Não vejo incompatibilidades entre o Kc390 e o a321... Se a Fap tiver 4 A321 e em caso necessidade ter kits para aumentar a frota com kc390 que é um avião já opera sem mais custos é um win-win...
Vejo é com kc390 com varias funções + o lus222 o papel do C295 é cada vez mais diminuto...
Para mim 2 a-400, 6 kc390 e uns 6-8 lus 222 era suficiente e vendia se os c295.
Eu não disse haver quaisquer incompatibilidades em operar em simultâneo o KC-390 e porventura o A321 MPA. O que eu dei a entender é que
se por acaso se estiver a pensar numa versão MPA do Millennium para futuro substituto do P-3C CUP+ Block II, isso de longe não será a opção mais adequada. Dadas as nossas necessidades operacionais, decorrentes da área à nossa responsabilidade, nós precisamos duma plataforma especializada para esse efeito, seja ela fabricada pela Airbus ou Boeing, e não de uma conversão de um avião de transporte tático.
As capacidades do KC-390 vão continuar a crescer, iremos acompanhá-las e devemos aproveitar aquilo que nos possa vir a dar mais jeito, por assim dizer. A aeronave da Embraer tem ainda tanto terreno por explorar que muitas das evoluções certamente serão adotadas pela FAP. Agora no que concerne a patrulha marítima, guerra anti-submarino/anti-superfície, ISR, Very Long-Range SAR, etc, etc, plataformas como o P-8A Poseidon e A321 MPA terão capacidades significativamente superiores a qualquer adaptação dum conceito já existente, e é por isso que após o phase-out do Orion em 2035/40 se deve fazer o esforço de procurar ter ao serviço a melhor plataforma possível.
Não concordo consigo no que diz respeito ao C-295M. O papel desta aeronave não é nada diminuto, antes pelo contrário. Padece de problemas conhecidos, nomeadamente com os motores, o que limita a sua taxa de disponibilidade é certo, porém isso também advém da falta de planeamento e sobretudo de investimento na correta e atempada manutenção da aeronave, que ainda assim é hoje em dia das que mais horas de voo efetua ao serviço da FAP. Esta frota deveria ser o quanto antes modernizada para a versão W, parece que existe a intenção de pelo menos efetuar uma modernização (embora em que moldes não se saiba), de modo a aumentar a sua disponibilidade já que a demanda pelos seus préstimos é elevada.
O Lus-222 será útil naquelas missões em que o uso do C-295M seja excessivo, quer seja em algo simples como ligação, treino de tripulações, transporte de órgãos, MEDEVAC, etc, etc. Tal como me foi referido no ano passado, a chegada do C-295M não veio colmatar todas as missões e necessidades que eram preenchidas pela frota C-212 Aviocar, pelo que se inicialmente a FAP estava reticente quanto a vir a operar este aparelho, neste momento vê-o com bons olhos e não somente por se tratar de um avião de fabrico "nacional".
Cada vez mais é falado que após a conclusão da modernização da frota C-130H/H-30 esta poderá ser posta à venda, e que o plano de dotá-la com o MAFFS II para combate aos FF foi posto na gaveta. Assim sendo, fala-se com insistência em 3 Airbus A400M para a Esq. 501, na vertente de transporte pesado/estratégico, continuando a missão de transporte tático entregue aos KC-390 da Esq. 506, coadjuvados pelos C-295M da Esq. 502 e mais tarde também o Lus-222. E se todos pensam que por acaso isto configura uma espécie de regresso aos Transportes Aéreos Militares, desenganem-se todos pois a exigência e demanda é crescente e está em crescendo. Como me diziam um dia destes, quantos mais houvessem, mais voavam.