Afeganistão: diversos

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Lusitano89

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Re: Afeganistão: diversos
« Responder #270 em: Janeiro 27, 2010, 11:35:48 pm »
Estabilização passa por apoio à economia e responsabilização


O reforço do apoio económico ao Afeganistão e a responsabilização das autoridades locais pela resolução dos problemas do país serão "peças-chave" para a estabilização do país, defendeu hoje o presidente da Comissão de Segurança e Defesa da NATO.

Em declarações à Lusa na véspera da conferência de Londres sobre o Afeganistão, Miranda Calha afirmou que, para além do empenhamento de mais militares, o país asiático precisa de um apoio ao fortalecimento das suas instituições e do seu tecido económico e social que confira uma maior autonomia aos afegãos.

"A  "afeganização do problema" é um objectivo, mas há acções importantes na componente militar, económica, política e de ajuda (...). Tudo isto é importante para que os afegãos possam tomar nas suas mãos o seu próprio destino, para que não se eternize a presença das forças estrangeiras no país", afirmou o deputado português à Lusa.

"Para que os afegãos possam projectar o seu próprio futuro, a componente económica é a peça-chave", alertou.

Uma delegação da Comissão de Segurança e Defesa da NATO esteve nos últimos dias em Washington, para contactos com o general James Jones, Conselheiro Nacional de Segurança do presidente norte-americano, com a subsecretária Estado Ellen Tauscher, e com membros do Congresso e de alguns "think-tanks" da capital dos Estados Unidos.

Na agenda esteve o novo "conceito estratégico" da organização, a aprovar na próxima Cimeira de chefes de Estado e de Governo da NATO, marcada para Novembro em Lisboa, mas também o problema do Afeganistão e dos acordos internacionais de desarmamento nuclear (START).

Da cimeira de Londres sobre o Afeganistão, Miranda Calha espera um "maior consenso" dos parceiros internacionais envolvidos, mas também uma cooperação reforçada com países vizinhos como a Índia, o Irão e "especialmente" o Paquistão.

"A conferência pode ser um passo de afirmação dos objectivos para a região e para o país, ajudando na componente económica", considera.

Além do reforço da formação das Forças Armadas, perspectiva-se uma "evolução para a conscrição [alistamento]", que é "uma forma de inculcar [na população] um maior sentido das forças armadas".

A conferência de Londres irá reunir representantes de mais de 60 países, entre os quais Portugal, que se fará representar pelo ministro dso Negócios Estrangeiros, Luís Amado.

Segundo afirmaram nos últimos dias altos responsáveis das potências estrangeiras presentes no país, em vista está um plano de desmobilização das forças talibã, que passa pela oferta de dinheiro, empregos e formação aos rebeldes que abandonem as armas.

"A conferência vai ser uma grande oportunidade para o Afeganistão explicar ao resto do mundo os nossos planos para a reconciliação e a reintegração", anunciou na terça-feira o presidente afegão, Hamid Karzai, que estará na capital britânica para abrir a conferência.

O rosto deste plano será Mark Sedwill, diplomata britânico nomeado para representante do secretário-geral da NATO no Afeganistão.

Os talibã rejeitaram o plano, referindo, numa declaração colocada online na quarta-feira, que os seus combatentes não serão influenciados por incentivos financeiros porque lutam não por "dinheiro, propriedade e posição", mas pelo Islão e para acabar com a presença militar estrangeira no país.

A Força Internacional de Assistência para a Segurança (ISAF), constituída por 43 países, entre os quais Portugal, possui actualmente 113 mil soldados no Afeganistão.

Lusa
 

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PENSADOR

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Re: Afeganistão: diversos
« Responder #271 em: Fevereiro 09, 2010, 11:38:24 am »
Os Estados Unidos sabem que nunca haverá qualquer estabilização no Afeganistão a não ser a que aparentemente já foi conseguida. E por um motivo muito simples, os milhões de dólares que a produção de ópio dá a ganhar a todos a nível global onde os Estados Unidos se encontram como beneficários desse lucro ilícito. Mais, nunca, a história prova-o, nenhum Exército estrangeiro ganhou uma guerra naquele território e não vão ser os americanos a consegui-lo e eles têm consciência disso. Estão ali pela droga, pelo lucro gerado com o equipamento militar produzido pelas indústrias militares americanas e pelo petróleo e gás natural daquela região.
 

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typhonman

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Re: Afeganistão: diversos
« Responder #272 em: Fevereiro 12, 2010, 05:04:33 pm »
Citação de: "PENSADOR"
Os Estados Unidos sabem que nunca haverá qualquer estabilização no Afeganistão a não ser a que aparentemente já foi conseguida. E por um motivo muito simples, os milhões de dólares que a produção de ópio dá a ganhar a todos a nível global onde os Estados Unidos se encontram como beneficários desse lucro ilícito. Mais, nunca, a história prova-o, nenhum Exército estrangeiro ganhou uma guerra naquele território e não vão ser os americanos a consegui-lo e eles têm consciência disso. Estão ali pela droga, pelo lucro gerado com o equipamento militar produzido pelas indústrias militares americanas e pelo petróleo e gás natural daquela região.

Mais uma opinião do "Main Stream" do nosso país. :!:
 

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nelson38899

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Re: Afeganistão: diversos
« Responder #273 em: Fevereiro 13, 2010, 03:58:06 pm »
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A operação Mushtarak foi lançada pouco depois da meia-noite, na localidade de Marjah. "Às 02h30, helicópteros colocaram no terreno, em Marjah, as forças militares mistas", informou o tenente Josh Diddams, porta-voz dos "Marines" americanos em Helmand.

Trata-se da maior operação desde o anúncio feito em Dezembro pelo Presidente norte-americano Barack Obama do envio de um reforço, para 2010, de 30 mil soldados americanos. O objectivo é inverter o curso da guerra, numa altura em que a insurreição dos taliban se intensifica.

Alguns responsáveis militares descrevem Mushtarak como a ofensiva mais massiva lançada pelas forças internacionais desde o início da guerra, no final de 2001. Por seu lado, os insurgentes consideram esta uma operação "mediatizada" contra Marjah, "uma zona muito pequena".

Nas primeiras horas da operação foram dados como mortos pelo menos cinco taliban, segundo informações do Exército afegão.

"A operação foi lançada com muito sucesso. As nossas forças entraram na zona e encontraram alguma resistência", disse o general Muhaiuddin Ghori, comandante do Exército afegão em Helmand.

Cabul e as forças internacionais apresentaram Mushtarak como a primeira fase de uma vasta operação visando restaurar a autoridade do Governo afegão na província de Helmand, um dos principais bastiões dos taliban.

A operação deverá concentrar-se em Marjah e arredores, onde a população está estimada em 125 mil habitantes. Alguns milhares fugiram da zona antes do início da ofensiva, segundo as autoridades locais.

Ontem, o Presidente afegão Hamid Karzai avisou da possibilidade de eventuais perdas civis durante a ofensiva.

Fontes militares estimam em entre 400 e mil os taliban estacionados em Marjah e arredores.

Desde o início deste ano, 66 soldados estrangeiros já morreram. Em 2009 foram registados 520 mortos.
http://www.publico.pt/Mundo/forcas-internacionais-lancam-ofensiva-de-grande-envergadura-no-afeganistao_1422612
"Que todo o mundo seja «Portugal», isto é, que no mundo toda a gente se comporte como têm comportado os portugueses na história"
Agostinho da Silva
 

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Re: Afeganistão: diversos
« Responder #274 em: Fevereiro 14, 2010, 10:46:17 pm »
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Mísseis falham alvo e matam 12 civis no Afeganistão
15h58m

A força da OTAN reconheceu hoje, domingo, que 12 civis foram mortos por dois mísseis que falharam o alvo durante a ofensiva lançada em Marjah, um refúgio dos talibãs no sul do Afeganistão.

"Dois mísseis (...) que tinham como alvo rebeldes que estavam a disparar contra forças afegãs e da OTAN explodiram hoje a cerca de 300 metros do alvo, matando 12 civis no distrito de Nad Ali", onde se situa Marjah, refere um comunicado da força internacional da OTAN no Afeganistão (ISAF).

"O comandante da ISAF, o general (norte-americano) Stanley McChrystal, apresentou as desculpas ao presidente (afegão) Hamid Karzai por este acidente infeliz", adianta o documento.
http://jn.sapo.pt/PaginaInicial/Mundo/Interior.aspx?content_id=1494992
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Re: Afeganistão: diversos
« Responder #275 em: Fevereiro 17, 2010, 09:48:33 am »
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Ofensiva visa afirmar controlo de Cabul sobre província de implantação islamita

As forças internacionais e afegãs controlam a maior parte da província de Helmand no final do quarto dia daquela que está a ser considerada uma das maiores operações militares contra a guerrilha islamita no Afeganistão.

Dos 13 distritos de Helmand, apenas Baghran, Deshu e pequenas localidades (ver gráfico) não se encontram sob controlo das unidades afegãs e da Força Internacional para a Assistência e Estabilização (ISAF, sigla em inglês), segundo declarações ontem em Cabul numa conferência de imprensa do comando da Operação Moshtarak (vocábulo que significa "unidade" no dialecto dari, um dos mais importantes no país e uma das duas línguas oficiais).

A operação provocou até agora a morte de dezenas de talibãs e de três militares das forças afegãs e internacionais; em incidentes separados, morreram 19 civis.

O optimismo expresso em Cabul estava um passo à frente da situação no terreno, conforme notícias divulgadas ontem pelas agências. O principal instrumento táctico dos islamitas radicais, as bombas artesanais, continuavam a ser o principal obstáculo a vencer pelas forças coligadas nos arredores de Marjah, principal cidade sob controlo dos talibãs em Helmand, uma das províncias onde possuem maior implantação.

"Descobrimos centenas de minas", afirmava um oficial afegão. Afirmação corroborada por um tenente americano: "o número de bombas artesanais que encontrámos é muito superior às nossas expectativas". O facto estaria a retardar a progressão . Os talibãs estariam a recuar, mas deixando minados os acessos às localidades e as estradas. Neutralizar estes engenhos e garantir a segurança na área de operações vai demorar um mês, referia um oficial responsável da operação.

Emboscadas estariam também a travar o avanço, mas o nível de resistência e a intensidade dos combates estão a ser inferiores às projecções iniciais.

"Somos alvo de ataques de atiradores emboscados ou de incursões pontuais, mas o nível de resistência é menor agora [ontem] e mais desorganizada", afirmava o oficial de uma companhia marines envolvida na ofensiva.

A Operação Moshtarak pode considerar-se o primeiro teste real no terreno à estratégia delineada pela Presidência Obama, ao mesmo tempo que representa um tipo de acções que vinha a ser reclamado pela NATO - o ataque a zonas de produção ou de tráfico de ópio, a principal fonte de divisas dos talibãs. A cidade de Marjah é considerada uma das principais plataformas de tráfico de ópio.

A operação cumpre um objectivo igualmente importante: permitir a instalação dos serviços do Governo de Cabul e de uma administração provincial capaz de garantir à população local serviços e segurança.
http://dn.sapo.pt/inicio/globo/interior.aspx?content_id=1496662&seccao=%C1sia
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Re: Afeganistão: diversos
« Responder #276 em: Fevereiro 20, 2010, 10:36:30 am »
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Publicação: 20-02-2010 10:11   |  Última actualização: 20-02-2010 10:22
Desacordo sobre tropas no Afeganistão faz cair governo de coligação holandês
O governo de coligação holandês, em desacordo sobre um prolongamento da missão das tropas holandesas no Afeganistão, caiu, anunciou o primeiro-ministro, Jan Peter Balkenende.


   
"Vou apresentar à rainha, mais tarde durante o dia, a demissão dos ministros e dos secretários de Estado do PvdA", o partido trabalhista, declarou Balkenende, durante uma conferência de imprensa em Haia.

Os ministros dos três partidos da coligação de centro-esquerda estiveram reunidos desde sexta feira para analisar o pedido da NATO.

A Aliança Atlântica desejava que a Holanda permanecesse mais um ano no Afeganistão, até agosto de 2011, com uma missão "de pequena dimensão".

No Afeganistão desde 2006, a Holanda destacou 1.950 soldados para Uruzgan.

A sua retirada deve começar em Agosto e terminar no fim do ano, segundo uma decisão tomada em 2007 pelo governo e ratificada pelos deputados.

O partido trabalhista (PvdA), do ministro das Finanças Wouter Bos, um dos três partidos da coligação, opôs-se categoricamente à manutenção de uma missão holandesa em Uruzgan, província onde a rebelião talibã está muito presente.

O Secretário-geral da NATO, Anders Fogh Rasmussen, pediu por carta, a 4 de Fevereiro, à Holanda para manter em Uruzgan, até Agosto de 2011, uma missão encarregue de formar as forças de segurança afegãs.

Com Lusa

http://sic.sapo.pt/online/noticias/mund ... landes.htm
"[Os portugueses são]um povo tão dócil e tão bem amestrado que até merecia estar no Jardim Zoológico"
-Dom Januário Torgal Ferreira, Bispo das Forças Armadas
 

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Portucale

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Re: Afeganistão: diversos
« Responder #277 em: Fevereiro 22, 2010, 10:58:34 pm »
Retirado do JN;

OTAN pede desculpa pela morte de 33 civis no Afeganistão
11h24m
A força internacional da OTAN no Afeganistão matou pelo menos 33 civis num bombardeamento aéreo, no centro do país, num novo erro que levou a ISAF a apresentar desculpas, segundo fonte afegã.

A ISAF admitiu ter realizado o ataque, no domingo, e prometeu hoje, segunda-feira, abrir um inquérito.

O comandante da ISAF, o general norte-americano Stanley McChrystal, expressou a sua "extrema tristeza pela perda de vidas inocentes".

Aviões da ISAF bombardearam domingo três veículos, na província de Oruzgan, anunciou o porta-voz do Ministério do Interior afegão, Zemarai Bashary.

O bombardeamento matou "pelo menos 33 civis, entre os quais quatro mulheres e uma criança, fazendo ainda 12 feridos", segundo um comunicado do conselho de ministros, presidido pelo chefe de Estado afegão, Hamid Karzai.

“Um grupo de pessoas, suspeitas de serem rebeldes e que nós pensávamos que iriam atacar uma unidade das forças afegãs e da ISAF, foram alvejadas por aviões, e algumas delas morreram", refere o texto.

"Quando as forças conjuntas chegaram ao local e encontraram as mulheres e crianças, transportaram os feridos para centros de assistência médica", adianta o comunicado, segundo o qual a ISAF "ordenou a realização imediata de um inquérito".

O general McChrystal - garante o comunicado - afirmou "estar extremamente triste com a perda trágica de vidas inocentes" e falou domingo com Hamid Karzai para apresentar os seus pêsames.

A ser confirmada a morte destes civis, ela constituirá mais um "erro" das forças internacionais, frequentemente acusadas pelo governo afegão de matar demasiados civis durante as operações militares.
Eis aqui
quase cume da cabeça da Europa toda
O Reino Lusitano
onde a Terra se acaba
e o Mar começa.

Versos de Camões
 

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HaDeS

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Re: Afeganistão: diversos
« Responder #278 em: Abril 10, 2010, 05:34:58 pm »
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ISAF: 4 killed in U.S. aircraft crash in Afghanistan

(CNN) -- A U.S. aircraft crashed in southern Afghanistan, killing three U.S. service members and one civilian employee, a statement from NATO-led forces said Friday.

The cause of the crash of the Air Force CV-22 Osprey was not known, said the International Security Assistance Force statement. Several other service members were injured in the crash late Thursday night.

The CV-22, which conducts long-range infiltration and resupply operations for the U.S. military, went down seven miles west of the city of Qalat, the capital of Zabul province.

Zabiullah Mujahid, spokesman for the Taliban in the region, said Taliban fighters shot down the aircraft. Another spokesman, Qari Yoseph, also claimed responsibility and said that 30 Americans had been killed.



http://edition.cnn.com/2010/WORLD/asiap ... tml?hpt=T2
 

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Lusitano89

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Re: Afeganistão: diversos
« Responder #279 em: Maio 03, 2010, 10:05:22 pm »
Sniper britânico é o novo recordista mundial com dois tiros no Afeganistão



Matou dois talibãs com dois tiros consecutivos, a quase dois quilómetros e meio de distância. Craig Harrison, atirador do Exército britânico, entrou para a história do mundo dos snipers e conseguiu estabelecer o novo recorde de distância de tiro mortal. Os alvos talibãs estavam tão longe que as balas - de 8,59 milímetros - demoraram quase três segundos a chegar ao destino, depois de saírem do cano da arma, disparadas a quase três vezes a velocidade do som.

"O primeiro tiro atingiu um dos talibãs no estômago e matou-o imediatamente. Caiu e não se mexeu mais. O segundo rebelde agarrou na arma e virou-se. O segundo tiro atingiu-o de lado. Caiu. Morreram os dois", descreveu Craig Harrison à imprensa britânica. O feito já remonta a Novembro do ano passado, mas só agora foi confirmado, depois de Craig Harrison ter regressado ao quartel, no Reino Unido. Um sistema de GPS instalado na arma de longo alcance com que disparou - uma L115A3 - permitiu medir a distância dos alvos e confirmar o novo recorde: 2470 metros.

Em Novembro, os militares do regimento da cavalaria britânica estavam a cobrir uma patrulha do exército nacional afegão a sul de Musa Qala, num todo-o-terreno, quando foram atacados. Craig Harrison tinha ficado para trás. "As condições eram perfeitas. Sem vento, tempo ameno, boa visibilidade. Pousei a arma num muro e apontei", recorda. Depois, disparou o tiro que lhe permitiu destronar o cabo de infantaria Rob Furlong, do Canadá (conhecida como "Infantaria Princesa Patrícia") que, em 2002, disparou um tiro mortal a uma distância de 2430 metros com uma MacMillan TAC-50 de 12,7 milímetros.

Mais do que jeito, sorte Afinal, foi "um tiro de sorte", garante Craig Harrison. "Os talibãs tiveram azar, porque havia boas condições e conseguimos vê-los bem", justifica o soldado britânico. Depois de ter morto os dois talibãs à primeira, o sniper ainda disparou uma última ronda de tiros, "para destruir a arma inimiga". A arma usada, a L115A3, é actualmente a mais poderosa do Exército e foi desenhada para ser eficaz até 1500 metros de distância - neste caso, os alvos estavam a 900 metros da distância máxima. Por isso o próprio director da marca que a fabrica, Tom Irwin, da Accuracy International, admite que o factor sorte jogou a favor do atirador britânico. "É uma arma bastante certeira mesmo acima dos 1500 metros mas, a dois quilómetros e meio, a sorte tem um papel tão determinante como qualquer outro factor", garante.

Sobrevivente ao recorde agora confirmado, Craig Harrison soma histórias impressionantes vividas na frente da batalha. Recentemente, durante uma emboscada, o carro em que seguia foi atingido por 36 tiros. Uma das balas atingiu-lhe o capacete - raspou-lhe a orelha direita e saiu pelo topo, sem que ficasse ferido. Antes de ter batido o recorde, Craig Harrison partiu os dois braços, quando o carro em que seguia foi atingido por uma mina. Chegou a ser enviado para casa mas, pouco tempo depois, insistiu em voltar para a frente de batalha, no Afeganistão. Totalmente recuperado, garante. "Tive sorte, porque estava numa excelente condição física antes de partir os braços e, depois de seis semanas com gesso, ainda estava em boa forma. Não afectou nada a minha capacidade de atirador."

Ionline
 

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Re: Afeganistão: diversos
« Responder #280 em: Maio 24, 2010, 10:44:37 am »
a "Tigela de Esparguete", o slide de PowerPoint que será o espelho da situação do conflito no Afeganistão. Simboliza o caos em que a NATO está metida e de como PowerPoint enredou os militares.
O General Stanley A. McChrystal foi citado no NYT: "Quando percebermos este slide teremos ganho a guerra."





original em

http://msnbcmedia.msn.com/i/MSNBC/Compo ... big-9a.jpg
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Re: Afeganistão: diversos
« Responder #281 em: Junho 09, 2010, 06:19:57 pm »
Gates confiante em progressos no Afeganistão este ano




O secretário da Defesa dos Estados Unidos, Robert Gates, manifestou hoje confiança em que haverá progressos suficiente na guerra do Afeganistão para permitir que as forças afegãs assumam maior responsabilidade em partes do país ainda este ano.

Gates antecipava um «verão difícil» de crescente violência durante o avanço das forças norte-americanas na província de Kandahar e no sul.

Acerscentou que o general Stanley McChrystal, alto comandante dos EUA e da NATO no Afeganistão, estava «bastante confiante de que até ao final do ano conseguirá apontar progressos suficientes que validem a estratégia e justifiquem a continuação deste trabalho».

Gates disse que a transição para maior controlo afegão começaria em áreas onde a segurança tem melhorado e progressos têm sido feitos na «governança civil», na habilidade de gerar alguma medida de domínio de lei e serviços governamentais para o povo.

«O terreno precisa de estar pronto em ambos os lados, civil e militar, para começar o processo de transição», disse ele a jornalistas em Londres. «Estou bastante confiante em que conseguiremos, de facto, iniciar o processo desta vez no próximo Inverno em várias partes do Afeganistão», disse.

Washington está a enviar mais 30 mil tropas para o Afeganistão com o objectivo de começar uma transição de autoridades e uma gradual retirada em Julho de 2011, se as condições de segurança assim permitirem.

Lusa
 

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Lusitano89

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Re: Afeganistão: diversos
« Responder #282 em: Junho 12, 2010, 05:46:10 pm »
Cameron afasta possível reforço de tropas britânicas



A viagem não foi anunciada mas David Cameron aterrou em Cabul com uma certeza: as tropas britânicas não vão ficar no Afeganistão nem um dia mais do que o necessário. Durante o seu recente mandato, o primeiro-ministro britânico tem dado especial atenção à presença militar no Afeganistão, onde o Reino Unido tem quase 10 mil soldados - o segundo maior contingente estrangeiro, a seguir ao norte-americano. "Para mim, a situação no Afeganistão é a questão mais importante de todas as que estão relacionadas com a política externa", acrescentou.

O contingente militar estrangeiro no Afeganistão está prestes a chegar ao recorde de quase 150 mil soldados. O elevado número de mortes - desde 2001 morreram 300 soldados britânicos - põe em risco o apoio dado ao envolvimento militar britânico, que acaba por sobrecarregar as contas públicas. Numa conferência de imprensa, Cameron anunciou que o governo britânico vai destinar mais 67 milhões de libras (81 milhões de euros) para proteger as tropas britânicas das bombas artesanais. "O meu maior dever como primeiro-ministro do Reino Unido é com as Forças Armadas, assegurando-me de que têm o equipamento necessário para a sua protecção", justificou.

Cameron descreveu este ano como sendo vital no que diz respeito à missão da NATO no Afeganistão. "O que mais queremos - e é também do interesse da segurança do Reino Unido - é entregar às autoridades afegãs um país que seja capaz de controlar a sua própria segurança", salientou.

Conversações Durante o último mês, o presidente afegão, Hamid Karzai, fez uma visita a Cameron em Chequers, a casa de campo dos primeiros-ministros britânicos. Pouco depois, três ministros do novo governo foram ao Afeganistão. A comissão - formada pelo titular da pasta dos Negócios Estrangeiros, William Hague, pelo secretário de Defesa, Liam Fox, e pelo secretário de Desenvolvimento Internacional, Andrew Mitchell - mostrou vontade de reforçar os laços entre os dois países.

O momento de reaproximação é posto em causa pelo atraso na ofensiva da NATO contra os talibãs em Kandahar, no Sul do Afeganistão. "Penso que a operação será conduzida mais lentamente do que o previsto no início", explicou ontem Stanley McChrystal, comandante das forças da NATO no país.

A organização iniciou este mês uma operação militar sem precedentes para ajudar as forças afegãs a restabelecer a autoridade, expulsando os talibãs da região. O general insistiu que é preciso algum tempo para ganhar a confiança das populações e dos chefes locais. "Queremos ter a certeza de que estão reunidas as condições políticas em relação aos dirigentes locais e aos habitantes", afirmou o responsável militar.

Ionline
 

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Cabecinhas

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Re: Afeganistão: diversos
« Responder #283 em: Junho 14, 2010, 05:58:48 pm »
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WASHINGTON — The United States has discovered nearly $1 trillion in untapped mineral deposits in Afghanistan, far beyond any previously known reserves and enough to fundamentally alter the Afghan economy and perhaps the Afghan war itself, according to senior American government officials.

Notes from Afghanistan, Pakistan, Iraq and other areas of conflict in the post-9/11 era.
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Minerals in Afghanistan
The previously unknown deposits — including huge veins of iron, copper, cobalt, gold and critical industrial metals like lithium — are so big and include so many minerals that are essential to modern industry that Afghanistan could eventually be transformed into one of the most important mining centers in the world, the United States officials believe.

An internal Pentagon memo, for example, states that Afghanistan could become the “Saudi Arabia of lithium,” a key raw material in the manufacture of batteries for laptops and BlackBerrys.

The vast scale of Afghanistan’s mineral wealth was discovered by a small team of Pentagon officials and American geologists. The Afghan government and President Hamid Karzai were recently briefed, American officials said.

While it could take many years to develop a mining industry, the potential is so great that officials and executives in the industry believe it could attract heavy investment even before mines are profitable, providing the possibility of jobs that could distract from generations of war.

“There is stunning potential here,” Gen. David H. Petraeus, commander of the United States Central Command, said in an interview on Saturday. “There are a lot of ifs, of course, but I think potentially it is hugely significant.”

The value of the newly discovered mineral deposits dwarfs the size of Afghanistan’s existing war-bedraggled economy, which is based largely on opium production and narcotics trafficking as well as aid from the United States and other industrialized countries. Afghanistan’s gross domestic product is only about $12 billion.

“This will become the backbone of the Afghan economy,” said Jalil Jumriany, an adviser to the Afghan minister of mines.

American and Afghan officials agreed to discuss the mineral discoveries at a difficult moment in the war in Afghanistan. The American-led offensive in Marja in southern Afghanistan has achieved only limited gains. Meanwhile, charges of corruption and favoritism continue to plague the Karzai government, and Mr. Karzai seems increasingly embittered toward the White House.

So the Obama administration is hungry for some positive news to come out of Afghanistan. Yet the American officials also recognize that the mineral discoveries will almost certainly have a double-edged impact.

Instead of bringing peace, the newfound mineral wealth could lead the Taliban to battle even more fiercely to regain control of the country.

The corruption that is already rampant in the Karzai government could also be amplified by the new wealth, particularly if a handful of well-connected oligarchs, some with personal ties to the president, gain control of the resources. Just last year, Afghanistan’s minister of mines was accused by American officials of accepting a $30 million bribe to award China the rights to develop its copper mine. The minister has since been replaced.

Endless fights could erupt between the central government in Kabul and provincial and tribal leaders in mineral-rich districts. Afghanistan has a national mining law, written with the help of advisers from the World Bank, but it has never faced a serious challenge.

“No one has tested that law; no one knows how it will stand up in a fight between the central government and the provinces,” observed Paul A. Brinkley, deputy undersecretary of defense for business and leader of the Pentagon team that discovered the deposits.

At the same time, American officials fear resource-hungry China will try to dominate the development of Afghanistan’s mineral wealth, which could upset the United States, given its heavy investment in the region. After winning the bid for its Aynak copper mine in Logar Province, China clearly wants more, American officials said.

Another complication is that because Afghanistan has never had much heavy industry before, it has little or no history of environmental protection either. “The big question is, can this be developed in a responsible way, in a way that is environmentally and socially responsible?” Mr. Brinkley said. “No one knows how this will work.”

With virtually no mining industry or infrastructure in place today, it will take decades for Afghanistan to exploit its mineral wealth fully. “This is a country that has no mining culture,” said Jack Medlin, a geologist in the United States Geological Survey’s international affairs program. “They’ve had some small artisanal mines, but now there could be some very, very large mines that will require more than just a gold pan.”

The mineral deposits are scattered throughout the country, including in the southern and eastern regions along the border with Pakistan that have had some of the most intense combat in the American-led war against the Taliban insurgency.

Um galego é um português que se rendeu ou será que um português é um galego que não se rendeu?
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sergio21699

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Re: Afeganistão: diversos
« Responder #284 em: Junho 15, 2010, 11:31:31 am »
Afeganistão: cinco polícias mortos
Talibãs reivindicaram o ataque


Cinco polícias foram mortos e dois ficaram feridos esta terça-feira de manhã num ataque de talibãs a um posto da polícia no sudeste do Afeganistão, disse fonte policial.

Os rebeldes atacaram um posto da polícia na periferia de Ghazni, na província com o mesmo nome, adiantou a fonte, precisando que os atacantes conseguiram fugir.

Os talibãs reivindicaram o ataque junto da AFP.

http://www.tvi24.iol.pt/internacional/afeganistao-policias-talibas-tvi24/1169991-4073.html
-Meu General, estamos cercados...
-Óptimo! Isso quer dizer que podemos atacar em qualquer direcção!