Notícias da Força Aérea Brasileira

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Vitor Santos

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Re: FAB - Força Aérea Brasileira
« Responder #465 em: Junho 22, 2015, 03:15:54 pm »
KC-390 contrata Selex ES para fornecer radares Gabbiano



A italiana Selex ES, empresa do grupo Finmeccanica, foi contratada pela EMBRAER Defesa & Segurança (EDS) para fornecer uma quantidade não revelada de radares embarcados Gabbiano T20 para equipar os aviões de transporte KC-390 destinados à Força Aérea Brasileira. De acordo com a fabricante, as entregas serão iniciadas ainda neste ano.

O Gabbiano T20 é um radar que opera na Banda-X capaz de desempenhar com precisão funções ISR (Vigilância, Reconhecimento e Inteligência), bem como apoiar missões de busca e salvamento, missões de patrulha marítima, costeira e terrestre. Dotado de transmissores de tecnologia estado sólido, a fabricante afirma que o radar oferece imageamento em alta-resolução e alcance de detecção superior. Também é fornecido com um variado leque de modos, incluindo TWS (Track While Scan-engaja enquanto escaneia), Spot/Strip-SAR (mapeamento terrestre de alta-resolução), imageamento e classificação de navios através de ISAR (Inverse Synthetic Aperture Radar-Radar de Abertura Sintética Inversa), navegação orientada por mapa digital móvel e de desvio de áreas sujeitas à condições meteorológicas adversas.

Segundo a empresa, o radar foi selecionado por dez usuários internacionais. A versão do radar que equipará o KC-390 irá incorporar modos optimizados para aviões militares de transporte. A produção contratada pela EDS é continuação do processo de seleção que escolheu a Selex ES como parte da cadeia de fornecedores. O KC-390, que voou pela primeira vez em fevereiro deste ano, foi desenvolvido para disputar um importante nicho do mercado internacional de aviões militares de transporte, tendo já contrato de compra e cartas de intenções de aquisição assinadas além de campanhas de vendas em andamento em várias partes do mundo.



Além do KC-390, Selex ES possui sólidos laços com as Forças Armadas do Brasil e com industrias de defesa do País. A companhia já fornece sistemas embarcados para aeronaves da Força Aérea Brasileira (A-1, F-5, P95) e para a Marinha do Brasil (helicópteros Lynx), sendo que há no Brasil mais de 140 radares de controle de fogo e vigilância (M-Scan e AESA) em serviço. Adicionalmente, a companhia participará do fornecimento da principal suíte de sensores dos Gripen NG brasileiros.

A Selex ES também está engajada na modernização das fragatas da classe Niteroi e corvetas da classe Barroso. Ao mesmo tempo, participa do desenvolvimento e implantação do Sistema Tático de Comunicações  (SISTAC) do Exército Brasileiro.

Fonte:  http://tecnodefesa.com.br/kc-390-contra ... -gabbiano/
 

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mafets

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Re: FAB - Força Aérea Brasileira
« Responder #466 em: Junho 23, 2015, 09:49:57 am »
http://www.aereo.jor.br/2015/06/22/fab-avalia-rever-plano-de-modernizacao-do-jato-de-ataque-amx/
Citar
A Força Aérea Brasileira (FAB) está revisando o programa de modernização dos caças AMX, realizado pela Embraer, e estuda a possibilidade de redução do número de aeronaves a serem modernizadas. O Valor apurou que o estudo contempla a redução de 43 para 30 aeronaves, mas o número está sujeito a alterações. Procurada, a Embraer Defesa e Segurança disse que não comentaria o assunto.

“O projeto AMX está em processo de estudo, tendo em vista os novos cenários operacionais e logísticos, principalmente com a chegada da aeronave Gripen”, disse o presidente da Copac (Comissão Coordenadora do Programa Aeronave de Combate), brigadeiro do ar Paulo Roberto Chã. À medida que o Gripen for sendo incorporado aos esquadrões da FAB, a partir de 2019, segundo Chã, o AMX vai aos poucos saindo de cena. “A previsão é que a frota de AMX seja desativada até 2030″, disse.

A modernização daria uma sobrevida de mais 20 anos à frota de AMX. O projeto tem R$ 54 milhões no orçamento da FAB para este ano, embora na proposta de Lei Orçamentária estivessem previstos R$ 600 milhões. A Embraer entregou 3 AMX modernizados para a FAB. O cancelamento do programa, segundo o brigadeiro da Copac, não está em questão. “O Gripen ‘alugado’ não é uma realidade. Ainda está em processo de negociação”, afirmou.

Em situação similar ao AMX, encontra-se o programa de modernização do lote de onze caças F-5, que também está sujeito à redução. Um lote de 46 aeronaves já foi modernizado pela Embraer. Para o segundo lote, a FAB conta com uma verba orçamentária de R$ 46 milhões este ano. O programa do F-5 está atrasado cerca de um ano e meio e, segundo o Valor apurou, a FAB estuda reduzir de onze para sete o número de aeronaves modernizadas.

O presidente da Copac voltou a afirmar que o carro chefe dos projetos da FAB em 2015 é desenvolvimento do KC-390 e dos caças Gripen NG, para os quais conta com recursos da ordem de R$ 1,7 bilhão. O projeto F-X2, segundo ele, tem R$ 1 bilhão para este ano. Mas o valor poderá ser escalonado, segundo declarações recentes do ministro da Defesa, Jacques Wagner. O valor do repasse seria reduzido para R$ 200 milhões em 2015.

O brigadeiro da Copac explicou, porém, que a Lei Orçamentária de 2015 aprovou R$ 1 bilhão para o F-X2, sem corte nenhum. “Portanto, estamos autorizados a gastar esse valor em 2015. Não tenho nenhuma informação oficial de que o dinheiro será reduzido. No máximo, o que pode acontecer, é de faturarmos em dezembro uma parcela maior deste valor para pagamento na virada do ano”, disse. A redução do valor do repasse aos suecos, se acontecer de fato, segundo Chã, pode ser uma medida para garantir o equilíbrio fiscal e assegurar o cumprimento da meta de superávit primário.

O caça de ataque ar-superfície AMX, que na FAB é conhecido pela sigla A-1, é a principal ferramenta a ser utilizada pelo Brasil em caso de dissuasão de forças hostis nas fronteiras terrestres, nos limites das águas juridicionais brasileiras, além de impedir o uso do espaço aéreo nacional. Com a modernização, a FAB pretende ampliar a capacidade operacional e de sobrevivência da aeronave em ambientes hostis.
Se houver atrasos no Gripen NG, vai ser engraçado. Mais um planificação "em cima do Joelho"... :roll:



Saudações
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Vitor Santos

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Re: FAB - Força Aérea Brasileira
« Responder #467 em: Junho 23, 2015, 02:52:17 pm »
Estação traz desafios às missões de voo na Antártica

Equipes da FAB, a bordo de cargueiros C-130 Hércules, levam suprimentos e realizam transporte de pessoas para o Programa Antártico Brasileiro



Às 13h38min do domingo (21/06), começou o inverno no Hemisfério Sul. As regiões mais frias do Brasil, localizadas ao sul do país, registram temperaturas mínimas em torno de zero grau. Já no continente Antártico, onde pesquisadores brasileiros realizam estudos científicos, chega-se a uma média de -30º a -60ºC. É para este local que tripulações do Esquadrão Gordo (1º/1º GT) realizam dez voos ao ano, com a missão de apoiar o Programa Antártico Brasileiro, por meio do transporte de pessoas e mantimentos.

Segundo explica um dos pilotos de C-130 Hércules, Capitão André Faleiros, as condições de voo são complexas, assim como o pouso, pois há uma grande incidência de nevoeiro, vento forte e as manobras são visuais. “A neve acumulada nas laterais da pista chega a três metros de altura; a gente pousa praticamente num túnel”, compara o aviador. Para se ter uma ideia, da ponta de uma asa a outra, o avião mede 40m, e a largura da pista é de 39m. O comprimento da pista, 1.290m, também é considerado pequeno em relação à capacidade de carga do C-130: 19 toneladas.

O meteorologista chileno Jorge Prudant, que há 20 anos monitora as mudanças do clima, explica que a camada de neve que cobre a pista, acima da placa de gelo, precisa ficar entre três e 10cm. “Se tiver muita neve, o avião pode quebrar o trem de pouso, que é a base da aterrissagem. Se for menos, o gelo diminui a ação de frenagem e pode ser que caia no mar”, detalha.



Do local onde acontece o pouso do cargueiro até a base brasileira, onde ficam os cientistas do Programa Antártico Brasileiro (PROANTAR), é necessário deslocamento de navio ou helicóptero. No inverno, porém, a água no entorno da península congela, impedindo o acesso. Durante a estação, o ressuprimento é feito pela tripulação do Hércules, que libera a carga de paraquedas sobre o local, enquanto o piloto realiza uma passagem rasa. “Eu não vou mentir. Ainda sinto um frio na barriga”, relata o piloto Major Cláudio Garcia.


Fonte:   http://www.fab.mil.br/noticias/mostra/2 ... C3%A1rtica
 

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Re: FAB - Força Aérea Brasileira
« Responder #468 em: Junho 23, 2015, 09:10:32 pm »
Militares da FAB no Haiti























« Última modificação: Junho 23, 2015, 09:20:44 pm por Vitor Santos »
 

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Re: FAB - Força Aérea Brasileira
« Responder #469 em: Junho 23, 2015, 09:17:03 pm »
AVIAÇÃO DE RECONHECIMENTO

A visão estratégica da FAB

Conheça o papel desta aviação que faz o rastreamento dos dados de inteligência em áreas de conflito



Os balões de ar quente utilizados na Guerra do Paraguai, em 1867, foram substituídos por sensores modernos em aeronaves. É assim que a Aviação de Reconhecimento da Força Aérea Brasileira (FAB) evoluiu em mais um século e meio. O avançar do tempo possibilitou, também, o aprimoramento tecnológico para cumprir sua principal missão: fazer um rastreamento minucioso dos dados de inteligência do inimigo com a utilização de meios aéreos e o monitoramento de áreas de interesse.

Em tempos atuais, a Aviação de Reconhecimento possui modalidades específicas que não se limitam ao reconhecimento de imagens. A captação de sinais do espectro eletromagnético, com o uso de equipamentos de alta tecnologia, possibilita o bom desempenho da função. Todas as plataformas utilizadas possuem sensores digitais (eletroóticos e IR) com capacidade de análise diurna e noturna, além de radares de abertura sintética, que permitem realizar o reconhecimento mesmo através da cobertura de nuvens.

De acordo com o Brigadeiro do Ar Fernando Almeida Riomar, Comandante da Terceira Força Aérea (III FAE), a Aviação de Reconhecimento se adequou a tendência de guerra moderna com o emprego de Aeronaves Remotamente Pilotadas (ARP). “Iniciamos a implantação de vetores não tripulados focados em ações de reconhecimento aéreo. No futuro, queremos acompanhar a tendência de países de primeiro mundo realizando ações com o emprego de armamento”, acrescenta.

Numa colocação popular, pode-se dizer que os quatro esquadrões de reconhecimento aéreo são os olhos da FAB: Poker (1º/10º GAV), Carcará (1º/6º GAV), Guardião (2º/6º GAV) e Hórus (1º/12º GAV). Veja as aeronaves e equipamentos utilizados:

Esquadrão Poker (1º/10º GAV)



Instalado na Base Aérea de Santa Maria (RS), o esquadrão é a única unidadeA-1A é utilizado para reconhecimento tático  Tenente Enilton / Agência Força Aérea da FAB que tem por missão principal o reconhecimento tático. Operando desde 1999 as aeronaves Embraer RA-1A/B AMX, o esquadrão realiza o reconhecimento tático como função primária e mantém a capacidade de ataque, interdição e apoio aéreo aproximado.

Os RA-1 têm provisão para levar câmeras internas de longo alcance e de baixa atitude para fazer o sensoriamento remoto. Atualmente os RA-1 estão sendo equipados com datalink, que transmite as imagens capturadas em tempo real.

Esquadrão Carcará (1º/6º GAV)



R-35A utiliza equipamentos de reconhecimento automatizados  Tenente Enilton / Agência Força AéreaNascido no Centro de Treinamento de Quadrimotores (CTQ), o esquadrão foi ativado em 1953 na Base Aérea de Recife e passou a desempenhar missões de busca e salvamento, reconhecimento fotográfico e, eventualmente, transporte aéreo. Atualmente a unidade realiza missões de reconhecimento fotográfico, visual e meteorológico e opera os R-35 A e R-35 AM Learjet.

O  R-35A Learjet é um jato mais moderno, com equipamentos de navegação automatizados. A aeronave utiliza câmeras para fotografia vertical adaptadas para atuarem em maiores altitudes. Três unidades foram equipadas com radares de última geração para cumprirem missões de guerra eletrônica e reconhecimento. Com essa modificação as aeronaves receberam a designação R-35AM.

Esquadrão Guardião (2º/6º GAV)



Criada em 1999 para apoiar o Sistema de Vigilância da Amazônia (SIVAM), a unidade foi incorporada à Base Aérea de Anápolis (GO) e recebeu a designação de Esquadrão Guardião. A unidade é responsável pelo planejamento, execução e supervisão das missões de sensoriamento remoto, reconhecimento aéreo e controle e alarme aéreo antecipado. Atualmente utiliza as aeronaves E-99 e R-99, ambas com radares e diversos sensores.

Esquadrão Hórus (1º/12º GAV)



Esquadrão Hórus emprega o RQ-450  Cabo Silva Lopes/ Agência Força AéreaO esquadrão está localizado na Base Aérea de Santa Maria, no Rio Grande do Sul. É a única unidade da FAB a operar Aeronaves Remotamente Pilotadas (ARP), o RQ-450 e o RQ-900. Os equipamentos também podem ser empregados na área de segurança pública, no controle de desmatamento e em operações de defesa civil.











Fonte: http://www.fab.mil.br/noticias/mostra/2 ... ica-da-FAB
 

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Re: FAB - Força Aérea Brasileira
« Responder #470 em: Junho 24, 2015, 09:45:04 am »
http://www.aereo.jor.br/2015/06/23/dilma-pede-a-suecia-revisao-de-juros-de-financiamento-dos-36-cacas-gripen/
Citar
Diante da pressão do ministro da Fazenda, Joaquim Levy, para que o contrato de financiamento dos 36 caças gripen tenha seus juros rebaixados, para ajudar no ajuste fiscal, a presidente Dilma Rousseff, conversou, por telefone na manhã desta terça-feira, 23, com o primeiro ministro da Suécia, Stefan Löfven. Dilma pediu a Löfven adiamento do prazo para a assinatura do contrato de financiamento, que expira nesta quarta-feira, dia 24 de junho, para que se possa renegociar as taxa de juros.

Levy tem alegado que a alteração da taxa representará uma redução de gasto da ordem de R$ 1 bilhão, em 25 anos. O ministro quer usar ainda este contrato como modelo para renegociar outros acordos internacionais já assinados por outros ministérios, sob a alegação de que os juros na Europa caíram e o Brasil pode ser beneficiado com isso.

O Comando da Aeronáutica está muito preocupado com esta alteração dos termos da proposta já assinada com a SAAB, fabricante dos aviões. A FAB teme que outras cláusulas importantes do contrato possam sofrer correção e atrapalhe o projeto de construção conjunta dos aviões, com transferência de tecnologia Para a FAB a economia é muito pequena para um período tão longo de 25 anos, pelo desgaste da alteração dos termos da proposta. Os suecos alegavam que o contrato já foi assinado e que os seus termos já foram aprovados pelo congresso daquele país.

Assim, qualquer alteração, necessitaria de nova aprovação pelo plenário do congresso sueco. O governo brasileiro, no entanto, acha que poderá contar com a boa vontade dos suecos porque eles também têm interesse no projeto e o sinal disso foi que eles já aceitaram um pedido do Levy de redução de R$ 1 bilhão para R$ 200 milhões do desembolso da primeira parcela, em função do forte ajuste fiscal que está em curso no País.

Na conversa com o primeiro ministro da Suécia, a presidente Dilma tentou tranquilizá-lo avisando que o governo brasileiro não tem interesse em romper o contrato, mas apenas renegociar as taxas de financiamento. Lembrou ainda que é tradição brasileira a segurança jurídica em relação aos contratos e explicou os benefícios para o País, em momento de dificuldades econômicas. Segundo apurou a reportagem, a reação do primeiro ministro foi “propositiva” e ele ficou de dar uma resposta ao governo brasileiro.

Para Levy, as taxas de juros do contrato podem ser alteradas. Já os suecos, consideram que não. O diretor da Saab no Brasil, Bengt Janér, ao falar sobre as dificuldades de qualquer tipo de alteração no contrato, informou que “no ato da assinatura do acordo comercial os juros estabelecidos foram congelados”. Para ele, a discussão é que o Brasil quer baixar ainda mais as taxas, que os bancos suecos dizem que já estão de menores que a da OCDE. “Só que os suecos têm de seguir as regras escritas, que são claras e dizem que os juros são congelados quando da assinatura do contrato porque senão vira subsídio à indústria de defesa da Suécia”.

De acordo com Bengt Janér, não tinha como baixar os juros “a não ser que o contrato voltasse ao parlamento sueco e se iniciasse toda uma nova discussão e negociação e, neste caso, o atraso será irreversível”.

Por ora estão mantidos os prazos de entrega do primeiro dos 36 aviões em 2019, completando dez no fim de 2021, para que se forme um esquadrão e eles comecem a operar. A previsão de entrega do último avião é 2024. Desde a primeira sinalização da compra, em dezembro de 2013, o contrato subiu 12% do preço e preços de hoje, segundo a FAB, agora está em US$ 4,8 bilhões. Cada dia de demora na assinatura do contrato de financiamento adia a ida dos 100 engenheiros brasileiros para começar a trabalhar na construção da nova geração do Gripen.
Até agora, foi assinado um pré-contrato, em outubro de 2014, e um dos seus itens prevê que, em até oito meses, tem de ser ratificado o financiamento com o banco de fomento sueco SEK. Caso isso não ocorra, todo o processo de negociação perde efeito e todos os termos do acordo da compra dos aviões terão de ser reavaliados. Outro problema é que, no caso de adiamento, de acordo com técnicos da Força Aérea e da empresa fabricante do caça, “a transferência de tecnologia é afetada de forma irreversível”.
Como se costuma dizer em Portugal: "Até ao lavar dos cestos é vindima". Fazer contas a um avião como já estando garantido quando nem o contrato de financiamento ainda está assinado :roll:


Cumprimentos
"Nunca, no campo dos conflitos humanos, tantos deveram tanto a tão poucos." W.Churchil

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Vitor Santos

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Re: FAB - Força Aérea Brasileira
« Responder #471 em: Junho 24, 2015, 03:15:18 pm »
Entrevista Exclusiva com o Comandante da Aeronáutica

“Assim como times que ganham, tem mais torcedores, um avião como esse [Gripen] vai trazer mais gente interessada na Força Aérea” - Tenente-Brigadeiro do Ar Nivaldo Luís Rossato



Em meio às comemorações pelos 16 anos do Ministério da Defesa, Brasília deu o ponta pé inicial das exibições programadas pela Força Aérea para levar para próximo dos contribuintes um de seus programas de modernização. O caça sueco-brasileiro Gripen NG (Nova Geração), mais que uma máquina destinada à assegurar a proteção dos 22 milhões de quilômetros quadrados sob responsabilidade da FAB, é uma peça integradora de tecnologias, que busca incorporar capacitação e conhecimento à indústria nacional, utilizáveis também, em outras aplicações de uso civil.

Sua escolha visou igualmente os ganhos educacionais técnicos e acadêmicos, a geração de postos de trabalho no país, e oportunidades de empregos de alta qualificação.

Agora, ao aproximar-se a conclusão de todos os trâmites contratuais envolvendo os dois países e as duas Forças Aéreas, um grupo de técnicos suecos com apoio de militares brasileiros excursionam pelo Brasil com uma réplica da aeronave, que está sendo desenvolvida pela Saab com a participação de empresas brasileiras da base industrial de defesa. Na ocasião do lançamento do tour, conversamos com o Comandante da Aeronáutica, Tenente-Brigadeiro do Ar Nivaldo Luís Rossato. Confira a seguir:

Vianney Junior – Brigadeiro Rossato, neste ano de forte restrição orçamentária, cada Força busca assegurar a continuidade de seus programas estratégicos. A FAB traz para o centro do país, na Esplanada dos Ministérios, e em seguida para outras cidades, um modelo em escala real do Gripen NG Brasil. Qual o significado desta ação? Qual a importância de trazer para perto da população uma peça como essa, estratégica no arsenal da Força Aérea Brasileira?

Brigadeiro Rossato – Bom, trazer este programa para perto da população é importantíssimo. A divulgação do quê que é a Força Aérea, do que são as Forças Armadas é fundamental para que o povo brasileiro entenda qual é a razão de ser destas instituições, e ver que equipamentos compõem estas Forças. Então o momento, no ano que se comemora 16 anos da criação do Ministério da Defesa, no centro da Esplanada dos Ministérios é um momento ímpar. Quanto a isso, o pessoal do CeComSAer foi ágil e hábil em conseguir a concessão para instalação do modelo do avião aqui, já que normalmente é proibido a utilização desta área. Talvez por ser um avião tão importante e tão falado nos últimos anos, o Governo Federal e o Governo do DF concordaram com esta exibição.

VJ – O caça é provavelmente dentre os ativos de uma força aérea, o que mais desperta o interesse de jovens para a carreira de piloto militar. Como o senhor avalia o efeito do Gripen, incorporando estas novas tecnologias, representando uma nova geração, sobre a procura de candidatos para ingresso na Força?

Brigadeiro Rossato – A carreira militar sempre foi atrativa no Brasil, até porque a área militar é bastante organizada, é um dos exemplos dentro da sociedade. Então o jovem sempre teve um grande interesse em entrar nas atividades militares, e a aviação certamente atrai bastante. E quando vê um avião com a tecnologia do Gripen, com a divulgação que tem, a juventude logicamente se interessa mais. Assim como times que ganham, tem mais torcedores, um avião como esse vai trazer mais gente interessada na Força Aérea.

VJ – O Ministro da Defesa, Jaques Wagner, manifestou recentemente sua boa impressão acerca das tecnologias embarcadas, em particular sobre a modernidade do visor único de tela larga, o Wide Area Display, que é um diferencial do Gripen NG Brasil, como um dos requerimentos da FAB. Como o senhor avalia essa manifestação de aprovação do Ministro da Defesa?

Brigadeiro Rossato – O Ministro Jaques Wagner sempre foi incentivador do Gripen. Ele jamais deixou de nos dar o apoio integral para este nosso programa estratégico. E quando ele recebeu de um capitão nosso que participou do treinamento na Suécia, um briefing sobre a capacidade dos armamentos, sobre a capacidade do radar, na capacidade da eletrônica em geral, ele toma consciência da importância disso. Inclusive dentro do cenário moderno, para domínio do espaço aéreo, é fundamental que a gente tenha um avião como esse, e o nosso Ministro está perfeitamente alinhado com a nossa posição.

VJ – O Brasil diz buscar seu reconhecimento como ator global. Já há tempos vem pleiteando um assento definitivo no Conselho de Segurança da ONU, mas é óbvio que para cada bônus há equivalente ônus. Com a incorporação do Gripen na Força Aérea Brasileira, um caça que já participou de Forças de Coalisão autorizadas pelas Nações Unidas, e envolvendo a própria indústria nacional na produção deste nível de tecnologia, como o senhor avalia os avanços que o Brasil possa ter quanto a sua influência regional e eventualmente global, estando equipado apropriadamente para atender uma convocação da ONU?

Brigadeiro Rossato – Bem, eu entendo que qualquer país tem interesse em ter maior presença na ONU. O Brasil talvez por ser um país gigantesco, com o tamanho que nós temos, é mais do que natural que tenhamos essas ambições. Quanto a ter o Gripen, ou qualquer outro armamento moderno que nós estamos incorporando às Forças Armadas, isso ajuda em alguma coisa, mas nós estamos principalmente interessados na defesa da nossa soberania.

Todas as Forças estão interessadas nisso. Nós víamos há muitos anos, praticamente vinte anos atrás, ou até mais, que nós precisávamos de um caça desta geração, porque ele é o ponto central da defesa da soberania, e todos nós sabemos que o poder aéreo é fundamental. Se nós não tivermos poder aéreo não adianta termos outras coisas. Todas as guerras recentes mostram essa predominância do poder aéreo. Posteriormente, depois de ter o domínio do espaço aéreo, é que vem as ações decorrentes, mas esta é fundamental.

Fonte:  http://www.defesanet.com.br/gripenbrazi ... Exclusiva/
 

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Re: FAB - Força Aérea Brasileira
« Responder #472 em: Junho 25, 2015, 03:12:19 pm »
Esquadrões de helicóptero da FAB e do Exército participam de treinamento

Um dos objetivos foi abordar técnicas de lançamento de paraquedistas



Com o objetivo de trocar conhecimentos operacionais e logísticos sobre o helicóptero H-36 Caracal, o Esquadrão Falcão (1°/8° GAV) e 1º Batalhão de Aviação do Exército (1º BAvEx), ambos sediados em Belém (PA), realizaram, entre os dias 17 e 19 de junho, um intercâmbio de infomações e doutrina na capital paraense.

As duas unidades operam o mesmo tipo de helicóptero, que é conhecido no Exército como HM-4.Durante esse período, a FAB apresentou algumas das doutrinas utilizadas nas operações de Resgate em Combate (CSAR - Combat Search and Rescue) e Kapoff (Resgate na água). O Exército focou suas apresentações nos parâmetros utilizados durante o lançamento de paraquedistas do helicóptero.

A partir do dia 29 de junho, durante a operação CSAR em Campo Grande (MS), o 1°/8° GAV deverá realizar o lançamento de paraquedistas do helicóptero, missão que a unidade nunca realizou com essa aeronave.

"Os paraquedistas do Esquadrão Aeroterrestre Salvamento têm realizado esse tipo de salto em conjunto com o Exército. Será a primeira vez que o Esquadrão Falcão vai realizar essa missão com o H-36 Caracal", explica o Capitão Aviador Izan Ribeiro de Alencar, oficial de doutrina do Esquadrão Falcão. Segundo ele, é importante esse tipo de treinamento. “Ter os conhecimentos doutrinários alinhados entre as três Forças é essencial para uma operação conjunta segura entre as forças”,completou.

Já o Major de Exército Flávio dos Santos Junior, Subcomandante do 1º BAvEx, ressaltou a importância da troca de conhecimentos entre operadores de uma mesma aeronave que está sendo implantada nas Forças Armadas. O 1º BAvEx possui cinco helicópteros desse modelo.  “Atividades de integração entre as Forças Armadas permite que tanto o Exército como a FAB obtenham ganhos técnico-operacionais, buscando um melhor aproveitamento das potencialidades dos equipamentos”, destacou.



 

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Re: FAB - Força Aérea Brasileira
« Responder #473 em: Junho 26, 2015, 05:07:16 am »
Citar
Brazil seeks to renegotiate Gripen financing plan
Citar
Brazil is reportedly seeking to restructure its financing agreements with Sweden over the procurement of Saab Gripen aircraft, as the South American country's defence budget is hit by austerity cuts.

According to press reports, Brazilian leader President Dilma Rousseff has requested an amendment to the financing arrangement with the Swedish Export Credit Corporation (SEK) to lower the interest rates on the loans for the aircraft. The previously agreed rates were frozen at the time the contract was signed.

Brazil announced earlier this month that it was cutting the amount it would be borrowing from SEK from BRL1 billion (USD324 million) to BRL200 million for the first disbursement for the procurement.

...
http://www.janes.com/article/52564/braz ... ncing-plan
 

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Vitor Santos

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Re: FAB - Força Aérea Brasileira
« Responder #474 em: Junho 26, 2015, 02:50:33 pm »
Aviação de Reconhecimento da FAB

 

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mafets

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Re: FAB - Força Aérea Brasileira
« Responder #475 em: Junho 27, 2015, 09:37:00 am »
http://www.aereo.jor.br/2015/06/26/brasil-tem-prazo-de-dez-dias-para-acertar-acordo-de-financiamento-de-caca-sueco/
Citar
O governo brasileiro tem prazo de mais dez dias para entrar em acordo com os suecos a respeito da assinatura do contrato de financiamento dos 36 caças Gripen NG, que foram adquiridos em contrato assinado em outubro de 2014, no valor de US$ 5,4 bilhões. Terminou ontem o prazo oficial. A presidente Dilma Rousseff telefonou nesta semana para o primeiro-ministro da Suécia, Stefan Löfven, em busca de uma solução.

No acordo com a Saab, fabricante dos caças, ficou estabelecido que o contrato de financiamento seria aprovado até oito meses após a assinatura do contrato de aquisição, mas as duas partes ainda têm mais dez dias para discutir se vão estender o prazo para renegociar algumas questões, como redução das taxas de juros.

“Os detalhes sobre o contrato de financiamento, se haverá redução de juros ou não, estão sendo discutidos diretamente pelo Ministério da Fazenda e a Secretaria de Economia e Finanças da Aeronáutica (Sefa)”, disse o presidente da Comissão Coordenadora do Programa Aeronave de Combate (Copac), brigadeiro Paulo Roberto Chã.

De acordo com fontes ouvidas pelo Valor, a Fazenda pretende renegociar as taxas de juros que foram objeto de acFiordo no ano passado, alegando que houve recuo desde a assinatura do contrato. O financiamento tem como base a CIRR, taxa de empréstimo praticada por agências oficiais de crédito à exportação dos países integrantes da Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE), calculada com base na remuneração dos títulos públicos emitidos no mercado doméstico de cada país.

Nos bastidores, os suecos argumentam que a renegociação da taxa representaria violação do Arranjo de Crédito à Exportação da OCDE e poderia gerar punições no âmbito da Organização Mundial do Comércio (OMC). O arranjo, segundo afirmam os fornecedores dos caças, define que a taxa válida é aquela do momento do contrato.

Chã reafirmou que a Força Aérea Brasileira (FAB) tem orçamento aprovado de R$ 1 bilhão para ser gasto com o programa dos caças F-X2 em 2015, mas que ainda não tem autorização para usar os recursos e iniciar o pagamento. “O Ministério da Fazenda pode contingenciar esse valor, ou seja, pagar um pouco agora e o restante até o final do ano, mas o recurso aprovado tem que ser faturado em 2015.”

A Saab já concordou, inclusive, em receber menos no período inicial do contrato. O importante, segundo fontes que participam das discussões, é ter algum empenho no orçamento de 2015 – mesmo que seja para deixar esses recursos carimbados como “restos a pagar” para os próximos anos. Já a renegociação das taxas de juros é considerada um assunto de extrema sensibilidade para os suecos, que alegam não haver espaço legal para a abertura de um precedente.

O presidente da Copac alertou sobre a importância de se definir a questão do financiamento do contrato antes de agosto. Caso contrário, haverá impacto no processo de transferência de tecnologia do projeto doscaças para as empresas e instituições de pesquisa brasileiras envolvidas.

“Em agosto os engenheiros da Embraer e de mais cinco empresas começam a se deslocar para as fábricas da Saab na Suécia. Se o financiamento não tiver sido resolvido, haverá atraso no envio dessas pessoas para a Saab”, disse.

As demais empresas parceiras da Saab no desenvolvimento do Gripen NG são a Inbra, Ael Sistemas, Akaer, Atech e Mectron. O Departamento de Ciência e Tecnologia Aeroespacial também vai enviar 21 especialistas para serem treinados na Suécia. O F-X2 prevê a mobilização de 357 engenheiros e técnicos da indústria aeronáutica e de defesa brasileira para trabalhar no desenvolvimento dos caças na Suécia. A maior parte deles, 240 profissionais, será enviada pela Embraer, empresa que coordenará as atividades de desenvolvimento, produção e montagem do avião no Brasil.
Continua o impasse... :roll:


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Re: FAB - Força Aérea Brasileira
« Responder #476 em: Junho 30, 2015, 10:26:17 am »
http://www.aereo.jor.br/2015/06/29/producao-do-kc-390-nao-tem-recursos-garantidos/
Citar
O programa de desenvolvimento do jato de transporte militar KC-390, a cargo da Embraer, é o único projeto estratégico da Força Aérea Brasileira (FAB) que teve autorização do governo para o recebimento de recursos aprovados pela Lei Orçamentária Anual (LOA) em 2015. Mas o mesmo não acontece para a sua produção.

O desenvolvimento do cargueiro é considerado prioridade número um na FAB, tendo em vista que qualquer atraso pode comprometer as vendas da aeronave no mercado internacional. “Os recursos estão sendo liberados de forma parcelada e no valor total de R$ 771 milhões para este ano”, disse o presidente da Comissão Coordenadora do Programa Aeronave de Combate (Copac), brigadeiro Paulo Roberto de Barros Chã.

Embora seja considerado prioritário, os recursos para a fase de produção da aeronave ainda não foram confirmados. A Lei Orçamentária prevê R$ 400 milhões para a produção do KC-390 este ano. O contrato de produção de 28 aeronaves para a FAB, avaliado em R$ 7,2 bilhões, foi assinado com a Embraer em maio do ano passado. Em 2014 a Embraer recebeu R$ 20 milhões para iniciar as atividades de produção do KC-390.

A certificação para voo da versão civil do KC-390, que será emitida pela Anac (Agência Nacional de Aviação Civil), está prevista para o fim de 2016. Já a certificação militar, conduzida pelo Instituto de Fomento e Coordenação Industrial (IFI), vinculado ao DCTA, deverá ocorrer no segundo semestre de 2017. O certificado de tipo (do projeto) é garantia da segurança de operação da aeronave e cumprimento dos requisitos de projeto.

O processo de certificação do KC-390, segundo o brigadeiro Alvani Adão da Silva, diretor do Departamento de Ciência e Tecnologia Aeroespacial (DCTA), já produziu cerca de 1500 relatórios entre desenvolvimento e certificação (civil e militar), dos quais um terço já foi aprovado. “Estamos agora entre as fases de aprovação do plano de certificação pelas autoridades e a demonstração de cumprimento dos requisitos. O KC-390 também se prepara para a realização dos ensaios em voo, fundamentais para a demonstração do cumprimento dos requisitos.”

Para cumprir os prazos previstos no cronograma de trabalho da certificação, o IFI foi autorizado pelo governo a contratar 34 servidores temporários. Os novos profissionais também darão apoio às atividades de certificação e de compensação comercial, industrial e tecnológica no âmbito do projeto dos caças F-X2.

Além do KC-390, a Copac é responsável pela coordenação dos principais programas de reaparelhamento da FAB, entre eles a aquisição dos caças suecos Gripen NG e dos helicópteros H225, que também estão sendo adquiridos pela Marinha e o Exército. Para os demais projetos, mesmo com orçamento aprovado, a Copac ainda não teve autorização para repassar os recursos.

O programa F-X2 tem R$ 1 bilhão aprovados para o exercício de 2015. “Temos o crédito, mas não temos o numerário para pagar ou o financiamento aprovado”, afirmou o presidente da Copac. Independentemente do valor que será autorizado para a primeira parcela, segundo o brigadeiro, os recursos do F-X2 terão que ser faturados em 2015.

No caso do programa dos helicópteros H225M, produzidos para as três Forças pela Helibras, o presidente da Copac diz que foi aprovado R$ 323 milhões para 2015, mas a proposta orçamentária previa R$ 538 milhões. A Copac, no entanto, ainda não obteve autorização para liberar os recursos aprovados para o projeto.


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Re: FAB - Força Aérea Brasileira
« Responder #477 em: Junho 30, 2015, 06:14:55 pm »
FAB desiste de alugar caças Gripen, afirma diretor do DCTA



O cenário de ajuste fiscal no Brasil colocou por terra o projeto de arrendamento de 12 caças Gripen C/D, modelo antecessor da nova geração NG, que está sendo adquirida pela Força Aérea Brasileira (FAB). A necessidade operacional da FAB continuará sendo suprida, ainda que precariamente, pelos caças F-­5 modernizados pela Embraer.

“Diante da atual conjuntura de ajuste fiscal, o Comando da Aeronáutica começou a avaliar, como alternativa, a possibilidade de antecipar o simulador de voo do Gripen NG, como forma de propiciar a familiarização dos pilotos e mecânicos com a nova plataforma”, disse o diretor do Departamento de Ciência e Tecnologia Aeroespacial (DCTA), brigadeiro Alvani Adão da Silva.

Além do treinamento dos pilotos propriamente dito, segundo Alvani, o simulador também permitirá uma melhor avaliação das potencialidades do novo caça e até a possibilidade de serem sugeridas mudanças na plataforma, no sentido de melhorar a sua performance.

A proposta de arrendamento, segundo ele, começou a ser discutida entre o Comando da Aeronáutica e o governo sueco no ano passado. O negócio não tinha nenhuma relação com a compra dos 36 caças do programa F­X2. O aluguel dos aviões era considerado uma solução interina, que iria preencher a lacuna operacional entre a desativação das aeronaves Mirage F2000 ,em dezembro de 2013, e a entrega dos primeiros jatos Gripen NG, prevista para ocorrer a partir de 2019.

A FAB esclareceu que o contrato de aquisição do Gripen, assinado em outubro de 2014, foi firmado em coroas suecas, correspondendo a um valor de US$ 5,4 bilhões na época. Hoje, porém, este montante equivale a cerca de US$ 4,6 bilhões, já que houve variação na taxa de câmbio entre o dólar americano e a coroa sueca. A taxa de conversão utilizada, segundo a FAB, foi a do Banco Central do Brasil.

Sobre o contrato de financiamento dos caças, o diretor do DCTA disse que qualquer redução que se consiga nas taxas de juros é um esforço que está sendo feito para melhorar a situação fiscal do país. “Este contrato é tão importante para o Brasil quanto para a Suécia. Acredito que os dois lados estão em sintonia para buscar uma solução. Para quem esperou 18 anos, um ou dois meses a mais não faz diferença”, afirmou.

O brigadeiro admitiu, porém, que se não houver um acordo antes do mês de agosto, será necessário fazer um ajuste no cronograma de envio dos técnicos e engenheiros brasileiros que irão trabalhar no desenvolvimento dos primeiros caças na Suécia.

Pelo acordo acertado entre Saab e a FAB, a empresa sueca vai receber 357 engenheiros de empresas brasileiras e do DCTA. A maior parte, 240 profissionais, será enviada pela Embraer, empresa que também coordenará as atividades de desenvolvimento, produção e montagem do avião no Brasil. Também foram selecionadas para participar do desenvolvimento do Gripen NG as empresas Inbra, Ael Sistemas, Akaer, Atech e Mectron.

FONTE: Valor Econômico

http://www.aereo.jor.br/2015/06/30/fab- ... r-do-dcta/
 

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Re: FAB - Força Aérea Brasileira
« Responder #478 em: Junho 30, 2015, 06:36:26 pm »
GRIPEN E/F - Simbiose de mercado

A parceria entre o Brasil e a Suécia para a construção do caça Gripen E/F analisada por Pedro Paulo Rezende



O Brasil comprou uma ideia, e não um avião, ao selecionar a proposta da empresa sueca SAAB como fornecedora de 36 aeronaves de caça para a Força Aérea Brasileira. O Gripen E/F tem menos de 10% de partes comuns com a versão Gripen C/D, é 800 quilos mais pesado, possui uma fuselagem mais larga e uma superfície alar ligeiramente menor.

O primeiro protótipo ainda não voou em função da adequação da linha de montagem — a data prevista é junho de 2016. Em suma, somos sócios em um sonho e a SAAB depende do Brasil para colocar o novo modelo no mercado.

O Gripen C/D é sucesso de vendas, testado, confiável e de baixo custo, em uso na África do Sul, Hungria, República Checa e Tailândia. As negociações em curso — Croácia e Malásia — tratam da aquisição ou arrendamento de unidades usadas deste modelo de caça dos estoques da Força Aérea Sueca. Em contraponto, apenas Brasil e Argentina manifestaram interesse na nova versão em desenvolvimento. Ou seja, existe um claro processo simbiótico entre as duas partes no programa.

Estes fatos deveriam ser levados em conta enquanto o primeiro-ministro Stefan Löfven examina o pedido da presidente da República, Dilma Rousseff, para readequar os valores dos juros estabelecidos no pacote financeiro previsto no pré-contrato firmado pelo Comando da Aeronáutica em 24 de outubro do ano passado.

Economia

No último dia 23, Dilma e Löfven mantiveram uma longa conversa telefônica. Na ocasião, a chefe de Estado deixou claro que o Brasil não vai desistir da compra do Gripen E/F, mas pediu a redução dos juros, uma ideia do ministro Joaquim Levy para economizar R$ 1 bilhão ao longo de 21 anos.

O argumento de Levy se embasa em um ponto: as taxas praticadas hoje são menores que as estabelecidas pela OCDE em outubro do ano passado. Segundo a Presidência da República do Brasil, o primeiro-ministro ouviu a demanda com simpatia, mas alegou, sem fechar posição, que seria de difícil execução, uma vez que a medida necessita de aprovação pelo Parlamento da Suécia.

Aqui cabe uma explicação. Um contrato internacional inclui várias fases. No modelo adotado para a concorrência F-X2 estabeleceram-se dois pontos principais. No pré-contrato consolidou-se uma série de aspectos técnicos, o preço e a taxa de juros a ser seguida. No segundo, detalharam-se as cláusulas do pacote financeiro, que deveria ser assinado até oito meses depois, 24 de junho último, pelo ministro da Fazenda — cargo ocupado atualmente por Joaquim Levy.

A Corporação Sueca de Crédito de Exportação (SEK), garante do financiamento, usou as normas da Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE) para o cálculo dos juros acertados entre o Comando da Aeronáutica e a SAAB em 24 de outubro de 2014. A OCDE, mensalmente, estabelece as taxas — conhecidas como Commercial Interest Reference Rates (CIRRs) — com base nos rendimentos oferecidos por cada Banco Central nos bônus colocados no mercado interno. As regras também determinam o congelamento do valor dos juros ao que era praticado na assinatura do primeiro contrato.

Depois de conversar com a presidente, o ministro da Defesa, Jacques Wagner, um dos principais articuladores do governo, está otimista. Dilma destacou o clima cordial da conversa com o primeiro-ministro sueco, na qual conseguiu ampliar em dez dias o prazo final para a assinatura do pacote financeiro por Levy. Anteriormente, houve outra concessão por parte da SAAB. Haveria um desembolso de R$ 1 bilhão neste ano, que foi dividido em cinco parcelas anuaí para não sobrecarregar o Tesouro.

A ampliação do prazo negociada por Dilma se encerra no próximo dia três. Na pior das hipóteses, o pacote financeiro será assinado como está, mas todas as autoridades brasileiras envolvidas no processo acreditam em uma resposta positiva da Suécia.

Fonte: http://www.defesanet.com.br/gripenbrazi ... e-mercado/
 

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Re: FAB - Força Aérea Brasileira
« Responder #479 em: Junho 30, 2015, 09:06:22 pm »
Como o mundo existe para além das Forças Armadas Brasileiras, talvez uma notícia que não está directamente relacionada com estas devesse ser colocada num tópico mais adequado — digamos que na subsecção Indústrias de Defesa viewforum.php?f=16 — onde o caríssimo Vítor Santos poderia criar um novo tópico dedicado à industria militar brasileira ou, caso não esteja disposto a tanto, simplesmente utilizar o actual tópico Notícias (Indústrias de Defesa) viewtopic.php?f=16&t=12198

 :G-beer2:
Talent de ne rien faire
 
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