Nova organização do nosso Exército

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ricardonunes

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« Responder #675 em: Abril 16, 2008, 05:18:39 pm »

Manutenção de helicópteros das Forças Armadas vai custar 50 ME ano


16 de Abril de 2008, 17:05

Lisboa, 16 Abr (Lusa) -- A manutenção dos helicópteros dos três ramos das Forças Armadas vai custar, em 2011 ou 2012, cerca de 50 milhões de euros por ano, afirmou hoje o director-geral de Armamento no Parlamento.

O almirante Viegas Filipe, director-geral de Armamento e Equipamento de Defesa, reuniu-se hoje, à porta fechada, com os deputados da comissão parlamentar de Defesa Nacional sobre os investimentos nesta área integrados na Lei de Programação Militar (LPM).

Segundo relatos de deputados feitos à Agência Lusa, Viegas Filipe estimou que o valor da manutenção da frota de helicópteros dos três ramos, quando estiver completa, será de 50 milhões de euros, um valor elevado dado que foram comprados a fornecedores diferentes.

Até 2012, está prevista a entrega dos NH-90, de transporte e projecção de forças, que se juntam aos Lynx, da Marinha, e aos EH-101, da Força Aérea.

Pronto para ser lançado, à espera de "luz verde" do Governo, está o concurso para o helicóptero de reconhecimento do Exército, que vai substituir os velhos Allouette, anunciou o almirante aos deputados.

Em lançamento, para este ano, está igualmente o concurso para a modernização dos aviões de transporte C-130 à Lockheed Martin, acrescentou o director-geral do Armamento e Equipamento do Ministério da Defesa.

Atrasado está o programa de modernização dos F-16, parte dos quais deveriam ser vendidos no âmbito da LPM.

Em declarações à Lusa, o presidente da comissão de Defesa Nacional, Miranda Calha, disse que a reunião se destinou a dar uma "informação aos deputados sobre o progresso geral do reequipamento das Forças Armadas" que tem tido "uma evolução positiva".

NS.

Lusa/fim

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Não sei se será o tópico certo, mas como isto está uma salsada...........
Potius mori quam foedari
 

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Lightning

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« Responder #676 em: Maio 13, 2008, 07:36:33 pm »
Quando o CEME disse que queria formar mais 2 Batalhões (penso que para a Brigada de Reacção Rápida) referia-se a um Batalhão de Apoio e Serviços e um Grupo de Artilharia de Campanha certo? Falo nisso porque ao vermos a organização das nossas 3 Brigadas, esses 2 Batalhões faltam à BRR (além da Companhia de Engenharia e BAAA mas essas existem nas Forças de Apoio Geral) em comparação com a BI e a BM.

Agora supondo que possuiamos esses 2 Batalhões onde é que eles ficariam aquartelados?

Hipotese:

O GAC com peças de 105mm no RA6 em Leiria, sendo o GAC da BI um novo GAC a levantar no RA5 com peças de 155mm (já li isso algures ai no forum).

O BAS no RI3 em Beja? O Regimento está lá às moscas...
E já agora voltavam a formar a Companhia Anti-Carro :lol: .

Outra pergunta é, visto a actual Brigada já não ser "Aerotransportada" no seu todo, ainda existe a necessidade de haver pessoal qualificado em Pára-quedismo na Engenharia, Artilharia, Serviços, etc? Essas sub-unidades de 2ª linha não poderiam ser constituidas por pessoal "regular" ficando os Pára-quedistas com os BIPara, o Batalhão Aeroterrestre, a Companhia Anti-Carro e talvez outra sub-unidade a quem fosse necessário essa capacidade?
 

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tyr

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« Responder #677 em: Maio 13, 2008, 09:14:11 pm »
Se for preciso criar um aerodromo através de uma operação aeroterrestre, quem o vai fazer a infantaria ou a engenharia (engenharia não é tropa de 2ª linha (num todo), é tropa de apoio directo ao combate (sapadores de engenharia, fazem abertura de brechas debaixo de fogo, israel inclusive tem unidades de elite exclusivamente de engenharia) e apoio de segunda linha (Descontaminação NBQ, EOD, Pontes, vias comunicação e construções, mas que podem desempenhar funções de primeira linha se for necessario, como por exemplo criar acessos com os tractores de lagartas)).
A morte só é terrivel para quem a teme!!
 

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tyr

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« Responder #678 em: Maio 13, 2008, 09:19:50 pm »
e na operação aeroterrestre que os americas encetarm na invasão do iraque (no curdistão) após a largada dos precs veio uma brigada de engenharia paraquedista para criar infraestruturas para aviões poderem aterrar e descarregar material para alem de fortificafrem a posição.
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Lightning

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« Responder #679 em: Maio 13, 2008, 09:29:27 pm »
Posso estar errado mas penso que nesse aspecto a Companhia de Engenharia que existia na BAI também não servia, pois os seus veiculos não podiam ser lançados de pára-quedas, o avião tinha que aterrar e desembarcar os veiculos para estes serem usados, mas como disse no inicio, posso estar errado e estar a confundir com outros veiculos.
 

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Lightning

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« Responder #680 em: Maio 13, 2008, 09:32:26 pm »
E peço desculpa então por ter dito que Engenharia era tropa de 2ª linha, não era com intuito de dizer serem inferiores, mas na minha ideia simplista era Infantaria, Cavalaria, Artilharia tropas de combate, isto é, 1ª linha, e Engenharia, Transmissões, Serviços, tropas de apoio, isto é, 2ª linha, mas todos profissionais na sua função, não pretendia denegrir nenhum deles.
 

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tyr

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« Responder #681 em: Maio 13, 2008, 09:48:35 pm »
o pessoal que tem mais baixas a desempenhar a sua função em combate, são os sapadores a abrirem uma brexa debaixo de fogo.
O material da CengBai era lançavel de paraquedas, mas nunca foi lançado pois existe uma percentagem de danos nas maquinas e nunca ninguem quis assumir essa responsabilidade.
As 3 armas que andam na frente de combate são Infantaria e cavalaria à frente, com a Engenharia imediatamente atras, sempre que se encontra um obstaculo, a infantaria e cavalaria tomam posições para defender os engenheiros enquanto neutralizam o obstaculo debaixo de fogo (caso não o consigam suprimir).
a artilharia na frente só tem os observadores avançados e na 2ª linha a AAA.
E eu sei que não quisestes denegrir, mas tive que corrigir, pois muita gente não faz a minima ideia das funções da engenharia em combate (nos exercicios da Brigada muitas vezes os obstaculos desaparecem miraculosamente para a infantaria e cavalaria não ficarem paradas ( e por isso a engenharia de combate passa despercebida para muitos militares))
A morte só é terrivel para quem a teme!!
 

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Lightning

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« Responder #682 em: Maio 13, 2008, 10:18:23 pm »
Então coloco a Companhia de Engenharia na parte em que disse "outra sub-unidade que necessite dessa capacidade" :lol: .

Mas actualmente não existe, o mais parecido é um pelotão que existe na EPE, de resto se for necessário um reforço de Engenharia temos as Companhias de Apoio Geral situadas no RE1 e RE3 mas estas não são pára-quedistas.

Então temos que presumir que o Pelotão de Engenharia Pára-quedista faça algo parecido com uma pista para que os C-130 possam aterrar (também é verdade que não é preciso ser grande pista, o C-130 aterra em pistas mal preparadas) e uma Companhia de Engenharia possa ser transportada por via aérea.
 

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tyr

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« Responder #683 em: Maio 13, 2008, 11:46:40 pm »
Por terem chegado a essa conclusão é que se fala em recriar a CengBai, mas agora denominada CengBRR
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Lightning

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« Responder #684 em: Maio 13, 2008, 11:49:54 pm »
Citação de: "tyr"
Por terem chegado a essa conclusão é que se fala em recriar a CengBai, mas agora denominada CengBRR


Já é um principio.
E em relação à BAAA, Companhia Anti-Carro, GAC e BAS há noticias?
 

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tyr

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« Responder #685 em: Maio 14, 2008, 12:07:13 am »
Não sei, só sei da CengBRR. E é só um rumor, pode não passar disso (só deixa de ser um rumor no dia em que for criada).
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zecouves

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« Responder #686 em: Maio 14, 2008, 12:13:03 pm »
Citação de: "Lightning"
E peço desculpa então por ter dito que Engenharia era tropa de 2ª linha, não era com intuito de dizer serem inferiores, mas na minha ideia simplista era Infantaria, Cavalaria, Artilharia tropas de combate, isto é, 1ª linha, e Engenharia, Transmissões, Serviços, tropas de apoio, isto é, 2ª linha, mas todos profissionais na sua função, não pretendia denegrir nenhum deles.


No léxico militar actual das Forças Armadas Portuguesas não há as definições de 1ª e 2ª linhas, muito menos no contexto que aplicas. Assim diz-se que as unidades da mui nobre (Infantaria), de Reconhecimento e de Carros de Combate pertencem à Manobra. A Engenharia, Artilharia e Transmissões, são do Apoio de Combate. Os serviços(manutenção, hospitalização, transportes, etc) são do Apoio de Serviços.
 

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PereiraMarques

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« Responder #687 em: Maio 27, 2008, 12:19:33 pm »
Citar
Despacho n.º 14598/2008
Considerando a necessidade de alterar a localização de algumas unidades
e órgãos do Exército prevista no despacho n.º 12 555/2006 (2.ª série),
de 24 de Maio, do Ministro da Defesa Nacional, publicado no Diário
da República, 2.ª série, n.º 115, de 16 de Junho de 2006, ao abrigo do
disposto no artigo 29.º da Lei Orgânica do Exército, aprovada pelo
Decreto -Lei n.º 61/2006, de 21 de Março, determino o seguinte:
1 — O mapa anexo ao despacho n.º 12 555/2006 (2.ª série), de 24 de
Maio, é alterado nos seguintes termos:
a) O Regimento de Infantaria n.º 1 fica localizado em Tavira e na
dependência do Comando Operacional do Exército
;
b) O Centro de Tropas Comandos fica localizado na Carregueira;
c) A Banda do Exército e a Fanfarra do Exército ficam localizadas
em Queluz
.
2 — As unidades e órgãos referidos no número anterior são transferidos
para as novas localizações nas datas fixadas por despacho do Chefe
do Estado -Maior do Exército.
24 de Abril de 2008. — O Ministro da Defesa Nacional, Henrique
Nuno Pires Severiano Teixeira.


 :arrow: http://dre.pt/pdf2sdip/2008/05/101000000/2344723447.pdf
 

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jmg

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« Responder #688 em: Maio 27, 2008, 11:18:39 pm »
Olá a todos, peço desculpa chegar atrasado para uma conversa que finalmente trata de um assunto interessante que é a Engenharia.
A engenharia é realmente uma arma de apoio de combate assim como é a arma de transmisões, enquanto a Artilharia é de apoio de fogos.
A Engenharia tem a particularidade de desenvolver trabalho para as armas combatentes e quando esses trabalhos estão concluídos passa a combater como infantaria.
Os equipamentos da Ceng/BAI não estavam preparados para serem largados de paraquedas, mas sim para serem aerotransportados por via de C-130.
Este dado conjugado ao facto de a neutralização/remoção/demolição de fortificações/obstáculos poder ser feita por pessoal de infantaria paraquedista habilitado com o curso de sapador das armas fez com que se achasse que a engenharia não precisasse de saltar.
Não te fies de mim, se te faltar valentia.
(Inscrição gravada num antigo punhal.Autor desconhecido)

ΜΟΛΩΝ ΛΑΒΕ
 

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tyr

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« Responder #689 em: Maio 27, 2008, 11:38:54 pm »
Actualmente finalmente está se a descobrir a importancia da engenharia (quase metade do trabalho feito para protecção das forças no afeganistão é feita ou por  pessoal de engenharia (exemplo mais flagrante as equipas EOD) ou com aconselhemento tecnico dos mesmos (procedimentos para evitar IED ou minas, batidas e mais algumas coisas que não são para discutir aqui)).
Este é outro factor para a recriação  da CengBRR, pois um graduado com o CSAPAS sabe escorvar um petardo, mas não sabe abrir uma brexa numa estrutura de betão sem se arriscar a ou demolir a extrutura ou a fazer lhe cocegas (para alem de não ter pessoal minimamente habilitado para o ajudar em segurança) ao contrario do pessoal de engenharia com o CEDMA que têm ao seu dispor um pelotão de pessoal treinado exactamente para fazer esses tipos de trabalhos.

No nosso exercito a engenharia (parte de Sapadores) tem sido esquecida por falta de nessecidade dos empregar, mas a realidade actual esta a mudar isso (quando os primeiros comandos foram para o afeganistão fizeram o frete de frequentarem a instução de sapadores, mas na segunda missão isso ja não foi um frete, muito pelo contrario).
Pena é que os nossos politicos tenham medo de empregar sapadores em  teatros de operações no estrangeiro(o pessoal que esta no Libano não têm missão de sapadores, mas na bosnia não foram sapadores com medo das baixas que poderiam haver nas limpezas de zonas minadas e armadilhadas).
A morte só é terrivel para quem a teme!!