Afeganistão: diversos

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Lusitano89

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Re: Afeganistão: diversos
« Responder #255 em: Novembro 21, 2009, 06:29:04 pm »
Sem tropas estrangeiras, Karzai cairia numa questão de dias ou semanas




O governo de Hamid Karzai cairia em questão dias ou semanas se as forças estrangeiras saíssem agora do Afeganistão, afirma o ministro dos Negócios Estrangeiros britânico, David Miliband, em entrevista publicada hoje pelo jornal The Guardian.

"Se as forças internacionais partirem, pode falar-se de um prazo: cinco minutos, 24 horas ou sete dias para as forças rebeldes derrotarem as forças (governamentais) preparadas para resistir e estaríamos como no princípio", afirmou o ministro britânico.

Na entrevista, feita no fim de uma visita a Cabul para assistir à tomada de posse de Karzai para um segundo mandato presidencial, Miliband pede mais tempo para assegurar que os afegãos possam garantir por si próprios que os talibãs e a Al-Qaeda não voltem a controlar o país.

O chefe da diplomacia britânica admite ser "triste" que os afegãos continuem a ter necessidade desta ajuda, mas insiste no facto de que, sem tropas estrangeiras presentes, o Afeganistão "sucumbiria" num curto espaço de tempo.

O Reino Unido sofreu uma centena de baixas durante o último ano no Afeganistão, pelo que o responsável dos Negócios Estrangeiros disse compreender as razões da opinião pública britânica, que em sondagens recentes mostram uma rejeição crescente a esta guerra e pedem o regresso a casa dos 9.000 britânicos destacados neste país.

"Por razões trágicas, há ali muito interesse", indica Miliband, recordando que "o Afeganistão não estava nas primeiras páginas dos periódicos desde há seis meses por razões óbvias".

"O que devemos fazer é explicar às pessoas que os custos a seguir lá são reais, mas menores que os custos de abandonar" o país, afirma o chefe da diplomacia britânica.

O argumento do Governo trabalhista de Gordon Brown é que o Afeganistão está na guerra contra o terrorismo islamita e que abandonar o Afeganistão ao seu destino derivaria em novos atentados terroristas em solo britânico.

Embora o número de partidários de uma saída das tropas tenha aumentado significativamente nos últimos meses, Miliband não crê que a opinião pública britânica venha a chegar ao ponto de exigir uma retirada imediata dos efectivos actuais.

O Governo britânico ofereceu Londres para acolher no próximo mês de Janeiro uma conferência internacional sobre o Afeganistão, em que seja elaborada uma estratégia conjunta que fixe um calendário para a preparação completa das forças de segurança afegãs, a cessação do controlo da segurança e a retirada militar.

DN
 

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Lusitano89

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Re: Afeganistão: diversos
« Responder #256 em: Novembro 25, 2009, 02:44:24 pm »
Tropas de reforço norte-americanas vão concentrar-se no sul do Afeganistão



O presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, enviará entre 20 mil e 40 mil soldados de reforço para o Afeganistão, que se concentrarão na região de Kandahar, no sul do país, considerada o maior reduto talibã, avança hoje o The Wall Street Journal.

O jornal, que cita entre as suas fontes o novo comandante das forças de coligação no sul do Afeganistão, o general britânico Nick Carter, acrescenta que os comandantes militares já preparam o envio das tropas adicionais.

«Os comandantes militares no Afeganistão destinarão a maior parte das novas tropas (norte-americanas) para controlar a conflituosa região sul do país e vão concentrar-se especialmente nessa cidade (Kandahar), a principal base de poder dos talibãs», segundo o jornal.

Obama anunciará a sua estratégia na próxima semana, «mas, inclusivamente antes de o presidente apresentar o seu plano perante a opinião pública, os comandantes militares no terreno já estão prontos para aplicar um plano que faz de Kandahar o eixo da luta que se aproxima», continua a matéria.

Os comandantes militares «planificam a localização de milhares de soldados, agora dispersos no sul (afegão), num nutrido cordão nos arredores de Kandahar», acrescenta o jornal.

in Diário Digital
 

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Lusitano89

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Re: Afeganistão: diversos
« Responder #257 em: Dezembro 01, 2009, 01:43:46 am »
EUA pediram à França reforço de 1500 soldados



Os Estados Unidos pediram à França para aumentar, em 1500 soldados, o seu contingente militar no Afeganistão, revela o Le Monde, mas a presidência francesa e o Ministério dos Negócios Estrangeiros recusam confirmar esta informação.

De acordo com o jornal diário, Le Monde, que cita fontes diplomáticas não identificadas, o pedido foi formulado na passada quinta-feira via telefone pela secretária de Estado norte-americana, Hillary Clinton, ao chefe da diplomacia francesa, Bernard Kouchner.

Questionado sobre as informações do Le Monde, o porta-voz do Ministério dos Negócios Estrangeiros francês, Bernard Valero, disse não desejar responder, tendo a presidência recusado também fazer comentários.

Segundo o Eliseu, o Chefe de Estado francês, Nicolas Sarkozy disse hoje ao presidente dos EUA, Barack Obama, durante uma conversa telefónica de 40 minutos, que a formação das tropas afegãs continua a ser uma prioridade da França, que irá permanecer ao lado do povo afegão e dos seus aliados tanto tempo quanto o necessário para que os afegãos assumam progressivamente as suas responsabilidades.

Até ao momento, a França sempre se recusou a aumentar o seu contingente no Afeganistão, formado actualmente por cerca de 3300 militares.

No entanto, após meses de discussões no seio da administração e de várias reuniões com os seus principais conselheiros militares, Obama deverá aumentar o contingente e espera o contributo dos países seus aliados.

Ao longo dos últimos meses, circularam nos meios de Washington números que apontavam para um reforço de entre 10 mil e 40 mil efectivos mas, segundo dados recentes da imprensa norte-americana, o cenário mais provável é o de um aumento na ordem dos 30 a 35 mil soldados.

in TSF
 

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Re: Afeganistão: diversos
« Responder #258 em: Dezembro 02, 2009, 02:48:29 pm »
Obama arrisca tudo para vencer talibãs no Afeganistão




Presidente norte-americano anunciou ontem à noite, num discurso à nação, o envio de mais 30 mil soldados durante os próximos seis meses e explicou aos americanos qual  o seu plano para acabar com a guerra.

Barack Obama anunciou ontem à noite (madrugada de hoje em Lisboa) o envio de mais 30 mil soldados para o Afeganistão. Após meses de especulação, a América ouviu o Presidente explicar porque o reforço é a solução para vencer os talibãs e pôr fim à guerra.

O envio de 30.000 soldados suplementares para o Afeganistão é "de um interesse nacional vital" para os Estados Unidos, declarou o presidente norte-americano, revelando que os reforços vão custar 30 mil milhões de dólares a Washington.

Obama anunciou a nova estratégia de guerra aos conselheiros domingo numa reunião na Casa Branca e deu ordens para que seja posta em prática. O New York Times noticiava ontem que os reforços serão destacados nos próximos "seis meses", muito mais rápido do que era esperado.

Em Março, o Presidente já tinha ordenado o envio de 21 mil homens para a guerra. Os novos reforços elevarão o contigente dos EUA para cerca de cem mil soldados. Desde que chegou à Casa Branca, há menos de um ano, Obama duplicou o número de tropas americanas no Afeganistão.

Num discurso na Academia Militar de West Point, o Presidente repetiu que a "guerra é necessária" e que os reforços são o caminho mais curto para sair dela. Com esta aparente contradição Obama passou ao mesmo tempo recados para amigos e inimigos.

Aos democratas (do seu partido) e aliados estrangeiros, acena com a retirada. Aos republicanos conservadores e aos inimigos talibãs garante que não desistirá.

Ontem o Presidente não se comprometeu com prazos de retirada, mas a Casa Branca deixou claro que não haverá outros oito anos de guerra. "O nosso tempo é limitado. As pessoas vão perceber isso," disse o porta-voz Robert Gibbs.

A Casa Branca passou os últimos três meses a rever a estratégia para conter a insurreição talibã fez um número de baixas recorde nas forças americanas no último ano. Contra a opinião do vice-presidente Joe Biden, Obama decidiu responder ao reforço de tropas pedido pelo comandante das forças no Afeganistão, o General Stanley McChrystal.

A estratégia é semelhante à seguida por George W. Bush no Iraque em 2007 e contra a qual Obama votou enquanto senador, pelo Ilinóis, no Congresso. Os objectivos principais é o de impedir o regresso em força da Al-Qaeda ao Afeganistão, enfraquecer os talibãs e mantê-los fora do poder.

As forças americanas vão ser concentradas nos centros populacionais que os rebeldes controlam e onde têm mais poder como Kandahar, no sul, e Khost, no leste. Ao mesmo tempo, será dada prioridade à formação da polícia e exército afegãos. Actualmente as forças afegãs controlam apenas a zona da capital, Cabul. A ideia de Washington é entregar-lhes o poder província a província, durante os próximos anos.

Além do combate, Washington tentará aliciar os talibãs moderados com empregos nas forças de segurança e vai canalizar ajudas directamente para as regiões ou para os ministérios, evitando assim a corrupção do poder central.

Segunda-feira, ainda antes de anunciar os seus planos aos americanos, Obama telefonou aos aliados para pedir o envio de mais cinco a dez mil reforços. Até agora, só o Reino Unido prometeu enviar 500 homens. Sexta-feira, a secretária de Estado Hillary Clinton deverá repetir o apelo numa reunião da NATO, em Bruxelas.

in DN
 

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Lusitano89

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Re: Afeganistão: diversos
« Responder #259 em: Dezembro 02, 2009, 07:39:20 pm »
Plano de Obama agrada às forças armadas



O general Stanley McChrystal, comandante das forças-armadas da NATO e dos EUA no Afeganistão, ficou satisfeito com o envio de mais 30 mil soldados norte-americanos para a guerra contra os talibãs.

«As tropas adicionais vão fazer uma enorme diferença. Vamos poder actuar da melhor forma», salientou o general.

Mas McChrystal avisa que o grande número de reforços militares não será o factor fundamental para levar a guerra no Afeganistão a bom porto.

«Não é o número de inimigos que matamos que importa, mas sim o número de pessoas que conseguimos convencer, o número de civis que conseguimos salvar, o número de casas que não serão destruídas e o número de crianças que poderão ir à escola em segurança», explicou.

Barack Obama, presidente dos EUA, anunciou esta quarta-feira, o envio de 30 mil tropas para solo afegão, para ajudar a cumprir o novo plano de quatro fases traçado pelo executivo de Washington (destruir qualquer oposição talibã; garantir segurança; reconstruir e devolver o país aos seus responsáveis).

in A Bola
 

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Sertorio

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Re: Afeganistão: diversos
« Responder #260 em: Dezembro 03, 2009, 05:22:08 pm »
Antigo comandante sovietico no Afeganistão considera errada a estratégia norte americana no Afeganistão
http://www.cnn.com/2009/WORLD/asiapcf/12/01/afghanistan.soviet.lessons/index.html
 

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Vicente de Lisboa

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Re: Afeganistão: diversos
« Responder #261 em: Dezembro 04, 2009, 02:25:14 pm »
Citar
Nato allies to send extra 7,000 troops to Afghanistan

Nato's top official says countries will send at least 7,000 extra troops to support the US surge in Afghanistan.


Speaking at a Nato summit in Brussels, Anders Fogh Rasmussen said there would be "more [troops] to come".

"At least 25 countries will send more forces to the mission in 2010," the Nato secretary general told reporters.

US Secretary of State Hillary Clinton described the response from Nato allies as "positive", and urged them to rally behind the new US Afghan strategy.

Some major countries are holding back, however. France and Germany, for instance, have not yet committed themselves to sending extra troops.

Meanwhile more than 1,000 Nato soldiers, most of them from the US, as well as Afghan troops, launched a major offensive in southern Afghanistan on Friday.

A US military spokesman said Operation Cobra's Anger in the northern part of Helmand province was aimed at cutting off insurgent supply and communication lines.

'Solidarity in action'

Earlier this week, US President Barack Obama announced he was sending an additional 30,000 troops to help battle the Taliban insurgency.

The US is calling on allies among the 43 nations with troops in Afghanistan to send about 10,000 extra soldiers.

Speaking at the Brussels talks, Mrs Clinton urged Nato and its partners to rally behind a new strategy to combat the insurgency and to "finish it together".

She said it was essential additional forces and non-military assistance be provided as quickly as possible.

"The need for additional forces is urgent, but their presence will not be indefinite," she told the meeting of Nato foreign ministers and representatives of non-Nato countries that have forces in Afghanistan.

Mr Rasmussen told delegates at Nato HQ that the coming year would "see a new momentum in this mission".

The BBC's Nick Childs, in Brussels, says the main thrust of Mr Rasmussen's speech was to insist on a message of solidarity, despite the challenges, and of unity behind the mission.

"In addition to the clear pledges already tabled, we have heard indications... that other allies and partners will probably be in a position to announce contributions in the coming weeks and months," Mr Rasmussen said.

"Isaf [International Security Assistance Force] will have at least 37,000 more soldiers in 2010 than it did this year.

"That is solidarity in action."

Warning for Kabul

But many Nato governments face publics even more sceptical about the mission than those of the US and Britain.

Even if more public announcements are forthcoming, turning these into firm pledges of the right troops at the right time and for the right missions may take longer, our correspondent adds.

Mr Rasmussen said several countries had pledged additional funds for development assistance as part of the mission's new approach in providing basic services to benefit the local people in Afghanistan.

But he warned that Kabul had to play its part in the reconstruction process.

"None of these initiatives are of any use if it is not backed up by good governance, efficient governance in Afghanistan, including a determined fight against corruption, a determined fight against the drug trade," he said.

"So the international community stands ready to assist Afghanistan in promoting economic and social development but it also takes a strong effort from the Afghan people and not least the Afghan government."
BBC Dixit
 

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nelson38899

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Re: Afeganistão: diversos
« Responder #262 em: Dezembro 04, 2009, 02:45:00 pm »
desses 7000. 150 serão Portugueses
"Que todo o mundo seja «Portugal», isto é, que no mundo toda a gente se comporte como têm comportado os portugueses na história"
Agostinho da Silva
 

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Lusitano89

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Re: Afeganistão: diversos
« Responder #263 em: Dezembro 05, 2009, 06:11:53 pm »
O Presidente Obama e a retirada do Afeganistão
Alexandre Reis Rodrigues



Para quem ainda tinha dúvidas sobre a personalidade do Presidente norte-americano, tudo ficou claro com a revelação da longamente esperada decisão sobre a estratégia a seguir no Afeganistão, tornada pública em West Point no meio de muita “pompa e circunstância”.

Ao contrário de Bush, Barak Obama é sobretudo um pragmático que pondera exaustivamente as suas opções; neste caso, não hesitou esperar quase três meses até ter recolhido toda a informação relevante e opiniões, ao longo de mais de vinte horas de reuniões em nove encontros com um alargado leque de conselheiros e peritos. Mesmo os seus opositores não hesitaram em cumprimentá-lo por esse esforço. Porém, isso não o vai poupar a duras críticas por parte dos que defendiam a continuação da campanha de contra-insurreição até à assimilação dos talibãs ou ao seu afastamento.

Obama não decidiu exactamente nesse sentido, não obstante o reforço de 34.000 efectivos dar, numa primeira impressão, essa ideia. No essencial, o Presidente quer tirar os EUA da guerra, fazendo a transição das responsabilidades pela segurança do país para as forças afegãs de uma forma responsável mas no mais curto espaço de tempo possível. Mal grado a enorme dificuldade (impossibilidade?) de alcançar este objectivo nas condições indicadas, o Presidente já marcou um prazo de dezoito meses, ao fim do qual pretende iniciar o processo de retirada, embora sob a reserva do exame da situação que então fará. O sinal, em qualquer caso, está dado e é muito claro; quer a retirada total antes de concluir o actual mandato.

O Presidente terá concluído que não seria possível levar a bom termo a campanha de contra-insurreição, pelo menos num curto espaço. Na verdade, ninguém lhe poderá ter dado essa perspectiva; seria sempre uma questão de anos, senão décadas, mesmo para os que pensam que a “vitória” seria possível. Obama também terá tido presente as lições do passado e, possivelmente, a experiência soviética; talvez lhe tenham recordado a reunião do marechal Sergei Akhromeyev em Novembro de 1986 com o Politburo, a tentar explicar porque os 110.000 homens que tinha no terreno, ao fim de nove anos de guerra, ainda não chegavam para combater a insurreição: «without them, without a lot more men, this war will continue for a very, very long time» (Transcripts of defeat, Victor Sebestyen, IHT, 301009).

Obama dá ao general Mc Chrystal quase exactamente o que constou ter sido pedido em recursos militares. O general terá mais três brigadas (uma dos Marines e duas do Exército, 23.000 efectivos) para operações de combate, cerca de 4000 no apoio de serviços e um quartel-general com 7000, num total de 34.000, ou seja 6000 abaixo do tecto mais referido. O presidente espera conseguir o que falta, através dos aliados, mas, até ao momento, apenas o Reino Unido respondeu positivamente com a promessa de envio de mais 500 militares a somar aos nove mil que tem no terreno. A França tem dito que não envia mais soldados; talvez a Austrália possa dar um novo contributo significativo. Portugal, segundo consta, enviará uma companhia de Comandos (cerca de 150 homens); em qualquer caso, em termos percentuais em função das respectivas populações, alguns países estão a contribuir mais do que os EUA; é o caso do Reino Unido, Holanda, Noruega, Dinamarca e Estónia). O secretário geral da NATO já fez um apelo para novos reforços.

Mc Chrystal defendeu também um incremento da presença civil («ISAF cannot succeed without a corresponding cadre of civilian experts to support the change in strategy») mas é pouco provável que a sua pretensão seja satisfeita; o Office of Civilian Reconstruction, no State Department, recentemente criado, não tem suficiente capacidade de resposta. Com a redução de 1100 para 600 dos funcionários da ONU, consequência do atentado terrorista que as suas instalações em Cabul sofreram recentemente, as perspectivas nesta área também não são boas. Vai ser nomeado, no entanto, um coordenador para as actividades civis, abrangendo as das 800 ONG que estão no terreno; vai ter uma tarefa quase impossível, conhecendo-se o pouco que essas organizações gostam de ouvir falar em coordenação e controlo.

O Presidente Obama definiu quatro objectivos principais: impedir que a al Qaeda volte a usar o Afeganistão como santuário; parar e inverter o crescente controlo territorial que os talibãs têm conseguido; melhorar as capacidades de intervenção das forças de segurança e do governo e, finalmente, a atrás mencionada criação de condições para a transferência de responsabilidades para as forças de segurança afegãs. Embora alguns destes objectivos tenham uma vertente civil, a militar está em todas e será decisiva.

Não vamos conseguir saber se McChrystal se sente confortável e satisfeito com a missão que o seu comandante-em-chefe lhe atribuiu (pode diferir um pouco em relação ao que veio a público e que acima se condensou). Mesmo que não esteja não o vai deixar transparecer, como bom militar que é. No entanto, não arrisco muito se assumir que não deve estar contente. É óbvio que em 18 meses (na prática serão apenas 12, porque os primeiros seis são o tempo necessário para os reforços chegarem ao teatro de operações) não é possível alterar substancialmente a situação existente, muito menos de forma consistente.

Mesmo que o Paquistão continue a ajudar activamente e que o Exército afegão consiga passar dos actuais 90.000 efectivos para os 134.000, conforme pretendido, tão curto espaço de tempo deixa escassas perspectivas para um desfecho nas condições enunciadas pelo Presidente; a questão não é de números apenas mas, sobretudo, de qualificações e de credibilidade e essas não surgem de um dia para o outro.

Inevitavelmente, o desfecho desta nova orientação vai ficar longe do perfeito. O Presidente sabe disso seguramente, mas optou pelo que designou “concluir a tarefa” (“finish the job”), sem especificar as condições, porque não quer manter os EUA envolvidos numa campanha de longa duração e de sucesso incerto. Julgo que tomou a decisão correcta, mas vai ser penoso ver o Afeganistão regredir nas poucas conquistas democráticas que conseguiu, depois da retirada da ISAF. O povo afegão vai continuar a sofrer.

in Jornal Defesa
 

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Lusitano89

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Re: Afeganistão: diversos
« Responder #264 em: Dezembro 09, 2009, 09:51:13 pm »
Aliados dos EUA prometem mais 6.800 soldados para o Afeganistão



Trinta e seis países aliados dos EUA prometeram enviar mais 6.800 soldados para o Afeganistão como contribuição para a nova estratégia de combate aos talibãs.

"Os países da Força Internacional de Assistência à Segurança (ISAF), além dos EUA, anunciaram cerca de 6.800 soldados" a mais, declarou James Appathurai, porta-voz da NATO, ao dar conta de uma reunião de responsáveis militares realizada segunda-feira. "Trinta e seis países, membros e não membros da NATO, propuseram tropas suplementares", avançou, sem dar mais pormenores.

O secretário-geral da NATO, Anders Fogh Rasmussen, congratulou-se segunda-feira, durante a reunião dos 28 países da Aliança Atlântica e dos 16 que participam na ISAF, que tivessem sido anunciados "cerca de 7.000 soldados", como tinha sido acordado pelos ministros dos Negócios Estrangeiros dos Estados envolvidos.

As tropas juntar-se-ão aos cerca de 30.000 soldados norte-americanos suplementares que Washington vai enviar para o Afeganistão.

"As necessidades de tropas de combate serão em geral satisfeitas" quando os reforços forem destacados, considerou Appathurai, observando, no entanto, que "faltam ainda instrutores (...) assim como equipamentos difíceis, como helicópteros, como sempre".

Os EUA disseram esperar que estas novas tropas aliadas fossem enviadas para o Afeganistão no primeiro semestre de 2010, mas Appathurai não pode confirmar se será assim.

O porta-voz da ISAF, o general canadiano Eric Tremblay, sublinhou que os reforços serão utilizados para proteger os "corredores" entre as localidades afegãs e as infra-estruturas vitais como as estradas e as barragens.

Assinalando que "o principal obstáculo é a falta de segurança", considerou que "com a sua nova abordagem a ISAF deve abranger 60 a 70% da população afegã".

Ao mesmo tempo que prepara o exército afegão para assumir o controlo, a nova estratégia norte-americana, aprovada pela NATO, visa reconquistar a confiança dos afegãos afastando-os dos extremistas, que passaram a controlar alguns sectores do país e impuseram nos últimos anos perdas crescentes para as tropas estrangeiras.

in Diário Digital
 

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Re: Afeganistão: diversos
« Responder #265 em: Dezembro 16, 2009, 02:27:41 pm »
por typhonman » Quarta 28 Out, 2009 1:35 am

Enquanto americanos,canadianos,holandeses e ingleses andam a levar no lombo, os outros meninos "chiques" da UE como Itália,Alemanha,Espanha e Bélgica andam nas patrulhas em áreas medianamente pacificadas, realmente que ricos aliados.  



 Vai dizer isso as famílias dos 4 italianos mortos na massoud square ou talvez ao belga que ficou sem joelho no atentado em KAIA...antes de vires a net criticar aquilo que não sabes olha por ti abaixo.....
 

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Re: Afeganistão: diversos
« Responder #266 em: Dezembro 22, 2009, 02:22:41 pm »
NATO sairá do Afeganistão de acordo com situação no país




O secretário-geral da NATO, Anders Fogh Rasmussen, em visita a Cabul, assegurou hoje que a transferência da responsabilidade pela segurança do país às forças afegãs acontecerá de acordo com a situação no terreno e não com um calendário prefixado.
Rasmussen, que aterrou esta manhã em Cabul, apareceu aos jornalistas juntamente com o presidente afegão, Hamid Karzai, para garantir o compromisso da NATO com a segurança do país.

«Estaremos ao seu lado, protegeremos e ajudaremos a reconstruir o seu país até que vocês sejam capazes de se manter por si mesmos e de evitar que o terrorismo domine este país outra vez», manifestou.

Rasmussen lembrou que a missão da Isaf, sob comando da NATO, será «maior» durante 2010 e centrar-se-á em proteger a população, as estradas e os projectos de infra-estruturas.

«Treinaremos mais soldados e polícias afegãos e desde o início do ano começarão a liderar (as operações militares) no momento e no lugar em que estiverem preparadas», explicou.

Rasmussen afirmou que esta transferência de responsabilidade militar se baseará na situação no terreno e não num «calendário» preestabelecido.

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Re: Afeganistão: diversos
« Responder #267 em: Janeiro 12, 2010, 07:26:59 pm »
Talibãs podem ser descendentes de tribo de Israel


Dois geneticistas vão tentar identificar pela primeira vez se o principal grupo étnico que forma o grupo islâmico radical Talibã, os pashtuns, tem «origens bíblicas» e se os seus elementos são possíveis descendentes de uma das tribos perdidas de Israel.

O israelita Karl Skorecki e a indiana Shahnaz Ali tentarão descobrir se existe algum vínculo entre os pashtuns e a tribo bíblica de Efraim, informou esta terça-feira o jornal Yedioth Ahronoth.

Essa tribo era uma das dez que formavam o reino de Israel, conquistado pelos assírios por volta do ano 722 a.C. e cujos habitantes foram deportados por toda a região.

Antigas crenças indicam que algumas dessas tribos chegaram até à Índia, onde conservaram as suas tradições durante centenas de anos, mas acabaram por ser integrados à cultura local.

Por sua vez, os pashtuns, povo que vive no leste e no sul do Afeganistão e em diversas áreas do Paquistão, surgiram da região de Uttar Pradesh, no noroeste da Índia, não longe de onde supostamente foram assentados os israelitas deportados.

Entre os pashtuns existem lendas que remontam a sua origem ao Egipto faraónico, ao sustentar que são descendentes de egípcios que fugiram com Moisés e se integraram entre os israelitas.

Para confirmar a possível relação, Ali vai comparar as provas genéticas que conseguiu no noroeste da Índia com as do israelita Skorecki, subdirector do Hospital Rambam de Haifa e o maior especialista mundial em genética judaica.

Trata-se do primeiro estudo científico para tentar confirmar ou rejeitar as lendas e tradições mediante a busca de concordâncias genéticas.

A investigação, pedida pelo Ministério dos Negócios Estrangeiros israelita, durará de três meses a um ano.

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Re: Afeganistão: diversos
« Responder #268 em: Janeiro 24, 2010, 05:51:40 pm »
Alemanha sugere programa para "arrependidos" talibã e envia mais 1500 soldados para o Afeganistão



O governo alemão defenderá na conferência internacional de Londres sobre o Afeganistão a criação de um programa para "arrependidos" talibãs, que incluiria apoio económico, prevendo também aumentar o seu contingente militar com mais 1.500 soldados.

"Os terroristas talibãs têm muitos seguidores que não caíram no mau caminho por fanatismo, mas por razões económicas. Queremos oferecer-lhes a eles e às suas famílias uma perspectiva económica e social", anunciou o ministro dos Negócios Estrangeiros alemão, Guido Westerwelle, em entrevista publicada hoje pelo jornal Bild am Sonntag.

Westerwelle, que representará o governo alemão em Londres, considera que o objectivo da conferência internacional do próximo dia 28 deve centrar-se na "reconstrução civil" do Afeganistão, tendo em vista a "perspectiva de retirada" das tropas internacionais nos próximos quatro anos.

O seu colega da Defesa, Karl-Theodor zu Guttenberg, anunciou no jornal Frankfurter Allgemeine Zeitung um aumento do contingente actual de 4.500 na Isaf com mais 1.500 soldados.

A reunião em Londres será precedida pela visita a Berlim, terça-feira e quarta-feira, do presidente afegão, Hamid Karzai, que manterá um encontro com a chanceler Angela Merkel para discutir os preliminares da sua participação nesta conferência internacional.

Merkel anunciou sábado que a Alemanha vai acelerar a formação das forças de segurança no Afeganistão, numa mensagem vídeo difundida no seu blog na Internet.

"A Alemanha está sobretudo envolvida no norte do Afeganistão e é ali que vamos exercer o nosso compromisso de formação de forma mais acelerada do que temos feito até agora", acrescentou a chanceler, sem se referir ao envio de mais efectivos militares.

Os soldados alemães participam nas operações militares de grande envergadura lançadas há meses na região norte do país, que estão sob seu comando, mas o envolvimento de Berlim no Afeganistão é bastante impopular na Alemanha.

Ionline
 

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Lusitano89

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Re: Afeganistão: diversos
« Responder #269 em: Janeiro 27, 2010, 06:23:23 pm »
Sarkozy recusa enviar mais tropas para o Afeganistão




A França não vai enviar mais soldados para combaterem no Afeganistão, embora possa avançar com militares para treinarem as forças de segurança afegãs, anunciou hoje o presidente francês, Nicolas Sarkozy.

«Há um ano e meio, quando pedi ao Parlamento o envio de [mais] 700 soldados, disse que, [a partir de então], não haveria mais soldados combatentes [no Afeganistão]. Estou a cumprir escrupulosamente os meus compromissos e a minha palavra», declarou à televisão TF1, sem descartar a hipótese de envio de militares para formação da polícia ou para ajudar a população.

As declarações de Sarkozy ocorrem a poucos dias de uma conferência internacional em Londres (Reino Unido) sobre o Afeganistão, onde é aguardado o anúncio do aumento do contingente do exército e da polícia afegãos.

Actualmente, 113 mil soldados das forças internacionais estão no Afeganistão, sem contar com o reforço de 30 mil militares norte-americanos anunciado em Dezembro pelo presidente dos Estados Unidos, Barack Obama.

Só a França tem no território afegão 3300 soldados.

Lusa