Às vezes fico baralhado... mas pronto, são opiniões. 🫡
Não há como estar baralhado. Comprar armamento para os Super Tucano, implica que não se compra armamento para os F-16. Nós já sabemos o que a casa gasta.
Pior, é que a compra de armamento para as avionetas, pode criar um incentivo para as enviar para missões internacionais.
Haverá certamente pressão da Embraer para os enviarmos para a Lituânia por exemplo, porqie para eles importa é que façam publicidade ao produto.
Sinceramente. Em nenhum país europeu da NATO houve tanta excitação com a chegada do F-35, como está a haver aqui com o ST. Aeronave que só países subdesenvolvidos de África, América Latina e do sudeste asiático, o quiseram adquirir. Curiosamente, nenhum país da NATO o quis comprar. A não ser o tuga otário que pagou o dobro por aeronave que os espanhóis pagaram pelo PC-21. Aeronave, inquestionavelmente muitíssimo superior ao Super Tucano.
Mas depois lá vem o argumento falacioso do idiota útil: "Não se pode comparar, porque o Pilatus é só uma aeronave de treino e o ST é de ataque leve..." E quem é que diz que Portugal precisava de uma aeronave de ataque leve, a não ser os que beneficiaram com este negócio? Isto em 2025, em plena era dos drones. Como sempre, somos os maiores papalvos.
Isso, continuem a atirar os foguetes e apanhem as canas.
O pior é que esta compra nem sequer foi feita no pico da luta contra o terrorismo. Está a ser feita numa altura em que o risco de uma 3ª Guerra Mundial está mais elevado do que nunca, e em que os níveis de ameaça serão demasiado elevados e variados para andarmos a esbanjar dinheiro em capacidades de nicho e de baixa intensidade.
A termos uma aeronave de combate para complementar os F-16 e libertá-los para outras missões, essa aeronave devia ser um UCAV com provas dadas, não uma avioneta COIN que pura e simplesmente não pode ser usada em TOs de média ou alta intensidade.
O negócio, até prova em contrário - salvo para quem necessita de alimentar teorias da conspiração, que "isto é uma choldra! Isto está perdido!" - é q.b. simples... apoio à industria; nada que Espanha e outros não fizessem se tivessem uma Embraer lá com a importância que cá tem. O Pilatus era melhor para treino? Era; Vamos usar para CAS? Duvido e até espero que não; pode ter vantagens e capacidades diferentes do Pilatus e marginalmente úteis - sem compensar o custo de aquisição e manutenção a mais? Desconfio que sim.
Então porque tanto "circo" a enaltecer o CAS e ser um "canivete suíço"? Porque impressiona o "contribuinte", porque "é nosso, de Alverca", porque muitos apenas sabem "que na guerra tínhamos uns parecidos, muito bons" e outros sabem o que ouvem... se fosse apenas treino não impressionava tanto.
O negócio não é um apoio à indústria. Aparafusar umas coisas a 12 pequenas aeronaves não é indústria, é uma desculpa esfarrapada para tentar justificar a compra.
Querias fortalecer a indústria de Defesa, então avançasses com programas a sério, relevantes e cujo volume justifica envolvimento da nossa indústria.
Mas bom saber que para ti e restantes defensores cegos desta compra, mentir ao povo acerca desta aquisição é "fair game". Se o povo não percebe do assunto podemos atirar-lhes areia para os olhos sem problema.
Engraçado que em qualquer outro programa ou sector, tal ideia era um escândalo, mas para os STs/Embraer, é perfeitamente natural.