Valência, no litoral, teve de facto, enorme contribuição povoadora catalã também - a língua materna valenciana ainda falada é o reflexo disso mesmo, que não é apenas uma derivação do latim ou mais um occitano ou o que for - é uma variante da mesma língua catalãvalenciana.
Quanto ao resto, Valência como a Catalunha, cada uma por si, como Espamha em geral dispões do seu futuro por si próprias. E acho bem que não admitam ingerências. De resto, apenas disse que vejo-os(Catalunha e Valência), ainda que do ponto de lista lusitano, uma mesma nacionalidade, com base em fundamentos claros.
Isso do Kosovo é uma excepção lamentável que não invalida a regra(aliás com maiores diferenças étnicas e religiosas). Lleida, Tarragona, Barcelona - e nem precisamos nós portugueses(ou outro povo) de falarmos por vós - são Catalães e território catalão - e isso não é negociável nem para catalães nem para espanhois em geral - a não ser que todos vós, espanhóis, tivessem perdido a sanidade mental - e fosse necessária um intervenção internacional de paz - o que não acredito. Como Burgos é castelhano ou o Porto é português.
O que teria por teoria acontecido a Portugal se tivesse falhado em 1640. Bom, é certo que é muito maior que a Catalunha - e que gozou de uma separação total nesses níveis no período 1580-1640 - e o periodo foi curto. Apenas séculos poderíam, em teoria, levar a uma "colonização" minoritária espanhola ou castelhana - e a um eventual jogo político para dividir Portugal regionalmente devido à sua diversidade(norte- sul etc,) grandeza e diversidade territorial em geral, para servir melhor a anexação. Aliás, não só ser maior e com a nacionalidade mais consolidada ou sólida, mas também o império e a língua em expanção em vários coninentes, especialmente no Brasil, contríbuiram para a Restauração da independência.
E hoje o caro amigo Victor e muitos outros estaríam a aplicar o mesmo "tratamento" e chantagem argumentativa contra Portugal ou os Portugales dessa teoría da desgraça, que aplicam exactamente contra a Catalunha hoje. Já sabemos.
Aliás temos um exemplo triste e paradigmático no que há de mais negativo(ainda que distinto e particular) de Olivença - e com o resultado mais negativo para o país de que era(e é?!) parte, no caso Portugal. Levou mesmo à perdita factual do território de Olivença por parte de Portugal até hoje - embora o caso tenha as suas peculariedades próprias.
Atenção: não duvido da sua sincera estima por Portugal - e não é cinismo - é sinceridade da minha parte. É apenas uma constatação naquilo que disse no parágrafo acima. E compreendo a sua posição de pessoa que se toma por um bom patriota espanhol, defendendo a sua pátria e território, seja aragonês com honra no seu caso ou de outra qualquer parte de Espanha. Neste forum, patriotismo(ainda que variando o conceito) é algo que toda a gente espera de todos, seja qual forem os países ou o conceito.
Graças a DEUS (1640) esse destino desgraçado foi proíbido e o Destino Divino foi outro.
Seja como for, essas populações de origem exterior catalãs, inevitavelmente - as que que continuarem - adaptar-se-ão à língua catalã e cultura catalã, mesmo com a Catalunha dentro de Espanha ou seja comofor. E nisso, a Catalunha revelou um notável instinto de vida e sobrevivência, percebendo que a língua, o espírito em acção(o espírito fundamental da nação) é a chave da sobrevivência(e é falada em três Estados europeus). A força é necessária em qualquer identidade(em caso de defesa) - sendo pacífica e legislativa, sem violência, óptimo - e é o passo fundamental antes de qualquer outro para os catalães.
Portugal foi obrigado à violência à séculos, o que é sempre mais duro - eu disse foi obrigado e forçado a isso.
Outra coisa, é que saibam a língua espanhola, que os lige em compreensão com as nações americanas de língua hispana - que é uma língua mundial, como mundiais são português, o inglês, o francês etc.
Seja como for, reafirmo o respeito e a estima pelo Povo espanhol, a sua bravura a sua grandeza, pela nossos laços ibéricos(temos diferenças nacionais mas também grandes laços entre ibéricos). Quem tomar isto por anti-espanholismo de um português no caso da minha pessoa, estará a levar a questão para um lado que fica a um passo de ataques ad-hominen e, no fundo, a fugir à argumentação e ao tema. Porque isto é muito claro. Nós Portugueses, seguinto o Evangelho primeiro e até o preceito hindu, de não fazer aos outros aquilo que não queremos que nos façam a nós - e neste caso em especial - não gostar que façam aos outros aquilo que não gostaríamos que nos fizessem a nós, - compreendemos assim o povo da Catalunha.
Bom, acho que já nos compreendemos a ambos, ainda que discordando um do outro no tema.