No que diz respeito a mim, neste teu comentario em massa, ....
Ao lerem o que publiquei, os nossos colegas ganham conhecimentos. Aos que ainda não leram, recomendo a leitura.
Depois cada um que julgue a qualidade da tua intervenção.
Esta é o tipo de resposta que mereces. E, a receberes alguma da minha parte no futuro, será assim.
Caso contrário, serei mesmo burro como tu dizes. Coisa que nunca fui.
Rapaz, queres uma intervenção de qualidade? Então toma lá.
Estás a comparar um programa da FAB, que lhes custou muitíssimo dinheiro, com um programa da FAP (F-16 e respectivo MLU) que custou consideravelmente menos. Agora queres andar a comparar o "nível de engenheirismo" dos engenheiros envolvidos nos respectivos programas, como se isso fosse sequer comparável.
Mas queres falar de ganhar conhecimentos? Vamos a isso.
Vamos aos objectivos dos respectivos programas.
O nosso:
-Substituir o A-7P por um caça de 4ª geração ao nível dos aliados (20 unidades iniciais)
-Substituir os Alpha Jet na 301 por mais F-16 (20 unidades)
-Realizar o MLU a todos eles
O deles:
-Adquirir um caça novo para substituir caças de 3ª geração (36 unidades)
-Ter produção local da aeronave
-Expectativa de aumentar este número para 100+ aeronaves (creio que eram 136)
-Produzir a dita aeronave sob licença para futuros clientes na região
-Criar condições para no futuro o país desenvolver sozinho o seu próprio caça
Agora repara que, no caso deles, o número de caças encomendados não está nem sequer perto daquilo que ambicionavam (falta de dinheiro), e que ainda não conseguiram vender um único a um vizinho (ironicamente, nós já conseguimos vender F-16), e o desenvolvimento de um caça do zero por parte do Brasil está longe de ser uma realidade.
Como é que tentas pegar naquele programa, e usá-lo como exemplo do que nós devíamos fazer, sabendo que:
-A nossa encomenda inicial nem sequer chegaria às 36 unidades
-Não haveria qualquer intenção de ampliar o número para qualquer coisa como 100 unidades
-Se fosse escolhido um modelo de geração 4.5, não haveria chances de o exportar
-Nunca iríamos desenvolver um caça do zero, porque nunca haverá dinheiro para isso
Agora, é preciso explicar-te o conceito de "não compensa"?
O mais próximo disso que pode acontecer, é Portugal entrar no GCAP ou FCAS, e conseguir trazer a produção de alguns componentes para cá. Neste caso é mais fácil de justificar, pois estamos a falar de potencialmente 300 unidades ou mais (para os vários países envolvidos), ao contrário de fabricar 24-30 caças e fechar a fábrica.
Mas mesmo neste caso, teria que haver um compromisso firme da nossa parte, em que não saltávamos fora do programa à mínima dificuldade, como fizemos com o A-400.
Se estão prontos para fazer este compromisso, então modernizem os F-16 para que aguentem até 2040, enquanto participam no FCAS.
Se não estão prontos para isso, então mais tarde ou mais cedo, a escolha será o F-35 por exclusão de partes.