F-35A Lightning II na FAP

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Re: F-35A Lightning II na FAP
« Responder #2760 em: Abril 24, 2025, 10:18:47 pm »
Os principais riscos com a Argélia, são dois:
-possibilidade de apoiar/deixar forças russas usarem o seu espaço aéreo e bases para atacar a Europa no flanco Sul;
-invadir o Sara Ocidental, entrando em conflito com Marrocos, para controlar uma extensa região com acesso ao Atlântico, e possivelmente ter apoio russo nesta missão (que colocará as Canárias e a Madeira mais sujeitas a um ataque).
 
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Re: F-35A Lightning II na FAP
« Responder #2761 em: Abril 24, 2025, 10:39:23 pm »
Os principais riscos com a Argélia, são dois:
-possibilidade de apoiar/deixar forças russas usarem o seu espaço aéreo e bases para atacar a Europa no flanco Sul;
-invadir o Sara Ocidental, entrando em conflito com Marrocos, para controlar uma extensa região com acesso ao Atlântico, e possivelmente ter apoio russo nesta missão (que colocará as Canárias e a Madeira mais sujeitas a um ataque).

Exatamente. E há analistas que avançam que há mesmo um alto grau de probabilidade da Argélia se poder vir a tornar na nova Síria para Moscovo, a nova base russa no Mediterrâneo, o que colocaria a coisa mesmo aqui à nossa porta.
Saudações Aeronáuticas,
Charlie Jaguar

"(...) Que, havendo por verdade o que dizia,
DE NADA A FORTE GENTE SE TEMIA
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Luís Vaz de Camões (Os Lusíadas, Canto I - Estrofe 97)
 
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Re: F-35A Lightning II na FAP
« Responder #2762 em: Abril 24, 2025, 11:20:40 pm »
Boa análise,
A Força Aérea precisa de F-35A, Typhoons, defesa aérea baseada no solo e multiplicadores de força, como os MRTT e aeronaves AEW/C.
A Dinamarca, além dos MRTT irá comprar o GlobalEye.

Para termos o controlo do nosso triângulo geoestratégico, a minha receita seria:

6 Estações de Radar 3D (Paços de Ferreira, Montejunto, Foia, Arieiro e 2 nos Açores);
Sistemas de Defesa Aérea a alta altitude, baseados no solo, SAMP/T II, com Aster;
20 F-35A  Lightning II;
25 Typhoon II;
  2 A-330 MRTT;
  3 GlobalEye AEW/C
  9 MQ-9B;
  8 P-8A, ou P-1 ou o futuro A-321 MPA....

Cps
 
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Re: F-35A Lightning II na FAP
« Responder #2763 em: Abril 24, 2025, 11:46:49 pm »
F-35A nos Estados Unidos vai em 64% de operacionalidade, unidades destacadas na Europa em 2022 andaram pelos 80%

Idem para Israel que tem mantido os seus F-35 com disponibilidades de >80% chegando por vezes aos 90%
o que  escreveste não faz qualquer sentido na medida 1º Portugal não vai ter a versão de Israel que é diferente nos seus sistemas, 2º é natural que as unidades destacadas sejam as estão em melhor estado.
E conhecendo a FAP achas 64% é um bom numero?
« Última modificação: Abril 24, 2025, 11:48:12 pm por Ghidra »
 

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Re: F-35A Lightning II na FAP
« Responder #2764 em: Abril 24, 2025, 11:59:50 pm »
Ás tantas ainda vão aparecer vozes a defender a compra dos F-16 marroquinos para a FAP.....  :mrgreen: :mrgreen:

Quem nos dera a nós!  :mrgreen:

Os marroquinos possuem 23 F-16C/D Block 52+ que vão ser modernizados para F-16V, e encomendaram mais 25 F-16C/D Block 72 cujos primeiros exemplares deverão começar a ser entregues ainda este ano. Quem nos dera a nós!  ::)

Do outro lado da fronteira...



 :arrow: https://www.twz.com/air/algeria-says-its-the-su-57-felons-first-export-customer

Naturalmente que essa é a razão principal, e ainda faltam os 30 Mirage 2000-9 ex-Emirados Árabes Unidos.

Aliás, começa-se finalmente aos poucos na Europa a falar estrategicamente da ameaça que a Argélia poderá constituir a médio prazo, dada a sua forte ligação a Moscovo, a dependência energética europeia do gás natural, etc, etc. E a Argélia é praticamente aqui ao lado, mesmo abaixo da Andaluzia, Múrcia e Valência, e não no extremo do Mediterrâneo ou do outro lado do continente europeu.
Sim mas para isso acontecer Moscovo tinha de financiar a Argélia já que ela depende das suas exportações de gás.... e não têm muito fácil de exportar para mercados alternativo já que depende do estreito de Gibraltar e do canal do Suez....
 

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Ghidra

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Re: F-35A Lightning II na FAP
« Responder #2765 em: Abril 25, 2025, 12:24:07 am »
Os principais riscos com a Argélia, são dois:
-possibilidade de apoiar/deixar forças russas usarem o seu espaço aéreo e bases para atacar a Europa no flanco Sul;
-invadir o Sara Ocidental, entrando em conflito com Marrocos, para controlar uma extensa região com acesso ao Atlântico, e possivelmente ter apoio russo nesta missão (que colocará as Canárias e a Madeira mais sujeitas a um ataque).
a segunda hipótese vejo como mais plausível num cenário pós estalar varias guerras China/Taiwan , Rússia/Báltico + Ucrânia, Irão/Israel...
Mas mais a norte... É necessário ter em mente que a zona do Sahara é pior que combater na Ucrânia  já que não existe qualquer esconderijo além das elevadas temperaturas  será o paraíso para os drones... Já no norte de Marrocos é mais plausível um ataque da Argélia mas como disse no poste anterior a Argélia não está muito bem localizada para escoar os seus produtos só se metia nisso com grande confiança que ia ganhar rápido... Não esquecer que as forças pro russas controlam metade da Líbia e ai o regime têm muito menos a perder que a Argélia... O mesmo se pode dizer dos países do Sahel
 

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dc

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Re: F-35A Lightning II na FAP
« Responder #2766 em: Abril 25, 2025, 02:03:00 am »
Boa análise,
A Força Aérea precisa de F-35A, Typhoons, defesa aérea baseada no solo e multiplicadores de força, como os MRTT e aeronaves AEW/C.
A Dinamarca, além dos MRTT irá comprar o GlobalEye.

Para termos o controlo do nosso triângulo geoestratégico, a minha receita seria:

6 Estações de Radar 3D (Paços de Ferreira, Montejunto, Foia, Arieiro e 2 nos Açores);
Sistemas de Defesa Aérea a alta altitude, baseados no solo, SAMP/T II, com Aster;
20 F-35A  Lightning II;
25 Typhoon II;
  2 A-330 MRTT;
  3 GlobalEye AEW/C
  9 MQ-9B;
  8 P-8A, ou P-1 ou o futuro A-321 MPA....

Cps

Basta riscar o Typhoon da lista e ter a curto prazo os F-16V + F-35 (sobrando dinheiro para o resto dos meios), e a médio/longo prazo um lote adicional de F-35.

Também escolhia o EuroDrone em vez de MQ-9 (europeu)
Entrada imediata, juntamente com o franceses, no programa do MPA da Airbus (e colocar logo na mesa o requisito de utilização do JSM, uniformizando com os F-35)
Montava o GlobalEye no mesmo modelo de aeronave que substituísse os Falcon, uniformizando a logística.

E não esquecer, munições para os caças e MPAs.
 
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dc

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Re: F-35A Lightning II na FAP
« Responder #2767 em: Abril 25, 2025, 02:34:48 am »
o que  escreveste não faz qualquer sentido na medida 1º Portugal não vai ter a versão de Israel que é diferente nos seus sistemas, 2º é natural que as unidades destacadas sejam as estão em melhor estado.
E conhecendo a FAP achas 64% é um bom numero?

A taxa de disponibilidade não é argumento a favor de nenhum caça. A própria França chegou a ter taxas de disponibilidade a rondar os 50% para o Rafale.

No caso do F-35, muitos dos problemas associados à baixa taxa de disponibilidade, remetem-se a dificuldades na cadeia logística de responder à demanda, que eventualmente vão sendo resolvidos.

No caso português o problema tende a ser falta de investimento acima de tudo. E tirando o RAM dos caças furtivos, o F-35 consegue oferecer uma economia de escala com a sua extensa cadeia logística que os restantes caças não conseguem. Por isso até nesse aspecto leva vantagem.

De resto, taxas de 60-65% tendem a ser "normais" para caças em tempo de paz. Sistemas mais simples, como os UCAVs na USAF, é que têm taxas de disponibilidade a rondar os 90%.

Sim mas para isso acontecer Moscovo tinha de financiar a Argélia já que ela depende das suas exportações de gás.... e não têm muito fácil de exportar para mercados alternativo já que depende do estreito de Gibraltar e do canal do Suez....

Mais uma razão para eles quererem controlar o Sara Ocidental, que lhes permitiria criar portos no Atlântico, e ganhar facilidades para exportar gás natural. Enquanto isso, tanto a Rússia como a China ganhavam mais um país amigo com bases navais no Atlântico.

a segunda hipótese vejo como mais plausível num cenário pós estalar varias guerras China/Taiwan , Rússia/Báltico + Ucrânia, Irão/Israel...
Mas mais a norte... É necessário ter em mente que a zona do Sahara é pior que combater na Ucrânia  já que não existe qualquer esconderijo além das elevadas temperaturas  será o paraíso para os drones... Já no norte de Marrocos é mais plausível um ataque da Argélia mas como disse no poste anterior a Argélia não está muito bem localizada para escoar os seus produtos só se metia nisso com grande confiança que ia ganhar rápido... Não esquecer que as forças pro russas controlam metade da Líbia e ai o regime têm muito menos a perder que a Argélia... O mesmo se pode dizer dos países do Sahel

As duas são plausíveis, apesar de sim, uma guerra com Marrocos ser mais provável, principalmente se a Argélia sentir que os EUA com Trump não vão responder de forma alguma.

Já numa guerra Europa/Rússia, ou mesmo mundial, a Rússia vai depender de presença em África se quiser obrigar as forças europeias a dividirem-se em mais do que uma frente.
Parte da estratégia russa poderá passar por usar bombardeiros estratégicos, caças, submarinos, navios e lançadores de mísseis terrestres sediados em África para atacar alvos estratégicos um pouco por toda a Europa.

Relativamente ao Sara Ocidental, se é verdade que está mais exposto para a Argélia, também é verdade que está exposto para forças marroquinas a defendê-lo.
É mais fácil para a Argélia atacar Marrocos, tentando dizimar ao máximo as FA daquele país, e só depois aventurar-se no território disputado. Os argelinos não devem ter grande interesse em enfrentar os marroquinos em terrenos que favoreçam posições defensivas.
 

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Re: F-35A Lightning II na FAP
« Responder #2768 em: Abril 26, 2025, 01:55:43 pm »

Parece que a Alemanha reactivou o veto á venda de Typhoon á Turquia.

Será bom para a compra de novos por Portugal?
 

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dc

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Re: F-35A Lightning II na FAP
« Responder #2769 em: Abril 26, 2025, 02:30:21 pm »
Não. A compra de Typhoons novos ficaria estupidamente cara, sem conferir o salto geracional pretendido.
 

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Re: F-35A Lightning II na FAP
« Responder #2770 em: Abril 27, 2025, 02:21:43 pm »
Qual a vantagem dos Typhoons  em relação ao Rafale?
 

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LM

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Re: F-35A Lightning II na FAP
« Responder #2771 em: Abril 27, 2025, 02:45:55 pm »
Alguém explicará muito melhor que eu, incluindo parte "técnica" ... assim de repente haver mais países com modelos usados que seja possível comprar e mais países interessados que nós fiquemos utilizadores do modelo - e isso conta para a decisão. 
Quidquid latine dictum sit, altum videtur
 

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Pilotasso

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Re: F-35A Lightning II na FAP
« Responder #2772 em: Abril 27, 2025, 02:54:12 pm »
O eurofighter está mais vocacionado para combate ar-ar a longa distância, e embora as especificações publicadas não o sugiram, geralmente o eurofighter é (velocidade, manobralidade, relação peso potencia) mais capaz. Por outro lado o Rafale é mais versátil em termos de multirole.
Para Portugal talvez o Eurofighter fizesse mais sentido por causa do armamanto já nos paiois, sempre tivemos uma panoplia de armamento mais limitada que outros paises, pelo que claramente  seria mais vantajoso adquirir o Eurofighter em vez de mudar toda a cadeia logistica e formação do pessoal para acomodar o equipamento de suporte e armamento francês.
 

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JohnM

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Re: F-35A Lightning II na FAP
« Responder #2773 em: Abril 27, 2025, 04:27:16 pm »
O eurofighter está mais vocacionado para combate ar-ar a longa distância, e embora as especificações publicadas não o sugiram, geralmente o eurofighter é (velocidade, manobralidade, relação peso potencia) mais capaz. Por outro lado o Rafale é mais versátil em termos de multirole.
Para Portugal talvez o Eurofighter fizesse mais sentido por causa do armamanto já nos paiois, sempre tivemos uma panoplia de armamento mais limitada que outros paises, pelo que claramente  seria mais vantajoso adquirir o Eurofighter em vez de mudar toda a cadeia logistica e formação do pessoal para acomodar o equipamento de suporte e armamento francês.
Exatamente…
 

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saabGripen

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Re: F-35A Lightning II na FAP
« Responder #2774 em: Abril 27, 2025, 04:54:43 pm »
O eurofighter está mais vocacionado para combate ar-ar a longa distância, e embora as especificações publicadas não o sugiram, geralmente o eurofighter é (velocidade, manobralidade, relação peso potencia) mais capaz. Por outro lado o Rafale é mais versátil em termos de multirole.
Para Portugal talvez o Eurofighter fizesse mais sentido por causa do armamanto já nos paiois, sempre tivemos uma panoplia de armamento mais limitada que outros paises, pelo que claramente  seria mais vantajoso adquirir o Eurofighter em vez de mudar toda a cadeia logistica e formação do pessoal para acomodar o equipamento de suporte e armamento francês.

Nada contra esta intervenção.
A não ser para contestar a ideia de que Portugal  tem um panóplia de armamento.

A FAP tem uma óplia.
Se tanto.