Continuo sem perceber onde é que está o investimento de 75 MM (dos 200 MM da aquisição das avionetas) que será incorporado na economia portuguesa... Não será seguramente pela montagem de umas placas de blindagem, de uns rádios e de uns IFF.
A não ser que o custo desses equipamentos seja parte da equação.
Tanta coisa obscura com esta negociata com a Embraer....
PS: porque é que o Brasil não nos compra uns NPO 3S, agora que vão abrir concurso para a construção de uns NPO para a sua Marinha??? Era uma boa oportunidade de exercer a reciprocidade, digo eu....
Nem sequer está definido se esses 75M estão incluídos nos 200M, ou se é uma despesa à parte, à semelhança do que acontece com o GFE de outros programas.
Não esquecer que foi afirmado que iam receber tecnologia nacional.
Pelo dinheiro e alarido causado, deve ser algum radar AESA ultra secreto made in Portugal.

De notar que os 3 STs que chegaram, não possuem as 2 metralhadoras .50. Também devem fazer parte dos trabalhos a executar cá, para fingir que se envolveu a indústria.
Se calhar deviam fazer o mesmo com o futuro caça. Compramos 32 F-35, mas fazemos a montagem do GAU-22 em Portugal, para fingir que temos envolvimento industrial!!!
Mas como não é Embraer, não pode ser.
Queres saber o que é mais engraçado? É que esta coisa de instalar coisinhas no ST para fingir que existe retorno para a economia, podia ser replicada para qualquer outro programa de Defesa. Desde a instalação de rádios em novos blindados, de IFFs em qualquer aeronave, passando pela incorporação/certificação de novo armamento para os caças, e até a instalação de equipamentos nas novas fragatas em Portugal.
Estranho como isto nunca serviu de pretexto para se avançar com programa nenhum.
PS: se se confirmar que se vai já instalar as placas de blindagem, isto não é prematuro? É que supostamente as aeronaves são para treino, e para isso não é preciso andar com blindagem, que afectam negativamente a performance da aeronave e os custos de operação.
PS2: achas? A reciprocidade só funciona quando convém. Aí já se aplica o "amigos amigos, negócios à parte".
Concordo e é parecido com o que disse anteriormente; ignoraram tudo isso pela questão de "apoio industrial" às OGMA (influenciado pelo sucesso - a que os políticos adoram ser associados - do KC-390).
Agora é um facto que não se percebeu que a Força Aérea - se "os critérios técnicos foram ignorados" - tivesse feito grande oposição... a única questão, no fundo, é se o valor de aquisição / operação adicional (face à alternativa) é assim tão exorbitante para impedir o apoio às OGMA. Tudo o resto está nas mãos da Força Aérea (ie não comprar armamento, não o usar como CAS, ect).
A conversa do apoio industrial é tanga. Para a OGMA era muito mais benéfico participar em programas relevantes, de produtos com real potencial de exportação, do que enveredar por um segmento de nicho para uma dúzia de aeronaves, ainda por cima uma dúzia de aeronaves pequenas, não estamos a falar de 12 C-17s ou 12 AWACS.
Diria que é inadmissível, como é que tens várias empresas de drones, com um mercado riquíssimo, e não tens qualquer envolvimento da OGMA nisto, seja como investidor, seja na produção, o que seja.
Olha, era preferível a FAP adquirir um modelo executivo da Embraer para substituir os Falcon, e trazer parte da linha de montagem do modelo escolhido para Portugal, havendo um mercado civil para a aeronave. Mas não, gostamos é de nichos.
A diferença de preços é clara o suficiente para se preferir o PC-21. O envolvimento industrial pode ser feito para outros programas muito mais relevantes.
No fim de contas, não só o ST é mais caro de adquirir, é também mais caro de operar, e não apresenta vantagens de interoperabilidade/uniformização com aliados.
Quando a ser ou não uma escolha da FAP onde utiliza as aeronaves... será que é? É que entre o poder de decisão do Governo, o lobby da Embraer, e algum acto de incompetência dentro do ramo*... é bem possível que se use esta aeronave onde não é suposto.
*Já vimos exemplos de incompetência nas FA, por exemplo o caso Mondego, em que queriam que um navio avariado cumprisse a missão de seguir um navio russo. Não é impensável algo semelhante acontecer, ao enviarem STs para TOs onde a ameaça é demasiado grande.
A se confirmar que os aviões vão já receber as placas de blindagem, é indicativo de que a prioridade da frota não é treino, mas sim missões de combate, o que é ainda mais grave, já que implica que o investimento nesta frota será muito maior do que as verbas actualmente apontadas, e que está em cima da mesa colocar-se pilotos em risco em TOs externos.
Enquanto isto, os outros programas parados.