Nós com ou sem inimigo declarado, desconfio que não mudasse muita coisa. O problema é que estamos aqui a discutir eles estarem "pior que nós", olhando apenas a fragatas, e esquecendo o resto que eles têm nas FA. Estamos a falar de muita mais submarinos, missile boats, gun boats, navios de desembarque, hovercrafts, etc, etc, enquanto nós temos as fragatas com idades semelhantes às Meko deles, e o resto a cair de podre ou desarmado. Nós até lanchas de 20 metros temos há quase uma década sem manutenção...
Será que é assim tão incomparável? Há inúmeros países que não estão em guerra, e mesmo assim não deixam de investir o mínimo na defesa, e evitar situações como a nossa.
Só para esclarecer, não vá a minha opinião ser confundida com anti americanismo.
Eu não sou contra as Arleigh Burke, eu sou contra substituir fragatas de 30 anos por destroyers de 25, quaisquer que sejam eles.
Então se estamos preocupados com o envelhecimento da frota a solução passa por comprar navios que, depois de 5 anos para modernização e treino das tripulações, ficam com mais 10, 15 anos no máximo, pela frente?
Uma parceria com os US para a defesa naval até pode ser interessante, mas nós a partilharmos uma plataforma americana deveria ser na classe fragata, e não destroyer. De momento não há nada disso mas daqui a 10 anos os frutos do ffx já estarão a navegar..
Então se esse argumento da idade é o verdadeiro problema, questiono, que idade que acham que vão ter futuros navios em segunda-mão que surjam no mercado? Na melhor das hipóteses, as Álvaro Bazan com 28/30 anos, o mesmo para as DZP! E estamos a partir do princípio que as suas substituições decorrerão sem atrasos...
Mas podemos fazer o exercício, se os Arleigh Burke vão receber um upgrade para durarem até aos 45 anos, será que seria feito o mesmo para as F-100?
Mas lá entramos no ilusionismo, antes eram as FREMM novas, agora as FFG(X)... Terão de me explicar onde pensam arranjar 1200/1400 milhões para duas fragatas novinhas em folha em 2030, mais 3000 milhões para substituir os F-16, e 5 anos depois mais 1000 milhões ou mais para substituir as BD (sim, porque em 2035 não vão haver grandes novidades no mercado de usados).
Pessoalmente não acredito que na década de 30 surja dinheiro para tanto programa de renovação. Como tal, a opção dos AB parece a mais viável de executar ainda esta década, permitindo aliviar o investimento em 2030/35. Fazer aquele MLU de trampa nas VdG e esperar que em 2030 tudo se resolva, parece-me imprudente, dado o historial.