Porque não vender os Pandur II todos e equipar os 3 ramos com Boxer?
O dinheiro que se ia investir no MLU, mais o da venda se calhar davam uns 30 Boxer...
Talvez desse para um pouco mais, mas seria um investimento absurdo ter que substituir os 188 Pandur + os M-113.
Estaríamos a falar de uns 300 Boxer, em variadas versões.
Acredito que para escândalo de muitos... começo considerar a hipótese - nada certa, que a fonte podia ser mais credível - com alguma lógica, na linha do famoso "Primeiro estranha-se. Depois, entranha-se.” 
Vamos considerar a realidade e não o que nós consideramos ser os mínimos para uma Defesa decente; vamos ter em conta que temos Pandur II, mas que mesmo com upgrade não é um Boxer, que é um IFV mais pesado, de outra categoria (diferente, mais que melhor) e com vários países UE / NATO a utilizarem; e fortemente modular, ie com várias versões disponíveis e em uso.
O Exército - tendo em conta geoestratégia atual - será o ramo em 2ª plano (ie, em 3º); que consiga contribuir para a UE / NATO com 2 unidades escalão batalhão - de infantaria paraquedista e de Infantaria mecanizada "rodas" (incluindo até unidades de apoio: M119 LG, CAESAR NG, RAPIDRanger, Skyranger 30, Leopard 2A6, etc) - é perfeitamente aceitável. E permite que os Pandur II equipem unidades "secundárias", que podem crescer por mobilização (ou em caso de mobilização vai tudo de camião?).
À boa maneira "General Alcazar" iremos, claro, ter Grandes Unidades escalão Brigada... com Estado-Maior, Brigadeiros, etc; faz parte e, acredito, tem a sua utilidade se tivermos de aumentar em 10.000 homens o Exército num ano.
Pronto... agora vou fugir.
Para mim o que faz diferença é as versões que se planeia adquirir. Substituir os M-113 APC por um IFV é uma coisa. Substituir os M-113 e todos os seus derivados por variantes equivalentes, mais variante VSHORAD dedicada, é um desafio completamente diferente e bem maior.
Se viermos a ter apenas umas dezenas de Boxers IFV, e não for comprada nenhuma das outras versões, o problema mantém-se.
No meio disto, permanecem várias questões. Vamos assistir a unidades Pandur (de "segunda linha") com variante VSHORAD própria? Ou vamos ter Pandur complementados por ST5 com RapidRanger?
E vamos ter Boxer com Skyranger 30 dedicados nas unidades de primeira linha? Ou o plano passará por tentar desenrascar com ST5 para tapar os buracos?
O problema que nós temos, é a falta de transparência quanto ao que se pretende fazer no Exército.
A opção pelos Boxer, pode ter pernas para andar se for feito com pés e cabeça.
Se o plano a médio/longo prazo passasse por ter Boxer tanto para substituir os M-113, como mais tarde os Pandur, estaríamos a falar de um número de veículos (300+) que já justiticava envolvimento da indústria nacional.
Neste aspecto, produzir sob licença ou a própria Rheinmetall/KNDS abrir uma linha de produção em Portugal já fazia mais sentido, havendo então um plano de encomendas durante muitos anos.
O plano poderia passar por manter os Pandur por mais 10-15 anos, e começar a substituí-los gradualmente pelo segundo batch de Boxer, depois de concluído o primeiro batch que visa substituir os M-113.
Neste caso, formalizava-se na prática a fusão das duas grandes Brigadas numa Brigada Mista, corrida a Boxer + MBT lagartas e Caesar.