Convido-te a re-pensares.
Num cenário de manutenção de paz não se faz tiro ao alvo.
Faz-se vigilancia.
E um ST faz isso mais barato que um F-35.
A tua intervenção teve a agravante de levar o sivispacem a fazer uma piada.
Isso é como desencaminhar um menor.
Eu costumo pensar e repensar antes de responder a um comentário, o que evidentemente não parece ser norma ... 
Ler o que está escrito também é uma vantagem.
O que eu disse, utilizando uma figura de estilo chamada sarcasmo, foi afirmar que o Super Tucano não serve para mais nada que não seja ser alvo, num cenário onde existe a possibilidade de recontros.
Também aconselho a ver o que fazem os F-16. Não deixa de ser engraçado ver um Super Tucano a interceptar um MiG-29 ou um Su-35... 
Novamente convido-te a re-pensares.
Num cenario de manutenção de paz não há alvos nem intercepções.
Em princípio, se um aparelho é alvejado, a guerra começa novamente.
Mantenho o que disse.
Coitado do sivispacem a olhar para ti como inspiração.
Tu deves estar a ver se levas para casa o galardão do maior disparate do ano. Os nomeados a esse prémio, são quase todos teus, isso é certo!
Agora, o que raio é que ia o ST fazer no Leste da Europa numa missão de "manutenção de paz"? Sabes que os meios empregues numa missão dessas, têm em conta as ameaças/intervenientes? Seria de supor que sabes a diferença entre uma missão de manutenção de paz, em que se controlam grupos rebeles e/ou terroristas, e uma missão que pretende um país, com forças regulares, de voltar a atacar outro.
Vigilância? Se a ideia fosse fazer vigilância, até os Ogassa da FAP faziam o serviço, ou a variante de vigilância de campo de batalha dos Pandur, juntamente com uns pequenos AR4.
A missão ali, seria de dissuasão. Ter na região forças militares relevantes, que levem a Rússia a pensar 2 vezes antes de voltar a atacar. O ST não serve para isso.
A questão de utilizar a regra dos dez por cento do custo da embarcação para calcular os custos de manutenção, não é conversa nem se trata de contas mal feitas. É a relação percentual utilizada no ramo de atividade, desde previsões de custos para qualquer fretamento, até cálculos das companhias de seguros.
Não acredite em mim, pergunte a quem tenha carta de patrão de mar, porque eventualmente também recebeu formação sobre o assunto.
No que respeita a navios de guerra, é possível furar as regras com truques, nomeadamente não fazer revisão de motores nem intermédias nem grandes revisões, não substituir os aparelhos de comunicação, segurança, sensores e sistemas de controlo de tiro e computadores a eles associados.
Isto pode ser feito para resolver o problema dos custos de manutenção.
Porém o resultado de utilizar este recurso chama-se NRP Tejo, que obviamente não tinha nada disso e estava sem motores, sem sistema hidráulico operacional e portanto , risco de ficar sem governo em caso de falha do único motor operacional, que também estava continuamente a avariar.
Um navio de guerra, é como uma empresa com uma certificação ISO.
Grande parte dos equipamentos precisam ser substituídos, calibrados e atualizados em intervalos de tempo relativamente curtos, para se manter os sistemas operacionais e conforme as regras.
A ideia que você nos apresenta sobre “10% é muito e deve estar errado” é infelizmente muito comum em Portugal, onde os custos de manutenção e a logística são muitas vezes esquecidos ou atirados para debaixo do tapete.
O resultado desta mentalidade de «manutenção não é para contar», todos o conhecemos...
A situação dos Leopard-2 é um exemplo, alguns navios da marinha confirmam-no e só os F-16 escapam parcialmente porque têm que voar.
Não vou falar nem nos Merlin, nem nos C-295, nem em mais nada...
A regra dos 10% não é ciencia exacta, mas por alguma razão, armadores e companhias de seguros a utilizam.
Um navio militar, pode evitar a obrigação das manutenções, mas se quiser estar “no ponto” então provavelmente o valor será ainda mais alto que num navio civil, onde o número de sistemas e subsistemas é muito menos complexo.
E quando seguimos estas regras, de calcular o que é preciso gastar para ter sempre as forças operacionais, os custos disparam.
Agora as questões, no que respeita a meios militares:
-Essa percentagem de 10%, é a contar com o preço base do navio ou o preço do contrato assinado na sua compra (que muitas vezes inclui armamento e uma carrada de outras coisas à mistura)? É que aqui os valores variam muito.
-Essa percentagem, inclui variáveis como o preço praticado pelo estaleiro que realiza a manutenção?
-Essa percentagem tem em consideração o local onde o navio foi construído? Um Arleigh Burke feito nos EUA, custará cerca de 2200M, um navio igual feito na Coreia do Sul custará cerca de 60 ou 70% desse valor. O custo de manutenção, os tais 10%, vão basear-se em qual dos preços?
-E se os navios comprados, tiverem o seu preço inflacionado pelos custos de desenvolvimento, ou por os navios ainda se encontrarem numa fase de baixo volume de produção? O custo de manutenção também contempla isto?
-Como é que se compara custo de manutenção para diferentes sistemas do navio? Como é se formos comparar um canhão de 76mm como o das BD (comprado em segunda-mão, digamos por 2 milhões) vs uma versão mais moderna do mesmo canhão (comprado novo e que custou 20 milhões)? Será que os custos de manutenção e de aquisição são proporcionais?
-Inclui variáveis como a utilização do meio ao longo do ano, quantas vezes faz a manutenção e de que nível durante o ano, etc?
Ou seja, como é que é possível extrapolar os custos de manutenção dos navios, quando existem tantas variáveis à mistura? Se calhar no mercado civil a regra dos 10% funciona, por os navios serem bem mais simples, não têm tantas variáveis em termos de equipamento, são produzidos num volume bem maior, o que reduz o custo de aquisição, mas não reduz o custo de manutenção, etc. Agora claramente não dá para aplicar a mesma regra em meios militares.
No caso dos F-35, a questão é igual. Não dá para extrapolar custos de manutenção da frota, com uma percentagem do valor da compra, porque quando compras as aeronaves, estás a pagar muita coisa, que por vezes inclui armamento, sobressalentes, formação e às vezes até um contrato de manutenção. Mesmo que tentasses fazer os cálculos usando a "regra" dos 10%, a questão óbvia seria sempre se seria face ao valor total da compra, ou ao custo unitário da aeronave.