Vou dizer isto:
"Holanda, estamos a pensar comprar duas ASW Frigates.
Mas queremos que vocês comprem 12 dos nossos LUS-222 e 12 Super Tucanos."
Explica-me lá como é que após ter optado pelo Pilatus PC-7 Mk.X, e estar a modernizar a sua frota de AH-64D para a mais recente versão do AH-64E, é que os Países Baixos precisariam/precisarão do Super Tucano para alguma coisa?
Vá, que eu gosto de te ver a viajar na maionese... 
O saabGripen acredita que todos os negócios de Defesa funcionam assim, quando na realidade são raros os casos em que isso acontece, compras à base de "troca por troca".
Se nenhum país que produz fragatas, tiver necessidade de adquirir as ditas aeronaves, simplesmente abdicamos de ter fragatas. Isto pelo menos no cérebro da dita personagem. É a estratégia de... fazer birra.
Pior mesmo, é andar a fingir que o ST é um produto nacional, e que portanto devia ser usado como "moeda de troca" para futuras aquisições, só porque seria feita cá a instalação de equipamentos/conversão para a versão NATO.
Fazia muito mais sentido adquirir meios militares de outros países, e em troca que eles nos comprassem pasteis de nata e vinho do Porto.
Engraçado, é comparar com os NPOs, produzidos inteiramente em Portugal, e aos quais praticamente não fazemos/fizemos publicidade nenhuma para os exportar. Já os ST, que não gerariam retorno significativo, é que vamos andar por aí a vender feitos malucos.
JTAC
Ah, sim, JTAC, a desculpa esfarrapada nº 4372 para justificar o ST na FAP.
Realmente a premissa era "Fazer treino JTAC com F-16 é muito caro devido ao custo de h/voo", portanto:
-vamos gastar 200M em STs para essa missão;
-gastar mais uns quantos milhões a certificar pilotos para largar armamento destas aeronaves (centenas/milhares de h/voo);
-ao qual se soma claro, o custo de h/voo do ST para executar esta missão.
Isto tudo, claro que fica mais barato do que fazer a missão com os F-16, em que:
-temos o custo de h/voo e das munições lançadas;
-e mais nada... excepto a vantagem que os nossos pilotos de F-16 conseguem manter/reforçar as certificações/competências para ataque ar-solo, com possibilidade de utilização de um leque mais diverso de munições.
Podemos fazer umas continhas:
Vamos supor que o custo da h/voo do F-16 é de 20000€.
Vamos supor que por ano, os F-16 dedicariam 1000 h/voo a treino JTAC (valor completamente exagerado).
20000€ x 1000h = 20 milhões de € gastos anualmente em JTAC.
Só ao fim de 10 anos, neste cenário muito irrealista, é que se conseguia atingir os 200M da compra dos ST. Se com estes valores exagerados, seriam precisos 10 anos para assimilar aos 200M dos ST, então imagine-se com números mais realistas, por exemplo alocar 100h/voo por ano para JTAC.