Escrevam para a Presidência da República e demonstrem a vossa indignação.
belem@presidencia.pt
Querem mesmo matar Portugal.
Mais outra do lentras com garfos
"O Iberismo existe
Soube da história do ministro iberista pelo Fernando Venâncio neste post. Neste outro, FV “remata la faena” do iberismo do senhor ministro que já foi tudo na vida – e porque não iberista também?
Conheço bem Espanha, trabalho diariamente directa ou indirectamente com espanhóis há meia dúzia de anos. Falo com eles todos os dias; visito-os regularmente, de Aviles a Sevilha. Falo, portanto, mais por experiência própria – empirismo – do que por teoria política conjecturada.
Quando se diz que em Espanha não existe o conceito de iberismo, não estou de acordo. Se falarmos com um castelhano de cultura média, ou mesmo com um andaluz, raramente encontramos um que não seja teoricamente (porque se trata de um atavismo teórico) a favor da “união ibérica” que inclui Portugal. Coisa diferente é quando entramos na Catalunha ou nos domínios de Valência: encontramos de tudo, desde os que defendem a independência (uma minoria) até os que preferem uma Federação Ibérica que respeite as raízes culturais de cada nação. Dos Bascos nem vale a pena falar porque não constituem paradigma em Espanha.
Quando falamos de Iberismo, hoje, tanto em Espanha como em Portugal, referimo-nos a essa Federação Ibérica congeminada por Zapatero que tanto escândalo tem causado nas hostes direitistas espanholas, nomeadamente em relação às aparentes cedências zapateristas em relação à Catalunha e ao País Basco.
Se recordarmos a História e de como se formou a Espanha actual, verificamos que existiram momentos de alianças monárquicas entre os vários reinos da Espanha; durante esses períodos de “alianças”, a soberania era teoricamente repartida, embora sempre com a preponderância do reino que mantinha o poder sobre a capital: os castelhanos. O processo de formação da Espanha e da superiorização da cultura e língua castelhanas é caracterizado por estados alternativos de centralização e de concessões temporárias, por um lado, pela fragilização dos reinos menos poderosos – como aconteceu com o Reino da Galiza – até à sua absorção pela força centrípeta de Madrid, por outro. O Leviatão de Hobbes aplica-se no processo que nem uma luva. Quando o reino de Galiza foi extinto no início do século dezanove, era uma triste figura de estilo, enfraquecido ao longo de séculos de subjugação ao poder de Madrid (Castela) através da realpolitik.
Portanto, quando hoje falamos de Iberismo — repito, hoje – falamos de Federação Ibérica, assim como existiram no passado alianças de reinos (Castela e Leão, Castela e Navarra, Castela e Galiza); a Espanha formou-se a partir de compromissos aglutinadores de aparentes concessões em determinados momentos, alternados com outros períodos em que a cultura e a língua castelhanas eram impostas de uma forma hegemónica.
Conclusão:
Quando Zapatero faz concessões a nível das nacionalidades, não cede um milímetro em relação aos desígnios da Grande Ibéria. Usando terminologia de estratégia militar, trata-se de reagrupamento de tropas para um ataque mais abrangente.
O Iberismo hoje, não é a subjugação clara a Madrid; essa virá mais tarde. O Iberismo hoje é a construção do Leviatão da Ibéria das nacionalidades, a Federação Ibérica que, numa primeira fase, tenderá a colocar Portugal em igualdade de estatuto com a Catalunha ou a Galiza. O etnocídio português — cultural e linguístico — virá mais tarde. Com o Iberismo, restará o português como dialecto local (como acontece com o galego hoje) e a língua brasileira em sua substituição.
É caso para dizer: aplicação do acordo ortográfico com o Brasil, já!"
Texto muito bom Luso. Apensa quiser preguntar-te pela ultima parte,disso do que o Portugues seria un etnocidio cultural e linguistico. Acho com estas palabras que com o Iberismo o castelhano ia a imponer-se como lingua vehicular em tuda a Iberia?e que o portugues apenas so em Portugal como se for una autonomia mais?.
Nao pode ser o mesmo una autonomia que un pais independente, libre e soberano como Portugal, o status tinha que ser igual, tendo que arramjar a formula para que tudo seja proporcionado. O mais logico tinha que ser, que no hipotetico congreso dos diputados, estamentos publicos,etc....fora em tudas as linguas hispanicas(ibericas), mas acho que dada a riqueça linguistica peninsula isso ia ser dificil, emtao, com o minimo em castelhano e portugues.
Pemsas que á alguna formula alternativa mais possivel para criar essa federaçao iberica ou como quiseras charmar-la?
Se apanho como exemplo Suiça, eles tem 3 linguas oficiais numa confederaçao helvetica, e un pais prospero que nao tem problemas politicas nem sociais, pemso, emtao, porque nao pode ser igual cá?
Saudades.