
"[Os portugueses são]um povo tão dócil e tão bem amestrado que até merecia estar no Jardim Zoológico"
-Dom Januário Torgal Ferreira, Bispo das Forças Armadas