Perante esse cenário "negro", que soluções?
Desde logo uma Marinha mais equilibrada, que não se incline somente para ASW.
Que passe por fragatas que mesmo sendo ASW, tenham mais capacidade de mísseis que as FREMM (em particular através de quad-pack e dual-pack).
Que passe por NPO3S que, além da capacidade ASW (para a qual dava jeito ter UAVs lançadores de torpedos), tivesse alguma capacidade de detecção (radar) e destruição de alvos aéreos com sistemas de curto alcance/defesa de ponto.
Que passe por modernizar ou substituir os 4 NPO originais:
-no caso de modernização, dar mais capacidade AAW e ASuW, seja com sistemas permanentes, seja módulos contentorizados.
-no caso de substituição, que passe por EPCs com alguma capacidade AAW (ex. 6 ExLS com CAMM/CMM-ER quad-packed), ASuW (canhão príncipal de 76mm e SSM opcionais) e ASW (sonar de casco, rebocado e torpedos).
Que no futuro passe por USVs de médio/grande porte para reforçar os números.
A defesa do Atlântico não pode ser feita com fragatas isoladas, tem que ser feita com base no apoio aéreo proveniente das bases aéreas/aeroportos das respectivas regiões.
Neste contexto, a príncipal função das fragatas é defender a infraestrutura crítica, como a BA4 mas também o porto usado para reabastecer os navios combatentes.
E para isso, uma fragata com mais mísseis, é mais útil nesta função, do que uma fragata ligeiramente superior em ASW. Principalmente quando não tens baterias MRAD nem LRAD/BMD em terra, e mesmo que um dia, por milagre, as compres, nunca vai dar para proteger tudo.