A decisão final não está tomada.
Se repararem, não há comunicado oficial do Governo Português, nem da FINCANTIERI, nem da NAVAL GROUP...
Ou seja, mesmo havendo supostas fugas de informação sobre eventuais preferências, não há oficialmente uma escolha.
Assim sendo, qualquer dos competidores mantém condições de poder apresentar propostas que possam eventualmente ser aceites.
A única certeza é que até Fevereiro tudo terá de estar definido...
Podemos fazer um paralelismo com a aquisição do novo caça.
Existe (supostamente) uma preferência. O F35.
No entanto não há uma escolha e o processo mantém-se aberto.
A única diferença em relação às fragatas é a data máxima para a tomada de decisão, Fevereiro.
Pelo que encontrei por aí, os franceses não dão o caso como fechado e mantém algumas expectativas sobre a possível venda das fragatas, o que para nós poderá até ser positivo, facilitando as negociações com os italianos, que supostamente estarão na frente da corrida, mas ainda sem garantias.
Tens a imprensa nacional, estrangeira e algumas altas patentes militares a falarem abertamente da escolha pela FREMM-EVO, sem que tenha havido até agora qualquer desmentido por parte do Governo. Diria que isso é um forte indício de que a escolha está tomada e é final, porque caso contrário temos de assumir então que estamos entregues a amadores e incompetentes. O segredo é a alma do negócio já diz o provérbio, porém chegarmos a Fevereiro e a escolha afinal recair sobre a proposta da Naval Group seria um verdadeiro golpe de teatro, e um tiro no porta-aviões na credibilidade deste executivo.
Foi-me dito já por mais de uma vez que em França reina a resignação quanto à derrota no concurso de fornecimento de fragatas português, e a razão para que até hoje nenhum comunicado oficial tenha sido publicado pelo Governo e consórcio vencedor deverá obviamente prender-se com a questão dos muitos pormenores e detalhes que neste momento, e até Fevereiro, estarão a ser acertados minuciosamente entre ambas as partes. Digo eu, naturalmente.