Votação

Que aeronave de Apoio Aéreo Próximo para a FAP? Para missões em ambiente não contestado.

AH-1Z
7 (14.9%)
A-29N
13 (27.7%)
UH-60 DAP
20 (42.6%)
AC-295
2 (4.3%)
A-10C ex-USAF
2 (4.3%)
MH-6 Little Bird
1 (2.1%)
OH58D ex-US Army
0 (0%)
H-145 H-Force
2 (4.3%)

Votos totais: 47

Votação encerrada: Junho 02, 2023, 10:29:01 pm

CAS

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dc

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Re: CAS
« Responder #1710 em: Novembro 03, 2024, 12:00:27 am »
O - verdadeiro - argumento para a compra dos ST é apoiar a "industria nacional", especificamente as OGMA; referir a possibilidade de CAS é apenas o "dourar a pílula", as hipóteses de serem usados (ou serem a melhor forma de ter essa capacidade) são praticamente nulas... para treino também haveria outras hipóteses, melhores. Repito, trata-se de arriscar em um produto que, apesar das probabilidades muito baixas, pode trazer retorno à industria.

Isso é, para mim, uma total estupidez. O apoio das FA's a um produto, seja ele qual for, tem de responder a uma necessidade sentida, presente ou futura, e náo a um mero "apoio à indústria nacional", principalmente para um aparelho em final de vida, dificilmente exportável e desnecessário.
Mais do que apoio à industria nacional, que não precisa de investir em aparelhos condenados, importa sim optar pelo apoio ao sector dos UAV/UAS (destaco a Tekever) e náo andar sempre a reboque da EMbraer e de Lula da Silva.
Duvido muito do retorno que o ST traria à nossa indústria, antes mais parece a tentativa de partilha dos custos de um investimento condenado ao falhanço....

O problema é que já se disse isto dezenas de vezes, mas insistem em bater na mesma tecla. O ciclo de argumentos e contra-argumentos já se repetiu, creio que praticamente nada ficou por dizer. Excepto isto:

O programa do KC-390, era o maior projecto aeronáutico de sempre do país, iria colocar Portugal no mapa da indústria aeronáutica, e ia trazer um enorme retorno financeiro para o país. E mesmo com isto tudo, o retorno é de apenas 10 milhões por cada aeronave vendida, o que não sendo uma má verba, não é nem de perto nem de longe aquele lucro brutal que se insinuava.

Com os ST, podemos prever que o lucro será muitíssimo reduzido, ao que se junta um mercado quase inexistente. Se o lucro rondar os 2 milhões por ST vendido (um valor provavelmente exagerado), precisaríamos de vender 100 só para pagar os 10 que comprámos. Não existe mercado para tantos!
Claramente quem fala de exportar Super Tucanos made in Tugão, não fez a mínima prospecção de mercado.

Depois ainda há a desonestidade de dizer que o ST é o único que oferece retorno ao país, quando nem sequer abrimos um concurso que permitisse que outros candidatos igualassem a proposta.

Existe muito mais lucro para ser feito na produção de munições, do que no fabrico de aeronaves COIN. Tal como existe no mercado de UAVs/UCAVs/loitering munitions. Mesmo em aeronaves de treino, existe uma maior probabilidade de se encontrar clientes para um T-50/TA-50, do que para o ST no mundo actual.

Mas não, temos que gramar com a compra do ST "porque sim". Lá está, o ST supostamente é mais que suficiente para treino avançado em Portugal... já para o Brasil, país que o desenvolveu e produz, não serve, e pretendem uma aeronave a jacto.  ::)
 
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Re: CAS
« Responder #1711 em: Novembro 03, 2024, 12:47:32 am »
...
O programa do KC-390, era o maior projecto aeronáutico de sempre do país, iria colocar Portugal no mapa da indústria aeronáutica, e ia trazer um enorme retorno financeiro para o país. E mesmo com isto tudo, o retorno é de apenas 10 milhões por cada aeronave vendida, o que não sendo uma má verba, não é nem de perto nem de longe aquele lucro brutal que se insinuava.

E ainda não o é?

Diga-nos ao menos um producto de defesa que tenha produzido Portugal, sendo proprietário ou ao menos sócio, e que tenham vendido à OTAN, por exemplo.
Não me ocorre nenhum.

Sds
Duvidar faz-te pensar... acreditar sem duvidar faz-te um fanático.
 

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dc

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Re: CAS
« Responder #1712 em: Novembro 03, 2024, 03:10:21 am »
A frase refere-se ao que se dizia no passado acerca do programa. Não é muito difícil perceber isso.

Mas é claro que algum membro brigada de defesa da Embraer sentir-se-ia logo ofendido com a conjugação de um verbo.  :mrgreen:

O resto faz lembrar isto:
 
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Re: CAS
« Responder #1713 em: Novembro 03, 2024, 11:41:31 am »
Esse número,  os 10 milhões,  tem que se lhe diga. Parece um bocado redondinho demais, tipo "para tuga ver", arranjado como enfeite num qualquer discurso político.
São mesmo 10? Incluem o quê? Apenas o diretamente apurado, ou também aquilo que indiretamente injecta na economia e sociedade? Por exemplo com a criação de empregos,  subcontratação de serviços...
Ou é manifestamente exagerado, ou seja,  já inclui muita coisa subjectiva que poderemos até considerar como discutível?
Agora,  se nos basearmos nestes (supostos) 10 milhões, que outros exemplos similares temos?
Quantas indústrias em Portugal infectam isso na economia? Que importância tem na nossa realidade económica atual?
Porque vejo falar de 10 milhões,  que serão no mínimo 20 se considerarmos 2 unidades fabricadas por ano como se nada ou quase valessem.
Certo é que estarão vendidas praticamente metade das unidades necessárias a "amortizar" os 900 milhões previstos na aquisição dos aparelhos e restantes despesas contratadas...
João Pereira
 

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Re: CAS
« Responder #1714 em: Novembro 03, 2024, 11:52:22 am »
Esse número,  os 10 milhões,  tem que se lhe diga. Parece um bocado redondinho demais, tipo "para tuga ver", arranjado como enfeite num qualquer discurso político.
São mesmo 10? Incluem o quê? Apenas o diretamente apurado, ou também aquilo que indiretamente injecta na economia e sociedade? Por exemplo com a criação de empregos,  subcontratação de serviços...
Ou é manifestamente exagerado, ou seja,  já inclui muita coisa subjectiva que poderemos até considerar como discutível?
Agora,  se nos basearmos nestes (supostos) 10 milhões, que outros exemplos similares temos?
Quantas indústrias em Portugal infectam isso na economia? Que importância tem na nossa realidade económica atual?
Porque vejo falar de 10 milhões,  que serão no mínimo 20 se considerarmos 2 unidades fabricadas por ano como se nada ou quase valessem.
Certo é que estarão vendidas praticamente metade das unidades necessárias a "amortizar" os 900 milhões previstos na aquisição dos aparelhos e restantes despesas contratadas...

Às vezes fazia bem ter-se umas nocões de gestão antes de tecer grandes comentários sobre este tema (e outros, já agora).

Parece-me evidente que os referidos 10 milhões, a serem reais (o que sinceramente duvido também) se referem a "receita" entrada por aparelho (considerando que o seu custo unitário parece andar em refor dos 80-90 milhóes de euros),
Ora isto é suposto dar para pagar os custo directos e indirectos relacionados com o processo de fabrico da OGMA (salários do pessoal directo e indirecto, custos de m-p, amortizaçáo dos custos de desenvolvimento, etc, etc). Facilmente se deduz que se calhar os 10 milhões de receita se transformam num valor muito menor de lucro.
Por isso o que realmente interessa é o VAB - Valor Acrescentado Bruto, que é a riqueze que se gera com a produção de um determinado bem - de pouco vale uma receita de 10 se os custos de matéria-prima, por exemplo, forem 9.
No limite até se poderia estar a ter prejuízo com essa operação.... 
« Última modificação: Novembro 03, 2024, 11:53:40 am por sivispacem »
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Re: CAS
« Responder #1715 em: Novembro 03, 2024, 12:25:11 pm »
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Às vezes fazia bem ter-se umas nocões de gestão antes de tecer grandes comentários sobre este tema (e outros, já agora).
Nem mais, e por isso mesmo penso podermos contar contigo.
Então como ficamos? São 10 ou não? Limpos ou brutos?

Já agora, segundo um relatório sobre contrapartidas militares há 10 anos,  estavam mais de 900 milhões de euros por executar.
Desta vez um número redondo (por ser grande), mas curiosamente coincidente com o atual dos KC's. Só para termos um valor de comparação.
Que se tenha sabido, de lá para cá pouco se recuperou e a maior parte foi dado como perdido.
O programa dos PANDUR foi um bom exemplo.
Interessante também os países e empresas envolvidas.  Se fossemos por aí...
João Pereira
 

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Re: CAS
« Responder #1716 em: Novembro 03, 2024, 12:56:20 pm »
Citar
Às vezes fazia bem ter-se umas nocões de gestão antes de tecer grandes comentários sobre este tema (e outros, já agora).
Nem mais, e por isso mesmo penso podermos contar contigo.
Então como ficamos? São 10 ou não? Limpos ou brutos?


Não sei, só citei os números adiantados. Não sou o CFO das OGMA

Já agora, segundo um relatório sobre contrapartidas militares há 10 anos,  estavam mais de 900 milhões de euros por executar.
Desta vez um número redondo (por ser grande), mas curiosamente coincidente com o atual dos KC's. Só para termos um valor de comparação.
Que se tenha sabido, de lá para cá pouco se recuperou e a maior parte foi dado como perdido.

Verdade. Mas quem é que falou em contrapartidas? Isso foi um erro no passado e um modelo de negócio que já foi abandonado.

O programa dos PANDUR foi um bom exemplo.
Foi um mau exemplo, mas a que propósito é que aparece aqui essa conversa?

Interessante também os países e empresas envolvidas.  Se fossemos por aí...
Acho que não vale a pena, o principal culpado é conhecido. Foi Portugal, que escolheu o modelo errado e não o soube controlar...
Satisfeito? Pode-se voltar ao tema do CAS???
Cumprimentos,
 

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Re: CAS
« Responder #1717 em: Novembro 03, 2024, 06:08:25 pm »
Satisfeito não,  porque ficamos a saber o mesmo, pelo menos de gestão. E era importante termos essas tais nocões para podermos tecer adequadamente os nossos comentários. Ou pelo menos eu os meus.
Já quanto ao tema CAS, o assunto das contrapartidas e retornos económicos era precisamente o que se discutia,  enquanto possível argumento para determinadas aquisições,  no caso os ST's.
Depois veio a aula de gestão. Ou economia.  Não sei...
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Re: CAS
« Responder #1718 em: Novembro 03, 2024, 06:52:23 pm »
Satisfeito não,  porque ficamos a saber o mesmo, pelo menos de gestão. E era importante termos essas tais nocões para podermos tecer adequadamente os nossos comentários. Ou pelo menos eu os meus.
Já quanto ao tema CAS, o assunto das contrapartidas e retornos económicos era precisamente o que se discutia,  enquanto possível argumento para determinadas aquisições,  no caso os ST's.
Depois veio a aula de gestão. Ou economia.  Não sei...

Pois, não sabe, já percebi. Mas eu não sou professor. Mas está lá a referência a VAB. Pode começar por ai, se tiver curiosidade. E depois inscrever-se numa universidade à sua escolha, mal não fará....
Cumprimentos,
 

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saabGripen

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Re: CAS
« Responder #1719 em: Novembro 04, 2024, 12:02:40 am »
Esse número,  os 10 milhões,  tem que se lhe diga. Parece um bocado redondinho demais, tipo "para tuga ver", arranjado como enfeite num qualquer discurso político.
São mesmo 10? Incluem o quê? Apenas o diretamente apurado, ou também aquilo que indiretamente injecta na economia e sociedade? Por exemplo com a criação de empregos,  subcontratação de serviços...
Ou é manifestamente exagerado, ou seja,  já inclui muita coisa subjectiva que poderemos até considerar como discutível?
Agora,  se nos basearmos nestes (supostos) 10 milhões, que outros exemplos similares temos?
Quantas indústrias em Portugal infectam isso na economia? Que importância tem na nossa realidade económica atual?
Porque vejo falar de 10 milhões,  que serão no mínimo 20 se considerarmos 2 unidades fabricadas por ano como se nada ou quase valessem.
Certo é que estarão vendidas praticamente metade das unidades necessárias a "amortizar" os 900 milhões previstos na aquisição dos aparelhos e restantes despesas contratadas...

Às vezes fazia bem ter-se umas nocões de gestão antes de tecer grandes comentários sobre este tema (e outros, já agora).

Parece-me evidente que os referidos 10 milhões, a serem reais (o que sinceramente duvido também) se referem a "receita" entrada por aparelho (considerando que o seu custo unitário parece andar em refor dos 80-90 milhóes de euros),
Ora isto é suposto dar para pagar os custo directos e indirectos relacionados com o processo de fabrico da OGMA (salários do pessoal directo e indirecto, custos de m-p, amortizaçáo dos custos de desenvolvimento, etc, etc). Facilmente se deduz que se calhar os 10 milhões de receita se transformam num valor muito menor de lucro.
Por isso o que realmente interessa é o VAB - Valor Acrescentado Bruto, que é a riqueze que se gera com a produção de um determinado bem - de pouco vale uma receita de 10 se os custos de matéria-prima, por exemplo, forem 9.
No limite até se poderia estar a ter prejuízo com essa operação....


Eu já disse aqui mais que uma vez que a afirmação (provavelmente já proferida pelo próprio MDN) de que Portugal "tem um lucro" de 10M em cada KC-390 tem que estar errado. Poderá ser o valor das vendas... e mesmo assim...

Agora, há coisas que são certas:

- O Valor Acrescentado por Hora Trabalhada, ou seja, a Produtividade na Indústria Aeroespacial é muito elevado e, como tal, quanto mais dessa actividade em Portugal, melhor. E em empresas portuguesas, muito melhor.

- As empresas portuguesas que participaram no KC-390 foram CEiiA e OGMA.
Mas penso que as unidades de Compósitos e Metálicos da EMBRAER que foram posteriormente vendidas a uma empresa espanhola deveriam produzir componentes para o KC (carece de confirmação).
Mas uma coisa é certa; O projecto do KC-390 não arruinou nenhuma destas empresas, antes pelo contrário.
E se o CEiiA produz mesmo o LUS222, é graças ao KC-390...
O que é certamente um indício que nenhuma destas empresas faz produtos em que o valor final é 9/10 matéria prima.

9/10 matéria prima é rolhas.
E o que nós queremos é deixar o tempo da rolha bem para trás.


« Última modificação: Novembro 04, 2024, 12:09:09 am por saabGripen »
 

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dc

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Re: CAS
« Responder #1720 em: Novembro 05, 2024, 11:38:45 pm »
Eu só sei que se está a desviar a conversa do ponto central a ser discutido: o real retorno que uma hipotética fábrica de STs traria para o país, e a forma como isso tem servido de argumento central para justificar tal aquisição, sem sequer considerar outras opções/concorrentes que poderiam oferecer o mesmo ou até melhor.

É "mergulhar de cabeça" para adquirir um meio que não se adequa às nossas necessidades, com a desculpa de que se vai montar uma fábrica para produzir a dita aeronave, sem que se tenha sequer feito uma prospecção de mercado para ver se vale a pena ou se seriam produzidas as unidades para a FAP e a fábrica fecha.

Investir dinheiro neste tipo de aeronave, e ainda por cima investir numa fábrica para ela, é uma tremenda burrice quando se sabe de antemão que existem N outros tipos de equipamentos (e munições) que possuem mercados enormes e cujo retorno será múltiplas vezes maior que o dos ST e que é possível manter as portas abertas por largos anos/décadas.

Sistemas não-tripulados de todos os tipos, munições (incluindo mísseis) e construção naval deveriam ser os principais sectores de Defesa onde investir. Podíamos adicionar outros exemplos, como viaturas logísticas.

Devíamos era produzir os mísseis LMM, isso sim.
 

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saabGripen

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Re: CAS
« Responder #1721 em: Novembro 06, 2024, 08:21:47 pm »
Eu só sei que se está a desviar a conversa do ponto central a ser discutido: o real retorno que uma hipotética fábrica de STs traria para o país, e a forma como isso tem servido de argumento central para justificar tal aquisição, sem sequer considerar outras opções/concorrentes que poderiam oferecer o mesmo ou até melhor.

É "mergulhar de cabeça" para adquirir um meio que não se adequa às nossas necessidades, com a desculpa de que se vai montar uma fábrica para produzir a dita aeronave, sem que se tenha sequer feito uma prospecção de mercado para ver se vale a pena ou se seriam produzidas as unidades para a FAP e a fábrica fecha.

Investir dinheiro neste tipo de aeronave, e ainda por cima investir numa fábrica para ela, é uma tremenda burrice quando se sabe de antemão que existem N outros tipos de equipamentos (e munições) que possuem mercados enormes e cujo retorno será múltiplas vezes maior que o dos ST e que é possível manter as portas abertas por largos anos/décadas.

Sistemas não-tripulados de todos os tipos, munições (incluindo mísseis) e construção naval deveriam ser os principais sectores de Defesa onde investir. Podíamos adicionar outros exemplos, como viaturas logísticas.

Devíamos era produzir os mísseis LMM, isso sim.


A opinião aqui partilhada pelo dc não tem em conta que, quando o Nuno Melo assumiu funções, deu instruções para que o projecto do ST (que lhe chegava do tempo do António Costa) fosse alvo de "negociação".
Posteriormente, o mesmo NM emitiu um despacho a encarregar o CEMFA de estudar e transmitir em que moldes o projecto pode beneficiar Portugal e qual o papel a desempenhar pela FAP.
O despacho está algures por aqui nas páginas do Forum e tem prazo para ser cumprido. Já disse isso aqui várias vezes.
E entretanto o Nuno anda por aí a reunir com Franceses.

Sendo assim, as afirmações acerca de "construir uma fábrica" não têm qualquer cabimento neste momento.
Desde o tempo do Costa até hoje, nunca ouvi falar da construção de uma fábrica.

A utilidade imediata que o ST-Nato tem para a FAP é como aparelho de Treino avançado com capacidade de treino com fogo real.
Nessa função, parece poder interessar a outras FAs aliadas.
A (uma) utilidade que tem para a indústria de defesa tem a ver com tudo que se possa inventar fazer com um ST e que traga experiência útil para a indústria.
Para isso, é claro que é necessário parcerias com empresas nacionais e sermos "ratos" a ir buscar financiamento europeu, como FAP e Marinha já fizeram.

- integração de sistemas de armas? LMM? Poderá a Tekever estar interessada?
- transformar o ST num Drone? poderá o CEiiA estar interessado?
- o que se poderá fazer com um ST com um wingspan aumentado em mais 3m para cada lado?

Eu gostava de discutir aqui mais ideias como estas, em vez do deita-abaixo do costume.

No entanto, eu continuo á espera de uma decisão final do Governo sobre este assunto.
Mesmo que tenha sido afirmado aqui por vários foristas que a vinda do ST "estava decidida", eu não me admirava se fosse tudo cancelado.
 
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Re: CAS
« Responder #1722 em: Novembro 06, 2024, 10:09:57 pm »
Eu só sei que se está a desviar a conversa do ponto central a ser discutido: o real retorno que uma hipotética fábrica de STs traria para o país, e a forma como isso tem servido de argumento central para justificar tal aquisição, sem sequer considerar outras opções/concorrentes que poderiam oferecer o mesmo ou até melhor.

É "mergulhar de cabeça" para adquirir um meio que não se adequa às nossas necessidades, com a desculpa de que se vai montar uma fábrica para produzir a dita aeronave, sem que se tenha sequer feito uma prospecção de mercado para ver se vale a pena ou se seriam produzidas as unidades para a FAP e a fábrica fecha.

Investir dinheiro neste tipo de aeronave, e ainda por cima investir numa fábrica para ela, é uma tremenda burrice quando se sabe de antemão que existem N outros tipos de equipamentos (e munições) que possuem mercados enormes e cujo retorno será múltiplas vezes maior que o dos ST e que é possível manter as portas abertas por largos anos/décadas.

Sistemas não-tripulados de todos os tipos, munições (incluindo mísseis) e construção naval deveriam ser os principais sectores de Defesa onde investir. Podíamos adicionar outros exemplos, como viaturas logísticas.

Devíamos era produzir os mísseis LMM, isso sim.


A opinião aqui partilhada pelo dc não tem em conta que, quando o Nuno Melo assumiu funções, deu instruções para que o projecto do ST (que lhe chegava do tempo do António Costa) fosse alvo de "negociação".
Posteriormente, o mesmo NM emitiu um despacho a encarregar o CEMFA de estudar e transmitir em que moldes o projecto pode beneficiar Portugal e qual o papel a desempenhar pela FAP.
O despacho está algures por aqui nas páginas do Forum e tem prazo para ser cumprido. Já disse isso aqui várias vezes.
E entretanto o Nuno anda por aí a reunir com Franceses.

Sendo assim, as afirmações acerca de "construir uma fábrica" não têm qualquer cabimento neste momento.
Desde o tempo do Costa até hoje, nunca ouvi falar da construção de uma fábrica.

A utilidade imediata que o ST-Nato tem para a FAP é como aparelho de Treino avançado com capacidade de treino com fogo real.
Nessa função, parece poder interessar a outras FAs aliadas.
A (uma) utilidade que tem para a indústria de defesa tem a ver com tudo que se possa inventar fazer com um ST e que traga experiência útil para a indústria.
Para isso, é claro que é necessário parcerias com empresas nacionais e sermos "ratos" a ir buscar financiamento europeu, como FAP e Marinha já fizeram.

- integração de sistemas de armas? LMM? Poderá a Tekever estar interessada?
- transformar o ST num Drone? poderá o CEiiA estar interessado?
- o que se poderá fazer com um ST com um wingspan aumentado em mais 3m para cada lado?

Eu gostava de discutir aqui mais ideias como estas, em vez do deita-abaixo do costume.

No entanto, eu continuo á espera de uma decisão final do Governo sobre este assunto.
Mesmo que tenha sido afirmado aqui por vários foristas que a vinda do ST "estava decidida", eu não me admirava se fosse tudo cancelado.

Apesar de ser dado como certo, a verdade é que pode mesmo vir a ser cancelado, optando-se por outro tipo de meios, ou mandando os 200 ME para outro programa, que a FA quer incluir na LPM, nomeadamente a defesa aérea a alta altitude, baseada em terra.
Cps,
 
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Re: CAS
« Responder #1723 em: Novembro 06, 2024, 10:18:52 pm »
Eu só sei que se está a desviar a conversa do ponto central a ser discutido: o real retorno que uma hipotética fábrica de STs traria para o país, e a forma como isso tem servido de argumento central para justificar tal aquisição, sem sequer considerar outras opções/concorrentes que poderiam oferecer o mesmo ou até melhor.

É "mergulhar de cabeça" para adquirir um meio que não se adequa às nossas necessidades, com a desculpa de que se vai montar uma fábrica para produzir a dita aeronave, sem que se tenha sequer feito uma prospecção de mercado para ver se vale a pena ou se seriam produzidas as unidades para a FAP e a fábrica fecha.

Investir dinheiro neste tipo de aeronave, e ainda por cima investir numa fábrica para ela, é uma tremenda burrice quando se sabe de antemão que existem N outros tipos de equipamentos (e munições) que possuem mercados enormes e cujo retorno será múltiplas vezes maior que o dos ST e que é possível manter as portas abertas por largos anos/décadas.

Sistemas não-tripulados de todos os tipos, munições (incluindo mísseis) e construção naval deveriam ser os principais sectores de Defesa onde investir. Podíamos adicionar outros exemplos, como viaturas logísticas.

Devíamos era produzir os mísseis LMM, isso sim.


A opinião aqui partilhada pelo dc não tem em conta que, quando o Nuno Melo assumiu funções, deu instruções para que o projecto do ST (que lhe chegava do tempo do António Costa) fosse alvo de "negociação".
Posteriormente, o mesmo NM emitiu um despacho a encarregar o CEMFA de estudar e transmitir em que moldes o projecto pode beneficiar Portugal e qual o papel a desempenhar pela FAP.
O despacho está algures por aqui nas páginas do Forum e tem prazo para ser cumprido. Já disse isso aqui várias vezes.
E entretanto o Nuno anda por aí a reunir com Franceses.

Sendo assim, as afirmações acerca de "construir uma fábrica" não têm qualquer cabimento neste momento.
Desde o tempo do Costa até hoje, nunca ouvi falar da construção de uma fábrica.

A utilidade imediata que o ST-Nato tem para a FAP é como aparelho de Treino avançado com capacidade de treino com fogo real.
Nessa função, parece poder interessar a outras FAs aliadas.
A (uma) utilidade que tem para a indústria de defesa tem a ver com tudo que se possa inventar fazer com um ST e que traga experiência útil para a indústria.
Para isso, é claro que é necessário parcerias com empresas nacionais e sermos "ratos" a ir buscar financiamento europeu, como FAP e Marinha já fizeram.

- integração de sistemas de armas? LMM? Poderá a Tekever estar interessada?
- transformar o ST num Drone? poderá o CEiiA estar interessado?
- o que se poderá fazer com um ST com um wingspan aumentado em mais 3m para cada lado?

Eu gostava de discutir aqui mais ideias como estas, em vez do deita-abaixo do costume.

No entanto, eu continuo á espera de uma decisão final do Governo sobre este assunto.
Mesmo que tenha sido afirmado aqui por vários foristas que a vinda do ST "estava decidida", eu não me admirava se fosse tudo cancelado.

Apesar de ser dado como certo, a verdade é que pode mesmo vir a ser cancelado, optando-se por outro tipo de meios, ou mandando os 200 ME para outro programa, que a FA quer incluir na LPM, nomeadamente a defesa aérea a alta altitude, baseada em terra.
Cps,
SAMP/T.
"Homens fortes criam tempos fáceis e tempos fáceis criam homens fracos - homens fracos criam tempos difíceis e tempos difíceis criam homens fortes."
 
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Re: CAS
« Responder #1724 em: Novembro 06, 2024, 11:01:49 pm »
SAMP/T

Yá.
Bora-aí.
Mas quem é que disse que seriam para a FAP?
A FAP não está proibida pela constituição de operar camiões com mais que dois eixos?
Ou é para a FAP construir um edifício para meter os lançadores, com uns grandes círculos concêntricos vermelhos pintados á volta?

Mas, para os entregar ao Exército, há que multiplicar os 200 dos ST por 10.

E depois adquirir aqueles aviões de treino Italianos que servem de caças ligeiros.
Esses sim para a FAP.


P.s.

Isto a constituição já permite.

FAP CP DAT/RTVEA 5024009088
Concurso Público
AQUISIÇÃO DE 2 (DOIS) TRATORES PARA AS BASES AÉREAS N.º 5 E N.º 8
Força Aérea Portuguesa
A receber propostas    
« Última modificação: Novembro 06, 2024, 11:22:36 pm por saabGripen »