Substituição das Fragatas Classe Vasco da Gama

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Duarte

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Re: Substituição das Fragatas Classe Vasco da Gama
« Responder #7125 em: Hoje às 06:10:53 pm »
Nem mais...

Atenção particular no que se refere à aquisição dos EPC's...

https://x.com/JMJSCarvalho/status/1994418046887133666?t=42-h8IYnCNYOUdcUDI_2HQ&s=19

Citar
Qualquer que seja o vencedor — FDI ou FREMM EVO —, Portugal adquirirá navios de topo europeu que garantirão a soberania marítima e os compromissos NATO por décadas.

Esperemos é que se escolha a melhor opção técnica pretendida pela Marinha e com maior retorno a `a economia nacional.  :G-beer2:
 :G-beer2:
« Última modificação: Hoje às 06:15:24 pm por Duarte »
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Re: Substituição das Fragatas Classe Vasco da Gama
« Responder #7126 em: Hoje às 07:13:26 pm »
Volto a dizer, a Italia encomendou 2 Evo com 16 VLS for €1.5bn.

€500M adicionais deviam dar para dobrar os VLSs, dragar o canal do alfeite, ajustar a inflaçao, comprar todo o armamento necessário, treinar as guarniçoes e sobrar €20M para se investirem milhoes de euros no Alfeite.
 

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P44

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Re: Substituição das Fragatas Classe Vasco da Gama
« Responder #7127 em: Hoje às 07:19:04 pm »
3000 M teoricamente dá para  4 FREMM(!!!!)

Como podem ser apenas 2????
"[Os portugueses são]um povo tão dócil e tão bem amestrado que até merecia estar no Jardim Zoológico"
-Dom Januário Torgal Ferreira, Bispo das Forças Armadas
 

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Duarte

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Re: Substituição das Fragatas Classe Vasco da Gama
« Responder #7128 em: Hoje às 07:27:38 pm »
3000 M teoricamente dá para  4 FREMM(!!!!)

Como podem ser apenas 2????

Isto já começa a cheirar aos "2 submarinos pelo preço de 3" do passado...  ::)
« Última modificação: Hoje às 07:28:22 pm por Duarte »
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Re: Substituição das Fragatas Classe Vasco da Gama
« Responder #7129 em: Hoje às 07:27:49 pm »
Mantenham-se focados e não se dispersem nos milhões...
Esses números não estão correctos,  há confusão.
1.5B foram as duas primeiras EVO para Itália.
Contem com 1B para cada uma das nossas,  que não será muito diferente da FDI.

O que estará em causa são configurações e contrapartidas/investimentos.

E a preferência da própria Marinha.

O resto é ruído...
João Pereira
 
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Re: Substituição das Fragatas Classe Vasco da Gama
« Responder #7130 em: Hoje às 07:31:16 pm »
Citar
3000 M teoricamente dá para  4 FREMM(!!!!)

Com 32 VLS, SCALP, Helicópteros, TESEO... fora logística e manutenção. 
Duvido...
João Pereira
 

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Re: Substituição das Fragatas Classe Vasco da Gama
« Responder #7131 em: Hoje às 07:35:29 pm »
Sabemos se 1,5 mil milhões para as 2 EVO incluem todo o armamento, etc? Contratos militares são como apólices de seguro... o diabo está nos, muitos, detalhes.
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Re: Substituição das Fragatas Classe Vasco da Gama
« Responder #7132 em: Hoje às 07:41:23 pm »
Sabemos se 1,5 mil milhões para as 2 EVO incluem todo o armamento, etc? Contratos militares são como apólices de seguro... o diabo está nos, muitos, detalhes.

Citar
O contrato de 1,5 mil milhões de euros da Marinha Italiana para duas fragatas FREMM EVO cobre os próprios navios, mas não mísseis ou apoio e manutenção a longo prazo. Trata-se de um contrato apenas para construção, gerido pela OCCAR, com contratos de futuros previstos para cobrir o armamento e a manutenção.

⚓ Detalhamento do Contrato FREMM EVO (julho de 2024)
🛠️ O que está incluído
Construção de duas fragatas FREMM EVO:

Construídas pela Orizzonte Sistemi Navali (OSN), uma joint-venture da Fincantieri (51%) e da Leonardo (49%).

Estas são variantes de próxima geração do projeto FREMM, apresentando melhorias na furtividade, automação e integração de sistemas não tripulados.

Melhorias da plataforma:

Capacidades antidrone melhoradas

Integração melhorada de sistemas não tripulados subaquáticos, de superfície e aéreos

Arquitetura do sistema de combate atualizada, provavelmente baseada na evolução do CMS da Leonardo

Projeto e engenharia:

Inclui gestão de projeto, trabalho em estaleiro e integração de sistemas embebidos

Aproveita as lições aprendidas com a Modernização de Meia-Vida (MLU) italiano FREMM e com os programas da Lei de Defesa

🚫 O que não está incluído
Sistemas de mísseis:

Não há qualquer menção à aquisição de mísseis ESSM, Aster ou outros mísseis neste contrato.

Estes serão provavelmente abrangidos por programas de aquisição de armamento separados.

Suporte e manutenção:

Não inclui sustentação a longo prazo, treino ou apoio ao ciclo de vida.

Estes itens são normalmente tratados através de contratos OCCAR subsequentes ou de orçamentos de defesa nacional.

🔑 Pontos-chave
Este acordo de 1,5 mil milhões de euros refere-se apenas à construção naval, abrangendo dois cascos avançados do FREMM EVO com sistemas de combate integrados — os mísseis, o suporte e a manutenção estão excluídos e serão contratados separadamente.

Citar
Eis o que se sabe publicamente sobre o que está — e o que não está — incluído no contrato de aproximadamente 1,5 mil milhões de euros para as duas novas fragatas FREMM EVO da Marinha Italiana (assinado em julho de 2024). O contrato abrange mais do que apenas os navios em si, mas não inclui necessariamente pacotes completos de armamento/todos os mísseis por defeito — em vez disso, financia a construção e o equipamento básico de navios de guerra tecnologicamente modernos, com muitos sistemas e “suporte inicial em serviço”.

Naval Notícias
+2
Fincantieri
+2

✅ O que está incluído (ou coberto) no contrato

O contrato é para “desenvolvimento, construção, entrega e apoio inicial em serviço” de duas fragatas FREMM EVO.

Notícias Navais
+1

Os navios virão com um conjunto completo e modernizado de “plataforma e sistema de combate”: sistemas de gestão de navios atualizados (ciber-resilientes), sistema moderno de gestão de combate (SADOC 4), radar moderno (radares de banda dupla fixa nas bandas X e C), conjunto de sonar (as mesmas capacidades ASW do atual FREMM-ASW), sistemas de comunicação, conjunto de guerra eletrónica, ligações de dados e suporte para sistemas não tripulados (aéreos, de superfície e subaquáticos).

Notícias Navais
+3
Fincantieri
+3

Os navios terão o seu casco, propulsão, convés de voo/hangares e infraestruturas de suporte (energia, ar condicionado, sistemas elétricos) atualizados para os padrões modernos de “pegada verde” e eficiência.

Fincantieri
+1

Há uma menção explícita ao “suporte inicial em serviço” e aos “planos de manutenção robustos” no texto do contrato.

Notícias Navais
+1

Assim sendo, o contrato prevê a compra de dois navios de guerra completos: casco, propulsão, sensores, sistema de combate, infraestruturas de apoio e equipamento básico.

🚫 O que o contrato não parece garantir (ou o que é incerto/externo)

O contrato base de 1,5 mil milhões de euros não garante explicitamente o fornecimento de todas as armas ou mísseis na sua configuração completa no momento da entrega. As fontes que descrevem o contrato mencionam a plataforma, os sistemas e o "pacote de sistema de combate", mas não um stock completo de mísseis.

Notícias Navais
+2
Fincantieri
+2

Em particular, a integração do míssil de cruzeiro de longo alcance MdCN (Míssil de Cruzeiro Naval) — para conferir capacidade de "ataque profundo" — está atualmente em estudo de viabilidade, com início previsto para novembro de 2024. Isto significa que, embora os navios estejam a ser construídos com capacidade espacial/de lançamento (por exemplo, células de lançamento), a instalação efetiva do MdCN não está garantida no momento da assinatura do contrato.

fw-mag.com
+1

A produção recentemente contratada do míssil antinavio TESEO MK2/E foi assinada separadamente (2025) e inclui novos mísseis para a frota de superfície italiana, incluindo o FREMM EVO.

Naval Today
+2

Para o apoio geral da frota (logística, manutenção ao longo da vida útil), existe um contrato de apoio separado: em 2025, a OCCAR (com o construtor, Orizzonte Sistemi Navali/OSN) assinou um contrato de "suporte em serviço ao longo da vida útil" (TLSM 2) para as fragatas FREMM. Este contrato de suporte é separado e não faz parte do contrato de construção naval de 1,5 mil milhões de euros.

Naval Today
+2
Naval Notícias
+2

⚠️ Interpretação — o que os 1,5 mil milhões de euros “compram” versus o que ainda é necessário

Em síntese: os 1,5 mil milhões de euros compram dois navios de guerra totalmente equipados: casco, propulsão, sensores, sistema de combate principal e infraestruturas para futuras armas/sistemas não tripulados. Essencialmente, cobre a construção do navio + o equipamento básico inicial + o planeamento inicial de apoio. No entanto, as munições, os stocks completos de mísseis e as integrações de armas avançadas (por exemplo, mísseis de ataque profundo MdCN) parecem exigir contratos separados (ou pelo menos decisões orçamentais separadas).

Portanto, não se trata simplesmente de “dois cascos vazios”, mas também não é um “navio de guerra completo, com todos os mísseis armazenados e capacidade de ataque profundo garantida”.
« Última modificação: Hoje às 07:53:46 pm por Duarte »
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Re: Substituição das Fragatas Classe Vasco da Gama
« Responder #7133 em: Hoje às 07:50:09 pm »
Não deve ser difícil "derreter" 3B em duas EVO...
Enfias na compra os helicópteros (que podem ser 2 por navio), os 32VLS (16 A50 + 16 A70) , os ASTER 15 e 30, os TESEO ou mesmo os SCALP NAVAL, e com jeito já nem para duas dá 🤣🤣🤣
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Re: Substituição das Fragatas Classe Vasco da Gama
« Responder #7134 em: Hoje às 08:02:01 pm »
Não deve ser difícil "derreter" 3B em duas EVO...
Enfias na compra os helicópteros (que podem ser 2 por navio), os 32VLS (16 A50 + 16 A70) , os ASTER 15 e 30, os TESEO ou mesmo os SCALP NAVAL, e com jeito já nem para duas dá 🤣🤣🤣

3 MM deve dar par um pacote de 3 FREMM EVO, com uma quantia razoável de mísseis (um lote completo por fragata, mais algumas para instrução e reserva de guerra?), 1 heli cada + 1 drone e um contrato de apoio, manutenção e treino, não?  :G-beer2:
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Re: Substituição das Fragatas Classe Vasco da Gama
« Responder #7135 em: Hoje às 08:07:06 pm »
oops...

Citar
Below is a practical, program-level estimate for adding a full missile load-out and a 10‑year maintenance contract to two ships already contracted “hulls-only.” It uses known benchmarks and reasonable procurement assumptions.

Assumptions and context
Baseline contract: Italy’s recent €1.5B order covers construction of two FREMM EVO hulls and onboard systems integration, not missiles or long-term sustainment. This aligns with how FREMM programs separate platform buys from armament and ISS packages.

Maintenance benchmark: A recent 10‑year in‑service support and integrated logistics support contract for two Egyptian FREMMs was ~€260M total (≈€130M per ship). Italian Navy ISS packages tend to be broader, but this is a solid floor for a modern twin‑ship support bundle.

Estimated costs by component
Component   Scope   Estimated cost (2 ships)
Missiles (AAW)   Full AAW combat load (e.g., 32–48 Aster per ship, spares, test rounds)   €300M–€550M
Missiles (SSM)   8–16 anti-ship missiles per ship (e.g., Teseo Mk2/E), plus spares and integration   €120M–€220M
Ancillary weapons integration   Loading equipment, canisters, interface software, shore test gear   €40M–€80M
Training, initial spares, tech data   GFE/IFE spares, operator/maintainer training, documentation   €60M–€120M
10‑year maintenance (ISS/ILS)   Preventive/corrective maintenance, depot support, logistics studies   €280M–€420M
Sources: FREMM platform cost structure and program separation for armament vs. hulls; 10‑year ISS cost benchmark for two FREMMsMilitary Africa.

Program-level total
Missile package subtotal (AAW + SSM + integration + training/spares): €520M–€970M

10‑year maintenance (two ships): €280M–€420M

Overall add-on (two ships): €800M–€1.39B

Direct answer: Expect roughly €0.8–€1.4 billion on top of the €1.5 billion hull contract to fully arm two FREMM EVOs with AAW and SSM missiles and cover a 10‑year maintenance package.

Notes on variability
Missile mix and quantities: Costs swing with the exact Aster load (Aster 15 vs. 30), number of SSMs, and inclusion of extra war spares lots.

Sustainment scope: Adding deeper depot-level work, upgrades, and OEM field teams can push maintenance to the higher end.

Domestic content and licensing: Italian-sourced integration through OSN/Leonardo may reduce some integration overhead relative to foreign users.
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Re: Substituição das Fragatas Classe Vasco da Gama
« Responder #7136 em: Hoje às 08:10:42 pm »
Citar
Resposta curta: aproximadamente 230 a 370 milhões de euros adicionais por FREMM para (1) comprar uma carga completa de mísseis antiaéreos + SSM (um por célula, em modo de combate) e (2) contratar um serviço de manutenção/suporte durante 10 anos, utilizando estimativas conservadoras de preço unitário (baixo, provável e alto) e heurísticas simples de sustentação.

Abaixo, apresento as premissas, as fontes e os cálculos passo a passo para que possa refinar a estimativa, caso prefira configurações de armamento ou premissas de preço diferentes.

Premissas utilizadas:

Preço da plataforma/base: preço unitário do FREMM italiano ~ 600 milhões de euros (referência de ordem de grandeza; utilizada apenas para dimensionar a sustentação).

Capacidade do sistema de lançamento vertical antiaéreo (AAW VLS): FREMM italiano/FREMM-EVO: 16 células Sylver A50 (ou seja, 16 mísseis Aster como "carga antiaérea completa"). (Variantes do FREMM e descrições do EVO).

SSM (antinavio/ataque terrestre) — considere 8 mísseis da classe Teseo/TESEO Mk2 (carga típica de SSM embarcada para FREMM do tipo GP; os FREMM transportam geralmente ≈6–8 SSM).

Preços unitários dos mísseis (estimativas de alcance)

Aster (Aster-15 / Aster-30): utilize 1,5–2,5 milhões de euros cada (as estimativas comuns colocam o Aster-30 em ≈2 milhões de euros/unidade; utilize 1,5 milhões de euros como mínimo e 2,5 milhões de euros como máximo).

SSM (TESEO Mk2E/ASM de longo alcance comparável): utilize 2,0–4,0 milhões de euros cada (Exocet/outros ASM ocidentais na gama de 2–4 milhões de euros; TESEO Mk2E provavelmente no limite superior).

(Utilizei intervalos porque os preços públicos por unidade de contrato para os mísseis modernos não são geralmente divulgados ou dependem do tamanho do lote.)

Contrato de manutenção/suporte de 10 anos — estimado em 30–50% do custo de aquisição do navio ao longo de 10 anos (esta é uma heurística conservadora, consistente com as diretrizes que mostram que a sustentação representa uma grande fração do custo do ciclo de vida; as diretrizes do GAO/DAU mostram que a operação e o suporte podem dominar os custos do ciclo de vida — aqui, traduzo isto num custo de pacote de 10 anos de aproximadamente 0,3–0,5 vezes o preço de aquisição).

Cálculos (por navio)

Mísseis — AAW (16 × Aster):

Mínimo: 16 × 1,5 milhões de euros = 24 milhões de euros

Provável: 16 × 2,0 milhões de euros = 32 milhões de euros

Máximo: 16 × 2,5 milhões de euros = 40 milhões de euros
(Utilize uma combinação de Aster-15/Aster-30, conforme necessário; assumi um míssil por célula VLS.)


Mísseis — SSM (8 × TESEO/ex-ASM):

Mínimo: 8 × 2,0 M€ = 16 M€

Provável: 8 × 3,0 M€ = 24 M€

Máximo: 8 × 4,0 M€ = 32 M€
(Existem contratos de produção do TESEO Mk2E, mas os valores por unidade não são amplamente divulgados.) Publicado; as aquisições do Exocet fornecem indicadores úteis: por exemplo, a Grécia pagou cerca de 33 milhões de euros por 16 mísseis MM40 Block 3 → ≈ 2,06 milhões de euros por ronda.

Total de mísseis (AAW + SSM):

Mínimo: 24 milhões de euros + 16 milhões de euros = 40 milhões de euros

Provável: 32 milhões de euros + 24 milhões de euros = 56 milhões de euros

Máximo: 40 milhões de euros + 32 milhões de euros = 72 milhões de euros

Contrato de manutenção/suporte de 10 anos (considerando 30–50% da aquisição):

Utilizando uma aquisição base de ≈ 600 milhões de euros:

Mínimo (30%): 180 milhões de euros ao longo de 10 anos

Máximo (50%): 300 milhões de euros ao longo de 10 anos.


Total geral (mísseis + 10 anos de manutenção) — segundo o FREMM:

Estimativa baixa: 40 milhões de euros (mísseis) + 180 milhões de euros (suporte) = 220 milhões de euros

Estimativa provável (média): 56 M€ + 240 M€ (ponto médio do intervalo 30–50% = 40% → 240 M€) = 296 M€

Estimativa elevada: 72 milhões de euros + 300 milhões de euros = 372 milhões de euros

Arredondando, isto resulta na minha faixa principal: ~€230 milhões → €370 milhões extra por navio para adquirir o armamento de mísseis e um pacote de manutenção de 10 anos com um contratado (com o valor “provável” ≈ €295 milhões).

Ressalvas e sensibilidades importantes

Quais os mísseis exatamente importa muito. Se, em vez disso, incluir mísseis de cruzeiro navais (MdCN) ou acrescentar um grande número de recargas, o custo aumenta consideravelmente — os mísseis de cruzeiro como o MdCN francês têm sido cotados em cerca de 2,5 milhões de euros cada um historicamente (os custos de desenvolvimento elevam os custos unitários do programa).

A definição de armamento é importante. Assumi 1 míssil por célula VLS e uma carga modesta de mísseis antinavio (8). Algumas Marinhas compram recargas extra ou quantidades maiores — cada Aster ou TESEO adicional acrescenta 2 a 4 milhões de euros.

O âmbito do contrato de suporte varia enormemente. "Contrato de manutenção por 10 anos" pode significar: manutenção planeada de rotina, fornecimento de peças de substituição, apoio em terra, revisões em armazém, apoio logístico do empreiteiro (CLS), atualizações de software e grandes reparações de meia-vida. Se o contrato incluir reparações extensas ao nível do depósito ou métricas de disponibilidade garantida, os preços poderão ficar muito acima da minha estimativa de 30 a 50%. Os documentos do GAO/DAU mostram que a manutenção pode representar a maior parte dos custos do ciclo de vida e é frequentemente subestimada no planeamento das aquisições.


As compras em lote e as compensações reduzem os preços unitários. O preço unitário de um míssil depende fortemente do tamanho do lote e se os mísseis são adquiridos como parte de uma encomenda multinacional. Exemplo: compra de 2 mil milhões de euros à França e à Itália para grandes lotes de Aster — a aquisição conjunta de mísseis reduz o preço por unidade.
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Re: Substituição das Fragatas Classe Vasco da Gama
« Responder #7137 em: Hoje às 08:18:26 pm »
E vai depender de "n" outras variáveis... que contrapartidas queremos - por exemplo basta um dos concorrentes ter um interesse real (ie não o ver como um "custo" para conseguir a venda) em assumir o AA e a sua proposta vai refletir esse "juntar o útil ao agradável" - qual o interesse (ou "desespero") em ganhar a venda, a sua influencia junto dos outros fornecedores (MBDA e outros), que outras fragatas usadas ou as MMPC têm para compras futuras, influencia geopolítica, relações entre Armadas, etc.

Porque - sejamos francos - apesar de adorarmos discutir detalhes, ambas as 2 (+1) possíveis hipóteses... são "tier I" e cumprem.

Para as FDI até o contrato grego - o melhor para perceber o valor - tem características próprias (incluindo ser na altura um projecto menos provado).       
« Última modificação: Hoje às 08:27:00 pm por LM »
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Re: Substituição das Fragatas Classe Vasco da Gama
« Responder #7138 em: Hoje às 08:23:20 pm »
Parte dos blocos das gregas são produzidos na Grécia e depois transportadas para França,  por exemplo.
Tudo isso conta, e acredito que são esses pormenores que ainda têm de ser tratados até Fevereiro.
João Pereira
 

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JohnM

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Re: Substituição das Fragatas Classe Vasco da Gama
« Responder #7139 em: Hoje às 08:29:41 pm »
Não é preciso discursos tão longos. Posto de maneira simples, para navios com 32 células VLS):

32xAster 30x3M€+ 8xTeseox3 M€ + 21xRamx1 M€ +12-18 torpedos LW para lançadores de. Bordo e helisx1 M€: ~160 M€ por fragata

Contrato de manutenção a 10 anos, incluindo instalar foda a infraestrutura específica dos navios (mas sem contar com alargamento da doca seca, por exemplo) - 50-60% do preço de construção, i.e., ~ 400-450 M€

Assumindo um preço de construção por volta dos 800 M€, por causa da inflação, o custo final do pacote de cada fragata pode facilmente chegar aos 1300–1400 M€ por navio. Se se juntar o custo de modernizar o Alfeite, rapidamente nos aproximamos de 3000 M€ por duas fragatas e ainda não se contabilizou o custos de novos helis… os MH- e SH-60 andam por volta dos 100 M€ cada, custo do pacote total, incluindo sustentação a 10 anos.
 
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