O verdadeiro problema aqui para escolher novas fragatas, é que literalmente qualquer navio minimamente decente de 3000 toneladas no mercado, terá sensores e armamento superiores às nossas fragatas. E estamos a falar de alguns dos navios mais básicos do mercado.
A grande vantagem das EPC é que permite que com planeamento inteligente, se consiga aumentar a frota de superfície de combate, por custos inferiores (às custas do financiamento UE). É óbvio que estando em Portugal, isto é altamente improvável, ter uma Marinha com 7 fragatas por exemplos, ia ser o mínimo dos mínimos e na quantidade mínima. Mas num mundo ideal, poderíamos vir a contar com 3 fragatas de 5000 toneladas e 4 EPC, pelo preço que custariam 5 fragatas tipo FREMM ou equivalente.
Agora, o nosso calcanhar de Aquiles, são os prazos, já que a substituição das VdG é para ontem, e ainda assim terão de aguentar 10 anos ou mais de serviço.
Cá está, se fossem as EPC mas com mais 3 Fragatas a sério na linha de 5000 ton a começar já a vir a primeira.
Daí a minha observação das EPC e duas mastro oco até quase ano 2040.
Vejo melhor substituição por 3 Meko A 200, com todo o seu potencial modelar e de espaço, que serão aquelas naturais substitutas das Meko 200, sem entrar nas verdadeiramente grandes mas com presença atlântica ou onde for.
As EPC são muito limitadas e menores de tonelagem, abaixo das 3000 e muito mais lentas, pouco acima dos NPO. Mal chegam perto de um moderno submarino.
Questiona-se tantas vezes o numero de misseis ou o seu alcance em fragatas e esta EPC fica pelos 8 de curto alcance.
Como é dito, a velha MeKo 200 com o mesmo valor de investimento na altura certa tinha outro valor militar.
Agora resta, ou encolher, ou avançar um bocadinho, já que não se pode avançar muito.
Três A 200 nesta década e depois 2 ou 3 de 5000 para quando se arrumar as mastro oco, seria a Marinha com futuro e já com presente.
Assim será no futuro, aposto, as EPC para fazer figura complexa seguindo a linha do actual discurso e, mais tarde depois duas outras maiorzinhas em segunda mão desactualizadas em 2035 a 2040, que terão depois o mesmo "registo" que as actual mastro oco.
Sendo um País Atlântico com anseio as 300 ou 350 milhas dá vontade de rir.
Aliás olha-se a outros com menos mar e não têm problema com tonelagens. Mas porque estão enquadrados no "mundo actual".
Isto não é, creio, ter visões megalómanas, mas de forma regrada, estar de acordo com a posição Marítima e com o discurso de País atlântico.
O que for decidido seguramente irá sentir-se no futuro o peso dessa decisão.
Existe a questão do financiamento é verdade, mas...e uma estratégia de meios existe? Ou é só para justificar algumas existências de topo?
Então NPO "complexo" bastam, e depois "aluga-se" umas fragatas como agora.