Caro Tikuna,
vou só reafirmar que admiro o KC390, e quanto a mim, a Embraer só pecou por defeito. Se tivesse apostado num avião perto das 50 toneladas de payload, com maior alcance, seria muito interessante para muitas forças aéreas deste mundo. Podia transportar qualquer veículo blindado e nem se comparava ao C-130. Seria um avião apenas com a concorrência dos ucranianos, mas mais moderno e fiável.
Agora para transporte tático, e para substituir os Hércules em Portugal, só se fosse substancialmente mais barato é que se justificava esta aquisição.
É que da dúzia de missões que a FAP tem a seu cargo, algumas nem se executam por falta de meios, e a maioria das outras baseiam-se em equipamentos a precisar de manutenção/modernização/substituição, e não me parece que o transporte médio tático seja a mais importante de todas elas. Daí o exacerbar da alergia ao negócio KC390..
A única vantagem que traz é um "ligeiro" aumento na capacidade de transporte, e na velocidade, mais nada. Em todos os outros requisitos ainda falta confirmar a sua validade, e estamos a comparar com um avião desenhado há 60 anos. (Se não fosse difícil superar o C-130, a Airbus não teria demorado tanto tempo e investido tanto para produzir o A400m, e repara que puxaram o payload para >30 ton)
Quanto ao fosso entre os nossos dois países, principais expoentes do mundo lusófono, é pura burrice. Só tínhamos a ganhar com melhor relacionamento ao nível da educação, da indústria, da saúde, do sector espacial, etc...
No caso da Embraer, nunca percebi porque não operámos o bandeirante em Portugal, e já vários membros aqui colocaram a hipótese dos legacy, dos phenom, e até do tucano, como boas soluções para a nossa força aérea.
Eu era particularmente fã de despachar os Dassault e comprar 2 phenom 300. Era mais que suficiente para o transporte médico de emergência, e para ir passear a Bruxelas de vez em quando.
Cumprimentos