Não deve haver neste fórum ninguém menos politicamente correcto que eu...
Os disparates mas acima de tudo as mentiras de David Irving, são os que são e estão documentados. Na sua maioria destinavam-se a suportar uma ideia que para o fim da carreira de Irving acabou por se tornar óbvia:
A negação do Holocausto !
O Sr. Irving é um mentiroso, e isso está mais que provado e comprovado, e a negação do holocausto é uma monstruosidade criminosa.
Não há palavras bonitas e agradáveis, para chamar a um mentiroso que é um mentiroso ou a um criminoso que é um criminoso.
(Excepto em Portugal, país onde o criminoso Domingos Névoa da BRAGAPARQUES é chamado de ladrão e a justiça permite-se aceitar um processo contra quem o chamou de ladrão, por insulto).
Realmente este mundo anda completamente ao contrário.
Não temos que encontrar adjectivos bonitos para qualificar um individuo que em grande parte do seu trabalho original, pretende passar uma mensagem distorcida que tem um objectivo final.
Repito: David Irving foi julgado e condenado (e nem sequer foi na Alemanha).
Não fui eu que determinei que o Irving foi um mentiroso.
Irving inventou factos e depois queixou-se de meio mundo (com muito mais recursos que ele), ter tido capacidade para demonstrar que ele mentia e prova-lo em tribunal.
Não podemos dizer que se Irving não tivesse caído em desgraça seria um grande historiador. Ele não é um grande historiador porque distorceu a realidade, não interpretou factos, e inventou factos quando as teses dele precisavam de «fontes».
Também o próprio Hitler teria sido um grande estadista, se não tivesse sido um crápula.
Uma nota adicional:
Hitler não terá vivido obcecado com a construção da Germania, a cidade que deveria ser construida sobre Berlim. É verdade que havia planos de grandes monumentos, mas os planos estendiam-se a todo o Reich.
O objectivo era aliás, durante a primeira metade dos anos 30, e mesmo até 1939, o de criar empregos e reactivar a economia. Era uma politica inspirada no «New Deal» da América, que também passava por fortes investimentos do governo.
O primeiro plano de Germania é apenas de Abril de 1937. Às vezes há quem inclua a construção do estádio olimpico e do aeroporto de Tempelhoff nos planos da nova capital, o que pelas datas não corresponde à verdade.
A questão da nova cidade, só se colocou com mais acuidade quando os bombardeamentos aliados começam a deixar mossa na capital alemã. Os britânicos bombardearam Berlim logo em 1940. Em 1941 os bombardeamentos nocturnos não são decisivos, mas começam a ser frequêntes e a deixar mossa. No entanto, Hitler no inicio de 1942, considera que é mais importante colocar Speer no ministério do armamento, que deixa-lo a planear a nova Berlim.
Para o fim (1943, após o desastre de Estalinegrado e até 1945), o comportamento de Hitler tornou-se muito mais problemático, mas até à invasão da Rússia as coisas eram diferentes. Hitler era apenas um líder, que guiava a Alemanha para um futuro radioso. Tal como Estaline ou os restantes ditadores.